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Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância EEnnssiinnoo àà DDiissttâânncciiaa Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO A década de 1980 foi um período importante para os praticantes de atividades físicas, pois, nessa época houve um aumento do número de evidências científicas mostrando que a atividade física regular causa um efeito protetor em seus praticantes. Com isso, o exercício físico praticado de forma regular passou desempenhar um papel importante na manutenção da saúde e no controle de doenças crônicas não transmissíveis. Benefícios Bioquímicos e Fisiológicos da Corrida e Utilização de Substratos Energéticos http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=WK8sZ7t5ub13DM&tbnid=XDLGyCaZp1EaMM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fbianara.blogspot.com%2Fp%2Fexercicio-fisico.html&ei=g1dxU5rRFYuGyASKqIL4CA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHsrn_HtxFkVi0ADAf7gRIkRnjjfA&ust=1400023263036653 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=WK8sZ7t5ub13DM&tbnid=XDLGyCaZp1EaMM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fbianara.blogspot.com%2Fp%2Fexercicio-fisico.html&ei=g1dxU5rRFYuGyASKqIL4CA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHsrn_HtxFkVi0ADAf7gRIkRnjjfA&ust=1400023263036653 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância A sociedade antiga tinha como atividade habitual a corrida. Com o passar dos anos, e com o avanço tecnológico essa atividade passou a ser cada vez mais eletiva. Esta é uma das possíveis explicações da corrida estar entre as atividades físicas mais praticadas em todo o mundo, além de ser uma atividade de baixo custo e fácil execução. Atualmente, a corrida é o esporte que mais cresce no Brasil e no mundo, sendo o segundo esporte mais praticado nas metrópoles brasileiras. Não é somente a melhora da qualidade de vida dos seus praticantes que fez da corrida o esporte que mais cresce em número de adeptos no mundo, mas o que uma competição de corrida proporciona aos seus corredores, ou melhor, a magia da prova. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=k-wM0rIN3ejx2M&tbnid=N2gXnjQ4HEEJjM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Frunnersworld.abril.com.br%2Fmaterias%2Fbeat%2F&ei=k1lxU_XDAoqSyATen4DwCQ&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNFW-EZx8bLa3AAgK0tbCkax1imRzA&ust=1400023794463796 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=k-wM0rIN3ejx2M&tbnid=N2gXnjQ4HEEJjM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Frunnersworld.abril.com.br%2Fmaterias%2Fbeat%2F&ei=k1lxU_XDAoqSyATen4DwCQ&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNFW-EZx8bLa3AAgK0tbCkax1imRzA&ust=1400023794463796 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância O desempenho de atividades motoras diversificadas, ou mesmo das mesmas tarefas em distintos indivíduos, pode requerer demandas metabólicas diferentes, implicando graus de sobrecargas diferenciados nos sistemas que compõem o corpo humano, marcadamente o muscular e o cardiorrespiratório. Dessa forma, a interpretação das oscilações metabólicas constitui um importante elemento na análise das implicações acerca dos efeitos fisiológicos em diferentes manifestações de esforço. Em se tratando do desempenho motor, parece ser consenso que a quantidade total de energia despendida por um indivíduo depende de aspectos como as dimensões corporais, a termogênese induzida pelos alimentos e a atividade física. Entretanto, é a atividade física que tende a influenciar mais profundamente o dispêndio de energia. Essa informação torna-se especialmente importante ao relacionarmos os efeitos do exercício a situações diversas, como, por exemplo, o dimensionamento da intensidade do esforço em diferentes atividades motoras. A locomoção humana é caracterizada pelos atos de andar e correr, utilizados para os deslocamentos em baixa e alta velocidade, respectivamente. Em baixas velocidades, a caminhada pode ser acelerada aumentando a frequência ou o comprimento das passadas. Na maior parte das velocidades que caracterizam essa forma de locomoção, existe uma relação linear entre o comprimento e a frequência dos passos, apesar de, em altas velocidades, o limite máximo do comprimento dos passos ser atingido primeiro. Conforme aumentamos a intensidade do esforço, atingimos uma velocidade crítica a partir da qual passamos a correr. Essa modificação no padrão de movimento caracteriza a transição caminhada-corrida, que tem sido estudada através de várias abordagens, com o objetivo de buscar maior entendimento do fenômeno. Pode-se dizer que o ato de correr é tipicamente modelado como um sistema bouncing ball, em contraste com o ato de caminhar, modelado como rolling egg. No primeiro, observam-se elevadas trocas de energia cinética e elástica, sendo esta última, possivelmente, gerada pela energia armazenada nos tendões e músculos dos membros em contato com o solo. Já no segundo, a troca de energia ocorre de maneira mais suave. Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=-roQeK0qM0B1qM&tbnid=N8RU6KcImslf7M:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fnutricionario.com%2Fv2%2Fcorrida-x-caminhada-qual-a-melhor-opcao-para-voce%2F&ei=JllxU4bHINOayATA_4K4Dg&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHR0-D31EKHKwnLzEWsa87A31-jeA&ust=1400023694388737 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=-roQeK0qM0B1qM&tbnid=N8RU6KcImslf7M:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fnutricionario.com%2Fv2%2Fcorrida-x-caminhada-qual-a-melhor-opcao-para-voce%2F&ei=JllxU4bHINOayATA_4K4Dg&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHR0-D31EKHKwnLzEWsa87A31-jeA&ust=1400023694388737 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância RReessppoossttaass FFiissiioollóóggiiccaass ee BBiiooqquuíímmiiccaass aaoo TTrreeiinnaammeennttoo GLICOGENIO HEPATICO E MUSULAR: DIFERENÇAS NO EXERCÍCIO O exercício representa sério desafio às vias bioenergéticas do indivíduo em atividade. O gasto energético total do organismo, no exercício, pode ser de 15 a 25 vezes o gasto energético em repouso. Carboidratos provenientes da dieta são armazenados para servirem como substratos energéticos rapidamente disponíveis. Os carboidratos existem sob três formas: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos. Monossacarídeos são açúcares simples como a frutose e a glicose. A glicose pode ser encontrada nos alimentos ou formada no trato digestivo como resultado da clivagem de carboidratos mais complexos. A frutose encontra-se nas frutas ou no mel e é considerado o carboidrato simples mais doce. As moléculas de glicogênio geralmente são grandes e podem consistir de centenas de milhares de moléculas de glicose. Em condições de repouso, após uma refeição, os carboidratos ingeridos são captados pelos músculos e pelo fígado e em seguida convertidos em glicogênio. O glicogênio armazenado no fígado e nos músculos será degradado até a glicose e será então metabolizado. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=LCoA9txSqlVb2M&tbnid=Ev_tCoKXoJbc9M:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fmarombamodeon.blogspot.com%2F2013%2F06%2Fa-importancia-dos-carboidratos.html&ei=altxU6ixKNC2yASvnYCYBg&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNF0zWvSGmjcYjDSR7wBz9DqTbkMuQ&ust=1400024153673104 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=LCoA9txSqlVb2M&tbnid=Ev_tCoKXoJbc9M:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fmarombamodeon.blogspot.com%2F2013%2F06%2Fa-importancia-dos-carboidratos.html&ei=altxU6ixKNC2yASvnYCYBg&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNF0zWvSGmjcYjDSR7wBz9DqTbkMuQ&ust=1400024153673104Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância A contribuição relativa do glicogênio muscular e da glicose sanguínea ao metabolismo energético durante o exercício varia em função de sua intensidade e duração. A glicose sanguínea desempenha papel maior durante o exercício de baixa intensidade, enquanto o glicogênio muscular é a principal fonte de carboidratos no exercício de alta intensidade, acima de 80% do VO2. Atletas que treinam intensamente, que competem em dias consecutivos ou têm várias sessões de exercício no mesmo dia, tudo isso associado ao não consumo adequado de carboidratos, apresentam diminuição diária do glicogênio muscular, acarretando em diminuição do desempenho. O conteúdo de carboidrato do músculo esquelético é bastante resistente a alterações bruscas nos indivíduos sedentários. Contudo, foi demonstrado que, em exercícios com intensidades fracas para moderadas, as fibras musculares do tipo I são as primeiras a esvaziar seu conteúdo de glicogênio, seguidas das fibras do tipo IIa e IIb, quando o exercício se prolonga por mais tempo. Durante exercício de intensidade elevada, a maioria das fibras é solicitada e todas apresentam redução significativa do conteúdo de glicogênio precocemente. