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FLUXOGRAMA Os fluxogramas são uma representação esquemática fácil de entender para mostrar como as etapas de um processo se encaixam. Isso os torna ferramentas úteis para comunicar como os processos funcionam e para documentar claramente como um determinado trabalho é realizado. Além disso, o ato de mapear um processo no formato de fluxograma ajuda a esclarecer sua compreensão do processo e a refletir sobre onde o processo pode ser aprimorado. Ao término deste capítulo você será capaz de entender como funciona o processo de organização e suas principais etapas. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! As origens dos Fluxogramas O uso de fluxogramas para documentar processos de negócios teve seu início durante a década 1920. No ano de 1921, o casal de engenheiros industriais Frank Bunker Gilbreth e Lillian Moller Gilbreth na apresentação "Gráficos do processo: primeiros passos para encontrar a melhor maneira de fazer o trabalho", para membros da ASME - American Society of Mechanical Engineers. Dessa forma, as ferramentas do casal Gilbreths rapidamente chegaram aos currículos de engenharia industrial. Segundo Elaina (2015, p. 1), Frank e Lillian Gilbreth, foram um dos pioneiros da produtividade e contribuíram com as bases da administração cientifica Taylorista, ou como mais conhecida de gerenciamento cientifico, dando expressivas contribuições para o maior aprofundamento a despeito das noções dos estudos dos tempos e movimentos, uma forma de enxergar a otimização do tempo e processos para simplificar tarefas e promover a produtividade. contribuicões para o maior aprofundamento a despeito das noções dos estudos dos tempos e movimentos, uma forma de enxergar a otimização do tempo e processos para simplificar tarefas e promover a produtividade. No início dos anos de 1930, o também engenheiro industrial Allan Herbert Mogensen, consultor da indústria, como também uma autoridade na área da simplificação do trabalho e da administração de escritórios. Atualmente, reconhecido por divulgar e popularizar os fluxogramas, é lembrado como o pai da simplificação do trabalho. Nesse período Mogensen ainda experimentou estudos de tempo e movimento usando filmes. No início dos anos 1940, Mogensen era conhecido por fazer filmes de operações em hospitais, onde descobriu que os cirurgiões podiam trabalhar mais rapidamente, evitando movimentos perdidos, e ao fazê-lo, reduzir a taxa de mortalidade. Segundo Mogensen (1949), as coisas que precisam de melhoria nem sempre são aparentes. É fácil caminhar pela mesma situação ruim dia após dia sem vêla. As tarefas que levam muito tempo possuem custos elevados, pois exigem materiais, ferramentas e suprimentos. Estes gráficos têm sido usados muitas vezes para ilustrar processos e tarefas no ambiente organizacional. No entanto, o fluxograma é o mais simples dos três, e os princípios envolvidos na sua construção são os mesmos. Muitas empresas, preparam formulários especiais para a elaboração de fluxogramas. Enquanto detalhes variam, os elementos básicos permanecem os mesmos. O fluxograma do processo é feito seguindo homens, materiais, ou formulários em papel ao longo de todo o processo, demonstrando o percurso do objeto/tarefas (tempos e movimentos) seguindo-o desde o início do processo até ao fim. "Desenvolvido pela primeira vez por Frank Gilbreth, foi utilizado por ele em muitas fases do trabalho de gestão, o seu valor foi definitivamente comprovado" (MOGENSEN, 1949, p. 67). Desafie cada detalhe, era a metodologia para a criação de um fluxograma eficiente segundo Mogensen. No seu artigo denominado Carry Out a Methods Improvement Program (Realizar um Programa de Aperfeiçoamento de Métodos, 1949, p.68) enfatizava: "Temos agora um fluxograma do método atual. Portanto, estamos prontos para estudá-lo para uma possível melhoria". Dessa forma desafie cada detalhe do trabalho e faça perguntas pontuais: 1. O QUÊ? O que está feito? Qual é o propósito de o fazer? Por que é feito? Estas perguntas determinam o valor ou o propósito útil de fazer o detalhe particular que está sendo considerado. Queremos saber se ele faz o que se propõe a fazer; 2. 2. ONDE? Onde está sendo feito? Onde é o melhor sítio para o fazer? Por que deve ser feito lá? Onde mais poderia ser feito? Estas perguntas são feitas para ter certeza que, se o detalhe for necessário, está sendo feito no lugar certo; 3. 3. QUANDO? Quando o detalhe é feito? Quando é a melhor altura para o fazer? Por que deve ser feito então? Se o detalhe é necessário, devemos ter certeza de que é feito na hora certa. Deve ser feito ao mesmo tempo que algum outro detalhe? Deve ser feito antes - ou depois de algum outro detalhe? 4. 4. QUEM? Quem faz o detalhe? Quem o deve fazer? Por que deve ser esta pessoa a fazê-lo? As pessoas com menos habilidades podem fazer o trabalho? Certifique-se de que a pessoa certa está realmente fazendo o trabalho; 5. 5. COMO? Como é realizado o detalhe? Por que é feito dessa maneira? Podemos tornar mais fácil e seguro o trabalho tanto para as pessoas que o fazem como para o equipamento que utilizam? 6. Na década de 1940, dois estudantes de Morgensen, Art Spinanger e Ben S. Graham, disseminaram os métodos mais amplamente. Spinanger introduziu métodos de simplificação de trabalho na Procter & Gamble. Graham, diretor da Standard Register Industrial, diagramas de fluxo de processos adaptados ao processamento de informações. Em 1947, a ASME adotou um sistema de símbolos para diagramas de fluxo de processos derivados do trabalho original de Gilbreth. 7. Ao fim da década de 1940, Herman Goldstine e John Van Neumann usavam fluxogramas para desenvolver programas de computadores. Logo a criação desses diagramas se tornou cada vez mais popular para programas de computador e algoritmos de todos os tipos. Os fluxogramas ainda são usados para programação hoje. Definições, objetivos e vantagens Um fluxograma pode ser definido como sendo um diagrama que descreve um processo, sistema ou, até mesmo, algoritmo de computador. Atualmente, são amplamente difundidos e utilizados em diversas áreas, acadêmica e profissional, para documentar, analisar, planejar e, principalmente, melhorar e descrever processos mais complexos em diagramas simples e de fácil interpretação Na perspectiva de Scartezini (2009, p. 6), processos são modos de fazer algo que envolve a transformação, onde no seu interior e durante esse processo, ocorrem transformações, que incluem as etapas necessárias para a obtenção de um resultado, bem como: 1. Um processo seria uma ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com um começo, um fim, inputs e outputs claramente identificados, enfim, uma estrutura para ação; Processo seria um grupo de tarefas interligadas logicamente, que utilizam os recursos da organização para gerar os resultados definidos, de forma a apoiar os seus objetivos; onde: O fluxograma permite uma ampla visualização do processo e facilita a participação das pessoas. Serve, ainda, para documentar um órgão ou seção específica envolvida em cada etapa do processo, permitindo identificar as interfaces do mesmo; O fluxograma é uma ferramenta de baixo custo e de alto impacto, utilizada para analisar fluxos de trabalho e identificar oportunidades de melhoria. São diagramas da forma