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História da África-Avaliação II

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11/05/2022 20:19 Avaliação II - Individual
1/5
Prova Impressa
GABARITO | Avaliação II - Individual (Cod.:688060)
Peso da Avaliação 1,50
Prova 38810839
Qtd. de Questões 10
Acertos/Erros 9/1
Nota 9,00
O africanista brasileiro, radicado na Inglaterra, Paulo de Moraes Farias, em um artigo publicado
na Revista Afro-ásia, tece críticas ao afrocentrismo. Embora reconheça sua importância como
contranarrativa histórica universalista, alerta para o perigo deste se apegar de maneira demasiado
imediata a seu núcleo romântico, sem se equipar com suficientes instrumentos e distanciamento
crítico. Assim, esta leitura radical, que procura explicar todas as culturas da África negra como frutos
da cultura do antigo Egito, nos desvia da tarefa de apreender a originalidade criativa dos vários povos
negro-africanos. No que diz respeito ao afrocentrismo, analise as sentenças a seguir: I- O
afrocentrismo é uma linha interpretativa que contempla a ideia que a história da África apenas
poderia ser escrita por historiadores africanos. II- O afrocentrismo surge como uma escola de
pensamento histórico que se dedica a combater a ideia, difundida no Ocidente, de que a África seria
um continente sem história. III- O afrocentrismo é um modelo interpretativo, que surge juntamente
como o processo de independência dos países africanos, que procurou empregar os mesmos
argumentos e a mesma metodologia que tradicionalmente se utilizava para a história europeia. IV- O
afrocentrismo se fundamenta na ideia de que a civilização africana tem origem na Grécia Antiga.
Assinale a alternativa CORRETA:
A As sentenças II, III e IV estão corretas.
B As sentenças II e III estão corretas.
C Somente a sentença II está correta.
D As sentenças I, II e IV estão corretas.
Segundo Nascimento (1997, p. 229), "na perspectiva eurocentrista, a África é um continente
escuro, abrigando tribos primitivas com suas culturas arcaicas e estáticas. Segundo essa imagem, não
haveria comunicação e troca de ideias entre várias etnias africanas, e muito menos entre elas e o
restante do mundo". Sobre a História da África, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para
as falsas: ( ) O continente africano é considerado o berço da humanidade, pois possui os primeiros
registros de fósseis antropoides nas proximidades do Lago Vitória. ( ) A colonização em larga escala
da África pelos europeus se inicia apenas nas últimas décadas do século XIX. ( ) O sistema escravista
baseado na mão de obra africana, iniciada por Portugal, era uma forma de exploração diferente da
escravidão praticada no continente africano. ( ) As sociedades africanas, na sua totalidade,
desconheciam a escrita. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: FONTE:
NASCIMENTO, Eliza Larkin. As civilizações Africanas no Mundo Antigo. In: Thoth: escriba dos
deuses. Brasília, Gabinete do Sen. Abdias do Nascimento, 1997.
A V - V - F - F.
B V - V - V - F.
C V - F - F - V.
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11/05/2022 20:19 Avaliação II - Individual
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D F - V - V - F.
Segundo Silva (2008), os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então
como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino
e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses.
Quando um chefe entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava vendendo africanos
nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser
escravizada. O comércio transatlântico fazia parte de um processo de integração econômica do
Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão,
tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital, as
Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa. Sobre as ideias
desse autor explicitadas em seu texto, assinale a alternativa CORRETA: FONTE: SILVA, Alberto da
Costa e. A África explicada aos meus filhos. São Paulo: Martins Fontes, 2008 (adaptado).
A
Explica que o conceito de uma identidade abrangente africana não existia na África pré-colonial.
Portanto, os diversos povos africanos eram estrangeiros uns para outros, sendo assim, entendendo
o contexto histórico da época, é um equívoco pensar que os africanos escravizavam seu próprio
povo.
B Critica a interferência europeia nas disputas internas do continente africano e demonstra a
rejeição do comércio escravagista pelos líderes dos reinos e aldeias então existentes na África.
C Considera que os únicos responsáveis pela escravização de africanos foram os próprios africanos,
que aproveitaram as disputas tribais para obter ganhos financeiros.
D
Afirma que a presença europeia na África e na América provocou profundas mudanças nas
relações entre os povos nativos desses continentes e permitiu maior integração e colaboração
interna.
O primeiro império da África subsaariana sobre o qual se tem notícias mais precisas é o Mali.
