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13-Hemostasia, trombose e embolismo

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Hemostasia,Trombose e 
Embolismo 
Hemostasia normal é resultado de: 
Manutenção do sangue em um estado fluido 
e livre de coágulos nos vasos normais 
Depende de uma pronta indução de um 
tampão hemostático (processo de 
coagulação) rápido e localizado no local de 
lesão vascular. 
Trombose: é a ativação excessiva dos 
processos hemostáticos normais em um 
animal vivo ocorrendo no interior dos vasos. 
Trombo ocorre dentro de vaso, coagulo 
não. 
Três componentes gerais estão envolvidos: 
parede vascular (endotélio e subendotelio), 
plaquetas, cascata da coagulação. 
Plaquetas 
Durante o processo de coagulação do 
sangue elas sofre alteração da sua forma, 
elas contraem para liberar o conteúdo de 
seus grânulos secretores onde estão 
contidos: 
↪Grânulo alfa: fibrinogênio, fibrinoctina, fator 
V, fator vW, fator plaquetário (ligado a 
heparina), PDGF e TGF-beta 
↪Grânulo delta: nucleotídeos de adenina 
(ADP e ATP, cálcio, histamina, serotonina e 
adrenalina). 
Os grânulos recrutam mais plaquetas para o 
local. 
 
Células endoteliais 
Modulam funções antagônicas da hemostasia 
normal. Em condições fisiológicas, elas 
produzem fatores antitrombóticos e fatores 
pró-tromboticos. O endotélio repele 
plaquetas devido a suas propriedades 
antiplaquetárias. Além disso, são 
anticoagulantes e fibrinolíticas, ou seja, sua 
função é manter o sangue fluindo 
livremente pelo corpo. 
Propriedades antitrombóticas do endotélio: 
↪Antiplaquetárias: as plaquetas quando 
estão inativadas não aderem ao endotélio, 
no entanto quando se tem uma lesão focal 
no endotélio as células começam a produzir 
a prostaciclina e o oxido nítrico, as quais são 
vasodilatadores e inibidores da agregação 
plaquetária, isto é, impedem a adesão de 
plaquetas ao endotélio. 
↪Anticoagulantes: são moléculas associadas 
a membrana que são semelhantes à 
heparina, as quais inativam a trombina. 
Produz antitrombina III que inibe a formação 
de tormbina, fator Xa e Ixa. Além disso, 
produz também a trombomodulina que ativa 
a proteína C a qual inibe a coagulação. 
• Trombomodulina: quando tem a 
ativação da cascata de coagulação tem 
a ativação do fator VIII e V tendo a 
formação da trombina que terá duas 
frentes de ação (transformar o 
fibrinogênio em fibrina e se liga a 
trombomodulina). 
➢ Ligação da trombina com a 
trombomodulina: ativa a proteína C a 
qual inibe a coagulação (inibe os 
fatores Va e VIIIa). 
↪Fibrinolíticas: o endotélio tem 
características fibrinolíticas em que as células 
endoteliais produzem o T-PA (ativador do 
plasminogênio) que dissolve/degrada os 
depósitos de fibrina 
Propriedades pró-trombóticas do endotélio 
↪Lesão endotelial: toda vez que há lesão 
do endotélio vai ocorrer aderência de 
plaquetas a matriz extracelular, a qual é 
facilitada pelo fator de von Willebrand (VWF) 
produzido pelas células endoteliais. 
↪Exposição do endotélio a endotoxinas e 
citocinas: estimulam a síntese de fator 
tecidual e ativam a via extrínseca da cascata 
de coagulação. 
↪Endotélio produz inibidores do ativador do 
plasminogênio (PAI): a partir do 
plasminogênio tem a formação da plasmina 
que degrada a fibrina (deprime a fibrinólise) 
Hemostasia 
Ao ocorrer um corte: 
1. Vasoconstrição arteriolar (mecanismo 
neurogênico): mecanismo rápido que 
ocorre devido a secreção de endotelina 
(vasoconstritor derivado do endotélio). 
2. Exposição da matriz extracelular 
(exposição do endotélio): ativação das 
plaquetas que libera o conteúdo dos seus 
grânulos que recruta novas plaquetas. 
• TXA2 (conteúdo dos grânulos): 
vasoconstrição (favorece o contato das 
plaquetas com o endotélio) 
• Formação do tampão hemostático 
(constituído de plaquetas aderidas): 
hemostasia primaria 
3. Produção do fator tecidual (pró-
coagulante sintetizado pelo endotélio) e 
produção dos fatores plaquetários que 
ativam a cascata de coagulação 
• Ativação da trombina que converte 
fibrinogênio em fibrina: hemostasia 
secundaria (plaquetas e fibrinas aderidas) 
4. No local onde se aderiram plaquetas e 
fibrinas, inicia a adesão de hemácias, 
leucócitos. Formação de trombo e de 
substancias antitrombogenicas (controle 
do trombo para que continue somente 
no local da lesão para que não fique em 
outras áreas e cause uma coagulação 
excessiva). 
 
