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Bioquímica Veterinária II - 17° Aula Ana Thereza Braz Alencar - 1572285 17/11/21 Oxidação dos ácidos graxos nos tecidos animais Os elétrons removidos, durante a oxidação dos ácidos graxos, passam através da cadeia respiratória mitocondrial e a energia assim liberada é empregada na síntese de ATP. No fígado, o acetil-CoA pode ser convertido em corpos cetônicos – combustíveis hidrossolúveis exportados para o cérebro e outros tecidos, quando a glicose não está disponível. Nos vegetais superiores, o acetil-CoA serve principalmente como precursor biossintético e apenas de forma secundária como combustível. A relativa inércia química dos triacilgliceróis permite sua estocagem intracelular em grandes quantidades sem o risco de ocorrerem reações químicas não desejadas com outros componentes celulares. A utilidade dos triacilgliceróis como fonte energética é muito bem ilustrada pela capacidade dos pássaros migratórios, que podem voar grandes distâncias sem se alimentar, depois de ter armazenado energia na forma de triacilgliceróis. Absorção e transporte de gorduras Para serem absorvidos, através da parede intestinal, os triacilgliceróis ingeridos precisam ser convertidos em partículas gordurosas macroscópicas insolúveis em micelas microscópicas finamente dispersas. A formação de micelas aumenta enormemente a fração de moléculas lipídicas acessíveis a ação das lipases hidrossolúveis no intestino, e a ação dessas lipases converte os triacilgliceróis em monoacilgliceróis, diacilgliceróis, ácidos graxos livres e glicerol. Mobilização dos triacilgliceróis armazenados Antes que os lipídeos possam ser utilizados como fonte de energia, os triacilgliceróis, a forma de armazenamento, têm de ser hidrolisados para originar ácidos graxos isolados. Esta reação é catalisada por uma lípase controlada por hormônios. Ativação e transporte dos ácidos graxos para mitocôndria Os ácidos graxos são liberados no citosol a partir de duas fontes. Alguns ácidos graxos chegam ao citoplasma através do sangue ligados à albumina sérica. São, então, liberados e atravessam a membrana celular. A segunda fonte são os triacilgliceróis celulares que são quebrados pela ação de lípases. Os ésteres acil-CoA graxos não conseguem atravessar a membrana mitocondrial interna e ocorre, então, a segunda reação do processo de introdução dos ácidos graxos na mitocôndria. Degradação dos ácidos graxos Os ácidos graxos sofrem uma sucessão de remoções oxidativas de unidades com dois átomos de carbono, começando pela extremidade carboxila da cadeia do ácido graxo, através de uma série repetitiva de passos catalisados por um conjunto de enzimas que removem uma unidade de ácido graxo por vez, na forma de acetil-CoA. O resultado final é a conversão da cadeia de 16 carbonos do ácido palmítico em 8 fragmentos de 2 átomos de carbono, na forma de grupos acetil do acetil-CoA. A formação de cada uma das moléculas de acetil-CoA exige a remoção de quatro átomos de hidrogênio do ácido graxo, através da ação de desidrogenases. Degradação de ácidos graxos insaturados A sequência de reações para a oxidação dos ácidos graxos que acabamos de descrever constitui a via tomada quando o ácido graxo em questão é saturado, isto é, possui apenas ligações simples em sua cadeia carbônica. Entretanto, como já sabemos, a maioria dos ácidos graxos encontrados nos triacilgliceróis e nos fosfolipídeos dos animais e das plantas são insaturados e têm uma ou mais duplas ligações. Estas duplas ligações estão em configuração cis e, geralmente, não estão na posição específica da cadeia carbônica do ácido graxo que pode ser atacada pela enoil-CoA hidratase, a enzima que normalmente catalisa a adição de H2O a dupla ligação do gerado durante a β-oxidação dos ácidos graxos.∆2 − 𝑒𝑛𝑜𝑖𝑙 − 𝐶𝑜𝐴
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