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História_6ano_Módulo10

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Leia com atenção o fragmento do artigo para compreender a influência das culturas africanas 
na língua portuguesa. 
A sociedade brasileira é marcada pela diversidade cultural e linguística em função do seu processo de 
formação. A cultura europeia se sobrepôs às demais culturas disseminando uma linguagem que relegou 
ao segundo plano as línguas das culturas indígenas e africanas. [...]
Com a chegada dos negros no Brasil, durante o período colonial, deu-se início, nessas terras, uma 
confluência de línguas e linguagens em virtude das diferenças linguísticas existentes entre as tribos afri-
canas, os colonizadores portugueses e as múltiplas línguas indígenas já existentes por aqui. A presença 
das línguas e culturas de matrizes africanas no processo de construção da sociedade brasileira, desde o 
período colonial, marcou de forma definitiva a língua portuguesa. Dentre os inúmeros grupos linguísticos 
africanos aqui chegados, os iorubas foram os que mais influenciaram do ponto de vista terminológico a 
língua do colonizador português. Embora tais termos apareçam no cotidiano, nem sempre os mesmos 
são identificados como legado dos povos de origem africana.
ROCHA, José Geraldo da; PUGGIAN, Cleonice. Influências terminológicas da cultura ioruba na língua portuguesa. 
In: Anais do XV Congresso Nacional de Linguística e Filologia da Unigrario, Cadernos do CNLF, v. XV, n. 5, t. 1. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011. p. 627.
Disponível em: <www.filologia.org.br/xv_cnlf/tomo_1/54.pdf>. Acesso em: 17 set. 2019.
Com base na leitura do texto e nos conhecimentos sobre as culturas africanas que você estudou 
neste módulo, procure elementos das culturas ioruba e banto que estejam presentes na nossa 
sociedade. Você poderá buscar palavras, expressões, manifestações religiosas ou qualquer outro 
aspecto cultural. Após sua pesquisa, discuta os resultados com o professor e os colegas. Você 
vai se surpreender com a forte influência das culturas africanas na formação cultural brasileira.
Neste módulo, conhecemos um pouco dos povos berberes, iorubas e bantos. Estudamos algumas 
de suas características e suas tradições. Tais fatos são importantes para a compreensão da diversidade 
e da pluralidade do continente africano e suas relações com o Brasil. 
1 Caracterize os berberes do ponto de vista econômico.
Os berberes são povos em sua maioria nômades, com alguns casos 
de seminomadismo. Possuem amplo conhecimento das rotas 
comerciais no deserto, destacando-se na atividade comercial. 
2 Qual era a importância do comércio para os berberes?
Em uma região desértica, o comércio garantia a sobrevivência do 
povo. Além disso, seus deslocamentos proporcionavam o contato 
com povos de etnias e Estados distintos ao longo do tempo.
3 De que forma o reino do Congo alcançou seu auge no 
período anterior ao século XV?
O reino do Congo alcançou a prosperidade dominando áreas que se 
estendiam até a atual Angola. A cobrança de tributos sobre os povos 
dominados e a escravização foram fundamentais para garantir essa 
prosperidade.
ATIVIDADE PRÁTICA
PRATICANDO O APRENDIZADO
PARA CONCLUIR
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Leia o trecho a seguir para responder às questões 1 e 2.
[...] o Brasil recebeu muitos homens e mulheres que foram 
capturados em diversos lugares da África e escravizados. Eles 
eram bantos, iorubas, jejês, minas, malês, entre outros. 
Todos esses povos tinham sociedades bem organizadas, 
culturas ricas, tradições bonitas. No entanto, muitos não ti-
nham escrita. Por isso, a história de seus povos, os segredos da 
sua religião, os modos de fazer as coisas eram contados pelos 
mais velhos para os mais novos. 
Os africanos que vieram para o Brasil lembravam-se de muitas 
dessas histórias. Então eles contaram para os filhos como o seu 
povo tinha surgido: falaram de seus deuses, de seus mistérios, de 
sua sabedoria. Voltaram a cultuar seus orixás, inquices, voduns. 
E as velhas lendas continuaram a ser narradas. [...]