como o trabalho acontece, através de um processo. O seu estudo permite aperfeiçoar os fluxos para maximizar as etapas que agregam valor e minimizar os custos, além de garantir a realização de tarefas indispensáveis para a segurança de um sistema específico. O fluxo do processo desenhado deve retratar com clareza as relações entre as áreas funcionais da organização. O maior potencial de melhoria, muitas vezes, é encontrado nas interfaces das áreas funcionais. Enfatiza-se a documentação dos processos, seguindo apremissa de que, para realizar alguma melhoria no processo, é preciso primeiro conhecê-lo e entende-lo e que a qualidade de um produto ou serviço é reflexo da qualidade e gerenciamento do processo utilizado em seu desenvolvimento. A partir do momento em que um fluxograma foi criado para um processo crítico, é uma boa ideia mantê-lo atualizado com todas as mudanças de procedimento no trabalho. Se isso for feito, sempre haverá uma referência rápida de como o trabalho deve ser realizado. Sua compreensão é importante, pois é chave para o sucesso em qualquer negócio. Afinal, uma organização é tão efetiva quanto os seus processos. A representação gráfica desses processos utiliza, nos fluxogramas, diversas série de figuras geométricas que representam cada etapa específica do processo no qual será analisado. Essas formas definidas previamente são conectadas entre si por meio de setas e linhas que marcam a direção do fluxo e estabelecem o caminho do processo, como se fosse um mapa. Os fluxogramas são uma ferramenta útil tendo em vista que facilitam a compreensão de um processo. Utilizando apenas algumas palavras e alguns símbolos simples, eles mostram claramente o que acontece em cada estágio e como isso afeta outras decisões e ações. Todo tipo de organização usa fluxogramas para: a) definir e padronizar um processo, b) Identificar gargalos em um processo, c) resolver um problema e d) melhorar um processo. Nesse contexto, Silva (2017), um fluxograma também é conceituado como um gráfico em que se representa o percurso ou caminho percorrido para alcançar um objetivo. De acordo com a autora, uma das principais razões que os fluxogramas são eficientes é porque agem com a parte forte que as pessoas têm. O conceito é que o cérebro reconhece melhor imagens e os fluxogramas são imagens. A maioria das organizações possuem pouco ou nenhum. "Normalmente elas dependem de pastas cheias de procedimentos e instruções que não refletem realmente como a empresa funciona e não conduz a identificação de melhorias (Ibidem, 2017, p.1). Nesse sentido, Grimas (2008), enfatiza que os fluxogramas apontam como deve ser o trabalho, se inserindo nas soluções de problemas de interesse direto das atividades de uma administração racional, onde segundo o autor: Fluxograma é a representação gráfica que apresenta a sequência de um trabalho de forma analítica, caracterizando as operações, os responsáveis e/ou unidades organizacionais envolvidos no processo. Mostrando a circulação de papéis e formulários entre as diversas unidades organizacionais da empresa ou entre pessoas: É usado para a pesquisa de falhas na distribuição de cargos e funções nas relações funcionais; Na delegação de autoridade, na atribuição de responsabilidade; e Em outros aspectos do funcionamento do processo administrativo. Os fluxogramas são uma representação esquemática fácil de entender para mostrar como as etapas de um processo se encaixam. Isso os torna ferramentas úteis para comunicar como os processos funcionam e para documentar claramente como um determinado trabalho é realizado. Além disso, o ato de mapear um processo no formato de fluxograma ajuda a esclarecer sua compreensão do processo e a refletir sobre onde o processo pode ser aprimorado. Segundo Silva (2017), as principais vantagens na utilização do fluxograma, são: Aumenta a competência e influência de quem os elabora; Seu desempenho afeta a maneira como outros usam determinada saída; Desenvolve o espírito da equipe Cria motivação pelas fontes de informações e apoio disponíveis; Floresce a responsabilidade individual; Facilita o estabelecimento de objetivos. Corroborando com essas vantagens, Grimas (2008, p. 3), complementa ao afirmar que os fluxogramas apresentas outras sérias de vantagens, que podem ser resumidas em: Apresentação real do funcionamento de todos os componentes de um método administrativo. Esse aspecto proporciona e facilita a análise da eficiência do sistema; Possibilidade da apresentação de uma filosofia de administração, atuando, principalmente, como fator psicológico; Possibilidade de visualização integrada de um método administrativo, o que facilita o exame dos vários componentes do sistema e de suas possíveis repercussões, tanto positivas quanto negativas. Normalmente os outros métodos apresentam um mecanismo de leitura mais lento e menos claro, o que pode dificultar sua análise; Propiciar o levantamento e a análise de qualquer método administrativo desde o mais simples ao mais complexo, desde o mais específico ao de maior abrangência; O fluxograma, ou flow-chart, também é conhecido com os nomes de carta de fluxo de processo, gráfico de sequência, gráfico de processamento. Dessa forma, os fluxogramas têm como objetivos essenciais os seguintes aspectos principais (GRIMAS, 2008, p. 2): Padronizar a representação dos métodos e os procedimentos administrativos; Maior rapidez na descrição dos métodos administrativos; o facilitar a leitura e o entendimento; Facilitar a localização e a identificação dos aspectos mais importantes: Maior flexibilidade; e o melhor grau de análise. Entre seus principais benefícios estão: Comunicação: os fluxogramas são a melhor maneira de representar a comunicação de todas as lógicas de um sistema para todos os envolvidos; Análise eficaz: usando o fluxograma, problemas distintos podem ser analisados de maneira mais eficaz; Documentação adequada: os fluxogramas do programa servem como uma boa documentação do programa, necessária para vários propósitos; Codificação eficiente: os fluxogramas atuam como um guia ou planta durante a análise dos sistemas e a fase de desenvolvimento do programa; Depuração adequada: o fluxograma ajuda no processo de depuração; Manutenção eficiente do programa: A manutenção do programa operacional torna-se fácil com a ajuda do fluxograma. Ajuda o programador a envidar esforços com mais eficiência nessa parte. A simplicidade desta ferramenta torna a comunicação e a documentação de um processo rápidas e claras, para que o processo seja mais eficiente, que seja entendido e aplicado de maneira correta e consistente. Também pode colaborar para estimar a escala de tempo do processo, avaliando melhor o tempo necessário para cada tarefa. Dessa forma, é possível identificar quem estão ou deverão se envolver em que estágio do processo. E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que um fluxograma pode ser usado para definir e analisar processos, fornecer visão geral, melhor comunicação, tornar a modificação mais fácil e melhor documentação, criar uma imagem passo a passo do processo para análise, discussão ou comunicação; e definir, padronizar ou encontrar áreas para melhoria em um processo. Além disso, ao transmitir as informações ou os processos em um fluxo passo a passo, você pode se concentrar mais intensamente em cada etapa individual, sem se sentir sobrecarregado pela imagem geral. INFORMAÇÕES BÁSICAS, ANÁLISES E SIMBOLOGIA Um fluxograma é uma representação visual da sequência de etapas e decisões necessárias para executar um processo. Cada etapa da sequência é anotada em uma forma de diagrama. As etapas são vinculadas conectando linhas e setas direcionais. Isso permite que qualquer pessoa visualize o fluxograma e siga logicamente o processo do começo ao fim. Ao término deste capítulo você será capaz de entender que os fluxogramas são uma poderosa ferramenta nos processos administrativos, pois a construção adequada desses diagramas, comunica as etapas de um processo de maneira muito eficaz e eficiente. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! O conceito básico de um fluxograma é de se constituir em uma representação gráfica de processosa serem executados, aonde em cada etapa é expressa por meio de uma série de símbolos padrões. Assim, graças a uma linguagem de modelagem gráfica, o diagrama de um fluxo busca exibir: As operações a serem executadas, representadas por formas convencionais por meio de retângulos, losangos, hexágonos, paralelogramos, retângulos arredondados, cada uma com um significado lógico preciso e dentro das quais uma indicação textual descreve a atividade a ser realizada; A sequência na qual eles devem ser executados, representados por setas de conexão. Devido a essas características, o fluxograma pode ser levado até a categoria macro do diagrama de blocos, que por sua vez se enquadra na categoria de mapas conceituais. O fluxograma possui diversas características dos mapas conceituais, sendo muito útil para melhorar os resultados de uma análise. Ambas são ferramentas analítica e discricionais, que permitem de forma muito simples e prática, esquematizar tópicos, tarefas e conceitos e, por conseguinte, melhor visualizar o contexto de uma situação. O fluxograma possui o propósito de indicar a sequência do processo em questão, as unidades envolvidas e os responsáveis por sua execução, isto é, torna-se a representação simbólica ou pictórica de um procedimento administrativo. Nesse contexto, podemos inferir que um fluxograma é uma representação gráfica que divide um processo em qualquer tipo de atividade a ser desenvolvida em qualquer tipo de organização, independentemente se é uma indústria, um comércio ou uma prestadora de serviços, público ou privado, relativos aos seus departamentos, seções ou áreas de sua estrutura organizacional. Atualmente, os fluxogramas são considerados na maioria das empresas como um dos principais instrumentos na realização de qualquer método ou sistema. Os fluxogramas são de grande importância, pois ajudam a designar qualquer representação gráfica de um procedimento ou parte dele, mapeando todo o processo em análise. Segundo Azevedo (2016), mapear um processo necessita de uma observação e descrição direta e de como está sendo realizado trabalho/tarefas. Assim, segundo a autora, quanto maior o realismo e exatas forem tais ações, melhor será o julgamento da situação, como também melhor sucedida a interferência para a melhoria. Ressalta-se que tarefa na concepção de Scartezini (2009, p. 9), "é uma parte específica do trabalho, ou melhor, o menor microenfoque do processo, podendo ser um único elemento e/ou um subconjunto de uma atividade", que, de maneira geral, está diretamente relacionada como um item que desempenha uma incumbência específica. "O mapeamento de processo começa com a coleta de dados através de entrevistas, questionários, reuniões, observações de campo e análise da documentação existente", onde a lógica, de modo geral obedece a seguinte sequência (AZEVENDO, 2016, p. 4): 1. Identificar quem são os participantes do processo, quais as suas necessidades e como está o desempenho do processo. 2. 2. Definir responsabilidades no processo e as interfaces entre os diversos participantes. Para isso será necessário entender as regras de trabalho e de execução do processo. Use diagramas de fluxo de dados para desenhar, sem muito detalhe, o macro do fluxo das atividades do processo, a fim de identificar quando e que tipo de informação é passada entre os diversos intervenientes. 3. 3. Descer ao nível máximo de detalhe do processo, para que a documentação gerada seja usada eficientemente pelos respectivos destinatários. Este objetivo aplica-se habitualmente a processos operacionais, repetitivos e nos quais a padronização é um fator essencial para garantir a qualidade do trabalho. 4. Quando se faz uma representação de um processo, normalmente observa-se que algumas rupturas identificadas já eram conhecidas e portanto tomadas ações paliativas para resolver problemas a curto prazo (AZEVEDO, 2016). Dessa forma, o mapeamento das tarefas de um processo por meio de fluxogramas pode trazer benefícios por meio de medidas que poderão oferecer um conjunto de novas possibilidades que podem representar de maneira simplificada e assertiva as relações entre os vários processos de uma empresa, melhorando assim sua performance. 5. Os tipos de operações ou trâmites que integram o circuito de informações; O sentido de circulação ou fluxo de informações; As unidades organizacionais em que se realiza cada operação; O volume das operações efetuadas; e Os níveis hierárquicos que intervêm nas operações do método administrativo representado pelo fluxograma. 6. "Salienta-se que os dois últimos itens podem ser considerados como opcionais, embora sua representação possa proporcionar uma informação importante ao analista de sistemas, organização e métodos, bem como aos usuários do método administrativo considerado" (Ibidem, 2006, p. 143). Na perspectiva de Grimas (2008), destaca a análise pelo fluxograma (Figura 1), na apreciação do estudo das tarefas deve ser detalhado de cada tipo de fluxograma, sendo examinado o tema de análise que convém a cada um. Figura 1 - Exemplo de Fluxograma Oliveira (2006, p. 142), coaduna com esse contexto ao afirmar que no estudo detalhado de cada tipo de fluxograma, deve ser examinado o sistema de análise que convém a cada um. Antes de iniciar a análise do fluxograma, deve certificarse de que todas as fases foram relacionadas, bem como saber, exatamente, o que cada uma significa: a. O que é feito? Para que serve essa fase? Essa pergunta permite verificar se todas as fases foram relacionadas e se são conhecidas as utilidades de cada uma delas. É a pergunta que serve de base de sustentação para o analista de sistemas, organização e métodos; b. Por que essa fase é necessária? Tem ela alguma influência no resultado final da rotina analisada? Há, realmente, uma necessidade absoluta dessa fase? Se as respostas a essas não forem positivas, a fase dever ser eliminada; c. Onde essa fase deve ser feita? Será que a mudança do local em que essa fase está sendo realizada não permitirá maior simplificação da rotina? Tal mudança de local é viável? Verifique se a mudança de local onde a fase está sendo feita economizará tempo e evitará transporte. Se tal acontecer, alterar a ordem de execução e eliminar as fases desnecessárias; d. Quando essa fase deve ser feita? A seqüência está corretamente fixada? e. As respostas a essas perguntas aprimoram a sustentação do analista de sistemas, organização e métodos no estudo realizado; f. Quem deve executar a