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=_pTanGU_DrBOhM&tbnid=uGGGWsq4Df74fM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FCiclo_de_Cori&ei=71txU-biG9GvyATawYKYAw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNGreIkAm2j9qeijzjqE423f2AtZ0w&ust=1400024395552130 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=_pTanGU_DrBOhM&tbnid=uGGGWsq4Df74fM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FCiclo_de_Cori&ei=71txU-biG9GvyATawYKYAw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNGreIkAm2j9qeijzjqE423f2AtZ0w&ust=1400024395552130 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância Uma preocupação existente entre praticantes de atividade física é a reposição rápida dos estoques pós-exercício. As taxas mais elevadas de síntese de glicogênio são obtidas quando é consumida dieta rica em carboidratos imediatamente após o término do exercício. O retardo da ingestão de carboidratos, mesmo por duas horas, pode impedir que ocorram taxas máximas de ressíntese. A restrição da ingestão de carboidratos impede a restauração ótima das reservas tissulares de glicogênio. Além do tempo de ingestão, outro fator que se relaciona à síntese de glicogênio hepático ou muscular pode ser o tipo de carboidrato ingerido. A glicose ou os polímeros da glicose podem ser melhores que a frutose para a síntese de glicogênio muscular, porém, certa quantidade de frutose deve ser ingerida, uma vez que ela pode ser melhor para a recuperação do glicogênio hepático. Autores defendem que a ingestão de frutose após o exercício pode favorecer a ressíntese de glicogênio hepático e não permitir a reposição ideal do glicogênio muscular, enquanto a ingestão de glicose parece favorecer a reposição das reservas musculares de glicogênio. GLICOGENIO MUSCULAR As reservas de glicogênio muscular são estreitamente relacionadas ao desempenho e tempo de sustentação do esforço em determinado exercício. A transferência de predominância do metabolismo de glicogênio muscular para o de lipídios acontece com o prolongamento da atividade, à medida que diminuem as reservas de carboidrato. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=f-x-1Sq5DuckZM&tbnid=P-fv1_UDCfItwM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fbodybuilding-pt.com%2Fforum%2Fshowthread.php%3F3502-Qual-a-dura%25E7%25E3o-adequada-para-perder-massa-gorda-em-corrida&ei=61xxU_KSIoOMyATk_YC4Aw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNGmsAi5Qwqp4ZFXonIg3evuJlwYRA&ust=1400024636205581 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=f-x-1Sq5DuckZM&tbnid=P-fv1_UDCfItwM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fbodybuilding-pt.com%2Fforum%2Fshowthread.php%3F3502-Qual-a-dura%25E7%25E3o-adequada-para-perder-massa-gorda-em-corrida&ei=61xxU_KSIoOMyATk_YC4Aw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNGmsAi5Qwqp4ZFXonIg3evuJlwYRA&ust=1400024636205581 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância O mecanismo fisiológico que limita a entrada de glicose na fibra muscular ainda não está totalmente esclarecido, mas, provavelmente, um balanço entre a diminuição da insulina com o exercício e a modificação física na estrutura molecular do glicogênio muscular regule esse processo. Essa limitação no transporte de glicose pode prevenir o estado de hipoglicemia, por poupar a utilização desse substrato pelo músculo. Algumas evidências apontam para uma relação entre glicogênio muscular e bomba de cálcio no processo de contração - relaxamento. Estudos com hipoxantinas e amônia também não permitem muitas conclusões, e desenhos experimentais, com melhor controle da intensidade do exercício, podem elucidar essa questão. VOLUME MITOCONDRIAL NO EXERCICIO As mitocôndrias são organelas celulares presentes em todas as células eucarióticas e têm como finalidade principal converter energia em uma forma biologicamente utilizável nas variadas reações celulares, sendo responsáveis exclusivas pelo processo de respiração celular. Em tamanho e forma, as mitocôndrias são muito semelhantes a bactérias, possuindo um processo de replicação muito semelhante a estes seres, por bipartição. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=sp68mwhSjGGLNM&tbnid=d3wT81vzI1wdIM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FMitoc%25C3%25B4ndria&ei=vF1xU67pEsefyASswoE4&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNGSlo-r6n47NIQo1WG5bu2RndbVlw&ust=1400024830614137 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=sp68mwhSjGGLNM&tbnid=d3wT81vzI1wdIM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FMitoc%25C3%25B4ndria&ei=vF1xU67pEsefyASswoE4&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNGSlo-r6n47NIQo1WG5bu2RndbVlw&ust=1400024830614137 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância Na maioria das células o processo de replicação do material genético mitocondrial e a divisão da mitocôndria ocorrem ao longo do ciclo celular. Esse não é o caso da célula muscular, pois, trata-se de uma célula especializada sem a capacidade de divisão em situações normais. Isto ressalta a existência de um fator externo que sinaliza a replicação do material genético da mitocôndria e a divisão desta organela. Nesse sentido, é evidenciado que a atividade contrátil muscular crônica produz biogênese mitocondrial no músculo. Os efeitos do treinamento de endurance podem ser descritos em relação às adaptações sistêmicas, bioquímicas e no tipo de fibra muscular, e tecido conjuntivo. Todas essas adaptações estão envolvidas com o aumento da capacidade do músculo em gerar ATP. Uma vez que modificações morfológicas e fisiológicas nas mitocôndrias, ocasionadas pelo treinamento com exercícios de endurance, influenciam diretamente o desempenho aeróbio dos indivíduos, torna-se importante o esclarecimento dos detalhes dessa temática para os profissionais dedicados à prescrição de programas de treinamento, fundamentados em princípios científicos, para a obtenção dos melhores resultados em termos de desempenho físico. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=zooZ6AKp3oEKSM&tbnid=J6jh218PA2GbHM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.scienceinschool.org%2F2012%2Fissue23%2Fexercise%2Fportuguese&ei=hV5xU6TxKcOpyAT_sIDwCA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNG-1z1y1mX6D3UwarIVJeBKYu6SKQ&ust=1400025023533529 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=zooZ6AKp3oEKSM&tbnid=J6jh218PA2GbHM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.scienceinschool.org%2F2012%2Fissue23%2Fexercise%2Fportuguese&ei=hV5xU6TxKcOpyAT_sIDwCA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNG-1z1y1mX6D3UwarIVJeBKYu6SKQ&ust=1400025023533529Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância Na ausência da mitocôndria, as células animais seriam anaeróbias, dependendo da pouco eficiente glicólise anaeróbia para a produção energética. Existem evidências de que bactérias atuais produzem energia de forma similar à mitocôndria, o que faz avançar a teoria da descendência das células eucarióticas atuais de seres anaeróbios primitivos. A partir de certo momento na escala temporal da evolução, bactérias aeróbias foram engolfadas e passaram a conferir à célula hospedeira a capacidade para utilização de oxigênio na produção de energia para as suas reações. As mitocôndrias exibem numerosas semelhanças com células procarióticas de vida livre. Em tamanho e forma, são muito parecidas com bactérias. Possuindo DNA próprio, um filamento circular e com capacidade de síntese protéica, além de se dividirem por bipartição, processo comum às bactérias. As mitocôndrias são fundamentais para o metabolismo energético na maioria dos eucariotos. Durante a origem simbiótica da organela, centenas de genes foram transferidos do genoma da organela para o núcleo. Isso tornou a mitocôndria dependente de numerosas proteínas codificadas pelo genoma celular para a realização de suas funções, incluindo a própria via oxidativa e seu processo de replicação. Em contrapartida, a célula hospedeira tornou-se dependente da energia gerada pela mitocôndria. O advento da mitocôndria está associado com a especialização da membrana plasmática, permitindo a evolução das células eucarióticas. MECANISMO MITOCONDRIAL DE PRODUÇÃO DE ENERGIA A via pela qual as mitocôndrias e, até mesmo bactérias, mobilizam energia para seus propósitos biológicos, é dirigida pelo processo de acoplamento quimiosmótico em que, se utiliza a energia proveniente dos nutrientes para acionar bombas de prótons em uma movimentação entre as membranas mitocondriais. Esse movimento produz um gradiente eletroquímico de prótons através da membrana que é utilizado para viabilizar as reações dependentes de energia. Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância A produção de ATP ocorre no interior das mitocôndrias e envolve duas vias metabólicas cooperativas o Ciclo do Ácido Cítrico (Ciclo de Krebs), e a Cadeia de Transporte de Elétrons (Cadeia Respiratória). O Ciclo do Ácido Cítrico tem como objetivo principal terminar a oxidação de carboidratos, lipídios e proteínas. É iniciado com o Piruvato originário principalmente como um produto da glicólise dos carboidratos no citoplasma, e produz CO2 e elétrons que são levados à Cadeia Respiratória para a produção aeróbia de ATP. O exercício representa um desafio às vias de produção de energia do músculo exercitado, indicando que "durante um exercício intenso o gasto energético total do organismo pode ser de quinze a vinte e cinco vezes o gasto energético de repouso". Essa maior produção de energia provê ATP para os músculos em atividade. Como observado, a produção de energia aeróbia ocorre nas mitocôndrias. Portanto, não é surpreendente que o treinamento aeróbio também induza alterações da função mitocondrial que melhoram a capacidade de produção de ATP das fibras musculares. Isso é, ainda, reforçado por Wilmore e Costill quando afirmam que: "a capacidade de utilizar oxigênio e produzir ATP através da oxidação depende da quantidade, do tamanho e da eficiência das mitocôndrias do músculo. Todas essas três qualidades melhoram o desempenho aeróbio". http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=EG1nV_bi141XVM&tbnid=vG3am2vuNgg6EM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fdc396.4shared.com%2Fdoc%2FAJOPILqu%2Fpreview.html&ei=b19xU8qLPNiqyASt8oLQCg&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHEJ_up-SEFi9hefj2BIzKEt2F_eg&ust=1400025267580420 