LODY, Raul. Seis pequenos contos africanos sobre a criação do mundo e do homem. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Pallas, 2011. p. 5.
1 Explique a que se refere o segundo parágrafo.
O trecho se refere à tradição oral desses povos africanos. Ou seja, 
a religião e as práticas culturais desses povos eram passadas de 
geração em geração de maneira oral, com poucos registros escritos. 
2 A existência de povos sem tradições registradas por 
escrito fez os europeus olharem para a África de ma-
neira específica. De que modo os europeus olhavam o 
continente africano?
Os europeus olhavam a África de maneira etnocêntrica, considerando 
que os povos sem registros escritos eram inferiores.
3 Leia o fragmento de uma notícia e em seguida responda 
à questão.
[...] “Ainda não temos, no Rio de Janeiro, um local onde pos-
samos discutir e avaliar nossas necessidades. Estamos restritas 
aos axés, como se esses fossem feudos”, disse a yalorixá Rosân-
gela D’Yewa, sacerdotisa do candomblé durante a homenagem, 
na Câmara. Além de comandar uma casa de candomblé, com 
projetos voltados a crianças, ela é embaixadora cultural de 
Oyo no Brasil. [...]
Ao receber a medalha, a yalorixá também defendeu que 
a Casa da Nigéria ajude na educação, já que as escolas ainda 
não aplicam a lei federal que obriga o ensino da história e das 
culturas afro-brasileiras e africanas. “Podemos ser referência.”
A princesa nigeriana do reino de Oyo, Arewa Folashade, 
que tem se dedicado à promoção da cultura ioruba na diáspora 
(dispersão de um povo em consequência de preconceito ou 
perseguição política, religiosa ou étnica) é uma das apoiadoras 
da ideia. Ela veio ao Rio participar da homenagem à yalorixá 
brasileira – embaixadora da cultura do Império de Oyo no 
Brasil. No século 19, saíram da região de Oyo, no sudeste da 
Nigéria e do Benim, boa parte dos africanos escravizados no 
Brasil, principalmente para a Bahia. [...]
VIEIRA, Isabel. Yalorixá recebe condecoração no Rio e defende valorização da cultura ioruba. 
EBC. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2016-11/
yalorixa-recebe-condecoracao-no-rio-e-defende-valorizacao-da>. Acesso em: 17 set. 2019.
 A sacerdotisa citada no texto aponta que a língua ioru-
ba e as tradições desse povo estão restritas aos espa-
ços religiosos e que a história dos povos e das culturas 
africanas e afro-brasileiras não é ensinada nas escolas. 
Por que isso acontece?
O preconceito é um elemento que impede a difusão desses 
estudos. Ainda hoje, trata-se o estudo de conteúdos relacionados à 
história do continente africano como algo menor, desimportante ou até 
mesmo demoníaco, com o reforço de estereótipos e forte racismo.
APLICANDO O CONHECIMENTO
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1 Leia a letra da canção a seguir.
Yaô
Aqui có no terreiro
Pelú adié
Faz inveja pra gente
Que não tem mulher
No jacutá de preto velho
Há uma festa de yaô
Ôi tem nêga de Ogum
De Oxalá, de Iemanjá
Mucama de Oxossi é caçador
Ora viva Nanã
Nanã Buruku
Yô Yôo
Yô Yôoo
No terreiro de preto velho iaiá
Vamos saravá (a quem meu pai?)
Xangô!
VIANA, G. Agô, Pixinguinha 100 anos. Som Livre, 1997.
 A canção “Yaô” é uma composição da década de 1930, 
de Pixinguinha e Gastão Viana. A letra é uma mistura 
de português com ioruba. Qual o significado do uso do 
ioruba nesse caso?
a) Destacar a influência da cultura ioruba na música 
brasileira.
b) Criticar as religiões afro-brasileiras e sua grande di-
versidade.
c) Justificar o preconceito contra a herança africana no 
Brasil.
d) Ressaltar as tradições autênticas e originalmente 
africanas.
