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Cirurgia de Traqueia - Técnica Cirúrgica Veterinária

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Técnica CirúrgicaTécnica Cirúrgica
D A T A 2 9 - 1 1 - 2 0 2 1
Cirurgia de Traqueia:
Traqueotomia: abertura da traqueia.
Traqueostomia: abertura da traqueia com o
meio exterior - temporária e definitiva.
Traqueorrafia: sutura da traqueia. 
Traqueia é um órgão tubular oco que tem a
função de levar o ar inspirado para os
pulmões e o ar expirado para fora. 
Tem início caudal a laringe e vai até a entrada
do tórax onde se ramifica formando
brônquios, bronquíolos e alvéolos.
A traqueia é uma cartilagem incompleta,
completada pelo músculo traqueal (região
dorsal). Em um acesso a traqueia pela região
ventral só será possível ver a parte da
cartilagem.
 Nas aves a traqueia é formada
completamente por cartilagem.
Irrigação e inervação: artérias tireoideanas
cranial e caudal.
Drenagem: veias tireoideana, jugular e
broncoesofágica.
Inervação: nervo laringo recorrente e vago
direito. 
Carina - parte onde a traqueia se ramifica.
Indicações - traqueotomia:
Remoção de corpo estranho.
Reflexo de tosse. 
Endoscopia - remove a maior parte dos corpos
estranhos. 
Neoplasma.
Traumatismos - brigas.
Enfisema subcutâneo.
Coleta de amostras - biópsia.
Estenose traqueal.
Deformação.
Indicações - traqueostomia:
Obstrução de vias aéreas (emergência).
Intervenções cirúrgicas nas fossas nasais.
Intervenções cirúrgicas na cavidade oral.
Anestesia inalatória.
Ventriculectomia. 
Acesso cirúrgico pela linha mediana.
Animal em decúbito dorsal.
Pele e subcutâneo, músculo esterno-hioideo e
esterno-tireoideo.
Fazer uma divulsão (afastar) bem no centro
onde eles se unem.
Na região mais caudal temos o esterno-
cefálico.
Traqueostomia:
Traqueostomia temporária:
Acesso transversal.
Não incisar o anel cartilaginoso, incisar o
ligamento interanular – colocação de
traqueostubo.
A mais usada.
Almofada na superfície dorsal do pescoço.
Pontos de reparo – afastar – abertura para
introdução do traqueotubo.
Técnica CirúrgicaTécnica Cirúrgica
D A T A 2 9 - 1 1 - 2 0 2 1
Fixar o traqueotubo.
Balonete: se ficar muito tempo fazendo
pressão pode levar a uma isquemia. Não
encher muito por causa disso.
Acesso retalho traqueal.
Melhor introdução do traqueotubo, menos
tensão.
Menos tensão e menos possibilidade de
isquemia e consequente necrose.
Acesso longitudinal ou vertical.
Incisão da cartilagem.
Mais difícil de suturar depois.
Acesso a traquéia:
Animal em decúbito dorsal.
Antissepsia. Panos de campo.
Incisão 1 a 2cm caudal a laringe.
Pele, subcutâneo.
Forci-tensão, forci-pressão com pinças
hemostáticas.
Músculo esternohioideo – divulsão.
Músculo esternotireoideo – divulsão.
Traqueia.
Traqueorrafia:
Traqueostomia:
Traqueia:
Geralmente não sutura – corte transversal –
produção de tecido de granulação e fecha
sozinho.
No caso da fixação: Ao redor do traqueotubo
(incisão longa).
Sutura dos músculos, subcutâneo e pele.
Monofilamentoso 3-0, 4-0.
Técnica CirúrgicaTécnica Cirúrgica
D A T A 2 9 - 1 1 - 2 0 2 1
Remoção de 3-5 cartilagens traqueais,
tentando deixar a mucosa traqueal integra.
Incisão em forma de dobradiça.
Abertura tende a diminuir – 2 aneis traqueais
suficientes para o animal respirar.
Cuidados: limpeza diária. Animal não pode
entrar em piscinas.
Uma vez retirado o traqueotubo:
Fechamento por segunda intenção.