Nesse império, Tombuctu, Jené e Gaô foram importantes centros urbanos e comerciais que surgiram
em função da localização estratégica junto à rede fluvial que banhava as terras e facilitava o
transporte na região da curva do Níger. Sítios arqueológicos indicam que, desde cerca dos anos 800
da nossa era, havia, ali, cidades e atividades comerciais. Com base no texto e nos conhecimentos
sobre a história dos povos africanos, sobre a localidade mencionada, classifique V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas: ( ) Urbana e rural, tendo o comércio fluvial como uma de suas
atividades principais, além das caravanas nas rotas do Saara. ( ) Rural, essencialmente, tendo a
agricultura em latifúndios como principal meio de subsistência. ( ) Militarizada, tendo a guerra com
os bosquímanos como principal meio de sobrevivência de sua população. ( ) Tribal, visto que os
povos africanos ainda não tinham alcançado o estágio civilizatório avançado. Assinale a alternativa
que apresenta a sequência CORRETA: FONTE: SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil
africano. São Paulo: Ática, 2006.
A F - F - F - F.
B V - V - F - F.
C V - F - F - F.
D V - V - V - V.
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De acordo com Fenelon (1986, p. 89), "a casa-grande, residência do senhor de engenho, é uma
vasta e sólida mansão térrea ou em sobrado; distingue-se pelo seu estilo arquitetônico sóbrio, mas
imponente, que ainda hoje empresta majestade à paisagem rural, nas velhas fazendas de açúcar que a
preservaram. Constituía o centro de irradiação de toda a atividade econômica e social da propriedade.
A casa-grande completava-se com a capela, onde se realizavam os ofícios e as cerimônias religiosas
[...]. Próximo, se erguia a senzala, habitação dos escravos, os quais, nos grandes engenhos, podiam
alcançar algumas centenas de 'peças'. Pouco além, serpenteava o rio, traçando através da floresta uma
via de comunicação vital. O rio e o mar se mantiveram, no período colonial, como elementos
constantes de preferência para a escolha da situação da grande lavoura. Ambos constituíam as artérias
vivificantes: por meio delas o engenho fazia escoar suas safras de açúcar e, por elas, singravam os
barcos que conduziam as toras de madeira abatidas na floresta, que alimentavam as fornalhas do
engenho, ou a variedade e a multiplicidade de gêneros e artigos manufaturados que o engenho
adquiria alhures". Quanto à forma como o texto relata a organização da vida e do trabalho no
engenho colonial, assinale a alternativa CORRETA: FONTE: FENELON, Déa Ribeiro (org). 50
textos de história do Brasil. Belo Horizonte: Hucitec, 1986.
A Demonstra a distribuição espacial das construções e seu papel no funcionamento e na lógica do
poder dentro do engenho.
B Destaca a ausência de quaisquer relações de trabalho e de amizade dos senhores com os seus
escravos.
C Atesta a irracionalidade do posicionamento das edificações e os problemas logísticos trazidos
pela falta de planejamento espacial.
D Enfatiza a predominânciado trabalho compulsório e os lucros obtidos na comercialização de
escravos de origem africana.
Gana foi um dos maiores impérios formados no continente africano que se desenvolveu para
fora das regiões litorâneas ou da África muçulmana. Sua área correspondia às atuais regiões de Mali e
da Mauritânia, fazendo divisa com o imenso deserto do Saara. Desde já, percebemos a instigante
história de um reino que prosperou mesmo não possuindo saídas para o mar e estando próximo a uma
região considerada economicamente inviável. O Reino de Gana destacou-se pela produção de um
produto que abasteceu por um longo período as regiões mediterrâneas africanas e europeias.
Considerando qual era esse produto, assinale a alternativa CORRETA:
A Diamantes.
B Cobre.
C Ouro.
D Ferro.
Especialistas em história da África, antes da chegada dos europeus, observam que os povos
africanos dominavam técnicas de navegação e haviam estabelecido contato com outros povos.
Alguns, inclusive, sugerem que os africanos teriam atravessado o Atlântico e alcançado o continente
americano. Sobre os povos que mantiveram relações de comércio com os povos africanos, assinale a
alternativa CORRETA:
A Chineses e povos provenientes das ilhas da Polinésia.
B Árabes e indianos.
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C Os africanos mantiveram contato e relações comerciais com os europeus.
D Japoneses e indianos.
A historiografia africana durante muito tempo foi marginalizada. São inúmeros os casos de
historiadores que simplesmente não conseguiam acreditar que os povos africanos fossem capazes de
criar culturas originais e civilizações sofisticadas e atribuíam a formação dos impérios africanos a
povos brancos, chamados hamíticos ou camitas, que teriam espalhado misteriosamente sua sabedoria
sobre populações ignóbeis. O historiador burquinense Joseph Ki-Zerbo (1995) nos indica que essa
tendenciosidade tem várias motivações. Entre as motivações, a mais importante destacada por Ki-
Zerbo é:
A Para Ki-Zerbo não existem motivações que remetam à marginalização da História da África.
