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181 PARTE II MECÂNICA UNIDADE 01 CINEMÁTICA ESCALAR SUBUNIDADE 04 QUEDA LIVRE E LANÇAMENTO VERTICAL 1) QUEDA LIVRE Você já deve ter observado objetos em queda. Certa- mente você conclui com facilidade que uma bola de ferro cai mais rápido que uma pena, como afirmava Aristóteles. Sabe- mos que isso ocorre porque o ar exerce um efeito retardador que depende de alguns fatores, dentre eles a área de contato do corpo com o ar. Chama-se queda livre, a queda dos corpos sem a presença do ar (no vácuo) ou com a resistência do ar desprezível. Neste caso, todos os corpos de qualquer peso ou forma abandonados da mesma altura, nas proximidades da superfície da terra, caem ao mesmo tempo (juntos). Esse movimento é conhecido como Queda Livre. a) Em presença de resistência do ar, a aceleração da pedra é maior do que a do papel. b) Na ausência de resistência do ar, tanto a pedra quan- to o papel possuem a mesma aceleração. c) Na presença da resistência do ar, a pedra, se aban- donada da mesma altura que o papel, chega primeiro na base do tubo. Sem a resistência do ar, a pedra e o papel chegam juntos à base do tubo. Contextualizando: O astronauta David S. Satt, na superfície da Lua, deixa cair um martelo e uma pena, comprovando que, na ausência da resistência do ar, a aceleração da gra- vidade é a mesma para todos os corpos. Na Queda Livre, o objeto cai numa trajetória retilínea e com aceleração constante (M.R.U.V.). A aceleração é a da gra- vidade cujo valor ao nível do mar e a uma latitude de 45o, é: Observação: Na resolução dos exercícios, vamos arredondar a aceleração da gravidade para 10m/s2. Observe pela fotografia estroboscópica acima que a maça vai aumentando sua velocidade (as imagens da maçã vão se distanciando). 182 1.1) FUNÇÕES HORÁRIAS Sendo a queda livre um M.R.U.V., podemos aplicar as funções já vistas na subunidade anterior. Observação: Equação de Torricelli v2 = v0 2 + 2aΔS ⇒⇒⇒⇒⇒ v2 = 2gH 1.2) DIAGRAMAS HORÁRIOS _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ 183 Observação: Propriedade Especial para corpos que caem a partir do repouso: Um corpo caindo livremente a partir do repouso per- corre distâncias proporcionais aos números ímpares, em intervalos de tempo iguais. Se o intervalo de tempo for de 1 segundo, teremos: 2) LANÇAMENTO VERTICAL PARA CIMA Lançando um objeto verticalmente para cima, obser- vamos a trajetória retilínea e o movimento uniformemente variado no caso de desprezarmos a resistência do ar. 184 2.1 FUNÇÕES HORÁRIAS Observação: v2 = v0 2 – 2gh 2.2 DIAGRAMAS HORÁRIOS 2.3) PROPRIEDADES DO LANÇAMENTO VERTICAL 1°) No ponto mais alto da trajetória temos: • Altura máxima atingida • Velocidade intantânea nula (v = 0) • Aceleração escalar não nula (|a| = |g|) 2°) Num ponto qualquer da trajetória com altura me- nor que a altura máxima, o móvel passará na subida e na descida com velocidade escalar de mesmo módulo, porém, com sinais diferentes. 3°) ΔtSubida= ΔtDescida quando o móvel retorna ao ponto de lançamento. 4°) Denomina-se tempo de voo a soma dos tempos de subida e descida. ΔΔΔΔΔtVoo = ΔΔΔΔΔtSubida+ ΔΔΔΔΔtDescida 185 Contextualizando: Em aviação, ao efetuar manobras, o piloto pode sentir diferentes sensações: em algumas, como no loop, o sangue tende a se concentrar nos seus mem- bros inferiores. Nesse caso, diz-se que o piloto sofre "g positivo". Em outras situações, como no loop inver- tido, o sangue tende a se concentrar na cabeça. Diz- se então que o piloto sofre "g negativo". Um piloto de avião, em manobras arriscadas, pode suportar até 10g durante 3 s. Entretanto,sob essa ace- leração, o avião, dependendo de sua estrutura, pode- rá até perder as asas. Uma pessoa sujeita a acelerações da ordem de 3g positivo, por algum tempo, terá grande dificuldade para levantar os braços e as pernas. Se a aceleração esti- ver entre 4g e 5,5g positivos, ela poderá perder com- pletamente a visão, chegando a perder a consciência se essa condição perdurar por mais de 5s. (RAMALHO JUNIOR, Francisco; FERRARO, Nicolau Gilberto; SOARES, Paulo Antônio Toledo. Os Fundamen- tos da Física 1. São Paulo: Ed. Moderna, 2007) STEPHEN HAWKING VIVENCIA GRAVIDADE ZERO: 'PODIA TER CONTINUADO SEM PARAR' O astrofísico britânico Stephen Hawking, que pas- sou a vida refletindo sobre a gravidade no Universo, fi- cou por alguns minutos livre de sua cadeira de rodas nesta quinta-feira e experimentou a falta de gravidade, voando com liberdade, algo que classificou de "assom- broso". "Foi assombroso... Podia ter continuado sem pa- rar", relatou Hawking, de 65 anos, após aterrissar de uma viagem de duas horas em um Boeing 727-200 modifica- do e de paredes acolchoadas que, voando em parábo- las como uma montanha-russa, produz períodos de au- sência de gravidade. A nave decolou esta tarde do Cabo Cañaveral, sob o comando de pilotos especialmente treinados, que su- biram em um ângulo de 45 graus até os 10.000 metros de altitude, antes de descer, abruptamente, a 2.500 metros, dando aos passageiros 30 segundos de falta de gravidade. O avião repetiu a manobra oito vezes, dando a Hawking um total de quatro minutos de ausência de gra- vidade. "O professor Hawking alçou vôo e hoje tocou o céu", disse Peter Diamandis, dono da empresa Zero-G. O cientista viajou sentado durante a subida e, uma vez que a nave começou a descer, foi levantado por duas pessoas que o guiaram no ar, enquanto flutuava livremente. "Espaço, lá vou eu", disse o cosmólogo, antes de decolar no avião do Centro Espacial Kennedy, no Cabo Cañaveral (leste da Flórida). "Estou em cadeira de rodas há quase quatro déca- das. A oportunidade de flutuar livremente, sem gravidade, será maravilhosa", continuou Hawking, antes da viagem. Hawking, autor do best-seller "Uma breve história do tempo", sobre a origem do Universo e a criação do espaço-tempo, em que também aborda temas mais am- plos como a metafísica, está quase totalmente paralisa- do por causa de uma doença degenerativa e depende de um computador e de um sintetizador para falar. "É muito especial para mim voar com ausência de gravidade", celebrou o cosmólogo, vestido com um uni- forme azul, nesta entrevista coletiva anterior à decola- gem. "Há tempos