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Introdução: Os lipídeos são a principal reserva energética do organismo animal, ele rende o dobro de energia quando comparado à glicose e aminoácidos. Eles são compostos em sua maioria por ácidos graxos, formados por uma cadeia carbônica com duas regiões, uma Polar, e outra Apolar. A região Apolar por sua vez pode ser Saturada quando contem somente ligações simples (ex.: manteiga), ou Insaturada quando contem duas ou mais ligações (ex.: milho). São compostos por C,H,O, e caracterizam-se pela insolubilidade em agua mas são solúveis em solventes de natureza orgânica (éter, clorofórmio, benzeno, hexano, isopropanol). Funções dos lipídeos no organismo animal: Nas células servem de reserva energética (tecido adiposo) e estrutural (membrana plasmática lipoproteica); Servem de reserva energética para plantas oleaginosas, São fontes de ácidos graxos (AG) essenciais. Precursores de substâncias essenciais à vida (prostaglandinas, esteroides, hormônios) Precursores de sais biliares; Composição das membranas celulares; Transporte e absorção de vitaminas e outras substâncias lipossolúveis; Proteção de órgãos; Isolante térmico e físico; Marmorização da carne interpondo - se entre fibras musculares Lipídeos na nutrição animal: Aumentar a densidade energética da dieta; Pode reduzir consumo (regulação pela energia); Reduz incremento calórico (IC); Facilita mistura de ingredientes; Melhora a aceitação de rações fareladas (redução da quantidade de pó); Cuidados com rancificação (BHT). Classificação dos lipídeos: No processo de esterificação, Lipídeos simples: quando só se tem C,H,O na composição (ex.: Triglicerideos, gorduras e óleos) Lipídeos compostos = Se houver dois grupos ou mais → Glicolipídeos: gordura dietética para ruminantes; → Lipoproteínas: transporte de gordura no sangue; → Fosfolipídeos: componente da membrana celular; Esteroides: lipídeos não baseados em glicerol (Colesterol, Ceras, pigmentos) Exemplos: Triacilgliceróis: forma mais abundante na alimentação (95%); Fosfolipídeos: principal elemento estrutural das membranas celulares; Colesterol: precursor de hormônios e constituinte da bile. Triaciglicerideos, fosfolipideos, e colesterol são exemplos de lipídeos que podem vir na dieta (essenciais) e que sofrem digestão e se transformam em Quilomícron Metabolismo de Lipídeos: Esterificação: Lipídios são ésteres de ácidos graxos e álcoois. Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos de cadeia longa. E a reação de formação de um lipídeo é conhecida como esterificação, essas reações ocorrem entre um ácido carboxílico e um álcool, formando um éster e água. Basicamente, as reações de esterificação são aquelas em que um ácido carboxílico reage com um álcool e produz éster e água. Colesterol: Participa da síntese de vários hormônios que atuam na reprodução animal Classificação dos ácidos graxos: De acordo com a essencialidade: Não essencial: sintetizado no organismo animal Essencial: necessita adicionar na dieta (São vitais para o equilíbrio orgânico) → Entram na constituição das membranas celulares; → São necessários para a produção de energia; → Síntese de prostaglandinas; → Funcionamento do cérebro; → Transporte de colesterol e produção de hemoglobina Ácidos graxos essenciais são os da série ômega 3 e 6: Linoléico Linolênico *Araquidônico (Pode ser sintetizado no organismo a partir do linoléico) Ômega 6 ( Ω 6) (ÁCIDO LINOLÉICO) : Precursor do ácido araquidônico; Síntese ocorre no fígado com a presença da vitamina B6; Exceção: gatos (baixa atividade da enzima Δ6 dessaturase); AG. Ω- 3 (ÁCIDO LINOLÊNICO): Origem: vegetais Função: controla as prostaglandinas com baixo processo de inflamação AG. Ω- 6 (ÁCIDOARAQUIDÔNICO): Origem: animal Função: indução de parto, lise de corpo lúteo, controle de processos inflamatórios Obs.: tanto o acido linolênico tanto o acido araquidônico são essenciais