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Digestão e Absorção de Lipídios

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
FACULDADE DE VETERINÁRIA - FAVET
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: BIOQUÍMICA II
PROFESSOR: GENÁRIO SANTIAGO
SEMESTRE: 2021.1
SUEANE FILIPE AGUIAR – 1572351
RESENHA
	Digestão e absorção de lipídios.
FORTALEZA – CEARÁ
2021
A digestão dos lipídeos começa no estomago, onde o pH é ácido, pela ação da enzima lipase lingual, estável em meio ácido, produzida em glândulas da base da língua. As moléculas de triglicerídeos que contem ácidos graxos de cadeia curta ou media, com menos de 12 carbonos, começam a ser degradados pelas lipases linguais e pelas lipases gástricas, estas secretadas pela mucosa gástrica. No duodeno, começa a degradação de fosfolipídios e ésteres de colesterol, bem como os triglicerídeos, que já vinham previamente sendo degradados. A liberação de outras lipases inicia a degradação de unidades menores. Ainda no duodeno, os lipídeos são emulsificados por meio de peristaltismo mecânico. A emulsificação aumenta a área de superfície das gotículas de lipídeos hidrofóbicos para viabilizar a ação das enzimas que agem na interface da gotícula com solução aquosa. Os sais biliares, provenientes da molécula do colesterol, atuam como agentes emulsificantes com as partículas de lipídeos da dieta e com o conteúdo aquoso do duodeno, impedindo a coalisão dessas partículas. Os triglicerídeos sofrem ação da esterase, a lipase pancreática, que remove ácidos graxos dos carbonos 1 e 3, resultando em uma mistura de 2-monoacilglicerol e ácidos graxos livres. 
Uma segunda proteína, a colipase, também secretada pelo pâncreas, se liga a lipase numa proporção de 1:1 e a ancora na interface lipídeos-água. A colipase reestabelece a ação da lipase quando há substancias inibidoras, como ácidos biliares que ligam as micelas. Como a maior parte do colesterol da dieta está na forma livre, não esterificada, os ésteres de colesterol são hidrolisados pela hidrolase dos ésteres de colesterol pancreática ou colesterol-esterase que produz colesterol e ácidos graxos livres. A atividade da hidrolase dos ésteres de colesterol é muito aumentada na presença de sais biliares. O suco pancreático, rico na pró-enzima da fosfolipase A2 que é ativada pela tripsina, remove um acido graxo do carbono 2 de um fosfolipídio, dando origem a lisofosfolipídio. O acido graxo restante no carbono 1 pode ser removido pela lisofosfolipase, dando origem a base glicerilfosforil que pode ser degradada posteriormente, absorvida ou secretada nas fezes. 
Ácidos graxos livres, colesterol livre e 2-monoacilglicerol são os principais produtos da digestão no jejuno, e juntamente com os sais biliares e as vitaminas lipossolúveis formam as micelas mistas. As micelas mistas são agregados em forma de disco de lipídios anfipáticos que coalescem com seus grupos hidrofóbicos para o interior e seus grupos hidrofílicos para a superfície. São solúveis em meio aquoso do lúmen intestinal. Essas partículas se aproximam da borda em escova dos enterócitos. A superfície hidrofílica das micelas facilita o transporte de lipídios hidrofóbicos através da camada de água estacionária para a membrana com borda de escova, onde são absorvidos. Ácidos graxos com cadeia curta e media não necessitam da participação de micelas mistas para sua absorção na mucosa intestinal.

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