quero viajar ao espaço. Um vôo de gra- vidade zero é o primeiro passo para uma viagem espaci- al", acrescentou Hawking, que espera, eventualmente, realizar este sonho em 2009 a bordo da nave da "Virgin Galactic", desenvolvida pelo empresário britânico Richard Branson para realizar vôos suborbitais, nos quais o apa- relho chega ao espaço, mas não em uma órbita estável. Quatro médicos e duas enfermeiras acompanha- ram o cientista a bordo do avião "G-Force One", conhe- cido popularmente como "vomit comet" (cometa do vô- mito), devido aos efeitos desagradáveis que os passa- geiros que se submetem à experiência podem sentir. A Corporação Gravidade Zero (Zero-G), operado- ra do avião, normalmente cobra 3.500 dólares por pas- sageiro por um vôo de 90 minutos, mas o catedrático da Universidade de Cambridge viajou de graça, enquanto os outros oito lugares na aeronave foram leiloados, e o dinheiro, destinado a obras de caridade. 186 Na quarta-feira, a tripulaçãoda nave fez um vôo de testes com um menino de 14 anos no lugar do cientista. Os vôos comerciais da Zero-G são similares aos que a agência espacial americana (Nasa) realizou nos últimos 40 anos para treinar astronautas. A Zero-G diz que a experiência dentro do avião é similar à de um salto em queda livre antes de se abrir o pára-quedas. Stephen Hawking comentou que com sua experi- ência quer promover o interesse do público sobre os vôos espaciais, que segundo ele serão importantes para o fu- turo da humanidade. "Acho que a raça humana não terá futuro se não voar ao espaço", sentenciou. "Acho que a vida na Terra está cada vez mais em risco de desaparecer por um de- sastre como o aquecimento global, a guerra nuclear, um vírus desenvolvido geneticamente ou outros perigos", acrescentou. Hawking, titular da Cátedra Lucasiana de Matemá- tica da Universidade de Cambridge - cargo que foi ocu- pado por sir Isaac Newton - sofre de uma doença degenerativa, a esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada quando ele tinha 22 anos. A doença o mantém preso a uma cadeira de ro- das, mas não impediu que o cientista desenvolvesse tra- balhos sobre cosmologia teórica, gravidade quântica, a natureza do espaço e do tempo, a teoria do "Big Bang" e os buracos negros. http://g1.globo.com/noticias/brasil 26/04/2007 01. Complete as lacunas a seguir. I. Chama-se queda livre, a queda dos corpos sem a presença do ___________ (no _____) ou com a ____________ do ar desprezível. II. Ao abandonarmos uma pedra e uma folha de papel aberta no ar, a aceleração da pedra é ___________ que a da folha de papel. III. Ao abandonarmos uma pedra e uma folha de pa- pel aberta no vácuo, a aceleração da pedra é __________ a da folha de papel. Essa aceleração é chamada aceleração da ___________, cujo valor nas proximidades da superfície da Terra é aproximada- mente _________ m/s2. 02. Um dos astronautas que desceu na Lua fez a seguin- te experiência: Abandonou um martelo e uma pena, de uma mesma altura. Eles tocaram o solo lunar ao mesmo tempo? Justifique sua resposta. 03. Calcule em cada situação o que falta. 04. Uma pedra é abandonada de 80m de altura em rela- ção ao solo. Desprezando a resistência do ar: a) Determine o tempo de queda. b) Determine a velocidade de chegada ao solo. c) Esboce os gráficos h x t, v x t e a x t. Considere g = 10m/s2. 05. Complete as lacunas em branco. 06. Uma pedra abandonada na lua, de um ponto situado a 80m de altura, demora 10s para atingir a superfície desse satélite. determine: a) a aceleração da gravidade. b) o intervalo de tempo que uma pedra, com o dobro da massa da primeira, demoraria para cair da mesma altura. 187 07. Um corpo é lançado verticalmente para cima e fica sub- metido somente à ação da gravidade. Verifique se as afirmações a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F). I. ( ) A velocidade do corpo no ponto de altura máxima é zero instantaneamente. II. ( ) A velocidade do corpo é constante para todo o percurso. III. ( ) O tempo necessário para a subida é igual ao tempo de descida, sempre que o corpo é lan- çado de um ponto e retorna ao mesmo ponto. IV. ( ) A aceleração do corpo é maior na descida do que na subida. V. ( ) Para um dado ponto na trajetória, a velo- cidade tem os mesmos valores, em módulo, na subida e na descida. 08. Um projétil é lançado verticalmente para cima com velocidade 20m/s. Desprezando a resistência do ar e admitindo g = 10m/s2, determine: a) a função da posição; b) a altura máxima atingida; c) O instante que o projétil atinge a altura máxima; d) o gráfico posição x tempo; e) a função da velocidade; f) o gráfico velocidade x tempo; g) o instante em que o projétil atinge o solo; h) a velocidade com que ele atinge o solo. 09. Próximo da superfície terrestre e no vácuo, lançamos verticalmente para cima um corpo com velocidade escalar de módulo 30m/s. A aceleração da gravidade é g = 10m/s2. Considerando que o corpo tenha sido lançado do solo, determine: a) o tempo de subida (tS); b) a máxima altura (H). 10. De um mesmo local da superfície da Lua, são lançadas verticalmente para cima, com a mesma velocidade inicial, duas pedras A e B,de massas respectivamen- te iguais a 10 g e 500 g. Compare: a) as alturas máximas atingidas pelas pedras A e B; b) os tempos que elas demoram para retornar ao lo- cal do lançamento. 