B O pensamento pré-colonialista.
C O racismo.
D O processo de escravidão.
De acordo com Lima (2004, p. 85), "(...) cabe lembrar que é quase impossível falar da África no
singular, de 'uma' só África no Brasil: são muitas as origens, as trajetórias, as culturas. A própria
noção de 'africano' não existia entre os escravos até o século XIX. A identidade de cada povo, que o
mundo escravocrata dissolvia, ainda assim prevalecia sobre a ideia da identidade africana, da África
como terra de todos. Esta só se desenvolveria na própria África nos séculos XIX e XX, a partir das
lutas de independência [no século XX]". Sobre o pensamento da autora, assinale a alternativa
CORRETA: FONTE: LIMA, Mônica. A África na sala de aula. In: Nossa História. Ano 1, n. 4, fev.
2004.
A Os africanos têm o mesmo passado e a mesma etnia.
B A África é uma região marcada pela miséria, doenças e conflitos.
C A África é um continente marcado pela diversidade histórica e étnica.
D Os africanos, desde a Antiguidade, se reconheciam como africanos.
De acordo com pesquisas sobre a história da África, publicadas no livro História Geral da
África, entre 1500 e 1800, o mundo presenciou o estabelecimento de um novo sistema geoeconômico
orientado para o Oceano Atlântico ligando a Europa, a África e a América. A Europa se destacou em
escala mundial na acumulação gerada pelo comércio e pela pilhagem. Ao que parece, Portugal foi
atraído para a África negra pelo ouro, entretanto, não tardou a se interessar pelo tráfico humano, isto
porque, os escravos eram muito requisitados pelos europeus. Com relação aos povos africanos
escravizados que foram traficados para o Brasil, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para
falsas: ( ) Muitos dos africanos escravizados trazidos para o Brasil eram bantos. A palavra banto quer
dizer povo ou etnia. Esses povos eram originários das regiões da Somália, Etiópia, Angola e do
Congo. Também são citados pelos historiadores como povos Nilo-Saarianos e faziam parte do tronco
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linguístico afro-asiático, composto por línguas semíticas como o árabe, o hebraico e o aramaico. ( )
Ao contrário do que muita gente acredita, os bantos não são um povo, nem sequer são uma etnia.
Banto é um tronco linguístico, ou seja, é uma língua que deu origem a diversas outras línguas
africanas. Conforme a origem, eram denominados bantos, quando eram do mesmo grupo étnico de
nome ou sudaneses, quando originados dos outros grupos níger-congoleses. Os povos desse grande
grupo linguístico estão diretamente relacionados à história do Brasil, pois os escravos trazidos para cá
eram originários de diversos pontos da enorme região geográfica que ocupavam. ( ) O grupo níger-
congolês é dividido em cinco subgrupos. O mais numeroso é o dos bantos, que teriam surgido
provavelmente na região da atual Nigéria e, ao longo de mais de 2.500 anos, empreenderam uma
grande migração por toda a região central da África, até o Oceano Índico. Conforme a região onde se
estabeleciam, receberam nomes diferentes: ovimbundos, cassanjes, bacongos e lundas na região de
Angola e do Congo, zulus, sesotos e suazis no sul, iaôs na costa do Índico. ( ) A formação da cultura
afro-brasileira realizou-se em constante dialogo étnico, cultural, linguístico e religioso com alguns
povos negro-africanos no contexto da escravidão brasileira. Os Cabindas do Congo, os Bemguelas de
Angola, os Macuas e Angicos de Moçambique, os Minas da Costa da Guiné, os Jejes do Daomé
(atual Benin), os Haussas da Nigéria, os Iorubas dos Reinos de Oió e Keto. Assinale a alternativa que
apresenta a sequência CORRETA: FONTE: FERREIRA FILHO, Aurelino José. Resistir, Re-
significar e Re-criar Escravidão e a Reinvenção da África no Brasil- séculos XVI e XVII. Versão
modificada deste artigo foi publicada, pelo mesmo autor, nos Anais do I Simpósio Internacional:
Política, Gestão e Educação e IV Simpósio de Educação do Triângulo Mineiro. Universidade Federal
de Uberlândia - Ituiutaba - MG, 2008. Disponível em: . Acesso em: 26 maio 2017.
A F - F - V - V.
B F - V - V - V.
C V - F - V - F.
D V - V - F - F.
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