fase? Há alguém mais bem qualificado para executá-la? Seria mais lógico ou conveniente que outra pessoa realizasse essa fase? Essas perguntas permitem verificar a extensão da transferência de autoridade e de responsabilidade dentro da unidade organizacional; g. Como a fase está sendo executada? A resposta a essa pergunta permite encontrar um meio mais fácil de executar a fase, seja por meio de um impresso próprio, seja pela mecanização da fase ou ainda pelo uso de um equipamento especial. De acordo Silva (2017), é de extrema relevância que as figuras e símbolos utilizados na criação do processo de um fluxograma sejam usadas corretamente, "pois cada forma no estêncil representa uma etapa diferente em um processo e assim sendo, todos os envolvidos ou responsáveis pela execução do processo entendam onde estão em cada momento". Existe 28 formas diferentes como segue Quadro 1. "A simbologia apresentada traz apenas os símbolos mais comumente utilizados. Outros símbolos poderão ser empregados para mapeamento dos processos" (SCARTEZINI, 2009, p. 11). Os símbolos são representados por ícones simples, com linhas e setas representando conexões entre os eventos e a direção ou ordem em que ocorrem. Um fluxograma indica sequências e pontos de decisão, bem como pontos de partida e parada. Como é mais fácil entender os relacionamentos de forma visual do que na descrição verbal, os fluxogramaspodem impedir a omissão de etapas em um processo. Nos processos administrativos, os símbolos mais utilizados estão demonstrados na Quadro 2. Quadro 2 - Símbolos no Processo Administrativo De acordo com Oliveira (2006), as simbologias utilizadas nos fluxogramas possuem por finalidade demonstrar origem, processo e destino da informação escrita e/ou verbal componente de um sistema ou método administrativo. Todavia, ressalta que há uma convergência, para a padronização dos símbolos convencionais que representam elementos ou situações atuais. Tipos de Fluxograma Um fluxograma é uma representação gráfica esquematizada que ilustra um fluxo de trabalho ou processo ou uma solução para um determinado problema. Os fluxogramas modernos são essencialmente uma ferramenta de negócios que descreve várias etapas em uma progressão linear. Cada etapa avança em direção a um objetivo fixo. As caixas representam cada estágio em um fluxograma com setas conectando cada estágio sucessivo. Os fluxogramas, além de processos, podem ser utilizados para representar uma sequência lógica, de um processo de fabricação ou um organograma. De acordo com Oliveira (2006, p. 255), os principais tipos de fluxogramas que o analista de sistemas, organização e métodos pode utilizar são: 1. Fluxograma Vertical - O fluxograma vertical também é denominado folha de análise, folha de simplificação do trabalho ou diagrama de processo. O fluxograma vertical é, normalmente, destinado à representação de rotinas simples em seu processamento analítico numa unidade organizacional específica da empresa. Esse tipo de fluxograma possui quatro vantagens. A primeira consiste em poder ser impresso como formulário padronizado. A segunda consiste na rapidez de preenchimento, pois os símbolos e convenções já se acham impressos. A terceira consiste em maior clareza de apresentação. A quarta, na grande facilidade de leitura por parte dos usuários. O fluxograma vertical (Figura 2), como o próprio nome indica, é formado de colunas verticais, em uma coluna são colocados os símbolos convencionais de operação, transporte, arquivamento, demora e inspeção; em outra coluna é colocada a descrição do método atual e, por último, aquela coluna em que consta o profissional ou unidade organizacional que executa a operação Pela análise do fluxograma vertical, a empresa pode obter melhoramentos que resultam em eliminação, combinação, reclassificação, redistribuição e simplificação dos detalhes e grupos de detalhes. Por essa razão, verificam-se cada detalhe, aplicando-se as seguintes perguntas: 1) Por que esse sistema é necessário? Pode-se eliminar o sistema, o processo, os passos? II) O que é feito? quais os passos?' estão todos eles incluídos? Onde - deve isso ser feito? Pode ser feito em outro lugar? III) Quando-deve ser feito? é feito na referência correta? Pode ser combinado ou simplificado, movendo-o para frente ou para trás? IV) Quem - deve executar a tarefa? quem manipula é a pessoa indicada? Outra pessoa pode executá-la melhor? V) Como - está sendo executada a tarefa? pode ser executada com equipamento diferente? com procedimento diferente? e VI) Quanto - de volume de trabalho está envolvido? Pode ser reduzido? Precisa ser aumentado? 2. Fluxograma Parcial ou Descritivo - Sua operacionalização é efetuada mediante a interligação de seus símbolos. Deve-se notar que o conector é utilizado para evitar muitas intersecções de linhas (sentido de circulação). Outro aspecto é que se toma difícil a visualização dos documentos manuseados por uma única unidade organizacional, principalmente se houver troca constante de documentos entre as unidades. Também, como a unidade organizacional é representada por um símbolo, o fluxograma mostra-se mais complexo, ou seja, com maior número de símbolos do que os outros gráficos representativos da rotina e procedimento administrativo, conforme ilustrado na Figura 3. Figura 3 - Modelo de Fluxograma Parcial ou Descritivo Seus aspectos básicos são: a) descreve o curso de ação e os trâmites dos documentos; b) também é mais utilizado para levantamentos; c) é de elaboração um pouco mais difícil do que o fluxograma vertical; e d) é mais utilizado para rotinas que envolvem poucas unidades organizacionais. 3. Fluxograma Global ou de Coluna - Esse é o tipo de fluxograma mais utilizado pelas empresas. De maneira resumida, seus aspectos básicos são: é utilizado tanto no levantamento quanto na descrição de novas rotinas e procedimentos; permite demonstrar, com maior clareza, o fluxo de informações e documentos, dentro e fora da unidade organizacional considerada; e apresenta maior versatilidade, principalmente por sua maior diversidade de símbolos. Figura 4 - Modelo de Fluxograma Global ou de Coluna LAYOUT O layout ou arranjo físico é um componente importante das atividades gerais nas organizações, tanto em termos de maximizar a eficácia do processo de produção e execução, quanto em atender às necessidades dos funcionários. Ao término deste capítulo você será capaz de entender o objetivo básico do layout é garantir um fluxo eficiente de trabalho, material e informações. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! A terminologia layout possui sua origem na língua inglesa que contextualiza um plano, desenho ou disposição de algo apresentado, como disposição final materiais e equipamentos. É ato ou processo de planejar ou apresentar em detalhes, algo que é apresentado e arranjado. Um arranjo, plano ou design, especialmente o arranjo esquemático de partes ou áreas. Corresponde a distribuição e a alocação de espaço e a disposição do equipamento de tal forma que os custos operacionais totais sejam reduzidos ao mínimo. Refere-se ao arranjo ideal das máquinas, departamentos de equipamentos e serviços, para obter a maior coordenação e eficiência possível em uma organização. Segundo Silva e Cardoza (2010), a preocupação com o layout organizações, ou arranjo físico, surgiu com a necessidade de expandir a capacidade produtiva das unidades industriais. A disposição física do equipamento, principalmente com base na organização funcional, não era mais apropriada para muitos ambientes de produção. A pressão para produtos mais baratos, maior qualidade, maior variedade, pontualidade de entrega, entre outros fatores, conduziu a empresa a um caminho de mudança, onde o arranjo físico era um dos alvos dessas mudanças. Huberman (1936, p. 51), "o crescimento do mercado constitui sempre um tremendo incentivo ao crescimento da produção. Sendo assim, o desenvolvimento de novos arranjos físicos ocorre pela necessidade de adaptação a novas realidades". Em um ambiente tão competitivo, cada vez mais as empresas devem garantir suas margens de lucro com detalhes. Olayout possibilita a reorganização e otimização do processo produtivo da melhor forma, e, para fazê-lo, é necessário (LIMA FILHO; MALAGUTTI, 2017, p.35): Diminuir investimentos em equipamentos; Diminuir tempo de produção; Melhorar a utilização do espaço existente da forma mais eficiente possível; Proporcionar ao trabalhador posto de trabalho com mais segurança e conforto; Flexibilizar as operações; Reduzir custo de tratamento do material; Minimizar a variação dos tipos de equipamentos de tratamento do material; Melhorar processo de produção. Aumentar a produtividade e qualidade dos produtos; Melhorar estrutura da empresa. E imperativo avaliar minuciosamente, através de um projeto a distribuição adequada, todos os detalhes sobre o que, como, com o que e onde produzir ou prestar um serviço, bem como os detalhes da capacidade de forma que o melhor funcionamento das instalações sejam obtidos. Isso implica que um determinado espaço é necessário, portanto, pode ser aplicado a processos industriais e a instalações onde os serviços são prestados. Nesse sentido,o layout se aplica ao arranjo físico dos elementos que constituem uma organização. Esse arranjo inclui os espaços necessários para movimentação, armazenamento, pessoas e todas as atividades que aí ocorrem. Um layout pode ser aplicado em uma instalação existente ou em um novo projeto. Na concepção de Slack, Chambers e Johnston (2002, p. 201), há algumas razões práticas pelas quais as decisões de arranjo físico são importantes na maioria dos tipos de produção: Mudança de arranjo físico é freqüentemente uma atividade difícil e de longa duração por causa das dimensões físicas dos recursos de transformação movidos. O rearranjo físico de uma operação existente pode interromper seu funcionamento suave, levando à insatisfação do cliente ou a perdas na produção. Se o arranjo físico está errado, pode levar a padrões de fluxo longos ou confusos, estoque de materiais, filas de clientes formando-se ao longo da operação, inconveniências para os clientes, tempos de processamento longos, operações inflexíveis, fluxos imprevisíveis e altos custos. Principalmente pela evolução tecnológica aplicada nas empresas, o estudo de arranjo físico ou layout tem assimilado importància maior. A preocupação principal é a abordagem dos aspectos básicos do arranjo físico nos escritórios, o que está de acordo com as atividades profissionais do analista de sistemas, organização e métodos. O arranjo físico adequado proporciona para a empresa maior economia e produtividade, com base na boa disposição dos instrumentos de trabalho e por meio da utilização otimizada dos equipamentos de trabalho e do fator humano alocado no sistema considerado. Fonte: Oliveira (2006, p. 182). O objetivo é encontrar um pedido das áreas de trabalho e do equipamento que seja mais econômico, ao mesmo tempo em que é o mais seguro e satisfatório para os funcionários da organização. Especificamente, as vantagens de uma boa distribuição resultam em menores custos, como resultado dos seguintes benefícios: 1. Redução de risco de doenças e acidentes de trabalho - O fator de segurança é contemplado a partir do projeto e é uma perspectiva vital do layout, dessa forma as ferramentas nos corredores são eliminadas, passos perigosos, a probabilidade de escorregar, locais insalubres, ventilação deficiente, iluminação ruim são reduzidas; 2. Melhorar a satisfação do trabalhador - Com a organização dos detalhes abordados no layout e arranjo físico, são contemplados pequenos problemas que afetam os trabalhadores, como por exemplo luminosidade e temperatura, bem como fatores ergonômicos que, quando resolvidos, aumentam a satisfação do funcionário quando se sentem valorizados pela organização; 3. Aumento de produtividade - Muitos fatores que são afetados positivamente por um trabalho adequado de layout aumentam a produtividade geral, alguns deles são a minimização de movimentos e esforços desnecessários; 4. Otimização de espaço - Ao minimizar as distâncias e distribuir de maneira otimizada os corredores, armazéns, equipamentos e colaboradores, os espaços são melhores utilizados; 5. Redução do material em processo - Ao diminuir distâncias e gerar sequências lógicas de produção por meio da distribuição eficiente no layout, o material permanece menos tempo no processo. De acordo com Cury (2007, p. 396), "deve-se levar em conta também que um novo e bom layout baseia-se em distribuir as máquinas, matéria-prima e móveis para preencher da melhor maneira possível os espaços nos setores ou na organização como um todo, tendo como objetivo a melhoria na forma da mão de obra se adaptar no seu posto de trabalho para garantir a satisfação e a qualidade no trabalho. Os problemas de layout são fundamentais para cada tipo de empresa. A correta adequação afeta a eficiência das operações. Esse arranjo físico é um prérequisito importante para uma operação eficiente e também resolve muitos problemas comuns a todas as organizações. Definição de Layout Olayout adequado nas organizações constitui um importante facilitador nas operações e atividades cotidianas, porém, ao projetar ou melhorar o layout, quase sempre podese subestimar alguns fatores importantes a serem considerados. O layout ideal tem por objetivo criar um fluxo prático, simples e seguro de pessoas, trabalhos em processo e informações, ou seja, um arranjo físico de instalação ideal significa a organização mais eficaz para os colaboradores, materiais e equipamentos. Segundo Cruz e Scrivano (2014, p. 29), "o layout se refere à arrumação, à disposição de máquinas, móveis e equipamentos dos locais de trabalho dentro de uma organização". De acordo com as autoras, essa disposição abrange a preocupação com a adaptabilidade e ergonomia dos funcionários ao ambiente de trabalho, destacando que os principais elementos de interesse no desenvolvimento de um estudo de layout são: Para unidades industriais - seus produtos e o regime de produção; Para organizações burocráticas- a natureza do trabalho, seu volume e o fluxo de papéis. Figura 5 - Exemplo de Layout/Arranjo Físico Dessa forma, para Lima Filho e Malagutti (2017.p. 35),"o layout, ou arranjo físico, nas atividades produtivas, tem sua relevância, pois contribui para maximizar processos, diminuir custos e aumentar a produtividade". Nessa perspectiva, os autores apresentam duas importantes definições sobre o tema, sendo: Layout é o equilíbrio entre pessoas, máquinas, equipamentos e materiais em uma organização, determinado pelos processos e viabilizado pelo