01. (CPS-SP) Leia o texto: No seu balão "Brasil" ou em outro qualquer, San- tos Dumont sentia-se duplamente gratificado: pelo prazer do esporte e porque cada subida trazia-lhe sempre novas experiências. Num grande balão que mandara construir, partiu com os amigos para uma ascensão. A partida foi lenta, pois havia pouco vento mas, até os 1 000 metros de altura, tudo corria bem. A 1 500 metros, quase estacionário, largaram os sacos de lastro a fim de atingir os 2 000 metros de altura. (Texto adaptado de "A vida de grandes brasileiros - 7: SANTOS DUMONT". São Paulo: Editora Três, 1974) Supondo que Santos Dumont larga simultaneamente dois sacos de lastro e que a massa de um saco é o dobro da massa do outro, pode-se afirmar que, des- prezando a resistência do ar, (A) o saco de lastro de maior massa atinge o solo em um tempo menor. (B) o tempo de queda dos sacos de lastro é o mes- mo, independentemente de suas massas. (C) o saco de lastro de maior massa apresenta maior aceleração do que o de menor massa. (D) o saco de lastro maior massa atinge o solo com o dobro da velocidade do de menor massa. (E) os dois sacos, ao atingirem o solo, apresentam a mesma energia cinética. (UERJ) Com base no texto abaixo, responda as questões de números 02 e 03. "Observo uma pedra que cai de uma certa altura a partir do repouso e que adquire, pouco a pouco, novos acrés- cimos de velocidade (...) Concebemos no espírito que um movimento é uniforme e, do mesmo modo, conti- nuamente acelerado, quando, em tempos iguais quaisquer, adquire aumentos iguais de velocidade (...) O grau de velo- cidade adquirido na segunda parte de tempo será o dobro do grau de velocidade adquirido na primeira parte." (GALLILEI, Galileu, Duas Novas Ciências, São Paulo: Nova Stella Editorial e Chod Editorial, s.d.) 02. A grandeza física que é constante e a que varia line- armente com o tempo são, respectivamente: (A) aceleração e velocidade (B) velocidade e aceleração (C) força e aceleração (D) aceleração e força (E) tempo e velocidade 03. Suponha que, durante o ultimo segundo de queda, a pedra tenha percorrido uma distancia de 45 m. Con- siderando g = 10 m/s2 e que a pedra partiu do repou- so, pode-se concluir que ela caiu de uma altura, em metros, igual a: (A) 105 (B) 115 (C) 125 (D) 135 188 (UERJ) Com base no texto abaixo, responda as questões de números 04 e 05. Em um jogo de voleibol, denomina-se tempo de voo o intervalo de tempo durante o qual um atleta que salta para cortar uma bola está com ambos os pés fora do chão, como ilustra a fotografia. Considere um atleta que conse- gue elevar o seu centro de gravidade a 0,45 m do chão e a aceleração da gravidade igual a 10m/s2. 04. O tempo de vôo desse atleta, em segundos, corresponde aproximadamente a: (A) 0,1 (B) 0,3 (C) 0,6 (D) 0,9 05. A velocidade inicial do centro de gravidade desse atleta ao saltar, em metros por segundo, foi da ordem de: (A) 1 (B) 3 (C) 6 (D) 9 06. (UERJ) Foi veiculada na televisão uma propaganda de uma marca de biscoitos com a seguinte cena: um jovem casal estava em um mirante sobre um rio e alguém deixa cair lá de cima um biscoito. Passados alguns segundos, o rapaz se atira do mesmo lugar de onde caiu o biscoito e consegue agarra-lo no ar. Em ambos os casos, a queda é livre, as velocidades inici- ais são nulas, a altura da queda é a mesma e a resis- tência do ar é nula. Para Galileu Galilei, a situação física desse comercial seria interpretada como: (A) impossível porque a altura da queda não era grande o suficiente. (B) possível, porque o corpo mais pesado cai com maior velocidade. (C) possível, porque o tempo de queda de cada corpo depende de sua forma. (D) impossível,porque a aceleração da gravidade não depende da massa dos corpos. 07. (UFES) Um projétil é disparado do solo, verticalmen- te para cima, com velocidade inicial igual a 200 m/s. No local temos g = 10 m/s2, Desprezando-se a resis- tência do ar, a altura máxima alcançada pelo projétil e o tempo necessário para alcançar-lá são respectiva- mente (A) 4 000 m; 40 s (B) 4 000 m; 20 s (C) 2 000 m; 40 s (D) 2 000 m; 20 s (E) 2 000 m; 10 s 08. (UFF) Da janela de seu apartamento, a uma altura h do solo, um garoto lança uma pedra verticalmente para cima. A pedra atinge o solo 3,0s depois de lançada. A figura representa como a velocidade escalar da pedra varia em função do tempo entre o instante que foi lançada (t = 0s) e o instante em que ela chega ao solo (t = 3,0s). Se desprezarmos a resistência do ar, concluiremos que o valor de h é: (A) 40m. (B) 25m. (C) 20m. (D) 15m. (E) 5,0m. 01. (UFLA-MG) Num espetáculo circense, o artista posiciona-se no alto de uma plataforma, quando seu cavalo adentra o picadeiro num movimento retilíneo uniforme. O profissional do circo deixa-se cair verti- calmente da plataforma e atinge exatamente a sela do animal, o que provoca uma explosão de aplausos. Considerando que g = 10 m/s2; a altura vertical Hh plataforma-sela 3 m; e a velocidade do cavalo 5 m/s, determine, em metros, a distância horizontal DH entre sela e plataforma no momento do salto. 02. Um abacate de 400 g e uma laranja de 100 g des- prendem se no mesmo instante de seus respectivos galhos ambos a uma alturas 5 m em relação ao solo. a) indique se os tempos de queda são iguais e justifi- que sua resposta. b) Calcule o tempo de queda do abacate. Considere: g = 10 m/s2 03. Uma pedra é lançada do solo verticalmente para cima e 4,0 segundos após retorna ao ponto de lançamen- to. Considere a resistencia do ar desprezivel e g= 10 m/s². Calcule a altura maxima atingida pela pedra 189 04. (UNICAMP-SP) Um malabarista de circo deseja ter três bolas no ar em todos os instantes. Ele arremessa uma bola a cada 0,40s (g = 10m/s2). a) Quanto tempo cada bola fica no ar? b) Com que velocidade inicial deve o malabarista ati- rar cada bola para cima? c) A que altura se elevará cada bola acima de suas mãos? _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ 190 PARTE II MECÂNICA UNIDADE 02 CINEMÁTICA VETORIAL SUBUNIDADE 01 CONCEITOS BÁSICOS 1) VETORES O vento possui tanto uma rapidez quanto uma orientação; por isso a velocidade do vento é descrita por um vetor. Na fotografia acima um projétil atravessa um copo de iogurte. Sua velocidade deve ser representada por um vetor pois possui intensidade (500m/s), direção (horizontal) e sentido (da esquerda para direita). Segmentos de reta orientados usados para represen- tar grandezas, são chamados de vetores e as grandezas são chamadas de Grandezas Vetoriais. A palavra vetor vem do latim vector, que tem vários significados, um deles é "aquele que conduz". Um vetor possui três características: • Módulo: comprimento do vetor. • Direção: a posição que ele ocupa no plano ou no espaço. • Sentido: para onde ele aponta. Veja o exemplo: Observação 1: Um vetor cujo módulo é igual a 1, isto é, um vetor unitário, é chamado de versor. Observação 2: O vetor nulo, cujo módulo é igual a zero, é re- presentado por . 