Trombose 
Processo patológico que resulta na 
formação de sangue coagulado no sistema 
vascular em ser vivo. 
Fatores predisponentes da trombose: 
↪Primários: 
• Genéticos: deficiências de 
componentes da cascata de coagulação 
• Distúrbios da fibrinólise: cães com 
glomérulo (perda de proteína do 
sangue no filtrado glomerular e as 
proteínas da fibrinólise estão na 
circulação) e hepatopatia (componentes 
proteicos da cascata de coagulação são 
produzidos no fígado) 
↪Secundários: imobilização, trauma severo, 
áreas extensas de necrose tecidual, 
neoplasias 
Patogenia da trombose: os três fatores 
fazem parte da tríade de Virchow e estão 
interligados. 
↪Lesão endotelial: qualquer lesão é capaz 
de desencadear trombose e a lesão 
endotelial resulta em alteração do fluxo 
sanguíneo 
↪Alteração do fluxo normal de sangue: 
↪Hipercoagulabilidade 
 
Lesão endotelial: 
↪O que determina a lesão endotelial? 
• Vasculite – 
infecciosas/imunomediadas 
• Toxemia: substancias de origem 
endógena ou exógena que causam 
lesão endotelial 
• Estresse hemodinâmico: 
aneurisma/estenose, aterosclerose. 
Resulta na variação da velocidade e 
turbulência do fluxo sanguíneo. 
• Aterosclerose: deposito de cristais de 
colesterol na camada subendotelial 
promovendo um aumento de volume 
na parede do vaso que altera a 
passagem sanguínea pela luz do vaso. 
Então o sangue fica empurrando a 
parte aumentada do endotélio até 
causar uma lesão. 
 
Alterações do fluxo: resulta em turbulência 
↪A turbulência é importante na 
trombogenese arterial e cardíaca, sendo 
observada turbulência nas bifurcações de 
vasos, aneurismas, estenose 
↪Fluxo laminar: característica de circulação 
do sangue em que as células sanguíneas 
mais pesadas e leucócitos tendem a ficar na 
periferia e as mais leves e plaquetas 
(plaquetas longe da parede do vaso é uma 
propriedade anti-trombogenica) vão pelo 
centro do fluxo. 
↪Turbulência: ocorre uma desorganização 
do fluxo laminar em que o sangue encontra 
um trombo na parede do vaso, então há 
uma alteração no calibre do vaso e o fluxo 
sanguíneo tem que mudar, caso encontre 
uma bifurcação também altera mais o fluxo 
laminar. 
↪Trombogênese venosa: a alteração de 
fluxo está relacionada a estase. No retorno 
venoso quando ocorre a redução da 
velocidade do retorno venoso e esse sague 
começa a se acumular em alguns locais é 
chamado de estase sanguínea, em que as 
válvulas das veias estão mais enfraquecidas 
e esse sangue começa a se acumular e 
coagular 
• Ocorre em: decúbito prolongado, 
imobilizações 
Localização dos trombos: Câmaras 
cardíacas, Artérias, Veias, Capilares 
Trombose arterial: 
↪Causas: arterite (inflamação na parede 
arterial), aneurisma, aterosclerose 
↪Geralmente oclusiva 
↪Relacionada a áreas de turbulência e injuria 
endotelial 
↪Crescimento não é no sentido do fluxo 
sanguíneo, uma vez que o fluxo é muito 
forte e acaba levando fragmentos do 
trombo. 
Trombose venosa: 
↪Causas: flebotrombose (trombose venosa 
profunda) 
↪Não oclusivos 
↪Estase 
↪Crescimento no sentido do fluxo 
sanguíneo 
Trombose cardíaca: ocorre nas câmaras e 
válvulas cardíacas 
↪Causas: infarto, fibrilação atrial, endocardite, 
cardiomiopatia 
↪Trombos murais: aderido a parede da 
câmara 
↪Trombos valvulares: 
• Vegetativo: infeccioso 
• Verrucoso: não infeccioso, ocorre 
devido a hipercoagulabilidade do sangue 
Morfologia do trombo 
↪Tamanho: variável, depende da causa e 
do calibre do vaso 
↪Coração: linhas de Zahn (laminas ou 
estrias), resultado de aposição de células. 
↪Arterial: branco-acizentado, friável, 
apresentalinhas de Zahn, firmemente 
aderido a parede 
↪Venoso: vermelho, friável, sem estriaçoes 
(ou as mesmas são discretas), firmemente 
aderido a parede. 
 
