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Eficácia da lei penal em relação a pessoas que exercem determinadas funções públicas

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Introdução
1. O próprio art. 5° do CP, prevendo a regra da territorialidade da norma penal, ressalva a inaplicabilidade de nossa lei em razão de estipulações firmadas pelo Brasil com países estrangeiros em tratados e convenções. Na falta de tratado ou convenção, são aplicadas as regras de direito internacional, firmadas no princípio da reciprocidade.
Imunidades diplomáticas
1. As imunidades diplomáticas excluem os Chefes de Estado e os representantes dos governos estrangeiros da jurisdição criminal dos países onde se encontrem creditados.
2. Permanecem ligadas ao preceito primário da lei penal, mas escapam da consequência jurídica. Não se sujeitam a jurisdição penal do país onde estão porque suas condutas permanecem sob a eficácia da lei penal do Estado a que pertencem. 
3. Os funcionários do corpo diplomática e a família do representante também gozam dessa imunidade. 
4. Os cônsules não possuem essa imunidade, pois suas funções são meramente administrativas. 
5. Importante dizer ainda, que a sede da representação não é considerada extensão do território estrangeiro. 6. Os lugares em que se exercem os serviços da embaixada são invioláveis, não no sentido do princípio da extraterritorialidade, mas em função da imunidade dos representantes. Assim, cometida uma infração nesses locais por pessoa que não goza do privilégio, o fato fica sujeito à jurisdição territorial.
Chefes de governo
1. Os soberanos das monarquias constitucionais são invioláveis, tendo em vista o cargo que exercem. Não respondem pelas infrações por eles cometidas.
2. O mesmo não ocorre em relação aos presidentes de repúblicas, que se sujeitam a regime criminal especial. Entre nós, o Presidente da República, depois que a Câmara dos Deputados declarar procedente a acusação pelo voto de dois terços de seus membros, será submetido a julgamento perante o STF, nos crimes comuns, ou perante o Senado Federal, nos de responsabilidade (CF, art. 86, caput).
Imunidades parlamentares
1. A imunidade parlamentar pode ser material ou formal. A imunidade parlamentar material constitui causa funcional de isenção de pena. Por isso, será estudada na extinção da punibilidade. A imunidade parlamentar formal constitui prerrogativas processuais. Por esse motivo, será apreciada na ação penal.
JESUS, Damásio de. Parte geral – arts. 1 ao 120 do CP. Vol 1. Atualizador: André Estefam. 37 ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020.

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