191 Observação 3: 2) OPERAÇÕES COM VETORES 2.1) Adição Considere os vetores , , , e representados abaixo: O vetor da soma (ou resultante) , dado por = + + + + é determinado fazendo-se coincidir a extremidade de um com a origem do seguinte. De acordo com a figura a seguir, o que se obtém é uma linha segmentada, denominada linha poligonal. Então, temos: = B – A = C – B = D – C = E – D = F – E Logo: = (B – A) + (C – B) + (D – C) + (E – D) + (F – E) Assim: = F – A Na figura abaixo, está ilustrado o vetor resultante . O segmento orientado que representa sempre fecha o polígono. A esse método de adição de vetores damos o nome de regra do polígono. Observação 1: Vale a propriedade comutativa, isto é, a ordem dos vetores não altera o vetor soma. Observação 2: Se a linha poligonal dos vetores parcelas for fe- chada, então o vetor soma será nulo, como ocorre no caso da soma dos vetores da figura abaixo. 192 ATENÇÃO! Lei dos cossenos e Lei dos senos Na resolução de exercícios, frequentemente ne- cessitaremos da Lei dos cossenos e da Lei dos senos, as quais valem para quaisquer triângulos. Observação 3: Adição de dois vetores Considere os vetores representados na figura 1. Admitimos que seus segmentos orientados re- presentativos tenham "origens" coincidentes no pon- to O e que o ângulo formado entre eles seja θ. Na figura 2, está feita a adição pela regra do polígono: Observe que o segmento orientado representa- tivo do vetor resultante nada mais é que a diagonal do paralelogramo formado. Assim, dados dois vetores, é sempre possível obter-se graficamente o vetor soma (resultante) pela regra do paralelogramo. Consideremos o caso em que obtemos a resul- tante de vetores pela regra do paralelogramo. Aplicando a Lei dos cossenos ao triângulo ABC, temos: S2 = a2 + b2 – 2ab cosα (I) Mas θ + α = 180º, o que acarreta: cosα = – cosθ (II) Das igualdades (II) e (I) concluímos: S2 = a2 + b2 – 2ab (– cosθ) ou S2 = a2 + b2 + 2ab cosθ Observação 4: Casos particulares I) têm a mesma direção e o mesmo sentido. Neste caso, θ = 0º; então, cosθ = 1. S2 = a2 + b2 + 2ab ⇒⇒⇒⇒⇒ S2 = (a + b)2 S = a + b II) têm a mesma direção e sentidos opostos. Neste caso, θ = 180º; então, cosθ = –1. S2 = a2 + b2 – 2ab ⇒⇒⇒⇒⇒ S2 = (a – b)2 S = a – b III) são perpendiculares entre si. Neste caso, θ = 90º; então, cosθ = 0. S2 = a2 + b2 (Teorema de Pitágoras) 193 IV) tem o mesmo módulo e formam entre si um ângulo de 120º. 2.2) Subtração Considere os vetores e representados na figura abaixo. Admita que os segmentos orientados representativos de e tenham "origens" coincidentes no ponto O e que o ângulo formado entre eles seja θ. O vetor diferença entre e ( = – ) pode ser obtido pela soma do vetor com o oposto de : = – ⇒ = + (– ). O oposto do vetor , ou seja, o vetor – , tem mesmo módulo e mesma direção de , porém sentido con- trário. Graficamente temos: Observe que em termospráticos podemos obter o vetor diferença ligando-se as extremidades de e a partir da figura 1. ATENÇÃO! O vetor deve apontar para a extremidade do 1º vetor da diferença. O módulo de também fica determinado pela lei dos cossenos. d2 = a2 + b2 – 2ab cosθθθθθ Observação: Variação de uma grandeza vetorial A subtração de dois vetores tem caráter funda- mental no estudo da Física. A variação de uma grandeza vetorial qualquer ( , por exemplo) é obtida subtraindo-se a grandeza final,( ) da grandeza inicial ( 0). = – 0 Na ilustração abaixo, vê-se uma bola de tênis indo no sentido de uma raquete com velocidade de módulo 20m/s (Figura 1) e depois retornando com velocidade de módulo 30m/s (Figura 2). Podemos concluir que a variação de velocidade escalar dessa bola tem módulo igual a 10m/s. Determinamos agora as características da vari- ação da velocidade vetorial da bola. 2.3) Multiplicação de um número real por um vetor O produto de um número real n, não-nulo por um vetor é um vetor , tal que seu módulo é dado pelo produto do módulo de n pelo módulo de , ou seja, | | = |n| | |. Sua direção é a mesma de , seu sentido, é o mesmo de se n for positivo, mas oposto ao de se n for negativo. Exemplo 1: Admitimos, por exemplo, n = 3. Sendo o vetor representado na figura, determinados o vetor = n : 194 Exemplo 2: Considerando n = . Sendo o vetor representado na figura, determinamos o vetor = n : 2.4) Decomposição cartesiana Um vetor pode ser decomposto, quando necessá- rio, em dois vetores componentes x e y , perpendiculares entre si, de modo que se tenha: ATENÇÃO! 3) DESLOCAMENTO VETORIAL OU VETOR DESLOCAMEN- TO ( ) Considere o carro da figura abaixo numa competição de automobilismo em que a pista possui uma curva. O deslocamento do carro é um vetor que aponta da posição inicial do carro no instante to para a posição final no instante t. O módulo é a menor distância entre as duas posições. Para localizar o carro em sua trajetória durante esse movimento, definimos o vetor (vetor posição) com origem na origem do sistema de eixos Oxy e extremidade na posi- ção ocupada pelo móvel, nesse caso 0 e . Observe que, conhecendo o módulo, a direção e o sentido do vetor te- remos, totalmente determinada, a posição do móvel. No intervalo de tempo ΔΔΔΔΔt = t – t0 o vetor posição do móvel varia de 0 para . O vetor deslocamento, ou deslo- camento vetorial, é definido como o vetor diferença: Observação: Em trajetórias retilíneas: 4) VELOCIDADE VETORIAL MÉDIA ( ) É definido pelo quociente do deslocamento vetorial pelo respectivo intervalo de tempo Δt. Como Δt é um escalar positivo, a velocidade vetorial média tem sempre a mesma direção e o mesmo sentido que o delocamento vetorial (ambos são secantes à trajetó- ria), como representa a figura abaixo. 195 Vamos comparar agora o módulo da velocidade vetorial média com o módulo da velocidade escalar média. Sabemos que: Lembrando que , podemos cocluir que o módulo da velocidade vetorial média nunca excede o módulo da velocidade escalar média. Observação 1: Ocorrerá o caso da igualdade quan- do a trajetória for retilínea. Observação 2: Em circuitos fechados após uma volta completa: = Distância percorrida Logo: 5) VELOCIDADE VETORIAL OU VETOR VELOCIDADE INSTAN- TÂNEA ( ) A velocidade vetorial ou vetor velocidade instantânea é o vetor que se obtém quando, na expressão da velocida- de vetorial média, fazemos Δt tender a zero (Δt → 0), isto é: Essa expressão é lida como: “o vetor velocidade ins- tantânea é o limite de quando Δt tende a zero”. O vetor velocidade instantânea de um móvel, em um determinado referencial, tem as seguintes características. • Módulo: igual ao da velocidade escalar instan- tânea V, isto é, l l = V; • Direção: igual à da reta tangente à trajetória no instante considerado; • Sentido: coincidente com o sentido do movimento. ATENÇÃO: Um vetor varia quando qualquer um dos seus elementos varia (módulo, direção, sentido); logo, a ve- locidade vetorial varia, quando um desses elementos varia. Sendo assim: • Trajetória curva ⇔ variação da direção da ve- locidade vetorial. • Movimento variado ⇔ variação do módulo da velocidade vetorial. Observação: O MRU, em particular, apresenta velocidade vetorial constante, mas se o MU tiver trajetóra curvilínea, a velocidade vetorial será variável. 