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Prova Impressa GABARITO | Avaliação Final (Objetiva) - Individual (Cod.:746164) Peso da Avaliação 3,00 Prova 51207971 Qtd. de Questões 12 Acertos/Erros 12/0 Nota 10,00 A temática afro-brasileira é uma temática marginal na literatura culta brasileira. No entanto, na literatura popular, há a existência de uma escrita que é também negra. De uma escrita onde duas culturas se sucederam. A negra africana, que foi trazida pelos cativos escravizados e a negra brasileira, que se desenvolveu no Brasil, a partir da primeira, mas com certa autonomia. A literatura africana, em consequência a afro-brasileira, se origina a partir do resgate da tradição: A Tradição simbólica. Na África, a cultura parte de uma tradição simbólica, como forma de conhecimento, como forma de herança. B Tradição oral. Na África, a cultura parte de uma tradição oral, como forma de conhecimento, como forma de herança. C Tradição escrita. Na África, a cultura parte de uma tradição escrita, como forma de conhecimento, como forma de herança. D Tradição significativa. Grande parte das sociedades humanas, ao longo da história, estabeleceu relações entre seus membros que podem ser descritas como escravistas. Com base no conceito de escravismo, assinale a alternativa CORRETA: A Escravismo refere-se a sociedades fundadas na utilização do trabalho escravo. B Escravismo refere-se a pessoa que é destituída de seus direitos sociais. C Escravismo representa uma forma de cultivo de árvores muito utilizado na África. D Escravismo diz respeito a modo de produção no qual os comerciantes beneficiam-se com trabalho alheio sem pagamento, ou com pagamento ínfimo. Um dos objetivos do acesso à História da África é conhecer quais eram as importâncias da terra. Com base no que realmente importava da terra, assinale a alternativa CORRETA: A O que realmente importava era o tempo de posse na terra, para fins de prescrição aquisitiva. B O que realmente importava, entre as sociedades africanas, era a posse do produto que a terra produz. VOLTAR A+ Alterar modo de visualização 1 2 3 C O que realmente importava era o registro de domínio sobre a terra. D O que realmente importava era a liberdade que não ter nada possibilita. O método e abordagem denominado 'afrocêntrico' foi detalhadamente discutido por Molefi Kate Asante por volta dos anos de 1970, requerendo que se aplique a noção de centralidade no sujeito dotado de seus aspectos psicológicos, bem como na demarcação de experiência social e cultural tanto no tempo como no espaço. A partir deste método, acredita-se que seja possível empreender um processo revolucionário de compreensão das expressões do povo negro. Com relação às demais características e procedimentos previstos pelo método e a abordagem afrocêntrico, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) O investigador precisa ter disponibilidade para deslocar-se para onde o fenômeno e o processo possa estar ocorrendo. ( ) Os fenômenos e os processos devem ser estudados de maneira que sejam isolados da realidade social e do contexto psicológico em que ocorrem. ( ) Requer postura crítica no sentido de identificar a ordem e os usos, as ideias com ações e ações com ideias em meio aos níveis políticos e econômicos. ( ) Procura desmarcar estratégias de dominação e poder, privilégios e hierarquias, bem como os fundamentos da criação de mitos. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: A V - V - F - V. B V - V - V - F. C F - V - V - V. D V - F - V - V. As sociedades africanas desenvolveram um significado diferente da escravidão conceituada na Europa ou nas Américas coloniais. A escravidão na África era vista como um bem coletivo. O escravo era uma forma de propriedade privada que produzia rendimentos reconhecidos nas leis africanas. Diante desse contexto, o que levou a escravidão ser tão difundida nas sociedades africanas? A A escravidão foi bastante difundida nas sociedades africanas em função do desenvolvimento agrícola necessitar da mão de obra. B A escravidão foi bastante difundida nas sociedades africanas em função da ausência de propriedades privadas de terras. C A escravidão foi bastante difundida nas sociedades africanas em função da demanda de produtos agrícolas para o exterior. D A escravidão foi bastante difundida nas sociedades africanas em função de ser um negócio lucrativo para europeus e africanos. 