Destinos do trombo: 
↪Pode se propagar e crescer em outras 
regiões. 
↪Pode se fragmentar e dar origem ao 
tromboembolismo (chegada de tombos nos 
pulmões) 
↪Pode sofrer um processo de organização 
em que o sistema fibrinolítico degrada 
lentamente esse trombo formando 
passagens para o fluxo sanguíneo, podendo 
gerar mais turbulência acarretando em mais 
trombos. 
↪Pode se organizar a ponto de ser 
incorporado na parede do vaso sendo 
revestido por endotélio 
↪Pode recuperar o vaso ao incorporar o 
trombo e voltar ao normal, como em 
chutes, batidas e etc. 
Embolismo 
É a passagem através da circulação venosa 
ou arterial de qualquer substancia capaz de 
se alojar no lúmen do vaso sanguíneo 
resultando na sua obstrução. O êmbolo 
pode se alojar em tecidos e órgãos, ou 
pode obstruir a passagem do sangue 
causando infarto. 
Tipos de êmbolos: 
↪Trombos 
↪Gordura: associado a fraturas ou 
politraumatismo, como por exemplo a 
gordura da medula óssea cai na circulação 
↪Líquido amniótico: no momento do parto 
quando há ruptura de vasos da placenta que 
pode cair na circulação. 
↪Tumor 
↪Parasitos: cistos 
↪Corpo estranho 
↪Gasoso 
Embolismo pulmonar: 95% origem em 
trombos localizados em veias profundas dos 
membros posteriores. Podendo também ter 
parasitos como êmbolos, como os D. immitis 
e Ascaris. 
↪Podem ser únicos ou múltiplos 
↪Podem causar a oclusão da artéria 
pulmonar e/ou suas ramificações 
↪Embolismo paradoxal: quando o paciente 
tem uma má formação com um forame 
que comunica átrios ou ventrículos, o 
embolo pode passar por esse forame e 
atingir a circulação sistêmica. 
↪Consequências: 
• Assintomático: caso seja um embolo 
pequeno e que não cause nenhum dano 
• Infarto 
• Hipertensão pulmonar: “cor pulmonale”. 
Quando se tem vários êmbolos 
obstruindo vários capilares pulmonares, 
dessa forma não chega mais sangue no 
pulmão gerando uma sobrecarga no 
lado direito do coração. 
Embolismo sistêmico (arterial): 80-85% tem 
origem em trombos localizados no coração. 
↪Único ou múltiplos 
↪Oclusão de artérias das extremidades 
(mãos e pés) e da circulação sistêmica 
(cérebro, rim, intestino, baço) 
↪Consequências: infarto em múltiplos 
órgãos 
Embolismo gasoso: ocorre em lesões 
durante parto/aborto, perfuração da parede 
torácica e a entrada de ar no tórax 
(pneumotórax), lesões no tórax ou pulmão. 
Embolismo gorduroso: fratura de ossos 
longos, politraumatismo, traumas contusos, 
massagem cardíaca com fratura de costela. 
Embolismo fibrocartilaginoso: está 
relacionado com a doença do disco 
intervertebral (hérnia de disco), pode resultar 
na invasão de vasos. 
Embolismo amniótico (infusão): em casos de 
ruptura uterina durante o parto que expõe 
vasos de grande calibre da parede uterina 
que podem ser invadido por líquido 
amniótico. 
Consequências do embolo: 
↪Dependem de: natureza do embolo, 
tamanho, local atingido 
↪Em geral podemos ter: isquemia e infarto

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