Sutura com fio absorvível sintético.
Monofilamentoso 3-0, 4-0.
Pontos isolados simples (intraligamentar).
Averiguar a aerostasia NaCl 0,9%.
Músculos esternohioideo e esternotireoideo:
Sutura com fio absorvível sintético.
Monofilamentoso 3-0, 4-0.
Sutura contínua simples.
Subcutâneo:
Sutura com fio absorvível sintético.
Monofilamentoso 3-0, 4-0.
Pontos contínuos simples.
Pele:
Sutura com fio inabsorvível sintético.
Monofilamentoso 4-0, 5-0.
Suturas isoladas simples, Wolff.
Traqueostomia definitiva:
Lesões irreversíveis na face.
Não se usa traqueotubo.
Sutura traquéia na pele mantendo um estoma.
Traqueorrafia término-terminal:
Lesões sérias – remoção da cartilagem e
anastomose término-terminal. Pode-se
remover até 50% do número de anéis
traqueais. Ponto unindo cartilagens craniais e
caudais – nó diminuindo a tensão. Sutura de
tensão.
Pós-operatório:
Traqueostomia:
Aspiração da secreção com sonda uretral.
Hidratação de epitélio (1-5ml de NaCl 0,9%). 2
a 2h.
Facilita a remoção do muco.
Proteção com gaze ao redor do traqueotubo.
Succionar com a sonda ou aspirador
cirúrgico.
Limpeza da sonda técnica asséptica.
Antibioticoterapia – resistência. Condições
normais não precisa.
Técnica CirúrgicaTécnica Cirúrgica
D A T A 2 9 - 1 1 - 2 0 2 1
Mucosa, submucosa, muscular e serosa
substituída por uma adventícia (fáscia
cervical, pleura no torácico e peritônio na
porção abdominal).
A serosa tem grande capacidade de vedação.
Com a adventícia, há maiores chances de
extravasamento de conteúdos e
contaminação.
Antiinflamatório não esteroidal ou esteroidal.
Nunca associar um ao outro.
Repouso.
Alimentação em pequenas quantidades.
Não usar coleira e sim peitoral.
Limpeza da ferida (NaCl 0,9%).
Observar deslocamento da sonda (dispnéia).
Complicações de traqueotomia ou
traqueostomia:
Infecção e tosse.
Obstrução – edema e irritação.
Lesão do nervo laríngeo recorrente.
Enfisema (escape de ar pela traquéia).
Necrose por pressão da mucosa traqueal.
Esôfago:
Órgão tubular oco que une a região da
orofaringe a estômago.
Região cervical, torácico e abdominal.
Deve-se evitar a cirurgia do esôfago.
Altas taxas de complicações.
Endoscopia ou empurrar para o estômago e
fazer uma gastrotomia.
Preenchimento de contraste em pregas
esofágicas.
Levemente deslocado para a esquerda em
região cervical.
Hiato esofágico.
Nervo vago.
Vascularização:
Artéria tireoideana cranial e caudal.
Irrigação segmentar – se seccionar uma parte
pode comprometer outras regiões do esôfago.
Inervação:
Nervo laríngeo recorrente direito e esquerdo.
Nervo vago.
Pode-se fazer Ponto de swift – ponto invertido
– entra por dentro – nó fica para dentro do
lúmen.
Indicações:
Corpos estranhos.
Neoplasias de esôfago.
Espirocercose (spirocerca lupi) – forma
granulomas no esôfago.
Estenose esofágica.
Feridas por mordedura (laceração).
Locais de maior ocorrência:
Esôfago faringeano.
Entrada do tórax.
Base do coração.
Hiato esofágico.
Técnica CirúrgicaTécnica Cirúrgica
D A T A 2 9 - 1 1 - 2 0 2 1
Abordagem cirúrgica:
Cervical: incisão longitudinal mediana (face
ventral).
Esquerda da linha média.
Músculo esternotireoideo, esternohioideo.
Coloração parecida a musculatura.
Sonda esofágica.
Torácica: toracotomia intercostal (D ou E).
Direita – esôfago cranial (3-4º espaço
intercostal).