planejamento do layout; O arranjo físico, ou layout, pode ser definido como o estudo do posicionamento relativo dos recursos produtivos, homens, máquinas e materiais, ou seja, é a combinação dos diversos equipamentos/máquinas, áreas ou atividades funcionais dispostas adequadamente. Na concepção de Ferreira (2015, p. 337), "uma empresa precisa ter um espaço próprio para a realização dos trabalhos e uma boa organização desse local com móveis e equipamentos adequados". O layout organizacional deve ser utilizado pelas empresas com a finalidade de propiciar, não somente na oria dos controles, mas também proporcionando uma maior agilidade no fluxo das tarefas. Sendo assim, Préve (2012), enfatiza que os arranjos físicos deverão ser planejados e estruturados e por meio de um estudo prévio de sistema de informações no qual permita a interrelação na distribuição de móveis, equipamentos e agentes. Dessa forma, o layout se define pela posição que irá viabilizar, em um determinado espaço físico, a realização das atividades e o fluxo de agentes e de materiais. Diante dessa perspectiva, os principais elementos de um layout estão ilustrados na Figura 6. Figura 6- Principais elementos de um layout O arranjo físico ou layout de uma organização dependerá das características de suas atividades, tendo em vista que um layout representa ao arranjo dos "diversos postos de trabalho nos espaços existentes na organização envolvendo também a preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho" (FERREIRA, 2015, p. 337). Segundo Araujo (2005, p. 52), para identificar se o espaço está sendo mal utilizado ou está com problemas, é necessário observar: 1. Se há demora excessiva ou perda de tempo para o deslocamento no ambiente de trabalho; 2. Fluxo confuso do trabalho ou consulta desnecessária à pessoa mais próxima só para não andar mais para falar com a pessoa correta; 3. Excessiva acumulação de pessoas ou documentos em uma área, precisando de mais espaço físico; 4. Projeto deficiente de locais de trabalho, devido a vontades do grupo ou preferências pessoais. Observando os itens acima, os objetivos para desenvolver um bom layout são (ARAUJO, 2005, p. 52-53): Obter fluxo eficiente de comunicações administrativas dentro da organização; Obter um fluxo de informações eficiente; Facilitar a supervisão e a coordenação: Reduzir a fadiga do empregado no desempenho de sua tarefa (isolar ruídos,espaços desnecessários); Impressionar favoravelmente clientes e visitantes; Aumentar a flexibilidade para as variações necessárias. Préve (2012), ressalta que estes fatores possuem uma relação próxima com os princípios de ergonomia, bem como com os conceitos relativos da arquitetura organizacional, se destacando quando se faz referência à organização com os diversos sistemas, processos, estruturas, estratégias, entre outros que formam o meio operacional. Assim, a expressão para resumir todos esses elementos é arquitetura organizacional. Resumidamente a natureza arquitetônica, procura alcançar respostas para uma organização eficiente, a partir das atividades que os arquitetos Resumidamente a natureza arquitetônica, procura alcançar respostas para uma organização eficiente, a partir das atividades que os arquitetos organizacionais desempenham, criando oportunidades em um espaço comportamental como uma arte no seio de uma organização e em suas interações, temos (PRÉVE, 2012, p. 100): Como a prova final de qualquer arquitetura é a sua utilidade medida em termos de satisfação humana e uma organização tem o deve adequadas para a realização de suas atividades; A arquitetura deve criar uma "moldura para a realização da vida, através da oferta de produtos e serviços, sem especificação ou definição de comportamentos. Neste item a arquitetura organizacional identifica seus pontos com os de uma estrutura molecular, que tem como princípio não somente realizar seus objetivos, mas voltar tendo o mercado como núcleo; Identificação de negócios para além de seu tempo, contando que a estrutura, na forma arquitetada, poderá dar suporte a novos projetos; A interdependência unidades dependem entre si, quanto aos recursos para a realização de suas atividades: Quando concebida como uma arte em diferentes planos de execução, a arquitetura organizacional é produzida por várias pessoas numa visão de conjunto. Ela é, por definição, uma atividade social. "Portanto, entre os princípios de um layout conjugados com os da arquitetura organizacional, que abrangem sistemas, estratégias, aspectos comportamentais e processos o layout é um importante instrumento de integração com diversos elementos atuantes, e atividades" (Ibidem, 2012). E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o layout adequado nas organizações constitui um importante facilitador nas operações e atividades cotidianas e que o seu o planejamento é importante para o eficiente gerenciamento. Que o layout no processo produtivo não poderia ser executado com eficiência se não fosse projetado e adequado em conformidade com as instalações. E que a estrutura adequada do layout também é importante para outras funções da organização. IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DO LAYOUT Dentro do contexto da administração, o termo organização geralmente se refere à estrutura relativas a qualquer tipo de empresa. Assim, a organização no local de trabalho, no entanto, geralmente se refere ao layout ou arranjo físico aonde estão dispostos, por exemplo maquinas, equipamentos e mobiliários dentro de uma organização. Um layout bem planejado proporciona diversos benefícios não somente relacionados ao processo de produtivo mas também beneficia a empresa como um todo. Ao término deste capítulo você será capaz de entender a importância do estudo de layout, bem como quais são os principais tipos de layout utilizados nas empresas. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! No contexto moderno das atividades do trabalho, as organizações representam o local em que a maioria das pessoas passam a maior parte do seu tempo. Esses profissionais se esforçam para cumprir seus deveres, ajudando a empresa a crescer e prosperar. Dessa forma, os espaços em que trabalham deve, no mínimo, motivá-los a executar suas atividades de maneira mais produtiva, permitindo que realizem suas tarefas com eficiência e empenho. O local de trabalho adequado não se constitui apenas em um espaço agradável, pois não se trata apenas da organização e layout da empresa. A importância de um layout seria melhor apreciada se se entendesse a influência desse arranjo físico no ambiente das organizações. Tudo isso depende de um layout adequado. O significado básico de instalações e áreas organizacional é o espaço em que as atividades de uma empresa ocorrem. Os layouts desse espaço afetam muito a maneira como o trabalho é realizado como, por exemplo, o fluxo de trabalho, materiais e informações. A chave para o bom layout e design desses espaços é a integração das necessidades de pessoas, equipamentos, móveis, pessoal e clientes, materiais, insumos, matérias primas, processos, máquinas e equipamentos, de maneira a criar um sistema único e que funcione bem. Fernandes, Strapazzon, Pra Carvalho (2013, p. 3), referenciam que a importância dos estudos de layouts se baseiam, pois: O arranjo físico, ou ainda layout, de uma empresa ou de