2 Leia o trecho a seguir:
Ao converter meia África, o islamismo contribuiu muito 
para estimular ainda mais a escravidão, pois praticou-a desde 
cedo: antes mesmo de Maomé, já no século VI, mercadores 
árabes frequentavam todos os portosda costa oriental da Áfri-
ca, trocando cereais, carnes e peixes secos com tribos bantus 
por escravos. As populações negras não muçulmanas também 
consideravam a escravidão um fato absolutamente normal. 
COSTA, Ricardo da. A expansão árabe na África e os Impérios Negros de Gana, Male e Songai 
[séculos VII-XVI]. In: NISHIKAWA, Taise Ferreira da Conceição. História Medieval: História II. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. p. 34-53.
Com base no trecho, é correto afirmar que havia:
a) pouco comércio entre árabes e bantos, não sendo 
algo relevante.
b) integração entre diferentes regiões da África, mas 
pouco significativa.
c) escravidão na África antes dos europeus, mas sem 
comércio de escravos.
d) escravidão tanto entre os povos islamizados quanto 
os não muçulmanos.
3 Apesar das conhecidas interferências provocadas pelos 
mais de 300 anos de contato, muitas vezes violento, 
com os povos europeus, até o início do século XIX o 
continente africano tinha poucos territórios sob domí-
nio externo. 
 A respeito do tema, é correto afirmar que:
a) as rotas comerciais nos reinos e impérios africanos 
eram controladas por europeus.
b) os povos berberes atuavam no comércio realizando 
caravanas que cruzaram o deserto.
c) as riquezas, como tecidos, plantas medicinais e, es-
pecialmente, ouro, só circulavam por mar.
d) os bantos mantinham boas relações com os euro-
peus, o que levou a seu auge político e militar.
4 Leia a seguir o trecho de uma entrevista com Pierre Ver-
ger. Etnólogo francês, ele foi responsável por apresentar 
aspectos da cultura africana para o mundo.
Candomblé com sotaque francês
Entrevista de Pierre Verger por Maria José Quadros publicada 
no jornal O Globo 16/8/1992
Às vésperas de completar 90 anos, o etnólogo francês Pierre 
Verger, radicado na Bahia há quase meio século, se prepara para 
dar mais uma importante contribuição ao estudo da cultura 
afro-brasileira. Com a ajuda de uma especialista em botâni-
ca, ele prepara seu vigésimo livro, um trabalho inédito sobre 
as plantas medicinais usadas na costa do Benin, na África, 
e na Bahia, que deverá ser publicado também na Inglaterra e 
na França. [...]
DESENVOLVENDO HABILIDADES
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das alternativas 
sinalizadas com asterisco.
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Verger correu mundo sem pressa, até “descobrir” a África, 
onde passou anos estudando a cultura ioruba na Nigéria e na 
costa de Daomé, hoje República do Benin. Sua intimidade com 
a cultura daqueles povos, de onde saiu a maioria dos escravos 
que vieram para a Bahia, fez com que adotasse o nome africano 
Fatumbi, passando a se chamar Pierre Fatumbi Verger. Logo de-
pois fez uma nova descoberta: a Bahia, de onde não mais saiu.
QUADROS, Maria José. Candomblé com sotaque francês. O Globo, Rio de Janeiro, 16 ago. 1992. 
Disponível em: <www.pierreverger.org/br/pierre-fatumbi-verger/textos-e-entrevistas-online/ 
entrevistas-de-verger/candomble-com-sotaque-frances.html>. Acesso em: 17 set. 2019.
 De acordo com o trecho acima: 
a) as relações culturais entre a África e o Brasil foram inicia-
das pelo trabalho do etnólogo Pierre Verger, que trouxe 
para a América os conhecimentos sobre o candomblé.
b) algumas etnias africanas influenciaram muito a 
cultura brasileira; isso pode ser percebido nas se-
melhanças culturais entre a Bahia e outras regiões 
africanas.
c) as influências culturais exercidas pelas sociedades 
africanas no Brasil foram insignificantes, uma vez 
que os africanos eram vistos apenas como mão de 
obra escrava. 
d) o fato de Pierre Verger ter entrado em contato e se 
identificado com a cultura ioruba na África e, poste-
riormente, ter decidido viver na Bahia não tem ne-
nhuma relação com a influência da cultura africana 
no Brasil.
ANOTA‚ÍES
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