6) ACELERAÇÃO VETORIAL MÉDIA ( ) Voltemos ao exemplo do carro na competição de au- tomobilismo. Do instante to para o instante t o carro experimenta uma variação de velocidade vetorial , dada por: A aceleração vetorial média do carro no intervalo de t0 a t é definida por: 196 Como Δt é um escalar positivo, a aceleração vetorial média ( m)tem sempre a mesma direção e o mesmo senti- do que a variação da velocidade Δ . 7) ACELERAÇÃO VETORIAL OU VETOR ACELERAÇÃO INSTAN- TÂNEA ( ) A aceleração vetorial instantânea é o vetor que se obtém quando, na expressão da aceleração vetorial média, fazemos Δt tender a zero (Δt → 0), isto é: Lembre-se que a cada instante, a velocidade vetorial de um corpo em movimento, pode variar em módulo e em direção. Por esse motivo a aceleração vetorial é de- composta em duas acelerações: aceleração tangencial t, que está relacionada com a variação do módulo de , e a aceleração centrípeta ou aceleração normal ( cp ou n), que está relacionada com a variação da direção de . Logo: 7.1) Componente tangencial da aceleração ou acele- ração tangencial ( t ) • Módulo: igual ao módulo de aceleração escalar: l tl = lal • Direção: sempre tangente à trajetória. • Sentido: igual ao da velocidade vetorial se o movi- mento for acelerado, e oposto ao da velocidade vetorial e o movimento for retardado. ATENÇÃO! Nos movimentos uniformes, o módulo da velo- cidade vetorial não varia e, portanto, a aceleração tangencial é nula. A aceleração tangencial existe somente em mo- vimentos variados e independe do tipo de trajetória. 7.2 Componente normal da aceleração ou aceleração centrípeta ( cp) • Módulo: , na qual V é a velocidade escalar do móvel e R é o raio da trajetória. • Direção: perpendicular a velocidade vetorial em cada ponto. • Sentido: apontado para "dentro" da curva. Podemos concluir que: • Vetorialmente: = t + cp • Algebricamente: a2 = t 2 + a 2 cp (Teorema de Pitágoras) Observação: Análise da aceleração vetorial • M.R.U. (Movimento Retilíneo Uniforme) 197 • M.R.U.A. (Movimento Retilíneo Uniformemen- te Acelerado) • M.R.U.R. (Movimento Retilíneo Uniformemen- te Retardado) • M.C.U. (Movimento Curvilíneo Uniforme) • M.C.U.A. (Movimento Curvilíneo Uniformemente Acelerado) • M.C.U.R. (Movimento Curvilíneo Uniformemente Retardado) 01. Determine o módulo da resultante dos vetores em cada caso a seguir: (A) (B) (C) (D) (E) (F) 198 02. Determine o módulo do vetor tal que = – . 03. Em cada caso a seguir determine o vetor = – sabendo que l l = 5 e l l = 6. a) b) c) 04. Dado os vetores e , represente graficamente os vetores: – 2 , 3 – 2 , 3 + 2 . 05. Um avião sobe com velocidade de 250m/s e com 30º de inclinação em relação à horizontal, conforme a figura. Determine os componentes da velocidade na horizon- tal (eixo X) e na vertical (eixo y). Dados: 06. Em cada caso a seguir, trace o vetor deslocamento de A para B e determine seu módulo. 07. Três cidades A,B e C,situadas em uma região plana,ocupam as vértices de um triângulo equilátero de 80 km de lado. Um carro viaja de A para C ,pas- sando pelo ponto B .Se o intervalo de tempo gasto no percurso foi de 1,0 h, determine em km/h: a) o valor absoluto da velocidade escalar média. b) a intensidade da velocidade vetorial média. 08. Duas partículas X e Y partem, simultaneamente, do ponto A, representado na figura, dirigindo-se para o ponto B. Enquanto a partícula Y percorre a trajetória retilínea , X percorre a semicircunferência . Ambas par- tem juntas ao ponto A e chegam juntas ao ponto B. Determine a razão entre: a) As velocidades escalares médias de x e y. b) Os módulosdas velocidades vetoriais médias de y e x. 09. Em cada situação a seguir, trace o vetor velocidade do carro no instante t, sabendo que o carro segue o sentido de A para B. 199 10. (UEPB) De acordo com os conceitos estudados em Cinemática, complete adequadamente a coluna: (1) Movimento retilíneo e uniforme. (2) Movimento retilineo e uniformemente variado (3) Movimento circular e uniforme. (4) Movimento circular e uniformemente variado ( ) Velocidade vetorial de direção constante e módulo variável. ( ) Velocidade vetorial constante ( ) Velocidade vetorial variável em direção e módulo ( ) Velocidade vetorial de módulo constante e dire- ção variável. 11. A figura a seguir representa a trajetória de um ponto material que passa pelo pontos A, B e C, com velocida- de A, B e C de módulos VA = 8,0 m/s, VB = 12,0m/s e VC = 16,0m/s. Sabe-se que o intervalo de tempo gasto para esse ponto material percorrer os trechos AB e BC é o mes- mo e vale 10s. Determine o módulo da aceleração vetorial média do ponto material nos trechos AB e BC, respectivamen- te, em m/s2. 12. O carrinho esquematizado na figura a seguir percorre a trajetória circular da esquerda para a direita. I, II, III, IV e V são vetores que podem estar associados ao movimento. Indique, justificando, que vetores repre- sentam melhor a velocidade e a aceleração do carri- nho nos seguintes casos: a) o movimento é acelerado; b) o movimento é retardado; c) o movimento é uniforme. 13. Uma pista de corrida tem sua forma indicada na figu- ra abaixo, no qual os trechos AB e CD são são retas e os trechos BC e DA são arcos de circunferência de raio R. Um veículo, fazendo um teste nesta pista no trecho AB, mantém o módulo de sua velocidade cons- tante. Nos trechos BC e CD, tem o módulo de sua velocidade diminuindo. Desenhe os vetores velocida- de e aceleração nos instantes t1, t2, t3 e t4. 