MENOS para os ruminantes, pois as bactérias produzem tanto ω-3 e ω- 6. OS ω- 9 e ω- 12 são NÃO essenciais. Digestão Ruminal dos lipídeos: Boca: lipase salivar (pouca ação) Estomago: lipase gástrica (inibida pelo PH acido) Duodeno: digestão efetiva, lipase pancreática e intestinal Obs.:!!!!Embora seja o componente alimentar de maior valor energético para os animais, os lipídeos apresentam valor energético praticamente nulo para os microrganismos !!!! ruminais 1º passo: hidrolise (realizado por bactérias) Em ruminantes: maior parte da hidrólise acontece no rúmen, chegando ao ID ácidos graxos adsorvidos ao bolo alimentar 2ºpasso – Biohidrogenação: → Realizado por enzimas bacterianas (redutases) → Mecanismo de autodefesa que converte ácidos graxos insaturados (liquida) em ácidos graxos saturados (sólido); → Consiste em adição de hidrogênio nas ligações duplas. Digestão em neonatos: Os neonatos de todas as espécies de mamíferos possuem alta capacidade de digestão e absorção de lipídios; Gordura do leite (rica em ácidos graxos de cadeias médias e curtas) ->hidrólise pela lipase lingual; Neonatos (lipase lingual, lipase gástrica) -> hidrolisa parte dos lipídeos que ingressam no trato digestivo; No estômago: pouca expressividade sobre a digestão em comparação à lipase pancreática; Intestino delgado: secreção de lipase e fosfolipase pancreática – digestão dos triglicerídeos e fosfolipídeos; Ação detergente – emulsificação dos lipídeos através dos sais biliares, que consiste na redução de gotículas de lipídeos que permite sua dissolução em água, aumentando a superfície de contato com as enzimas (eleva capacidade de digestão). Digestão e Absorção: Para que possam ser absorvidos, os lipídios precisam sofrer a digestão. Os lipídios provenientes da dieta estimulam a secreção de enzimas presentes em glândulas situadas na base da língua, conhecidas como lipase lingual. Contudo, não ocorre a hidrólise dos lipídios na Hidrólise tri Triglicerídeo Glicerol Acido graxo Ácido graxo insaturado Biohidrogenação Glicerol Fermentado (especialmente à ácido propiônico) HIDROGENAÇÃO https://www.infoescola.com/glandulas/ boca, que são dirigidos até o estômago. Uma vez no estômago, a lipase gástrica promove a continuidade do processo, contudo, o pH altamente ácido dificulta a ação enzimática, onde a maior parcela da digestão acontece no intestino delgado. Uma vez no duodeno, o bolo alimentar com o pH ácido acaba por induzir a liberação do hormônio digestivo colecistocinina (CCK), também conhecido como pancreozimina. O CCK faz com que a vesícula biliar sofra contração e liberação da bile para o duodeno, também estimulando a secreção pancreática. Os lipídios são emulsificados pela ação dos sais biliares, formando micelas mistas de triacilgliceróis, que sofrem a digestão pela ação da lipase pancreática, liberando ácidos graxos. Desta forma, os ácidos graxos podem ser absorvidos pelas células que compõem o intestino, os enterócitos, e reconvertidos em triacilgliceróis, onde juntamente com o colesterol e apoliproteínas, irão formar o quilomícron. Os quilomícrons (QM) são então secretados nos vasos linfáticos e corrente sanguínea, sofrendo ação de lipases lipoprotéicas e gerando ácidos graxos e glicerol. Esses ácidos graxos serão oxidados e utilizados como fonte de energia, ou formar ésteres, para serem armazenados nos adipócitos ou células musculares, principalmente. Lipólise: Glucagon e catecolaminas → estimula a lipólise Insulina → inibe a lipólise Ocorre em situação de balanço energéticonegativo https://www.infoescola.com/sistema-digestivo/estomago/ https://www.infoescola.com/quimica/acido/ https://www.infoescola.com/anatomia-humana/intestino-delgado/ https://www.infoescola.com/anatomia-humana/intestino-delgado/ https://www.infoescola.com/sistema-digestivo/bile/ https://www.infoescola.com/histologia/adipocitos/
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