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por Marcel� Portell� Var� OS LUSÍADAS, LUÍS VAZ DE CAMÕES ● epopeia: poema narrativo de ações grandiosas feitas por um herói idealizado ○ tem cinco partes obrigatórias: proposição, invocação, dedicatória, narrativa e epílogo → (mais abaixo há uma explicação) ● 8816 versos decassílabos, 1102 estrofes organizadas com o esquema de rimas ABABABCC ● maior poema épico da língua portuguesa ● o texto começa a ser narrado já em Melinde, na África, onde Vasco da Gama é recebido pelo rei local. Ele começa a narrar os feitos portugueses, a partida e como foi a viagem até ali ● presença mitológica romana durante todo o texto: ○ Vênus e Marte interferem a favor do povo lusitano ○ Baco e Netuno são contrários às expedições ● o mar é tratado como uma grande conquista de Portugal, sendo utilizado para tentar resgatar o orgulho português, a honra de pertencer a esta nação, que sofreu tanto com a perda de tantas pessoas para se tornar um povo grandioso ● o poema épico é dividido em 10 cantos: ○ Canto I: espécie de “introdução” do texto ■ proposição: anuncia que o assunto do texto são os grandes feitos lusitanos ■ invocação: invoca personagens para proteger a viagem. Essas personagens são as Tágides (ninfas do Rio Teto), uma maneira de recuperar a mitologia grega ■ dedicatória: dedica a Dom Sebastião, rei de Portugal, uma vez que só eram transcritos e valorizados os textos que eram do gosto do rei ○ Canto III: Vasco da Gama conta a história de Inês de Castro para o rei de Melinde: conta a história de Portugal. ■ Inês de Castro: jovem espanhola que se apaixona perdidamente por Dom Pedro, príncipe de Portugal, e tem seu amor correspondido. O pai de Dom Pedro, Dom Afonso, ouvindo seus conselheiros, decide matar Inês para separá-la de seu filho, para esse casar-se, então, com princesas ou filhas de fidalgos. Além disso, o rei também não gostava dela, pelo fato de ela ser espanhola. Pedro, de coração partido, constrói um mausoléu para enterrar sua amada, manda os conselheiros do rei beijarem as mãos de Inês e, literalmente, arranca seus corações. ○ Canto IV: Vasco da Gama começa a contar sobre a partida ■ Velho do Restelo: um velho está na praia do Restelo, onde as naus de Vasco da Gama partiram. Ele critica as navegações pois acredita que estas deixaram de ter o objetivo de engrandecer a pátria, mas sim passaram a atender apenas interesses pessoais. Sendo um velho, ele representa algo ultrapassado, a ideia de que fosse necessário defender o território português de possíveis invasões. É uma voz contraditória de todo o texto, que em sua maioria, engrandece as navegações. A ideia do velho é também considerada uma observação de Camões que acaba se tornando uma profetização da decadência de Portugal e da entrada na União Ibérica (domínio de Espanha sobre Portugal), que ocorre algum tempo depois da publicação de “Os Lusíadas”. É um episódio marcado pela presença do pessimismo camoniano. ○ Canto V: ■ Cabo das Tormentas: encontro de dois oceanos, que acaba se tornando um local de difícil passagem, onde a maior parte das embarcações que tentavam atravessar acabavam naufragando. É um obstáculo para o herói mitificado (Vasco da Gama), sendo aquele personificado como o Gigante Adamastor, referência à mitologia grega. Adamastor era um titã que se apaixona pela ninfa Tétis, e Júpiter, que a desejava, transforma-o em um gigante de pedras. Como de costume, Adamastor ameaça apedrejar as naus, porém Vasco da Gama, sendo muito inteligente (engrandecimento do herói), o reconhece, se tornando assim seu confidente, de modo que o gigante deixa as embarcações passarem. ○ Canto IX: ■ A Ilha dos Amores: ilha inventada por Camões onde havia ninfas que davam aos navegadores amor, carinho e um banquete. Teria sido um presente de Vênus aos portugueses, por terem chegado ao Oriente. Lá, Tétis apresenta a Vasco da Gama a máquina do mundo, que mostrava toda a ciência relacionada à Terra. Vasco da Gama percebe que a máquina do mundo mostrava que o nosso planeta entraria em colapso. ○ Epílogo: Camões demonstra o pessimismo camoniano, trazendo suas lamentações e seu desgosto do mundo materialista e individualista, utilizando a voz de Vasco da Gama. ● rei português autoriza a publicação de “Os Lusíadas” pois este atua como uma propaganda do Império Português, mostrando sua grandiosidade
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