apenas um departamento, nada mais é do que a distribuição física de máquinas e equipamentos dentro da organização onde, através de cálculos e definições estabelecidas de acordo com o produto a ser fabricado, se organiza os mesmos para que o trabalho possa ser desenvolvido da melhor forma possível e com o menor desperdício de tempo (CHIAVENATO, 2005, p. 86); Desenvolver um novo layout em uma organização é pesquisar e solucionar problemas de posicionamento de maquinas, setores e decidir sobre qual a posição mais adequada que cada qual deve ficar. Em todo o desenvolvimento do novo layout organizacional uma preocupação básica deve estar sempre sendo buscada. Tornar mais eficiente o fluxo de trabalho quer seja ele dos colaboradores ou de materiais (IVANQUI, 1997); Por mais que o ramo de atividade principal da organização há qual está se desenvolvendo um estudo para implantação de um novo layout seja totalmente diferente da outra a dificuldade encontrada será bastante parecida uma com a outra, e as metas de solução também, minimizar custos, maximizar qualidade de trabalho, melhorar o fluxo da produção dentre outros (TAM e LI, 1991); Um dos principais motivos para um novo arranjo físico dentro da organização é reduzir o tempo perdido entre a movimentação de materiais e do próprio produto, com base nisso "a melhor movimentação do material é não movimentar" (CANEN e WILLIAMON, 1998); Deve-se levar em conta também que um novo e bom layout baseia-se em distribuir as máquinas, matéria prima e moveis para preencher da melhor maneira possível os espaços nos setores ou na organização como um todo, levando-se em consideração a melhor forma da mão de obra se adaptar no seu posto de trabalho para garantir a satisfação e a qualidade no trabalho (CURY. 2007. pg. 396). Nesse conceito, de acordo com Augusto Junior et al (2009, p. 2), o estudo de layout poderá ocasionar consequências benéficas quando são analisadas algumas recomendações. "A melhor justificativa para todo o cuidado em estudos dessa natureza é o fato de que a mudança de uma mesa e cadeira de um ponto da sala para outro pode causar um conflito maior do que a transformação estrutural de uma organização". "Não é apenas o aspecto visual e de conforto que deve prevalecer no estudo de aproveitamento do espaço físico; mais do que isso, importa o fluxo existente entre pessoas e papéis, genericamente falando" (ARAUJO, 2011, p. 29). A tendência atual é fazer uso de layouts mais abertos e comunicativos, visando a integração de seus agentes e de suas unidades ou mesmo áreas. Daí a razão em adotar estações de trabalhos - sempre que possível, facilitando agrupar agentes em um espaço de uso racional, que permita o exercício de práticas de alinhamento no comportamento de convívio profissional.Segundo Barbosa (2017), o estudo de layout objetiva fundamentalmente em definir ou redefinir o arranjo físico de uma instalação onde, máquinas, equipamentos, mão de obra, áreas de movimentação e estoques são integrados e posicionados de uma maneira harmônica. Como decorrência, cria-se um fluxo de materiais e de trabalho mais fluido, ou um padrão de tráfego mais acessível para clientes e funcionários de uma organização. Nesse cenário, enfatiza o autor, torna-se flexível, para toda atividade que empregue espaço, o estudo é aplicável a qualquer tipo de organização ou empresa, podendo também ser utilizados tanto em empresas que estão abrindo e querem definir como será a disposição dos elementos em suas instalações, ou organizações já consolidadas que querem redefinir o uso de seu espaço físico (Ibidem, 2017). Tipos de layout O layout, ou como é comumente conhecido por arranjo físico, busca determinar qual a melhor maneira dos recursos a serem transformados, como materiais, informações e clientes, devem fluir pela organização (MARQUES, ODA, 2012). De acordo com Amorim (2015, p. 1), "o layout é a técnica de administração de operações cujo objetivo é criar a interface homem-máquina para aumentar a eficiência do sistema de produção". Na percepção do autor, um fluxo bem estudado permite maior agilidade nas atividades da empresa e no sistema produtivo. Essa conceituação pode ser abrangida para empresas industriais e de serviços, compreendendo operações e processos de uma empresa, tanto para as tarefas dos processos produtivos, como das atividades comerciais, administrativas e de apoio, onde (MARQUES; ODA, 2012, p. 87): Objetivos de arranjos físicos para operação de manufatura-devem suprir as necessidades espaciais inerentes aos equipamentos e postos de trabalho, compostos de processos de transformação e de fluxos físicos de insumos e materiais tangíveis, levando-se em consideração os espaços, nas dimensões horizontais e verticais, bem como das atividades e circulação de pessoas, buscando os seguintes objetivos: prover espaços para a correta operação de máquinas e equipamentos, de produção, reduzindo o custo de manuseio físico de materiais; minimizar/eliminar distâncias, fluxos e os tempos improdutivos, otimizando os ciclos de produção; possibilitar flexibilidade de alterações de volume de produção e de variedades de produtos a fabricar; permitir facilidade e acesso para a correta manutenção de máquinas e equipamentos. Objetivos de arranjos físicos para a comercialização e serviços - normalmente contam com o envolvimento direto e, em muito dos casos, da própria presença física de clientes nas instalações da empresa. Nesse caso o ambiente onde será feito o atendimento do cliente tem reflexos diretos na imagem que o mesmo fará da empresa, de seus produtos e serviços e, consequentemente, com impacto direto no desempenho comercial da organização. O arranjo físico deve contemplar, prioritariamente, os ambientes de acesso atendimento e circulação, com objetividade, presteza e comodidade, de maneira a proporcionar uma experiência positiva do cliente nas dependências da empresa. São objetivos do arranjo físico de empresas de comercialização de produtos, prestação de serviços e ambientes de escritórios de modo geral: proporcionar ambiente agradável para clientes, de fácil acesso, com conforto e conveniência para o bom atendimento deles; permitir uma exposição atraente das mercadorias, prevendo o seu manuseio e demonstração, bem como a sua prova por parte do cliente, se for o caso, estabelecer uma lógica de circulação adequada visando um roteiro correto para o cliente e redução de distância e tempo de locomoção do pessoal proprio; proporcionar uma fácil reposição e rotação de estoques para os produtos que estão expostos, com os armazenados no estoque central; possibilitar o isolamento e segurança das áreas de trabalho que necessitem de privacidade e/ou condições ambientais específicas, tais como provadores, caixas, estoques, ambientes refrigerados; promover a correta e necessária comunicação e integração entre as pessoas de diferentes áreas de trabalho. A estratégia corporativa tem como objetivo permanente o aumento da competitividade da organização em seu mercado de atuação. Os aspectos físicos da empresa, desde a localização geográfica, a disposição lógica de processos, com definição do posicionamento relativo das pessoas, dos equipamentos e dos recursos envolvidos, até o projeto detalhado de cada um dos postos de trabalho são de fundamental importância para seu bom desempenho. Em