14. Um piloto consegue manter seu kart em movimento uniforme numa pista circular que tem raio de 50m. Sabendo que a velocidade escalar do kart é igual a 10m/s, determine a intensidade da aceleração vetorial. 01. (FATEC-SP) Na figura, representa-se um bloco em movimento sobre uma trajetória curva, bem como o vetor velocidade , o vetor aceleração e seus com- ponentes intrínsecos, aceleração tangencial t, e ace- leração normal n. Analisando-se a figura, conclui-se que: (A) O módulo da velocidade está aumentando. (B) O módulo da velocidade está diminuindo (C) O movimento é uniforme (D) O movimento é necessariamente circular (E) O movimento é retilíneo. 200 02. (UFF) Para um bom desempenho em corridas auto- mobilísticas, esporte que consagrou Ayrton Senna como um de seus maiores praticantes, é fundamental que o piloto faça o aquecimento dos pneus nas pri- meiras voltas. Suponha que esse aquecimento seja feito no trecho de pista exibido na figura abaixo, com o velocímetro marcando sempre o mesmo valor. Assinale a opção que identifica corretamente como os módulos das acelerações do carro nos pontos A, B e C assinalados na figura estão relacionados. (A) aA = aB > aC ≠ 0 (B) aA = aB = aC = 0 (C) aC > aA > aB = 0 (D) aA > aC > aB = 0 (E) aA = aB = aC ≠ 0 03. (UFF) Na prova de lançamento de martelo nas Olim- píadas, o atleta coloca o martelo a girar e o solta quan- do atinge a maior velocidade que ele lhe consegue imprimir. Para modelar este fenômeno, suponha que o martelo execute uma trajetória circular num plano horizontal. A figura abaixo representa esquematicamente esta trajetória enquanto o atleta o acelera, e o ponto A é aquele no qual o martelo é solto. Assinale a opção que representa corretamente a tra- jetória do martelo, vista de cima, após ser solto. 04. Uma partícula movimenta-se ao longo de uma traje- tória circular com velocidade escalar constante. A fi- gura representa a partícula no instante em que passa pelo ponto P. As setas que representam a velocidade vetorial e a ace- leração vetorial da partícula em P são, respectivamente: (A) 1 e 2. (B) 3 e 5. (C) 1 e 4. (D) 3 e 6. (E) 1 e 5. 05. (UERJ) Considere o equema do circuito de Interlagos abaixo. A velocidade vetorial média de uma carro de formula 1, em uma volta completa do circuito, corresponde a: (A) 0 (B) 24 (C) 191 (D) 240 06. (UFMG) Um ventilador acaba de ser desligado e está parando vagarosamente, girando no sentido horário. A direção e o sentido da aceleração da pá do ventila- dor no ponto P é: (A) (B) (C) (D) E) 201 07. (ENEM) O Brasil pode se transformar no primeiro país das Américas a entrar no seleto grupo das nações que dis- põem de trens-bala. O Ministério dos Transportes prevê o lançamento do edital de licitação internacional para a construção da ferrovia de alta velocidade Rio-São Pau- lo. A viagem ligará os 403 quilômetros entre a Central do Brasil, no Rio, e a Estação da Luz, no centro da capital paulista, em uma hora e 25 minutos. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 14 jul. 2009. Devido à alta velocidade, um dos problemas a ser en- frentado na escolha do trajeto que será percorrido pelo trem é o dimensionamento das curvas. Consideran- do-se que uma aceleração lateral confortável para os passageiros e segura para o trem seja de 0,1g, em que g é a aceleração da gravidade (considerada igual a 10m/s2), e que a velocidade do trem se mantenha constante em todo o percurso, seria correto prever que as curvas existentes no trajeto deveriam ter raio de curvatura mínimo de, aproximadamente, (A) 80m. (B) 430m. (C) 800m. (D) 1.600m. (E) 6.400m. 08. (ENEM) Um professor utiliza essa história em quadri- nhos para discutir com os estudantes o movimento de satélites. Nesse sentido, pede a eles que anali- sem o movimento do coelhinho, considerando o módulo da velocidade constante. Desprezando a existência de forças dissipativas, o vetor aceleração tangencial do coelhinho, no terceiro quadrinho, é (A) nulo. (B) paralelo à sua velocidade linear e no mesmo sentido. (C) paralelo à sua velocidade linear e no sentido oposto. (D) perpendicular à sua velocidade linear e dirigido para o centro da Terra. (E) perpendicular à sua velocidade linear e dirigido para fora da superfície da Terra. 01 (UNICAMP) A figura a seguir representa um mapa da cidade de Vectória, o qual indica a direção das mãos do tráfego. Devido ao congentionamento, os veículos trafegam com a velocidade média de 18Km/h. Cada quadra desta cidade mede 200m por 200m (do centro da rua ao centro da outra rua). Uma ambulância locali- zada em A precisa pegar um doente localizado bem no meio da quadra em B, sem andar na contramão. a) Qual o menor tempo gasto (em minutos) no per- curso de A para B? b) Qual é o módulo do vetor velocidade média (em km/h) entre os pontos A e B? 02. A extremidade de uma das pás de um ventilador des- creve uma circunferência de raio 0,50 m, com acele- ração escalar de módulo 1,5 m/s2 . No instante em que a velocidade vetorial dessa extremidade tiver módulo igual a 1,0 m/s, calcule a intensidade de sua aceleração vetorial. 202 PARTE II MECÂNICA UNIDADE 02 CINEMÁTICA VETORIAL SUBUNIDADE 02 MOVIMENTO DE PROJÉTEIS COMO VOA UM SCUD O míssil Scud foi uma arma utilizada pelo Iraque no conflito ocorrido no golfo Pérsico, entre janeiro e fevereiro de 1991. Lançado obliquamente da região oeste do Iraque, a trajetória do Scud é aproximadamente um arco de parábola. Ele atinge o apogeu a uma altitude que varia entre 350km e 400km, descendo então em um ângulo muito acentuado, entre 60º e 70º, com uma velocidade acima de 4000km/h (cerca de 3,5 vezes a velocidade do som). QUEDA DE UM FARDO DE AJUDA HUMANITÁRIA A figura mostra um avião se movendo horizon- talmente com velocidade constante de 115m/s a uma altitude de 1050m. O avião libera um "fardo de ajuda humanitária" que cai até atingir o solo seguindo uma trajetória pa- rabólica (ignorando a resistência do ar). O fardo leva aproximadamente 15 segundos para chegar ao solo. 1) LANÇAMENTO HORIZONTAL Quando um objeto que está sob o efeito do campo gravitacional terrestre é lançado horizontalmente, o movi- mento descritoem sua queda pode ser decomposto em um vertical (devido à influência da gravidade terrestre) e um