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A queda dum anjo - Teste sobre a obra
Linguística Portuguesa (Universidade de Aveiro)
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Descarregado por maria valente (Mcbmv2005@gmail.com)
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A queda dum anjo
Era já Estio. Os galãs mais ardidos de Lisboa estanceavam por Seteais, por Pisões,
e por aquelas várzeas de Colares, a engarrafar lirismo para gastarem por salas nas
noites de Inverno.
O primeiro deles que descortinou por entre árvores a formosa brasileira foi 
alvissarando aos outros a ondina incógnita, que saíra das vagas a buscar camilha 
de folhagem e boninas entre as fragas da serra da Lua.
Começam os agitados monteiros da estranha caça a circunvagarem nas encostas e
oiteirinhos que rodeavam a vivenda de Ifigénia. Uns a viam ao sol-posto, outros 
ao arraiar da manhã, e outros quando ela perpassava por entre áleas de cilindras 
para uma gruta fechada como concha de pérola.
A presença de Calisto Elói, confundido com os arbustos floridos da casinha 
misteriosa, aumentou a curiosidade dos indagadores. Uns consideraram esposa do
deputado a bela esquiva; outros aventaram hipóteses mais românticas mas menos
honestas, À primeira conjectura opunha-se uma razão forte negativa: se ele era 
marido, porque vivia no hotel do Vítor? A segunda conjectura contraditava outra 
razão ponderável: se era amante, que descuidado amante era ele, que se 
encerrava no seu quarto do hotel, durante as noites - facto averiguado 
minudenciosamente pelos interessados? O mistério, pelo conseguinte, a nublar-
se, e as esporas da curiosidade impaciente a picar os moços ociosos, e os ricaços 
velhos, que espreitavam, por entre a rede das sebes verdejantes, esta Susana, 
mais cuidadosa que a outra, que acendia fogos nos lúbricos juízes de Israel.
Entre os mancebos, estremava-se um, que passava grandes espaços de tempo em 
quietismo escultural debaixo de um olmo, que sobranceava a casa de Ifigénia. 
Sempre que ela. à hora da maior calma, se aproximava da janela do seu gabinete 
a respirar o frescor do jardim, via o contemplativo sujeito de braços cruzados e 
olhos fitos. Mas, assim que, ao entardecer, os arredores da casa começavam a ser
frequentados, o moço, como quem se resguarda, desaparecia.
Era este sujeito aquele Vasco da Cunha, que esperava a herança de uma tia para 
casar com Adelaide Sarmento. Os olhos indiferentes de Ifigénia assetearam-lhe a 
pia alma, num daqueles dias em que ele viera de Lisboa a Sintra para assistir à 
novena de Santo António de Pádua, celebrada solenemente na capela de uma tia 
marquesa. Ou porque o ascético fidalgo andasse com o coração amolecido pelas 
práticas piedosas, ou porque Ifigénia se lhe figurasse algum daqueles serafins que
visitavam os anacoretas da Tebaida, o certo é que não houve mais despegar-se-
lhe a fantasia daquela imagem, que se interpunha entre ele e o santo filho de 
Marfim de Bulhões.
Ifigénia atentou na pertinácia do homem, e contou ao primo Calisto, gracejando, 
a tempestade amorosa que lhe andava iminente na pessoa daquele sujeito. 
Assomaram diferentes cores ao rosto do morgado. Quisera ele dissimular o 
sobressalto com o sorriso; mas a rubidez sanguínea nos olhos, se o dramaturgo 
inglês a visse, arranjaria daquele aspeito feroz assunto para mais celerado preto.
Ifigénia lisonjeou-se daquela explosão de lavas que arquejavam na lesta do 
homem.
Lisonjeou-se!... Pois amava-o ela?!
Camilo Castelo Branco, A Queda de Um Anjo
I
Descarregado por maria valente (Mcbmv2005@gmail.com)
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1. Caracterize o espaço social em que se movem as personagens.
2. Identifique a atitude assumida pelo narrador na descrição desse espaço. 
Justifique.
3. Aponte os processos estético-estilísticos fundamentais.
4. Caracterize os «mancebos» de que fala o texto.
5. A figura e atitudes de Vasco da Cunha despertam reacções diversas.
5.1. Explicite as reacções de Ifigénia e de Calisto.
5.2. Defina o(s) conceito(s) de amor que ressalta(m) da relação entre Ifigénia e 
Calisto.
II
1. Transponha para o discurso directo o enunciado que se segue:
A Catarina pediu que a fosse buscar.
O Pedro respondeu que estava bem, mas que ela não podia baloiçar-se no barco.
As frases numeradas de (a) a (c) são agramaticais, isto é, não respeitam a sintaxe
do Português.
2. Dê versões devidamente corrigidas dessas frases.
(a) - Não penses mais neles, pois não se preparavam a tempo do exame.
(b) - Mais tranquilos, olharam em volta o João e a Rita. O eco dos meus passos 
pareceram-lhes uma música tonificante.
(c) - Todos os aniversários são para eles dias de festa. Põe-se as melhores roupas,
e o jantar é especial.
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