4 5 Em 1972, o historiador africano Joseph Ki-Zerbo apontava para o fato de que a valorização da história africana estava associada a fatores de ordem interna e externa. Em relação aos fatores de ordem interna é correto afirmar que: A O interesse em projetar a História da África em âmbito mundial estava associada ao interesse do mercado africano em monopolizar o comércio com a China e com a Índia. B O interesse em projetar a História da África era o resultado do ardor subjetivo ao processo de independência de vários países africanos, que buscavam resgatar uma identidade africana. C O interesse em escrever a História da África ficou restrito ao Continente Africano, pois os historiadores deste continente objetivavam construir uma história total e esta história só interessaria aos africanos. D O interesse em difundir a História da África estava afastado do desejo de mostrar ao mundo que os africanos foram vítimas dos europeus. A Rebelião Malê, em Salvador, em 1835, é considerada a maior revolta escrava ocorrida no continente americano. Africanos, libertos e escravos, na noite de 24 de janeiro de 1835 rebelam-se e lutam contra as forças policiais em uma série de combates por diversas partes da capital da província baiana, na ocasião, a segunda maior cidade do império. Na manhã de 25 de janeiro, após enfrentarem forças superiores em número e armamento, os africanos rebeldes são finalmente derrotados com cargas de cavalaria nos arredores da cidade de Salvador. Sobre a Rebelião Malê, analise as afirmativas a seguir: I- Os africanos rebelados pertenciam majoritariamente à etnia nagô (iorubá), embarcados na região conhecida como Costa dos Escravos, na costa da atual Nigéria e do Benin. II- Malês, como eram conhecidos na Bahia, era uma versão do termo iorubá imalê, que nas regiões de origem dos rebeldes significava "muçulmano." III- Após a rebelião, foram encontrados com os rebeldes muitos documentos escritos em árabe, o que atestava a presença de elementos letrados entre os africanos. IV- Apesar de ficar conhecida como uma rebelião escrava, havia, entre os africanos rebelados, uma percentagem considerável de libertos, termo que identificava escravos alforriados. Assinale a alternativa CORRETA: A Somente a afirmativa IV está correta. B Somente a afirmativa I está correta. C Somente a afirmativa III está correta. D As afirmativas I, II, III e IV estão corretas. 6 7 A Lei n° 9394/96 (LDB) determina que o Ensino de História do Brasil deva levar em conta as diferentes contribuições de diferentes etnias para a formação do povo brasileiro. Em 2003 foi sancionada a Lei nº 10.639 que torna obrigatório o estudo da História da África e dos africanos, a cultura negra brasileira e o negro na formação da identidade nacional, corroborando com a LDB e a Constituição Brasileira de 1988. Com relação ao Ensino de História da África no que se refere à disciplina de História, é necessário desmistificar visões equivocadas acerca do negro somente como escravo que veio da África, um continente primitivo e atrasado. Algumas sugestões existem para desconstruir essas representações. Com base nelas, assinale a alternativa CORRETA: A Abordar a História da África, a partir dos elementos escravistas que existiam, fazer os alunos perceberem que a escravidão já existia no continente, era algo normal, os europeus apenas aumentaram o número de escravos mas não mudaram nada na organização do continente. B Desconstruir os argumentos racistas e estereotipados, buscando o uso adequado de conceitos, evitando o anacronismo. Estudar os grandesreinos africanos como Mali, Egito, Congo, suas organizações políticas, culturais. Abordar os movimentos de resistência contra a escravidão dos africanos no Brasil e as contribuições que trouxeram, não apenas retratando a escravidão, mas valorizando os elementos centrais da sua História e cultura. C Abordar os grandes reinos africanos, valorizar sua cultura e demonstrar que a partir da chegada dos europeus chegou um projeto de expansão do cristianismo com o objetivo de evangelizar, levar a civilidade para um continente primitivo e pouco desenvolvido. Abordar a escravidão como algo necessário, apesar de imoral. D Iniciar o estudo pela escravidão, valorizando esse período e ressaltando a importância dessa mão de obra escrava para a formação do Brasil. Deixando claro que sem os escravos seria impossível cultivar o solo brasileiro e alavancar a economia, ressaltando que a escravidão foi necessária. Há entidades que buscaram denunciar o racismo e organizar a comunidade Negra no Brasil. Com base no exposto, assinale a alternativa INCORRETA: A O Ministério da Cultura (MinC) responsável pelas letras, artes, folclore e outras formas de expressão da cultura nacional e pelo patrimônio histórico, arqueológico, artístico e cultural do Brasil. Ministério do governo brasileiro, criado em 15 de março de 1985. B O SINBA (Sociedade de Intercâmbio Brasil-África), inaugurado no Rio de Janeiro em 1974. C O CECAN (Centro de Estudos e Arte Negra), fundado em São Paulo em 1972. D O Grupo Palmares, criado em Porto Alegre em 1971. De acordo com pesquisas sobre a história da África, publicadas no livro História Geral da África, entre 1500 e 