horizontal. Esse movimento será estudado particularmente no caso de um objeto que cai de um avião em pleno vôo (perceba que o objeto foi lançado horizontalmente com a mesma velocidade do avião), mas as conclusões desse estudo podem ser generalizadas para todas as demais si- tuações de lançamento horizontal. Abaixo, examinaremos o movimento de um pacote que cai de um avião que descreve, na horizontal, um movimen- to retilíneo uniforme. Características do movimento O avião realiza um MRU, portanto sua velocidade vetorial ao longo da trajetória é constante. Enquanto o pacote está no avião, ambos possuem a mesma velocidade horizontal, e no exato instante que cai - no instante t0 = 0 do seu movimento — a velocidade do pacote é igual à velocidade vetorial do avião. Ao cair, o pacote fica submetido à ação gravitacional e, desprezando a resistência do ar, podemos concluir que a única aceleração atuante será à gravitacional. Se fixarmos o referencial no avião, a trajetória do pa- cote será uma reta vertical, como mostra a figura abaixo: Observe que na horizontal o pacote tem, em todos os instantes, a velocidade do avião. Então, se um passageiro (referencial) olhar para o pacote, sempre o verá na mesma direção vertical do avião, porém se afastando dele (caindo). 203 Mas, se o referencial for fixado no chão, a trajetória descrita será um arco de parábola, pois quem está no chão observará dois movimentos: • MRU da horizontal: • MRUV da vertical (queda livre). Dessa forma, estudar o movimento do pacote implica em estudar a composição de dois movimentos conhecidos. Quanto à velocidade vetorial do pacote, poderá ser analisada segundo suas componentes horizontal e vertical. Não podemos esquecer que os movimentos na hori- zontal e na vertical são simultâneos e que: • Horizontal (MRU) • Vertical (Queda livre) Observação 1: Para intervalos de tempo iguais temos: Observação 2: O movimento horizontal não interfere na queda. Sendo assim, se abandonarmos uma bola e lançar- mos horizontalmente outra, elas cairão ao mesmo tem- po como mostra a fotografia estroboscópica abaxo. ATENÇÃO! No mesmo instante: VA < VB 2) LANÇAMENTO OBLÍQUO Considere um goleiro cobrando o tiro de meta. Analisando a figura, podemos concluir que: • Como não há aceleração na direção horizontal, a componente horizontal da velocidade permanece constante, o que caracteriza um movimento retilíneo uniforme nesta direção. • Na direção do eixo y, o projétil possui aceleração constante, o que caracteriza um movimento retilíneo uniformemente variado nessa direção. Observe que, na altura máxima, Vy = 0, mas o projétil possui veloci- dade horizontal (V0x). 204 Para facilitar o estudo vamos decompor o vetor velo- cidade segundo dois eixos ortogonais: • Velocidade num instante qualquer: • Na altura máxima: Assim como no lançamento horizontal, no lançamento oblíquo os movimentos também são simultâneos, e temos: Observação 1: tSUBIDA = tDESCIDA ⇒⇒⇒⇒⇒ tTOTAL = 2tSUBIDA = 2tDESCIDA Observação 2: Cálculo da altura máxima. Observação 3: Cálculo do alcance (D): x = v0x . t ⇒ D = v0 . cosθ . tTOTAL (1) logo: (2) Substituindo (2) em (1), temos: D = v0 . cosθ . Lembrete: 2senθ . cosθ = sen(2θ) Logo: A análise do movimento dos projéteis em lança- mento oblíquo mostra que o valor (D) do alcance em um determinado local depende de dois fatores: • da intensidade da velocidade inicial. • do valor do ângulo de tiro: para um determina- do valor de v0, o alcance aumenta desde θ = 0º até atingir um valor máximo, quando θ = 45º, diminuindo, a seguir, quando assume valores superiores a este, como mostra a figura a seguir. 205 Observação 4: θ = 45º ⇒ sen(2 . 45) = sen90º = 1 Logo: θ = 45º ⇒ Alcance máximo. Observação 5: θ1 + θ2 = 90º ⇒ Alcances iguais 01. Considere uma bolinha lançada como na figura. Classifique as afirmativas abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F). I. ( ) Na horizontal o movimento da bolinha ocor- re com velocidade constante (MRU). II. ( ) Na vertical a bolinha cai em queda livre. III. ( ) O movimento na vertical da bolinha é de- pendente do movimento na horizontal. IV. ( ) Os movimentos na horizontal e na vertical são simultâneos. 02. No instante t0 = 0, uma pedra foi lançada horizontal- mente com velocidade V0 = 30m/s, a partir da alura h = 80m. Desprezando influências do ar e considerando g = 10m/s2; a) Calcule o instante t em que a pedra chega ao chão. b) Calcule a distância d percorrida pela pedra na ho- rizontal, até chegar ao chão. c) Determine os módulos das componentes horizon- tal (vx) e vertical (vy) da velocidade da pedra imediata- mente antes dela tocar o chão. d) Determine a velocidade (v) da pedra, imediatamente antes de tocar o chão. 03. A figura mostra as fotografias estroboscópicas dos movimentos de duas bolas. A velocidade inicial da primeira é nula (no ponto P) e a segunda tem veloci- dade inicial paralela ao eixo x (no ponto Q). A frequência do estroboscópio é desconhecida. Qual (quais) das seguintes afirmações podem ser clas- sificadas como verdadeiras a partir de uma simples análise das fotografias? I. ( ) A aceleração de cada bola é paralela ao eixo y. II. ( ) As duas bolas caem com acelerações iguais. III. ( ) As bolas têm massas iguais. IV. ( ) As bolas chegarão juntas ao solo. 04. Em um campo de futebol, uma bola foi chutada no instante t0=0, adquirindo uma velocidade inicial v0. As componentes dessa velocidade na horizontal e na vertical valem v0x = 24m/s e v0y = 18m/s, respectiva- mente. 206 Desprezando a resistência do ar e considerando g=10m/s2, calcule: a) A velocidade da bola no ponto mais alto de sua trajetória; b) O instante ts em que a bola passa pelo ponto mais alto de sua trajetória; c) A altura máxima H; d) O alcance horizontal A. 05. Um trem de brinquedo, movendo-se com velocidade constante sobre trilhos retilíneos e horizontais, vai passar pelo túnel AB. Uma mola comprimida e disposta verticalmente lança para cima uma bola de aço, que sai pela chaminé do trem quando esta está prestes a entrar no túnel. Sa- bendo que a influência do ar nesse experimento é desprezível e que o alcance horizontal da bola é ligeiramente maior que o comprimento AB do túnel (a bola não colide com o túnel), analise as seguintes afirmações: I. A trajetória da bola em relação aos trilhos é parabó- lica. II. A trajetória da bola em relação ao trem é retilínea e vertical. III. A velocidade vetorial inicial da bola, em relação aos trilhos, é vertical. IV. No ponto de altura máxima, a velocidade da bola é nula em relação aos trilhos. V. No ponto de altura máxima, a velocidade da bola é nula em relação ao trem, mas, em relação aos trilhos, é igual à do trem. VI. Quando o trem está saindo do túnel, a bola cai em sua chaminé. VII. O valor aproximado do comprimento AB do túnel pode ser cal-culado multiplicando-se a velo- cidade v do trem pelo tempo T durante o qual a bola esteve em movimento livre.Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações corretas. Quais são as verdadeiras? 06. Um jogador de basquete lança a bola em direção a cesta. Marque nos pontos 1, 2 e 3 os vetores velocidade ( ) e aceleração ( ). 01. (VUNESP-SP) Duas pequenas esferas idênticas, 1 e 2, são lançadas do parapeito de uma janela, perpen- dicularmente à parede, com velocidades horizontais 1 e 2, com v2 > v1, como mostra a figura, e caem sob a ação da gravidade. A esfera 1 atinge o solo num ponto situado à distân- cia x1 da parede, t1 segundos depois de abandonar o parapeito, e a esfera 2, num ponto situado à distância x2 da parede, t2 segundos depois de abandonar o pa- rapeito. Desprezando a resistência oferecida pelo ar e considerando o solo plano e horizontal, podemos afirmar que: (A) x1 = x2 e t1 = t2. (B) x1 < x2 e t1 < t2. (C) x1 = x2 e t1 > t2. (D) x1 > x2 e t1 < t2. (E) x1 < x2 et1 = t2. 02. (UFV-MG) A figura abaixo mostra três trajetórias de uma bola de futebol que é chutada de um mesmo ponto. Sejam “t” o tempo de permanência da bola no ar, “Vv” a componente vertical da velocidade inicial da bola e “Vh” a componente horizontal da velocidade inicial. Em relação a essas três grandezas físicas e consideran- do as três trajetórias a, b e c anteriores, livres da re- sistência do ar, pode-se concluir que: (A) ta<tb<tc, Vva=Vvb=Vvc, Vha=Vhb=Vhc. (B) ta=tb=tc, Vva<Vvb<Vvc, Vha<Vhb=Vhc. (C) ta=tb=tc, Vva=Vvb=Vvc, Vha<Vhb<Vhc. (D) ta=tb=tc, Vva=Vvb=Vvc, Vha>Vhb>Vhc. (E) ta<tb<tc, Vva<Vvb<Vvc, Vha=Vhb>Vhc. 03. (UERJ) Quatro bolas são lançadas horizontalmente no espaço, a partir da borda de uma mesa que está sobre o solo. Veja na tabela abaixo algumas caracte- rísticas dessas bolas. 207 A relação entre os tempos de queda de cada bola pode ser expressa como: (A) t1 = t2 < t3 = t4 (B) t1 = t2 > t3 = t4 (C) t1 < t2 < t3 < t4 (D) t1 = t2 = t3 = t4 04. (UERJ) Três blocos de mesmo volume, mas de mate- riais e de massas diferentes, são lançados obliquamen- te para o alto, de um mesmo ponto do solo, na mesma direcão e sentido e com a mesma velocidade. Observe as informações da tabela: A relação entre os alcances A1, A2 e A3 esta´ apresen- tada em: (A) A1 > A2 > A3 (B) A1 < A2 < A3 (C) A1 = A2 > A3 (D) A1 = A2 = A3 (UERJ) Com base no texto abaixo, responda as questões de números 05 e 06. Três bolas - X, Y e Z - são lançadas da borda de uma mesa, com velocidades iniciais paralelas ao solo e mesma direção e sentido. A tabela abaixo mostra as magnitudes das massas e das velocidades iniciais das bolas. 05. As relações entre os respectivos alcances horizontais Ax, Ay e Az das bolas X, Y e Z, com relação à borda da mesa, estão apresentadas em: (A) Ax < Ay < Az (B) Ay = Ax = Az (C) Az < Ay < Ax (D) Ay < Az < Ax 06. As relações entre os respectivos tempos de queda tx, ty e tz das bolas X, Y e Z estão apresentadas em: (A) tx < ty < tz (B) ty < tz < tx (C) tz < ty < tx (D) ty = tx = tz 07. (UFLA-MG) Uma pessoa caminha numa trajetória retilínea e horizontal a uma velocidade constante de 0,80 m/s. Ela arremessa para cima, regularmente, uma bolinha, e torna a pegá-la na mesma altura do lança- mento anterior. A cada arremesso, a bolinha atinge a altura de 1,25 m (considere g= 10m/s² ). Quantos metros a pessoa caminhou até concluir 10 arremessos? (A) 7,0 m (B) 7,5 m (C) 8,0 m (D) 8,3 m (E) 8,5 m 08. (FUVEST-SP) Dois rifles são disparados com os ca- nos na horizontal, paralelos ao plano do solo e ambos à mesma altura acima do solo. À saída dos canos, a velocidade da bala do rifle A é três vezes maior que a velocidade da bala do rifle B. Após intervalos de tempo tA e tB, as balas atingem o solo a, respectivamente, dis- tâncias dA e dB das saídas dos respectivos canos. Despresando-se a resistência do ar, pode-se afirmar que: (A) tA = tB, dA = dB. (B) tA = . tB, dA = dB. (C) 3tA = tB, dA = dB. (D) tA = tB, dA = 3dB. (E) tA = 3tB, dA = 3dB. 09. (UFMG) Um corpo P é lançado horizontalmente de uma determinada altura. No mesmo instante, um ou- tro corpo Q é solto em queda livre, a partir do repou- so, dessa mesma altura, como mostra a figura. Sejam vP e vQ os módulos das velocidades dos cor- pos P e Q, respectivamente, imediatamente antes de tocarem o chão, e tP e tQ os tempos despendidos por cada corpo nesse percurso. Despreze os efeitos da resistência do ar. Nessas con- dições, podese afirmar que: (A) vP > vQ e tP = tQ (B) vP > vQ e tP > tQ (C) vP = vQ e tP = tQ (D) vP = vQ e tP > tQ 208 01. (UFV-MG) Um avião de carga voa a uma altitude h igual a 320 m, à velocidade de 100 m/s. Ele deixa cair um pacote que deve atingir um barco deslocando-se a 20 m/s na mesma direção e sentido do avião. A que distância horizontal x, atrás do barco, o avião reverá abandonar o pacote? Considere g = 10 m/s² e despreza influências do ar no movimento do pacote. 02. (UNICAMP) O famoso salto duplo twist carpado de Daiane dos Santos foi analisado durante um dia de treinamento no Centro Olímpico em Curitiba, através de sensores e filmagens que permitiram reproduzir a trajetória do centro de gravidade de Daiane na direção vertical (em metros), assim como o tempo de duração do salto. De acordo com o gráfico abaixo, determine: a) A altura máxima atingida pelo centro de gravi- dade de Daiane. b) A velocidade média horizontal do salto, saben- do-se que a distância percorrida nessa direção é de 1,3m. c) A velocidade vertical de saída do solo. _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _________________________________________________________ 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