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=EG1nV_bi141XVM&tbnid=vG3am2vuNgg6EM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fdc396.4shared.com%2Fdoc%2FAJOPILqu%2Fpreview.html&ei=b19xU8qLPNiqyASt8oLQCg&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHEJ_up-SEFi9hefj2BIzKEt2F_eg&ust=1400025267580420 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância FIBRAS DE CONTRAÇÃO LENTA E RÁPIDA Os mamíferos possuem miócitos do tipo I e do tipo II. As fibras musculares do tipo I têm características que as tornam adaptadas para exercícios aeróbicos; são as fibras lentas e vermelhas, pois possuem mais mioglobina. As do tipo II são rápidas, adaptadas para exercícios de potência, principalmente a fibra do tipo II-B. A do tipo II-A é intermediária entre a do tipo I e II. O que determina a fibra ser do tipo I ou tipo II é sua inervação, logo, isso é determinado geneticamente, porém, a mudança de II-A para II-B e vice-versa é bastante plástica e dependente de treinamento físico. Se um indivíduo treina aerobicamente, as fibras do tipo II-B se tornam II-A, pois se tornam mais parecidas http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=NFdeRLAyBILfoM&tbnid=bFMy_xQ8nBPXgM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.ck.com.br%2Fmaterias%2F186-fibras-musculares.html&ei=nGBxU85-x4fIBJ7aguAC&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNEo_EEtk0Xk7rMyz_ZUo1KVq3AIjQ&ust=1400025471456675 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=NFdeRLAyBILfoM&tbnid=bFMy_xQ8nBPXgM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.ck.com.br%2Fmaterias%2F186-fibras-musculares.html&ei=nGBxU85-x4fIBJ7aguAC&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNEo_EEtk0Xk7rMyz_ZUo1KVq3AIjQ&ust=1400025471456675 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância com as do tipo I. Se o treino é anaeróbico, as fibras do tipo II-A se transformam em II- B. Todos os músculos do organismo possuem proporções diferentes de fibras, dependo da ação dos mesmos. CORTISOL NO EXERCÍCIO As ações do cortisol compreendem: a) A adaptação ao estresse; b) A manutenção de níveis de glicose adequados mesmo em períodos de jejum; c) O estímulo à gliconeogênese (especialmente a partir de aminoácidos desaminados que vão, através da circulação, para o fígado); d) Mobilização de ácidos graxos livres, fazendo deles uma fonte de energia mais disponível; e) Diminuição da captação e oxidação de glicose pelos músculos para a obtenção de energia, reservando-a para o cérebro, num efeito antagônico ao da insulina; f) Estímulo ao catabolismo protéico para a liberação de aminoácidos para serem usados em reparação de tecidos, síntese enzimática e produção de energia em todas as células do corpo, menos no fígado; g) Atua como agente antiinflamatório; h) Diminui as reações imunológicas, por provocar diminuição no número de leucócitos; http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=_0XdvNFn-FkKxM&tbnid=UeRMHV7mPkN8XM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Flogon.prozis.com%2Fpt%2Ffibras-musculares-lentas-rapidas%2F&ei=_9hvU7zwBIn68QGi_4DQBA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHVNATweknJkSBuQAA-TRZOCKLMEA&ust=1399925305660818 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=_0XdvNFn-FkKxM&tbnid=UeRMHV7mPkN8XM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Flogon.prozis.com%2Fpt%2Ffibras-musculares-lentas-rapidas%2F&ei=_9hvU7zwBIn68QGi_4DQBA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHVNATweknJkSBuQAA-TRZOCKLMEA&ust=1399925305660818 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância i) Aumenta a vasoconstrição causada pela epinefrina; j) Facilita a ação de outros hormônios, especialmente o glucagon e a GH, no processo da gliconeogênese. EXERCICIO E INSULINA Com efeitos antagônicos aos do glucagon, as concentrações plasmáticas da insulina também são inversamente proporcionais às suas. Sempre que a insulinemia for alta, os níveis de glucagonserão baixos, e vice-versa. Sua principal função é, portanto, regular o metabolismo da glicose por todos os tecidos, com exceção do cérebro. Seus efeitos decorrem do aumento da velocidade de transporte da glicose para dentro das células musculares e do tecido adiposo. Com a captação dessa glicose, se ela não for imediatamente catabolizada como forma de obtenção de energia, gera-se glicogênio nos músculos e triglicerídeos no tecido adiposo. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=-HhkIOEnKlZWKM&tbnid=-A6F7zXAK45irM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.slideshare.net%2Fjuliethrodriguez%2Fenfermedad-de-addisonjuliethrodriguezfinal&ei=1WFxU571DtGvyATawYKYAw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNGJ5NFm7eoPxEvKHnqXsTk11ZlkZw&ust=1400025717187240 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=-HhkIOEnKlZWKM&tbnid=-A6F7zXAK45irM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.slideshare.net%2Fjuliethrodriguez%2Fenfermedad-de-addisonjuliethrodriguezfinal&ei=1WFxU571DtGvyATawYKYAw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNGJ5NFm7eoPxEvKHnqXsTk11ZlkZw&ust=1400025717187240 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância Em resumo, o efeito da insulina é hipoglicemiante, ou seja, de baixar a glicemia sanguínea. A insulina normalmente é liberada em ocasiões nas quais existam altos índices de glicose plasmática, como acontece após as refeições. Ela funciona primeiramente reabastecendo as reservas de glicogênio nos músculos e no fígado. Depois disso, se os níveis de glicose sanguínea ainda forem altos, ela estimula sua captação pelas células adiposas e elas a transformam em triglicerídeos como forma de armazenar a energia ocupando menos espaço. Como o exercício estimula a liberação de glucagon, e esse hormônio atua de forma antagônica à insulina, esta última tem sua liberação diminuída quando existe trabalho muscular, principalmente como forma de tornar a glicose mais disponível para a atividade. Além disso, as catecolaminas, cuja concentração é aumentada durante o exercício, têm a propriedade de baixar os níveis de insulina. A supressão de insulina é proporcional à intensidade do exercício, sendo que, em exercícios mais prolongados, existe um aumento progressivo na obtenção de energia a partir da mobilização de triglicerídeos, decorrente da baixa observada nos níveis de glicose – que foram sendo degradados - e da ação do glucagon, que aumenta. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=gaeifFA47Dye3M&tbnid=wL13bPAh5bCjQM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.efdeportes.com%2Fefd172%2Fsindrome-metabolica-e-exercicio-fisico.htm&ei=3GNxU5KnB4iiyATZ14DQAg&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNF-PdVWWYZybMpvzIWty1enLlJbkQ&ust=1400026203931620 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=gaeifFA47Dye3M&tbnid=wL13bPAh5bCjQM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.efdeportes.com%2Fefd172%2Fsindrome-metabolica-e-exercicio-fisico.htm&ei=3GNxU5KnB4iiyATZ14DQAg&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNF-PdVWWYZybMpvzIWty1enLlJbkQ&ust=1400026203931620 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância A secreção de insulina é também estimulada quando os níveis sanguíneos de aminoácidos são altos, tendo praticamente o mesmo efeito anterior, de glicogênese e lipogênese, só que a partir de aminoácidos desaminados. Em relação ao funcionamento da insulina, a doença diabetes mellitus constitui um problema com o qual devemos ter cuidado. A diabetes mellitus do tipo I, chamada também de insulino-dependente, é associada com uma deficiência na produção de insulina e ocorre, normalmente, em jovens, sendo responsável por 10 a 20% dos casos. A do tipo II, ou não-insulinodependente (DMNID), tem início em idades mais avançadas e representa os 80 a 90% restantes dos casos. Ela constitui-se de uma deficiência nos receptores celulares de exercício, que induzem o pâncreas a secretar cada vez mais insulina, já que a glicose plasmática não diminui adequadamente, chegando a um ponto em que ele falha e não a produz mais. Em relação ao exercício, ele pode trazer benefícios e malefícios ao paciente diabético. Entre os benefícios, o exercício agudo estimula uma queda substancial nos níveis de glicose, por estimular a sua utilização pelas células musculares. Já o exercício crônico (treinamento) diminui os fatores de risco para doenças cardiovasculares, às quais o paciente está mais propenso, provoca diminuição de peso (também um fator de risco), além de prevenir o início da ocorrência de resistência à insulina, fator causador da diabetes mellitus. VO2 Um dos índices mais utilizados para avaliar a capacidade cardiorrespiratória é o consumo máximo de oxigênio (VO2máx). Vale ressaltar que o consumo de oxigênio (VO2) em repouso é muito similar entre os sujeitos sedentários e treinados. Consumo máximo de oxigênio (VO2máx.) – Refere-se à capacidade máxima que o organismo de um indivíduo tem de absorver e utilizar o oxigênio do ar que está inspirado transportá-lo pelo sangue e utilizá-lo pelo músculo para gerar trabalho. (potência aeróbia máxima). Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância Consumo de oxigênio (VO2.) – Refere-se a quantidade de oxigênio absorvido e usado pelo organismo em repouso, durante o exercício ou na recuperação. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=9l8a1Uhd-2VesM&tbnid=xtSTkCjWAUR91M:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fharoldgibbons.com%2F2011%2F07%2F26%2Fhow-important-is-vo2-max%2F&ei=iWVxU6mVAoWgyATFsILYDw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHUp7p9w0inc7oqOWyAYWyQ5pcvxw&ust=1400026549141152 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=9l8a1Uhd-2VesM&tbnid=xtSTkCjWAUR91M:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fharoldgibbons.com%2F2011%2F07%2F26%2Fhow-important-is-vo2-max%2F&ei=iWVxU6mVAoWgyATFsILYDw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHUp7p9w0inc7oqOWyAYWyQ5pcvxw&ust=1400026549141152 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância HIDRATAÇÃO A perda hídrica pela sudorese durante o exercício pode levar o organismo à desidratação, com aumento da osmolalidade, da concentração de sódio no plasma e diminuição do volume plasmático. Quanto maior a desidratação, menor a capacidade de redistribuição do fluxo sanguíneo para a periferia, menor a sensibilidade hipotalâmica para a sudorese e menor a capacidade aeróbica para um dado débito cardíaco. Um dos primeiros estudos a respeito das modificações do balanço hídrico em ambientes quentes foi realizado em 1938, o que demonstra, desde então, a Estratégias Nutricionais Pré Treino e Competição: Hidratação, Prescrição Dietética e Suplementação http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=fuiFJfnMWodZhM&tbnid=2Rxuuvu1M-J-8M&ved=0CAgQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.personalrafael.com%2Fnews%2Fa-importancia-da-hidrata%25C3%25A7%25C3%25A3o%2F&ei=JmZxU-vmMI6fyATY5oAo&psig=AFQjCNFkKquCNRBwi6OBQIWHuL6C7fR8IQ&ust=1400027047217007 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância preocupação em se observar o comportamento fisiológico do organismo em atividades realizadas em ambiente quente. Adolph e Dill analisaram as perdas hídricas pela urina e pela sudorese, a ingestão de líquidos e a concentração da urina (gravidade específica) no exercício no deserto (ambiente quente e seco), encontrando aumento da sudorese, com consequente aumento na ingestão de líquidos, estabilização ou diminuição na excreção de urina e aumento na concentração da urina. Os efeitos fisiológicos da desidratação induzida pelo exercício têm sido estudados através da comparação de diversasrespostas fisiológicas de indivíduos quando estes não repõem as perdas de líquido durante um exercício prolongado, ou as repõem parcial ou totalmente. Há uma diminuição no volume plasmático com o início do exercício. Esta redução é influenciada pelo tipo e pela intensidade do exercício, assim como pela postura adotada. Subsequentemente, há uma redução progressiva do volume plasmático associada ao exercício, que pode ser compensada pela ingestão de líquidos durante o mesmo. A variação no volume é menor quando a ingestão de líquidos é maior e pode ser prevenida se a taxa de ingestão de líquidos for igual à taxa de perda de líquidos. Os aumentos na osmolalidade plasmática e na concentração de sódio no plasma durante o exercício muitas vezes se correlacionam com o aumento na temperatura esofagiana, devido ao estímulo para a redução na sudorese que acontece em maiores níveis de desidratação. Isto sugere que uma importante meta da ingestão de líquidos durante o exercício pode ser prevenir variações na osmolalidade e na concentração plasmática de sódio. Alguns estudos têm mostrado que a taxa de sudorese diminui com o aumento dos níveis de desidratação. No estudo de Montain et al, nove indivíduos realizaram exercícios em ambiente quente em três intensidades diferentes e sob três níveis de hidratação: 0% (eu-hidratado), 3% e 5% (hipoidratados). Encontrou-se que, quanto maior o percentual de desidratação, maior o limiar para a sudorese, menor a sensibilidade para a sudorese e menor a produção de suor. O aumento na temperatura retal relacionado ao exercício é atenuado pela ingestão de fluidos durante o mesmo. Este aumento é reduzido proporcionalmente ao volume de líquido ingerido e é menor quando a taxa de ingestão se aproxima da taxa de Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância sudorese. Existe uma relação direta entre o aumento na temperatura esofagiana e o nível de desidratação, que também foi verificada em alguns dos estudos originais de campo. A ingestão de fluidos reduz as respostas da temperatura retal somente após 60- 80min de exercício. Nenhum efeito da ingestão de líquidos na temperatura retal foi encontrado em um estudo de menor duração, com maior intensidade, possivelmente devido à duração do exercício (menos de 80min). Cheuvront e Haymes, num estudo em que foi avaliado o efeito da ingestão de água de acordo com a sede sobre as respostas termorregulatórias durante exercício a 71% do VO2max realizado sob diferentes estresses térmicos (frio, moderado e quente), não encontraram diferenças na temperatura interna nas três situações. Concluiu-se que as repostas termorregulatórias são compensáveis quando há ingestão de acordo com a sede e reposição de aproximadamente 60-70% das perdas pelo suor. A frequência cardíaca é aumentada e o volume de ejeção reduzido em proporção ao déficit de fluidos que ocorre durante o exercício. Mesmo uma leve desidratação (um por cento da massa corporal) pode aumentar o esforço cardiovascular, o que pode ser visto através de um aumento desproporcional da frequência cardíaca durante o exercício, além de limitar a capacidade corporal de transferir calor dos músculos em contração para a superfície da pele, onde pode ser dissipado para o ambiente. Portanto, um déficit hídrico pode reduzir o desempenho e aumentar a possibilidade de ocorrer uma complicação térmica. No entanto, o débito cardíaco e o volume de ejeção não diminuem quando a taxa de ingestão de líquidos é suficiente para prevenir a desidratação. A ingestão de fluidos mantém maiores taxas de fluxo sanguíneo no antebraço durante o exercício, assim como no antebraço e na panturrilha em repouso durante uma exposição prolongada ao calor. A redução do fluxo sanguíneo no antebraço é proporcional ao nível de desidratação. Logo, a ingestão de líquidos durante o exercício pode atenuar o desenvolvimento da hipertermia através da manutenção do fluxo sanguíneo para a pele. Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância A percepção subjetiva do esforço é aumentada em proporção ao déficit de líquidos. Mesmo uma reposição parcial de fluidos tem um efeito significativo na percepção subjetiva do esforço durante um exercício de alta intensidade. Os principais efeitos da restrição de fluidos durante exercícios prolongados de baixa intensidade, dentre eles, a alteração da percepção subjetiva do esforço, têm sido descritos. A função renal durante exercícios prolongados não é afetada por níveis de desidratação inferiores a 4% e é aumentada durante a recuperação em indivíduos que retêm líquido durante o exercício. Estudos clássicos também observaram que a função renal não foi influenciada por níveis de desidratação inferiores a 7%. Anúria foi registrada em um corredor que bebeu inadequadamente e perdeu 11% do peso corporal durante uma ultramaratona de 88 km. Uma vez conhecidos os possíveis efeitos da desidratação (em diferentes níveis), surgem perguntas do tipo: ingerir quanto, como, quando? Água pura ou soluções hidroeletrolíticas? Como avaliar o estado de hidratação? Após um período em que a recomendação de “não beber” durante o exercício predominou (até ~1970), surgiram protocolos de hidratação que têm como objetivo ensinar os indivíduos a se hidratarem para atingir o equilíbrio hidroeletrolítico, e os mesmos se tornaram um paradigma. Estes protocolos determinam o quanto e o quê se deve ingerir e de quanto em quanto tempo os líquidos devem ser repostos durante o exercício. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=TKkHTMimzxVNVM&tbnid=T6B9MW4KyciUUM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fcosta-personaltrainner.blogspot.com%2F2012%2F10%2Friscos-fisiologicos-de-exercicios-no.html&ei=KQtwU_n6KdCmyATh9YGQBA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNFR_OZJKyu63BAvc6oBDHptH7dunA&ust=1399938202104817 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=TKkHTMimzxVNVM&tbnid=T6B9MW4KyciUUM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fcosta-personaltrainner.blogspot.com%2F2012%2F10%2Friscos-fisiologicos-de-exercicios-no.html&ei=KQtwU_n6KdCmyATh9YGQBA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNFR_OZJKyu63BAvc6oBDHptH7dunA&ust=1399938202104817 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO O estado de hidratação é um fator determinante para a prática de atividades físicas. Desta forma, o conhecimento do estado de hidratação do indivíduo antes, durante e após o exercício torna-se importante para a sua prática constante. Além disso, avaliar o estado de hidratação é fundamental para evitar os problemas de saúde devido à desidratação. A osmolalidade plasmática é o principal método de avaliação do estado de hidratação em situações laboratoriais, em que maior precisão na medida é exigida. A gravidade específica da urina tem sido considerada como um bom método não-invasivo para a avaliação do estado de hidratação dos indivíduos. A variação do peso corporal também pode ser utilizada para a avaliação do estado de hidratação. A partir da diferença do peso corporal antes e após o exercício é possível calcular o percentual de perda de peso para classificar o estado de hidratação (tabela). Outro método prático para a estimativa da hidratação corporal é a análise da coloração da urina, utilizando-se a escala proposta por Armstrong et al. A escala apresenta uma boa correlação com a densidade e a osmolalidade urinárias e com a osmolalidade plasmática. Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância RECOMENDAÇÕES SOBRE A REPOSIÇÃO DE FLUIDOS Como descrito anteriormente, a desidratação pode comprometer o desempenho durante o exercício e aumentar os riscos associados ao esforço e ao calor. Além disso, segundo a National AthleticTrainer’s Association, os indivíduos não ingerem voluntariamente água suficiente para prevenir a desidratação durante uma atividade física. Por outro lado, o excesso de ingestão de líquidos deve ser evitado, uma vez que também pode comprometer o desempenho e a saúde do indivíduo. Têm sido propostas em consensos internacionais recomendações sobre a hidratação com o intuito de minimizar os efeitos negativos das perdas hídricas sobre as respostas fisiológicas ao exercício. Algumas das recomendações do American College of Sports Medicine sobre a quantidade e a composição dos líquidos que devem ser ingeridos antes, durante e após um exercício estão reproduzidas a seguir: 1. Recomenda-se que os indivíduos ingiram em torno de 500mL de líquidos nas duas horas que antecedem um exercício, para promover uma hidratação adequada e haver tempo suficiente para excreção da água ingerida em excesso. 2. Durante o exercício, os atletas devem começar a beber logo e em intervalos regulares, com o objetivo de consumir líquidos em uma taxa suficiente para repor toda a água perdida através do suor, ou consumir a maior quantidade tolerada. 3. Recomenda-se que os líquidos sejam ingeridos em uma temperatura menor do que a ambiente (entre 15 e 22oC) e com sabor atraente. 4. Recomenda-se a adição de quantidades adequadas de carboidratos e eletrólitos para eventos com duração maior do que uma hora, já que não prejudica a distribuição de água pelo organismo e melhora o desempenho. Durante exercícios com duração inferior a uma hora, há pouca evidência de que haja diferenças fisiológicas em termos de desempenho caso sejam consumidos líquidos com carboidratos e eletrólitos ou água pura. Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância 5. Recomenda-se a adição de sódio (0,5 a 0,7g.L-1 de água) na solução de reidratação se o exercício durar mais do que uma hora. Isto pode ser vantajoso por melhorar o gosto, promovendo a retenção de líquidos e possivelmente revertendo a hiponatremia em alguns indivíduos que tenham ingerido quantidades excessivas de líquidos. A National Athletic Trainer’s Association também faz recomendações acerca da reposição de líquidos para atletas, as quais se assemelham às do ACSM, principalmente no que diz respeito ao volume a ser ingerido. Segundo a NATA, para assegurar o estado de hidratação, os atletas devem ingerir aproximadamente 500 a 600mL de água ou outra bebida esportiva duas a três horas antes do exercício e 200 a 300mL 10 a 20 minutos antes do exercício. A reposição de líquidos deve aproximar as perdas pelo suor e pela urina. PRESCRIÇÃO DIETÉTICA http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=2eh6CftbNohvMM&tbnid=LwbNX54GIgFfXM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.dicasparaperderpeso.com.br%2Fo-que-emagrece-mais-dieta-ou-exercicio%2F&ei=IGpxU6G3K9ikyASa-oK4Aw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNFUEWUNUtZ4B-f1JiC6_gkI8ExTHQ&ust=1400028014065364 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=2eh6CftbNohvMM&tbnid=LwbNX54GIgFfXM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.dicasparaperderpeso.com.br%2Fo-que-emagrece-mais-dieta-ou-exercicio%2F&ei=IGpxU6G3K9ikyASa-oK4Aw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNFUEWUNUtZ4B-f1JiC6_gkI8ExTHQ&ust=1400028014065364 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância CARBOIDRATOS Os hidratos de carbono, também conhecidos como carboidratos ou glicídios, são moléculas formadas por carbono e água. Átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio que combinam-se para formar os componentes deste grupo de nutrientes. Devido à proporção mantida entre os elementos hidrogênio e oxigênio, semelhantes à da água (H2O), os carboidratos são representados de uma maneira geral como CnH2nOn, onde "n" representa a quantidade proporcional destes elementos (por exemplo: C6H12O6). A maior parte dos hidratos de carbono é de origem vegetal e tem função principalmente energética. Contudo, alguns autores reportam funções estruturais, como participação na estrutura dos cromossomos e genes. Carboidratos são importantes substratos energéticos para a contração muscular durante o exercício prolongado realizado sob intensidade moderada e em exercícios de alta intensidade e curta duração. A utilização de estratégias nutricionais envolvendo a ingestão de uma alimentação rica em carboidratos antes da prática de exercícios físicos aumentam as reservas de glicogênio, tanto muscular quanto hepático. Já a ingestão de carboidratos durante o esforço ajuda a manutenção da glicemia sanguínea e a oxidação destes substratos. Após o esforço a ingestão de carboidratos visa repor os estoques depletados e garantir padrão anabólico. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=lhxqWwxKjXB8fM&tbnid=pLxIvXpk97pg3M:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fanaterranutri.blogspot.com%2F2013%2F01%2Fo-que-comer-antes-e-apos-o-exercicio.html&ei=emlxU4_FH4OMyATk_YC4Aw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHJHXHrugWC0o3ee02TKJjXV2P-VA&ust=1400027439579091 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=lhxqWwxKjXB8fM&tbnid=pLxIvXpk97pg3M:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fanaterranutri.blogspot.com%2F2013%2F01%2Fo-que-comer-antes-e-apos-o-exercicio.html&ei=emlxU4_FH4OMyATk_YC4Aw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHJHXHrugWC0o3ee02TKJjXV2P-VA&ust=1400027439579091 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância As dietas de baixo carboidrato têm apresentado uma inclinação à fadiga precoce e falta de rendimento durante treinos de alta intensidade. Soares (2001) destaca que nosso organismo estoca carboidratos sob a forma de glicogênio, tanto no fígado quanto nos músculos. Enquanto o glicogênio muscular é usado exclusivamente pelos músculos, o hepático é utilizado para a manutenção da glicemia e com o objetivo de suprir as necessidades energéticas do cérebro, do sistema nervoso e de outros tecidos. Segundo Maughan e colaboradores o conteúdo de glicogênio existente no músculo esquelético é de aproximadamente 14 – 18g por quilograma de massa úmida (aproximadamente um total de 250-400g nos músculos). O fígado também possui glicogênio; entre 80-110g são estocados no fígado de um ser humano adulto em estado pós-absorvido e pode ser liberado na circulação para manter a concentração de glicose no sangue em mais ou menos 0,9g por litro. Estes limitados depósitos de carboidratos influenciam por quanto tempo você é capaz de se exercitar. Quando seus estoques de glicogênio se põem muito baixos, você atinge o limite – isto é, você se sente extremamente cansado e apela para parar. Para manter, ou até mesmo aumentar, os estoques de glicogênio muscular durante períodos de treinamento, é necessário uma dieta com elevada quantidade de carboidrato. Tais valores podem ser modificados de acordo com o nível de treinamento do indivíduo, associado à ingestão de dietas ricas em carboidratos. Nos exercícios de força, o treinamento físico associado ao uso de dietas ricas em carboidratos pode proporcionar um aumento nas reservas de glicogênio muscular, acentuando o processo de ganho de massa muscular (hipertrofia). A digestibilidade do carboidrato é considerada a mais importante propriedade nutricional. A velocidade de absorção no intestino delgado determinará as respostas glicêmicas e hormonais após uma refeição, sendo expressa como índice glicêmico. Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância O metabolismo de carboidratos tem papel crucial no suprimento de energia para atividade física e para o exercício físico. No exercício de alta intensidade a maioria da demanda energética é suprida pela energia da degradação dos carboidratos. Tornam-se disponíveis para o organismoatravés da dieta, são armazenados em forma de glicogênio, muscular e hepático e sua falta leva a fadiga. A fadiga que ocorre em exercícios físicos prolongados e de alta intensidade está associada, em boa parte, com baixos estoques e depleção de glicogênio, hipoglicemia e desidratação. Como os estoques de carboidratos são limitados no organismo, a manipulação da dieta com alimentação rica em carboidratos é fundamental para a reposição muscular e hepática, bem como para a resposta imune. Entretanto, vários fatores como o estado nutricional e de treinamento; o tipo, a quantidade, o horário e a frequência de ingestão de carboidratos afetam a restauração de glicogênio. Desta maneira, uma disponibilidade adequada de carboidratos é imprescindível para o treinamento e o sucesso do desempenho atlético. Como o gasto energético durante o exercício aumenta em 2 a 3 vezes, a distribuição de macro nutrientes da dieta se modifica nos indivíduos ativos e nos atletas. Os atletas devem consumir mais glicídios do que o recomendado para pessoas menos ativas, o que corresponde a 60 a 70% do valor calórico total. É recomendada uma ingestão entre 5 a 10 g/kg/dia de carboidratos dependendo do tipo e duração do exercício físico escolhido e das características específicas do indivíduo; como a Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância hereditariedade, o gênero, a idade, o peso e a composição corporal, o condicionamento físico e a fase de treinamento. As necessidades de ingestão calórica recomendada são entre 37 a 41 kcal/kg de peso por dia, e dependendo dos objetivos, variando entre 30 a 50 kcal/kg/ de peso por dia (Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, 2003). A INGESTÃO DE CARBOIDRATOS PRÉ-EXERCÍCIO Antes do treino, uma refeição ou lanche deveria providenciar quantidades suficientes de líquidos para manter a hidratação. Ser relativamente baixo em gorduras e fibras para facilitar o esvaziamento gástrico e minimizar o estresse gastrointestinal. Ser relativamente alto em carboidratos para maximizar a manutenção da glicose sanguínea. Moderado em proteínas e composto por alimentos que o atleta esteja familiarizado, para reduzir os riscos de intolerância. Com relação à ingestão de carboidratos pré-exercício, um dos fatores que não pode ser desprezado é o tempo que antecede essa prática. Assim, deve-se tomar bastante cuidado com a administração de alimentos à base de glicose, realizada cerca de 30-60 minutos antes do esforço físico, visto que isso pode levar à hiperinsulinemia, reduzindo as concentrações sanguíneas de glicose e ácidos graxos livres (AGL). Essas alterações metabólicas podem desencadear um aumento da utilização das reservas de glicogênio muscular (glicogenólise) durante os estágios iniciais do exercício físico, comprometendo negativamente o desempenho, particularmente em esforços prolongados. Existem evidências que a ingestão de carboidratos imediatamente antes e durante o treinamento intenso é benéfico para a performance, independente dos efeitos nos estoques de glicogênio muscular. Vários estudos têm mostrado que o carboidrato ingerido aumenta a performance em atividades em torno de 1h (uma hora) de duração, comparado com água ou placebo, nessas situações o estoque de glicogênio muscular não é o ponto limitante, especialmente se o atleta estiver com as reservas de energia altas antes do treino. Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância Proteína Alto valor biológico (caseína) As proteínas diferem no seu valor nutricional. Estas diferenças são devidas a vários fatores, tais como o conteúdo em aminoácidos essenciais e a digestibilidade. As necessidades proteicas diárias dependem por isso, do tipo e composição das proteínas na alimentação. QUALIDADE DAS PROTEÍNAS A qualidade das proteínas está relacionada principalmente com a sua composição em aminoácidos essenciais (proporção dos aminoácidos essenciais no alimento em relação à sua proporção nas proteínas que são sintetizadas pelo organismo) e digestibilidade. A qualidade das proteínas pode ser expressa por: 1) Índice químico - percentagem que o aminoácido limitante (aminoácido essencial presente em menor quantidade na proteína) representa comparativamente à proteína do ovo (referência); 2) Valor biológico - representa a fracção de aminoácidos absorvidos que são retidos pelo organismo. Quanto maior for o índice químico, maior o valor biológico. O valor biológico das proteínas está dependente da composição qualitativa e quantitativa em aminoácidos, e na digestibilidade. De uma forma http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=al8uZZ6CnJhHIM&tbnid=uM1JHuE9eCxpwM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fdicasdemusculacao.org%2Fguia-de-nutricao-proteinas%2F&ei=jGpxU-HfM4qcyAS-0oHQBw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHXJk0NXTnxH2f4KzKDSePzRPb12A&ust=1400028164244153 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=al8uZZ6CnJhHIM&tbnid=uM1JHuE9eCxpwM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fdicasdemusculacao.org%2Fguia-de-nutricao-proteinas%2F&ei=jGpxU-HfM4qcyAS-0oHQBw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHXJk0NXTnxH2f4KzKDSePzRPb12A&ust=1400028164244153 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância geral, as proteínas de origem animal têm uma digestibilidade e equilíbrio em aminoácidos essenciais mais próximos da proteína de referência (ovo) do que as proteínas de origem vegetal. Assim, o valor biológico das proteínas de origem animal é superior ao das proteínas de origem vegetal, que frequentemente falham em pelo menos um dos aminoácidos essenciais. A qualidade nutricional de uma proteína que tenha uma quantidade reduzida de um aminoácido limitante pode ser melhorada, misturando com outra proteína que é rica nesse aminoácido essencial. Por exemplo, a mistura das proteínas dos cereais (quantidade de lisina é muito reduzida e a de metionina é elevada), com as proteínas das leguminosas (quantidade de metionina é muito reduzida e a de lisina é elevada) fornece um nível completo e equilibrado de aminoácidos essenciais. As proteínas exercem papel de grande importância no ciclo vital do homem. Sua necessidade é clara e bem apresentada na literatura. Suas funções estão ligadas a um grande número (quase que a totalidade) de reações homeostáticas. Podemos citar as seguintes funções da proteína: plástica; formação de enzimas: formação de anticorpos; formação de hormônios; equilíbrio ácido-básico; distribuição de líquidos no organismo; transporte de substâncias; transporte de oxigênio; coagulação do sangue; atividade muscular e em menor valor como substrato energético. Todos esses fatores mostram como esses "pools" de aminoácidos são importantes para o desenvolvimento e manutenção do organismo. Seu papel é amplamente estudado na literatura e sua importância é inquestionável, não cabendo aqui demais atributos a seu respeito. Como última observação, cabe chamar a atenção, que a carência deste nutriente implicará nas mais variadas disfunções orgânicas. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=mBM8xnRuc7WiDM&tbnid=LvGKu36EvFNnnM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fsuellenfreire.wordpress.com%2F2013%2F07%2F10%2Fmusculacao-e-a-proteina%2F&ei=vGpxU6ynEYieyATquIKICA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHXJk0NXTnxH2f4KzKDSePzRPb12A&ust=1400028164244153 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância Nitrato O gás simples, óxido nítrico (NO), controla uma variedade de processos biológicos complexos, incluindo a homeostase da pressão sanguínea, agregação plaquetária e transmissão de sinais pelo sistema nervoso, sendo também, importante para a função do sistema imune, desempenhando papel chave na atividade de macrófagose defesas celulares contra patógenos microbianos. Um aspecto marcante desta molécula é a sua capacidade de ser benéfica ou potencialmente tóxica dependendo da concentração ou depuração tecidual. Várias pesquisas afirmam que o exercício físico está associado à estimulação da produção de NO. Estudos experimentais em animais e humanos têm sugerido que aumentos na produção de óxido nítrico podem contribuir para a hipotensão observada após exercício aeróbico. Em resumo: Beterraba Rica em nitrato Precursor do óxido nítrico vaso dilatador oxigenação potência e recuperação http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=B8zOHaPrQLMriM&tbnid=8T9SDJeqF8oiUM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.infoescola.com%2Fquimica%2Fnitratos%2F&ei=72pxU4eJJdaiyATGq4CQBg&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHprWJ-Ms-E9UboiO32ufLc78_oMg&ust=1400028260267972 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=B8zOHaPrQLMriM&tbnid=8T9SDJeqF8oiUM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.infoescola.com%2Fquimica%2Fnitratos%2F&ei=72pxU4eJJdaiyATGq4CQBg&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHprWJ-Ms-E9UboiO32ufLc78_oMg&ust=1400028260267972 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância SUCO DE BETERRABA, LARANJA E GENGIBRE 2 beterrabas grandes picadas 3 laranjas sem casca 2cm de raiz de gengibre Passe os ingredientes pela centrifuga ou liquidificador. Despeje em um copo, coe e sirva imediatamente. SUCO DE CENOURA, BETERRABA, SALSÃO E MAÇà 1 cenoura picada 1 maçã 2 beterrabas pequenas picada Passe os ingredientes pela centrifuga ou liquidificador. Despeje em um copo, coe e sirva imediatamente. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=PBJYKR_dMztJ3M&tbnid=K8Xe00z-XjLm2M:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fcookingandsweating.com%2Ftag%2Fnitrato%2F&ei=KWtxU5ekEM-RyATrhYCgCg&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHJOI6YH70Mqwg29hrl0JPSaSzdeQ&ust=1400028320771577 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=PBJYKR_dMztJ3M&tbnid=K8Xe00z-XjLm2M:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fcookingandsweating.com%2Ftag%2Fnitrato%2F&ei=KWtxU5ekEM-RyATrhYCgCg&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHJOI6YH70Mqwg29hrl0JPSaSzdeQ&ust=1400028320771577 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância SUCO DE BETERRABA E GENGIBRE 3 beterrabas grandes picadas 2 cm de raiz de gengibre Passe os ingredientes pela centrifuga ou liquidificador. Despeje em um copo, coe e sirva imediatamente. SUCO DE BETERRABA, ESPINAFRE E GENGIBRE 3 beterrabas pequenas cozidas, sem casca e picada 100gr de folhas de espinafre ¼ de pepino Passe os ingredientes pela centrifuga ou liquidificador. Despeje em um copo, coe e sirva imediatamente. SUPLEMENTAÇÃO BCAA Muitos atletas e praticantes de atividade física vêm consumindo os mais diversos suplementos a fim de obterem melhor forma física e desempenho em competições. Com isso estudos vêm sendo feitos para determinar se estes suplementos realmente promovem efeitos ergogênicos. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=WbK7QqAOitrJJM&tbnid=wPUN2I__OOJ7MM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.bracodeferrosuplementos.com.br%2Fbcaa-1000-optimum-nutrition-165.html&ei=k2txU-DQBIWayAS-6YHgDA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHLGTBXyoTb80kL9w9YMcqiRlFV7Q&ust=1400028409255270 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=WbK7QqAOitrJJM&tbnid=wPUN2I__OOJ7MM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.bracodeferrosuplementos.com.br%2Fbcaa-1000-optimum-nutrition-165.html&ei=k2txU-DQBIWayAS-6YHgDA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNHLGTBXyoTb80kL9w9YMcqiRlFV7Q&ust=1400028409255270 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância De acordo com os mesmos autores, a suplementação vem se tornando cada vez mais comum no meio esportivo. Isto porque os atletas ou mesmo as pessoas que praticam atividade física estão visando um melhor rendimento e/ou ganho de saúde e forma física. Muitos suplementos ditos ergogênicos são baseados em dados obtidos com animais de laboratório e pouco se pode extrapolar para o ser humano, garantindo os mesmos benefícios. No tocante ao metabolismo dos BCAAs (aminoácido de cadeia ramificada) especificamente a leucina, valina e isoleucina, inicialmente cabe ressaltar as vias bioquímicas envolvidas no catabolismo desses aminoácidos. Diferentemente de outros aminoácidos, que são oxidados primariamente no tecido hepático, o sistema enzimático mais ativo para a oxidação dos BCAAs está localizado no músculo esquelético. Apesar do fígado não poder diretamente catabolizar os BCAAs, o mesmo apresenta um sistema muito ativo para a degradação dos cetoácidos de cadeia ramificada oriundos dos correspondentes BCAAs. Quando BCAA é ingerido repetidamente durante o exercício, quantidades pequenas deste produzem um aumento na concentração plasmática suficiente para igualar o aumento da concentração de triptofano livre durante e depois do exercício, e que não há razão para acreditar que isto irá causar fadiga precoce devido aos elevados níveis de amônia no sangue. De acordo com Calders et al. alguns estudos associam a suplementação de BCAA com carboidratos no intuito de potencializar o efeito ergogênico dos aminoácidos e poupar glicogênio durante o exercício de endurance. Contudo os resultados encontrados não favorecem esta conduta. Quando a glicose (100 mg) foi administrada antes do exercício o suplemento de BCAA (30 mg) não demonstrou efeito adicional no desempenho, enquanto o suplemento de BCAA (30 mg) isolado aumentou o tempo à exaustão em ratos. Muitos estudos falharam em demonstrar um aumento do tempo de exercício até a fadiga com a suplementação de BCAA e concordaram em descrever um aumento significativo da amônia circulante. Os níveis plasmáticos desses aminoácidos aumentam Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância com a suplementação, mas isto não reflete necessariamente um aumento da captação destes pela célula muscular e menor degradação protéica. JEJUM E EXERCÍCIO O jejum tem sido utilizado como estratégia para maximizar a queima de lipídios durante o exercício e promover alterações da composição corporal em indivíduos fisicamente ativos. Contudo, alguns estudos apresentam resultados inconsistentes em relação aos seus efeitos. Alguns autores observam aumento da oxidação de lipídios e diminuição da oxidação de CHO após diferentes períodos de jejum. Outros verificam que a diminuição da disponibilidade de CHO limita a oxidação de AG, além da alteração da composição corporal obtida estar relacionada à diminuição de massa magra, em sua maior parte, e as variações de peso observadas essencialmente à perda de água, assim como sensível diminuição do desempenho. Segundo Santos, ao realizar o exercício físico logo pela manhã em jejum, o organismo será obrigado a utilizar a gordura como fonte primária de energia. Dificilmente são registrados casos de hipoglicemia quando o exercício é realizado ao final da tarde. Isso se deve ao fato de que nesse horário o sujeito já deve ter realizado http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=rFobESdmRrTXmM&tbnid=2YmsjQZBCN56mM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.trackandfield.com.br%2Fwordpress%2Falimentacao-2%2Fexercicio-em-jejum-saiba-mais-sobre-o-tema&ei=gWxxU6zxM8ywyAS5-YIQ&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNFPjeFw6okJDWb7S_l9L1sdoJ_GSA&ust=1400028658095392 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=rFobESdmRrTXmM&tbnid=2YmsjQZBCN56mM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.trackandfield.com.br%2Fwordpress%2Falimentacao-2%2Fexercicio-em-jejum-saiba-mais-sobre-o-tema&ei=gWxxU6zxM8ywyAS5-YIQ&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNFPjeFw6okJDWb7S_l9L1sdoJ_GSA&ust=1400028658095392Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância no mínimo quatro refeições. Assim, nessas refeições, o glicogênio muscular e hepático são restabelecidos ou preservados, devido à dieta nutricionalmente adequada, ajudando na manutenção dos níveis glicêmicos normais. No entanto, quando o exercício é realizado pela manhã, normalmente ocorre após um período de sono de aproximadamente de 8 a 10 horas, sem que haja o consumo de qualquer alimento dentro desse período, consequentemente promovendo a redução dos estoques de glicogênio muscular e hepático. Com isso a ingestão de alimentos antes da prática de exercício físico, previne a hipoglicemia, além de promover uma boa energia para toda a prática esportiva. Vários estudos têm mostrado que a prática de exercício físico em jejum leva à economia de glicose e uma maior utilização de gordura durante a atividade e algum tempo após seu término. Com isso, pela falta de alimento no corpo, ele pode entrar em um estado de “racionamento de energia”, diminuindo o gasto energético. Horton e Hill notaram que o jejum prolongado (com duração de 72 horas), ao contrário do jejum noturno (13 horas), pode produzir um grande aumento da oxidação de lipídios em relação à oxidação de CHO, em homens sadios durante o repouso. Alguns autores já analisaram que o jejum noturno com duração de 11 horas aumenta a degradação de triacilglicerol intramuscular entre 50 e 75% do Vo2max em cicloergômetro durante o exercício. Após ficar muito tempo sem se alimentar, cria-se um ambiente favorável para a queima de gordura, pois, com a caminhada moderada nessas condições, o estoque de glicogênio estará em baixa, facilitando que o organismo necessite de outro substrato para oxidar, no caso, a gordura. Os níveis sanguíneos de glicose em condições normais se encontram entre 80-90 mg/100 ml. Quando estamos em jejum, inicia-se a gliconeogênese, com mobilização do estoque de CHO no fígado. Em seguida, ocorre o catabolismo das proteínas que são utilizadas pelos tecidos ou convertidas em glicose. Após a utilização de proteína e CHO, finalmente prioriza-se a mobilização de gordura, com a formação de corpos cetônicos, que conseguem passar pela barreira, sangue e cérebro e serem utilizados como energia. Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância Se o jejum permanecer por muito tempo, ocorre novamente o catabolismo protéico, desta vez de forma mais danosa. Curi et al. dizem que os AG são uma fonte importante de energia para o exercício de intensidade leve, moderada e naqueles com duração prolongada. Alguns estudos têm demonstrado a diminuição no percentual de gordura de acordo com o tipo de exercício utilizado. Mas a utilização de gordura como fonte de energia irá depender da intensidade e duração do exercício. Ao realizar exercício físico de baixa intensidade, a demanda energética é suprida por mecanismos oxidativos (ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa), primeiramente através da degradação de ácidos graxos, mas a produção de energia por esse mecanismo é dependente da conversão de glicose a oxaloacetato. O glicogênio muscular armazenado é suficiente para pouco mais de uma hora de esforço de intensidade moderada, assim, os músculos dependem também da captação http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=YAsAh4RWf7iaYM&tbnid=_SmXUvskpp02wM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fnutritreiner.com.br%2Fexercicio-fisico-em-jejum-sim-ou-nao%2F&ei=UG1xU4yPKMihyAS7vYDYDw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNFPjeFw6okJDWb7S_l9L1sdoJ_GSA&ust=1400028658095392 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=YAsAh4RWf7iaYM&tbnid=_SmXUvskpp02wM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fnutritreiner.com.br%2Fexercicio-fisico-em-jejum-sim-ou-nao%2F&ei=UG1xU4yPKMihyAS7vYDYDw&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNFPjeFw6okJDWb7S_l9L1sdoJ_GSA&ust=1400028658095392 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância de glicose circulante para preservar a contração. Desta forma, a manutenção da glicemia é fundamental para manter a função cerebral durante exercícios prolongados, nos quais se observa a diminuição da glicemia para até 40-50 mg.dL¯¹, fazendo com que o individuo chegue à exaustão. Levando isso em conta, ocorrem ajustes com o treinamento para aumentar a eficiência na mobilização dos AG a partir do tecido adiposo, que é um estoque abundante. Marquezi e Costa, afirmam que dietas ricas em CHO diminuem a oxidação da gordura corporal e a concentração sanguínea de AG durante o exercício nos 50 minutos iniciais com intensidade de 70% do VO2max. No entanto, a supressão da oxidação das gorduras torna-se reversível com o aumento da duração do exercício. Após 100 minutos de exercício, a proporção da queima de gordura é parecida à dos CHO, mesmo quando são ingeridos antes do exercício. Segundo estudos, em repouso, um organismo saudável pode adaptar-se ao jejum facilmente, mas, frente a uma demanda metabólica elevada, como nos exercícios, a ocorrência disso pode tornar-se mais difícil. O treinamento aeróbio acarreta adaptações que fazem com que os AG sejam aproveitados como fonte de energia, enquanto que o glicogênio muscular é preservado. Ao realizar uma atividade física em jejum, a quantidade de CHO armazenado no músculo e no fígado encontra-se em baixo nível. Contudo, haverá menor quantidade disponível de energia para realizar o exercício. Outros estudos dizem que alguns autores observam que a alteração da composição corporal obtida através do treinamento em jejum é devido à redução de massa magra, em sua maior parte, e que as diferenças de peso descritas referem-se, principalmente, à perda de água. Em jejum, os corpos cetônicos (provindos da gordura) são utilizados no lugar da glicose, fazendo com que um número menor de aminoácidos seja utilizado na gliconeogênese e, com isso, as proteínas sejam relativamente preservadas. Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância A INGESTÃO DE CARBOIDRATOS DURANTE O EXERCÍCIO Durante o exercício físico, é importante que a suplementação de carboidratos ingerida seja rapidamente absorvida para que se mantenham as concentrações da glicose sanguínea, principalmente em esforços realizados por períodos de tempo prolongados, quando os depósitos endógenos de carboidratos tendem a se reduzir significativamente. Desse modo, a administração de carboidratos pode resultar em aumento na disponibilidade da glicose sanguínea, reduzindo a depleção de glicogênio muscular observada nas fases iniciais do desempenho físico. Apesar de todas essas evidências, muitos estudos têm demonstrado que a suplementação de carboidratos melhoram acentuadamente o desempenho físico apenas em esforços extremamente prolongados (superiores a duas horas). Durante o exercício, o objetivo primordial para os nutrientes consumidos é repor os líquidos perdidos e providenciar carboidratos (aproximadamente 30 a 60g por Estratégias Nutricionais Durante Treinamento e Competição http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=4o3F_xJiLwMbEM&tbnid=ONennM2U-muptM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fcherrylady.com.br%2Falimentacao-exercicio-dicas-emagrecer%2F&ei=7W9xU7WZJJWjyASH_4KgCA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNFN2v0f0Jym8sJrmsABDiANhSwiLw&ust=1400029068593832 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=4o3F_xJiLwMbEM&tbnid=ONennM2U-muptM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fcherrylady.com.br%2Falimentacao-exercicio-dicas-emagrecer%2F&ei=7W9xU7WZJJWjyASH_4KgCA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNFN2v0f0Jym8sJrmsABDiANhSwiLw&ust=1400029068593832 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância hora) paraa manutenção das concentrações de glicose. Esse tipo de nutrição é especialmente importante para atividades superiores a uma hora, ou quando o atleta não consome líquidos e nutrientes adequados antes do treino, ou em ambientes hostis (calor, frio, ou altitude). De acordo com Carvalho o ideal é utilizar uma mistura de glicose, frutose e sacarose. O uso isolado de frutose pode causar distúrbios gastrintestinais. De acordo com Guerra o consumo de carboidratos durante o exercício com uma duração superior à uma hora assegura o fornecimento de quantidade de energia durante os últimos estágios do exercício. A reserva de glicogênio muscular é a principal fonte de glicose para o exercício e quando esta reserva está baixa a capacidade do praticante de se manter exercitando diminui. A depleção de glicogênio pode ser um processo gradual que ocorre após dias de treinamento intenso onde a reposição destas reservas não ocorre apropriadamente. INGESTÃO DE PROTEÍNAS DURANTE O EXERCÍCIO Uma bebida adequadamente formulada contendo carboidratos e eletrólitos (BCE) melhora o desempenho durante o exercício principalmente por causa de dois ingredientes-chave: carboidratos (CHO), que fornecem o combustível para os músculos que estão sendo acionados e o sódio, que ajuda a manter o balanço hídrico. Recentemente dois estudos sugeriram que o acréscimo de uma pequena quantia de proteína (~2% de proteína de soro de leite) a uma BCE melhorava a capacidade de endurance comparado à ingestão isolada de uma bebida esportiva. Entretanto, a relevância prática desses estudos foi prejudicada pelo modo que a pesquisa foi conduzida. Primeiro, o teor de CHO na CEB foi menor que o considerado ótimo para o desempenho e segundo, o método para avaliar o desempenho (tempo de exercício para iniciar a fadiga) não reproduziu o que os atletas costumam fazer quando competem. Em um estudo abordou-se esses pontos treinando ciclistas a ingerir CEB durante o exercício em uma taxa considerada a melhor possível para a oferta de CHO Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância (60 g por hora) e desempenhar uma tarefa que fosse bastante próxima da que ocorre em uma competição esportiva. No exercício do estudo, mediu-se quanto tempo os participantes demoravam para pedalar 80 quilômetros em três ocasiões. Em cada uma delas recebiam uma das três possíveis bebidas: a) uma mistura de carboidratos a 6%; b) uma mistura contendo 6% de CHO + 2% de proteína de soro de leite ou c) placebo adoçado. Todos os indivíduos consumiram as soluções em uma proporção de um litro por hora. O estudo era duplo-cego, ou seja, nem os atletas e nem os pesquisadores sabiam o que cada um havia ingerido durante o teste. Houve também um rodízio na ordem em que os participantes receberam os três tratamentos, para evitar o viés relacionado à seqüência de ingestão. Os testes determinaram que a média de tempo para completar a distância (desempenho) foi idêntico quando receberam CHO e CHO + proteína (aproximadamente 135 minutos) e que ambos foram significativamente mais rápidos (aproximadamente 4%) que os que receberam placebo (141 minutos). Esse estudo mostra que a proteína não acrescentou nenhum benefício ao desempenho quando os atletas ingeriram a BCE durante o exercício na proporção que é considerada a melhor possível para a oferta de CHO, durante um evento que simulava uma competição da "vida real". http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=4nLJWbFvjokVzM&tbnid=rMadyzr5hA6O-M:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.efdeportes.com%2Fefd175%2Fexercicio-fisico-e-a-desidratacao-em-atletas.htm&ei=YnBxU_2EHtCmyATh9YGQBA&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNGiHlBdbh4b_Bb4w7tG_gn9DsXOtw&ust=1400029578115466 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância SUPLEMENTAÇÃO COM AMINOÁCIDOS DURANTE O EXERCÍCIO Além de proteínas intactas, muitos estudos avaliaram se o consumo de aminoácidos específicos ou de misturas de aminoácidos melhora o desempenho no exercício. Esses estudos não apontaram nenhum benefício de modo geral, apesar de a suplementação com aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) ainda ser discutida. Na opinião deste autor, os estudos mais bem controlados não revelaram nenhum efeito da suplementação dos BCAA no desempenho. Essa posição é corroborada por dois estudos recentes que investigaram o efeito dessa prática durante o exercício realizado no calor. Nesses estudos desenvolveram-se manipulações para diminuir a disponibilidade de glicogênio e induzir a desidratação. Essa técnica foi usada a fim de simular as condições metabólicas que os atletas vivenciam durante os últimos estágios do exercício prolongado. Baseando-se na duração do exercício e intervalo até exaustão voluntária, ambos os estudos não mostraram nenhum efeito da ingestão de BCAA no desempenho. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=tnuUUVKyZmcX_M&tbnid=-yrWZ8g7NePRlM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fcentralfitness.blogspot.com%2F2008%2F12%2Fmelhores-suplementos-alimentar.html&ei=3XBxU-z9PMGGyASFlYC4BQ&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNGDIaZ_4oldiB086c3C9bOdtBWKkw&ust=1400029717007192 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância O crescimento muscular ocorre em três fases: 1. Estimulação: O stress, causado durante o treinamento pelas sobrecargas metabólicas e tensionais, provoca microlesões nos músculos envolvidos que caracterizam a estimulação. 2. Recuperação: envolve tanto a reparação dessas microlesões como também o restabelecimento energético num patamar superior ao anterior. Esta fase de recuperação é fundamental para o desenvolvimento muscular afim de se preparar para estímulos subsequentes mais intensos. Se o atleta não estiver completamente recuperado e houver fornecimento de nova sobrecarga, a musculatura responderá de maneira negativa desfavorecendo o desenvolvimento muscular. Em se tratando do treinamento de hipertrofia muscular, acredita-se que a recuperação ocorra entre 48 e 72 horas, Estratégias Nutricionais Pós Treino e Competição: O Período de Recuperação http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=UFawuVK5rXMeJM&tbnid=luiSdYwNANKJQM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fculturafisicaroberto.blogspot.com%2F2011%2F01%2Fcontracao-maxima-segredo-do-crescimento.html&ei=PHJxU-7WGIWhyATIx4CACQ&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNH6lubbPtfx1kXZkM88VD_vFgC2LA&ust=1400029842091529 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=UFawuVK5rXMeJM&tbnid=luiSdYwNANKJQM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fculturafisicaroberto.blogspot.com%2F2011%2F01%2Fcontracao-maxima-segredo-do-crescimento.html&ei=PHJxU-7WGIWhyATIx4CACQ&bvm=bv.66330100,d.aWw&psig=AFQjCNH6lubbPtfx1kXZkM88VD_vFgC2LA&ust=1400029842091529 Apostila Curso Nutrição Esportiva para Corredores Ensino à Distância considerando uma alimentação adequada e outros fatores, tais como o descanso. 3. Crescimento: O processo de crescimento muscular, portanto, ocorre em sua maior parte não durante o treinamento e sim no período de descanso. A síndrome do overtraining se manifesta primariamente no sistema nervoso, depois alcançando o sistema muscular. RECUPERAÇÃO PÓS-EXERCÍCIO: Imediatamente após o exercício: 1 a 2 horas após do treino, os músculos que estavam ativos se preparam para restabelecer a energia gasta e maximizar a entrada de nutrientes. Este é o estado em que o corpo se encontra mais receptivo à absorção e armazenamento de energia. Geralmente o corpo experimenta uma diminuição natural de insulina circulante durante o exercício, esta situação é superada por uma mudança nas células do músculo exercitado. Acredita-se que durante
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