organizações cujos processos produtivos dependam de fluxos físicos de pessoas, materiais e recursos, com processos inter-relacionados, uma das preocupações centrais é a disposição física das atividades envolvidas nesses processos. A forma e os locais em que a recepção, transporte, processamento e armazenagem desses recursos são executados determinam uma maior eficiência no uso dos recursos e uma maior eficácia da organização como um todo. Segundo Figueiredo (2016), há na atualidade diversos tipos de layout adequado a determinadas características, quantidades, diversidade e movimentações. "O layout é o estudo pelo qual centros de trabalho e de instalações e equipamentos são analisados para a melhor divisão, com evidência especial na circulação otimizada de pessoas, materiais e produtos por meio do sistema" (IBIDEM, 2016). Existem quatro tipos básicos de arranjo físico que podem ser utilizadas uma combinação dessas para a conformação de arranjos físicos mistos, sendo: 1) Posicional ou de posição fixa; 2) Por produto ou de linha; 3) Por processo ou funcional e 4) Por células ou processo especializado. Onde, de acordo com Dias (2016, p. 75) e Marques e Oda (2012, p. 91): 1. Posicional ou de posição fixa-arranjo físico posicional é aplicado quando o produto a ser confeccionado ou o objeto ou pessoa que está recebendo os serviços permanece em uma posição fixa, enquanto os recursos, insumos e pessoas que executam as atividades se dirigem até o mesmo. Esse tipo de arranjo é encontrado quando não é possível o deslocamento do produto, seja pelas suas características ou pelo seu grande porte, tais como estradas, pontes, edificações, navios, aviões, ou quando não é conveniente o deslocamento do objeto de serviços, tais como clientes de restaurantes à la carte, pacientes em unidades de terapia intensiva de hospitais, cliente de atelier de alta costura, manutenção de computadores de grande porte. Figura 7 - Layout posicional ou de posição fixa São de baixa eficiência pela necessidade de mobilização de equipamentos e recursos junto do produto ou do sujeito do serviço, mas possuem uma extrema possibilidade de customização e de personalização. São utilizados para produtos únicos, serviços de características específicas/especiais, em produção de baixa quantidade e alta qualidade. O material permanece fixo em uma determinada posição e as máquinas e os demais recursos transformadores se deslocam até o local executando as operações necessárias. Características: E indicado para um produto único, em quantidade pequena e em geral não repetitiva: É o caso da fabricação de navios, grandes transformadores elétricos, turbinas, pontes rolantes e outros produtos de grandes dimensões físicas. 2. Por produto ou de linha - São arranjos físicos de baixa flexibilidade, pela rigidez da sequência preestabelecida das operações componentes do(s) processo(s), mas de grande eficiência no uso de recursos, extraindo destes a máxima produtividade, pois são projetados com balanceamentos de capacidade produtiva de cada etapa de produção, com fluxos, distâncias e tempos rigorosamente dimensionados. Atualmente, pela exigência de mercado e devido à evolução das tecnologias envolvidas nos processos, podem admitir uma variabilidade limitada de opções determinadas, tais como a mudança de acabamentos (pintura, rodas, revestimentosde veículos), e de variantes (ramificações) de uma linha de produção central. Figura 8 - Layout arranjo físico por produto ou em linha Nesse tipo de layout, as máquinas ou as estações de trabalho são colocadas de acordo com a sequência estabelecida, sem caminhos alternativos. O material percorre um caminho previamente determinado dentro do processo. Características: Para produção com pouca ou nenhuma diversificação, em quantidade constante ao longo do tempo e em grande quantidade; Alto investimento em máquinas; Costuma gerar monotonia e estresse nos operadores; Pode apresentar problemas com relação à quantidade dos produtos fabricados. 3. Por processo ou funcional - Nesse tipo de layout, todos os processos e os equipamentos do mesmo tipo são desenvolvidos na mesma área e também operações e montagens semelhantes são agrupadas no mesmo local. O material se desloca buscando os diferentes processos. Devem ser estabelecidos os centros produtivos, de maneira a minimizar os custos de transporte de material. Figura 9 - Layout Por processo ou funcional São layouts que permitem uma grande variedade de processos e de produtos, e complexos pelas inúmeras possibilidades de combinações de tarefas em diferentes produtos. Devido à essa flexibilidade, possibilitam personalizações e diversificações nos produtos e serviços oferecidos, pela combinação dos trabalhos dos diferentes setores. Da mesma forma devem ser alocados os demais centros de administração industrial como controle da qualidade, manutenção, almoxarifado, recebimento de materiais e expedição. Características: Flexível para atender a mudanças de mercado; Atende a produtos diversificados em quantidades variáveis ao longo do tempo; Apresenta um fluxo longo dentro da fábrica; Adequado a produções diversificadas em pequenas e médias quantidades; Possibilita uma relativa satisfação no trabalho. 4. Por células ou processo especializado - Há criação de células para atender alguma diferenciação no produto. As máquinas são agrupadas em células e funcionam de uma forma bastante semelhante a uma ilha de layout por processo. O fluxo de materiais e peças tende a ser mais similar a um layout por produto do que a um layout por processo (por isso é considerado uma combinação desses dois tipos de arranjo físico). O layout em células de manufatura baseia-se no trabalho cooperativo ou em um time de pessoas que formam um grupo coeso com relação à produção a realizar. E considerado uma combinação intermediária do arranjo físico por processo e por produto, onde os recursos e máquinas são agrupados em células e funcionam de uma forma bastante semelhante a um setor do arranjo físico por processo, (job shop) e o fluxo de materiais e peças se dá de modo similar a um layout por produto, em escala reduzida, fluindo como em uma linha de produção. Figura 10 - Layout por células ou processo especializado Cada célula contém um grupo de atividades suficientes para processar uma etapa inteira, eliminando a ineficiência do arranjo puro por processo mediante um fluxo curto e ágil de linha de produção, pela sequenciação de tarefas comuns a "famílias de produtos. Há muitas vantagens na formação de células, como a qualidade, a produtividade e a motivação. Características: Relativa flexibilidade quanto ao tamanho de lotes por produto; Específico para uma família de produtos; Diminui o transporte de material e os estoques; Centraliza a responsabilidade sobre os produtos fabricados. E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o layout pode afetar significativamente a produtividade de uma empresa, e que que alguns dos principais benefícios dos estudos do layout pode ser fator essencial na construção de boas relações de trabalho, aumentando o fluxo de informações e melhorando a comunicação organizacional e na realização das tarefas. Aprendeu também que existem 4 tipos de layout básicos, mas que podem ser combinados transformando-se em layout misto.
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