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Questões de Filosofia da Ciência

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Estudo Dirigido com interrogações a partir do Texto “As Origens da Filosofia e o 
Pensamento Científico Ocidental: Mito (Mithós) e Razão (Lógos) – O Nascimento da 
Filosofia na Grécia. 
1 – Enquanto um fenômeno cultural dos gregos antigos, qual a caracterização e 
importância das narrativas míticas (Mithós; mito) para uma formação posterior do 
pensamento científico? 
As narrativas míticas eram utilizadas para explicar e compreender a realidade. Um dos 
fatores que contribuíram para o surgimento do mito foi porque na época não existia filosofia e 
ciência naquela época. Portanto, as narrativas míticas se concretizaram como uma necessidade 
para acalmar a ansiedade humana em relação aos mistérios da criação e do mundo. A narrativa 
mítico-religiosa possuía sua importância por garantir a sobrevivência de tradições, que 
definiam a cultura dos povos e mantinham os cidadãos convivendo de modo relativamente 
harmonioso. Contudo, as explicações míticas não mais eram suficientes, é o começo de um 
processo de maior racionalidade. Ademais, é importante ressaltar que o mito não acabou por 
conta do surgimento da Filosofia, ainda hoje é importante mesmo com a utilização da razão 
filosófica, pois nem tudo pode ser explicado através da razão. 
 A Filosofia, assim como o pensamento científico, é uma tentativa de ter resposta através 
da razão, não da forma mítica ou religiosa. Seu surgimento ocorreu através de várias mudanças 
e alterações que aconteciam nas cidades-estados da Grécia, que acabaram contribuindo para o 
surgimento de debates e pensamento crítico como as navegações (contato com vários povos 
diferentes) e a polis (contato de ideias entre os indivíduos). Apesar do discurso filosófico se 
valer do modo de argumentação mitológica para expressar outra versão de mundo, a Filosofia 
gradualmente se afastou da explicação fantástica e religiosa do mito justamente por ter como 
principal motivação a busca incessante pela razão. Além disso, a Filosofia preocupa-se em 
explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro (isto é, na totalidade do tempo), 
os fatos são como são, enquanto o Mito pretendia contar como as relações tinham sido no 
passado imemorial, distante e fantasioso, ou seja, essas narrativas tentavam demonstrar como 
era a realidade anteriormente. 
2 – Quais sentidos encaminham: a) os poemas de Homero – a Ilíada e a Odisséia, b) a 
Cosmogonia de Hesíodo – Teogonia e c) a Religião dos Mistérios – o Orfismo para as 
investigações científicas posteriores? Tal fenômeno (abertura de sentido) é captado de 
forma clara e distinta? Por que? 
Por muito tempo o Mito era a única vertente utilizada para explicar o mundo. Tal 
pensamento mítico tinha suas explicações baseadas em deuses. Contudo, em um determinado 
momento da história humana só a utilização do mito não era suficiente para satisfazer os 
pensamentos, dúvidas e questionamentos do homem. Nesse contexto, surgiu a Filosofia, na 
qual os primeiros filósofos (naturalistas) tinham como objetivo explicar a origem do mundo 
por meio da utilização de fenômenos naturais que variavam de acordo com o filósofo em 
questão. Essa passagem do pensamento mítico para o filósofo foi fundamental para o 
desenvolvimento da ciência, pois a Filosofia utiliza a razão para explicar a realidade. Portanto, 
a razão se tornou o pilar fundamental para embasar as investigações científicas que permeiam 
os diversos setores da ciência. Tal fenômeno ocorreu de maneira clara, distinta e 
gradativamente ao longo do tempo. 
3 – No que se refere à ascensão da razão filosófica (Lógos; Ratio) diante das explicações 
míticas sobre nós e o Universo, qual paradoxo coloca em cheque o “pensamento mítico”, 
exigindo uma “mediação”, uma “passagem” nas explicações e compreensão de nós 
mesmos e do Universo, enquanto um novo modo de entender o sentido e com segurança 
quanto ao próprio conhecimento (épisteme) que temos da realidade? 
Os primeiros filósofos, também conhecidos como filósofos naturalistas, foram 
fundamentais para o surgimento do pensamento cientifico, pois eles tentavam explicar a origem 
do mundo, do universo e da natureza (cosmologia) por meio de uma Arkhé (principio 
original/unitário que gerou o mundo phýsis), ou seja, por meio da lógica e não do mito. Tal 
princípio variava de acordo com cada filósofo pré-socrático da época, como por exemplo: O 
Tales de Mileto (Arkhé = água), Anaxímenes (Arkhé = ar), dentre muitos outros. Diante disso, 
começa o “afastamento” do pensamento mítico e começa a utiliza a razão para explicar o 
mundo de maneira racional. Contudo, o mito não deixou de ser importante, apenas surgiu outra 
possibilidade para explicar a origem do universo como um todo. 
4 – Qual a importância maior dos primeiros filósofos (da natureza), para você, face à 
futura formação científica, no nosso ocidente – de um mundo globalizado? 
 
A importância dos primeiros filósofos (da natureza) está relacionada com o fato deles 
terem dado o ponta pé inicial para uma “ruptura” do pensamento mítico vigente na época para 
explicar a realidade. Tal desprendimento contribuiu para o surgimento de novas alternativas 
para explicar o universo por meio da lógica e não apenas por meio do mito. O surgimento da 
Filosofia, mãe de todas as ciências, abriu novos horizontes, pois através dela o homem passou 
a se questionar, pensar e observar a realidade em que viviam (vivem). A morte de Sócrates, por 
exemplo, foi simbólica, pois de acordo com os escritos ele decidiu morrer não só para não dar 
razão aos poderosos da época, mas também para mostrar o quanto a Filosofia é perigosa para 
os mandatários atenienses (até hoje os governantes a acham perigosa), visto que ela ensina os 
indivíduos a pensar e a refletirem. Nesse contexto, graças aos ideais da Filosofia foi possível 
aperfeiçoar as mais diversas áreas científicas para a criação de uma sociedade melhor em 
diversos setores, seja eles econômicos, educacionais, tecnológicos ou medicinais. 
 
APRESENTAÇÃO
Graduanda em Ciências Biológicas 
Atualmente trabalha na área da Genética
Humana e Médica, com enfâse em
Oncogenética
Integra o grupo de pesquisa sobre 
Epidemiologia e Genética de Câncer (EGC) 
Possui experiência nas principais
técnicas de Biologia Molecular

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