Direita ou esquerda: esôfago caudal (7-9º).
Fatores que contribuem para alta
complicação:
Ausência de serosa.
Vascularização segmentada.
Falta de omento maior.
Movimentação – respiração e deglutição.
Tensão no local da cirurgia.
Sutura:
Oclusão em 1 ou 2 planos.
Evitar suturas contínuas:
Pode interferir na dilatação do esôfago.
Interferência na irrigação.
Primeira camada – submucosa e mucosa.
Segunda camada – muscular e adventícia.
Único plano – todas as camadas.
Camada de sustentação – submucosa.
Sinais clínicos (corpo estranho):
Dor na deglutição.
Sialorreia.
Recusa de alimento.
Emagrecimento.
Depressão.
Regurgitação.
Desidratação.
Pneumonia por aspiração.
Diagnóstico:
Sinais clínicos.
Exames radiográficos:
Sempre duas posições (lateral e ventro-
dorsal).
Tomografia, ressonância.
Esofagoscopia.
Contraste: composto iodado, sulfato de bário
(não usar em suspeitas de perfuração).
Endoscopia.
Pré-operatório:
Jejum sólido e líquido (8-12h).
Banho.
Tricotomia.
Posicionamento:
Decúbito dorsal (cervical).
Decúbito lateral esquerdo ou direito: acesso
lado direito no tórax – toracotomia
intercostal.
Material necessário:
Diérese, hemostasia e síntese.
Clamps intestinais de Doyen curvos e retos.
Técnica CirúrgicaTécnica Cirúrgica
D A T A 2 9 - 1 1 - 2 0 2 1
Fio absorvível multifilamentar:
Poliglactina 910 (VICRYL), ác. Poliglicólico
(DEXON).
4-0, 3-0 (cães e gatos).
Ponto isolado simples (swift).
Entrada da agulha em relação a borda de 2-
3mm e distância entre ponto e outro de 2-3mm.
Retalho muscular (auxilia na vedação):
Suturar musculatura sobre o esôfago.
Uso de almofada para levantar a região.
Tricotomia ampla.
Músculo esternohioideo.
Músculo esternotireoideo.
Músculo esternocefálico – somente
deslocado.
Identificação esofágica.
Estetoscópio esofágico.
Sonda endotraqueal (traqueotubo).
Dissecação cuidadosa: tesoura de dissecação
de Metzembaum.
Cuidados com a contaminação:
Gaze, fita umbilical.
Compressas.
Isolar o esôfago.
Corpo estranho:
Incisão – sobre ou caudal a ele (dilatada).
Incisão é longitudinal.
Aspirar o conteúdo anterior ao corpo
estranho.
Sutura em duas camadas: pegando primeiro
plano e segundo plano.
Após a sutura do esôfago:
Irrigação abundante.
Solução fisiológica:
Trocar de instrumental (contaminado).
Trocar de luvas e panos de campo.
Sutura:
Aproximadamente 3mm da borda de incisão.
Fio absorvível monofilamentar:
Polidiaxona (PDS), poliglecaprone,
poligliconato.
4-0, 3-0 (cães e gatos).
Esofagectomia total:
Lesões mais graves.
Técnica CirúrgicaTécnica Cirúrgica
D A T A 2 9 - 1 1 - 2 0 2 1
Anastomose término-terminal.
Pode fazer em 2 planos a sutura – mucosa e
submucosa e depois muscular e adventícia.
Pós-operatório:
Analgesia.
Curativo tópico.
Retirar os pontos em 8-10 dias.
Alimentação:
Solução parenteral por 24-48h.
Após, líquido.
No 5º dia alimento pastoso.
No 7º dia alimento sólido.
Antibioticoterapia no pós não.
Salvo se houver quebra de assepsia.
Somente no transoperatório e a cada 30min
até acabar a cirurgia.
Complicações:
Estenose.
Deiscência.
Contaminação: tórax – pleurites,
mediastinite, pneumomediastino, derrame
pleural.
Fístulas.
Antibiótico pré e trans-operatório – profilaxia.
Dissecar somente o necessário.
Atenção rigorosa a alimentação.

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