1800, o mundo presenciou o estabelecimento de um novo sistema geoeconômico orientado para o Oceano Atlântico ligando a Europa, a África e a América. A Europa se destacou em escala mundial na acumulação gerada pelo comércio e pela pilhagem. Ao que parece, Portugal foi atraído para a África negra pelo ouro, entretanto, não tardou a se interessar pelo tráfico humano, isto porque, os escravos eram muito requisitados pelos europeus. Com relação aos povos africanos escravizados que foram traficados para o Brasil, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para falsas: 8 9 10 ( ) Muitos dos africanos escravizados trazidos para o Brasil eram bantos. A palavra banto quer dizer povo ou etnia. Esses povos eram originários das regiões da Somália, Etiópia, Angola e do Congo. Também são citados pelos historiadores como povos Nilo-Saarianos e faziam parte do tronco linguístico afro-asiático, composto por línguas semíticas como o árabe, o hebraico e o aramaico. ( ) Ao contrário do que muita gente acredita, os bantos não são um povo, nem sequer são uma etnia. Banto é um tronco linguístico, ou seja, é uma língua que deu origem a diversas outras línguas africanas. Conforme a origem, eram denominados bantos, quando eram do mesmo grupo étnico de nome ou sudaneses, quando originados dos outros grupos níger-congoleses. Os povos desse grande grupo linguístico estão diretamente relacionados à história do Brasil, pois os escravos trazidos para cá eram originários de diversos pontos da enorme região geográfica que ocupavam. ( ) O grupo níger-congolês é dividido em cinco subgrupos. O mais numeroso é o dos bantos, que teriam surgido provavelmente na região da atual Nigéria e, ao longo de mais de 2.500 anos, empreenderam uma grande migração por toda a região central da África, até o Oceano Índico. Conforme a região onde se estabeleciam, receberam nomes diferentes: ovimbundos, cassanjes, bacongos e lundas na região de Angola e do Congo, zulus, sesotos e suazis no sul, iaôs na costa do Índico. ( ) A formação da cultura afro-brasileira realizou-se em constante dialogo étnico, cultural, linguístico e religioso com alguns povos negro-africanos no contexto da escravidão brasileira. Os Cabindas do Congo, os Bemguelas de Angola, os Macuas e Angicos de Moçambique, os Minas da Costa da Guiné, os Jejes do Daomé (atual Benin), os Haussas da Nigéria, os Iorubas dos Reinos de Oió e Keto. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: FONTE: FERREIRA FILHO, Aurelino José. Resistir, Re-significar e Re-criar Escravidão e a Reinvenção da África no Brasil- séculos XVI e XVII. Versão modificada deste artigo foi publicada, pelo mesmo autor, nos Anais do I Simpósio Internacional: Política, Gestão e Educação e IV Simpósio de Educação do Triângulo Mineiro. Universidade Federal de Uberlândia - Ituiutaba - MG, 2008. Disponível em: . Acesso em: 26 maio 2017. A V - V - F - F. B F - V - V - V. C F - F - V - V. D V - F - V - F. (ENADE, 2007) A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e (ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico que começa com a chegada de navegadores portugueses, no século XV, ao continente africano. Esse evento abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro e, mais tarde, à colonização do continente africano. Com relação ao assunto tratado no texto, é correto afirmar que: FONTE: MUNANGA. K. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil. In: Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37. A O início do tráfico negreiro, no Atlântico, foi anterior ao início do emprego de mão de obra escrava no Brasil. B A colonização da África ocorreu imediatamente à chegada dos europeus ao continente africano. C A exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início da Idade Moderna. 11 D A possibilidade de um lucrativo comércio na África levou os portugueses a colonizarem regiõesna África setentrional. (ENADE, 2013) Foto de Militão, São Paulo, 1879. Que aspecto histórico da escravidão no Brasil do séc. XIX pode ser identificado a partir da análise do vestuário do casal retratado? FONTE DA IMAGEM: ALENCASTRO, L. F. (org.). História da vida privada no Brasil. Império: a corte e a modernidade nacional. São Paulo: Cia. das Letras, 1997. A A presença de acessórios como chapéu e sombrinha aponta para a manutenção de elementos culturais de origem africana. B A utilização do paletó e do vestido demonstra a tentativa de assimilação de um estilo europeu como forma de distinção em relação aos brasileiros. C O uso de sapatos é um importante elemento de diferenciação social entre negros libertos ou em melhores condições na ordem escravocrata. D O uso de trajes simples indica a rápida incorporação dos ex-escravos ao mundo do trabalho urbano. 12 Imprimir
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