Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Eunilde Andressa PROCESSO SAÚDE-DOENÇA Formulada em 1988, a Constituição Civil Cidadã brasileira, garante em seu bojo, que a saúde é direito de todos e dever do Estado. Entretanto, no Brasil atual, tal direito não é pleno, uma vez que a saúde e o saneamento básico, ainda, são dilemas vigentes, tendo em vista o cenário precário existente em grande porção do país, sobretudo em comunidades carentes. Isso ocorre, devido, à ausência de políticas públicas e ao descaso governamental. Nesse contexto, é necessário que esse quadro seja revertido, pois é um grave atentado à saúde da população brasileira. Em primeira análise, deve-se observar que tal hiato encontra explicações na ausência de políticas públicas. Isso se justifica, porque a maior parte das cidades brasileiras, ainda, possui esgotos a céu aberto, lixões, terrenos baldios e similares. Exemplo disso, é o filme curta metragem “Ilhas das Flores”, dirigido por Jorge Furtado, cujo relata o precário saneamento básico de uma cidade de Porto Alegre. Ademais, denota a exorbitante desigualdade social, ao qual os porcos possuem qualidade de vida melhor do que os moradores, colocando, assim, os seres humanos numa condição abaixo de porcos. Por consequência disso, são alarmantes os números de ausência de políticas públicas, pois aquele que deveria prover – Estado – se faz obstante dessa questão. Em segundo plano, o descaso governamental acentua tal problemática. Essa situação acontece, porque as esferas governamentais ainda têm dificuldade em reconhecer que a saúde e o saneamento básico, direito de todos, é necessário para a qualidade de vida. Por conseguinte, muitas patologias ainda acometem assiduamente o Brasil – como no caso na dengue. Nesse viés, é inegável que essa morosidade deve ser obliterada. Destarte, fica nítido que o cenário precário da saúde e do saneamento básico é uma ameaça à saúde pública e à integridade social do país. Portanto, é crucial que tal combate seja tonificado. Para tanto, os Governos Municipais, por meio do investimento maior na infraestrutura das cidades, devem aprimorar o saneamento básico, a fim de amenizar a proliferação de doenças. Somado a isso, as instituições de ensino e a sociedade civil organizada, por intermédio de palestras em espaços públicos, atividades lúdicas e mutirões, têm de incentivar e instruir corretamente os populares a combaterem os focos de agentes transmissores de doenças. Quiçá, desse modo, tal infortúnio seja erradicado e casos como o de “Ilha das Flores”, não volte a acontecer.
Compartilhar