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INFORMAÇÕES 27. 99703.5236 | 99932.9815 CURSO PREPARATÓRIO DE CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS Curso Preparatório de Conhecimentos Pedagógicos MATRÍCULAS www.PROFDAVI.com.br FALE DIRETO COM A GENTE https://api.whatsapp.com/message/DLHO2GKTEH3QC1 � VÍDEO-AULAS � APOSTILAS � SIMULADOS 2 ANOS DE ACESSO CURSO ONLINE COM CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS CURSO PREPARATÓRIO GERAL DE https://www.profdavi.com.br/ https://api.whatsapp.com/message/DLHO2GKTEH3QC1 https://api.whatsapp.com/message/DLHO2GKTEH3QC1 Piaget concebe a criança como um ser ativo, atento e que constantemente cria hipóteses sobre o seu ambiente. Assim, acredita que, de acordo com o estágio de de- senvolvimento em que a mesma se encontra, elabora os conhecimentos de forma espontânea. A criança tem uma visão particular sobre o mundo e, na medida que se de- senvolve em sua interação com o adulto, aproxima-se de suas concepções tornando-se socializada. No entanto, o papel da interação, nesta teoria, fica minimizado em virtude de que, para Piaget, a aprendizagem subordina se ao desenvolvimento. Esta teoria tem como eixos as seguintes ideias com relação ao processo de desenvolvi- mento da criança: • privilegia a maturação biológica (modelo biológico de adaptação do organismo ao meio); • fatores internos preponderam sobre os externos: é pelo interior do organismo que ocorre a articulação entre as estruturas do sujeito e as da realidade externa; • desenvolvimento tem uma sequência fixa e univer- sal de estágios: sensório motor (de 0 a 2 anos); pré-ope- ratório (de 2 a 7 anos); operatório concreto (de 7 a 12/13 anos) e operatório formal a partir dos 13 anos; • subordina o social ao desenvolvimento individual: o papel do ambiente social é secundarizado; • conhecimento é elaborado espontaneamente pela criança, conforme o estágio em que ela se encontra; • a construção do conhecimento procede do individual para o social; O pensamento aparece antes da linguagem: a lin- guagem subordina-se aos processos de pensamento; TEORIA DE PIAGET TEORIAS COGNITIVAS AS CONTRIBUIÇÕES DE PIAGET, VYGOTSKY E WALLON PARA A PSICOLOGIA E PEDAGOGIA a formação do pensamento depende da coordenação dos esquemas sensório-motores (inteligência prática) e não da linguagem; a linguagem só ocorre depois que a criança já alcançou um determinado nível de habilida- des mentais. Para Piaget, o desenvolvimento é um processo sucessivo de equilibrações. Embora essas equilibrações ocorram nas diversas etapas do desenvolvimento, certas estrutu- ras vão definir um momento deste desenvolvimento. O alicerce da teoria piagetiana é a noção de equilíbrio. Para Piaget, todo organismo vivo procura manter um estado de equilíbrio ou de adaptação ao seu meio. O processo dinâmico e constante do organismo buscar um novo e superior estado de equilíbrio é denominado pro- cesso de equilibração majorante. Assim, para a teoria Interacionista de Piaget, a passa- gem de uma etapa mental de desenvolvimento para ou- tra perpassa-se por meio de quatro fatores essenciais: (...) a maturidade do sistema nervoso; a interação social; a experiência fisica com os objetos e, principalmente a equilibração, ou seja, a necessidade que a estrutura cog- nitiva tem de se desenvolver para enfrentar as demandas ambientais – o de menor peso é a interação social. Desta maneira, a educação – em especial a aprendizagem – tem, no entender de Piaget, um impacto reduzido sobre o desenvolvimento inte- lectual. [...] A aprendizagem é encarada como um processo mais restrito, causado por situações específicas (como a frequência à escola) e subor- dinado tanto à equilibração quanto à maturação. Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo pressupõe quatro fatores e suas interações: • Maturação. • Experiência Ativa. • Interação Social. • Equilibração. Maturação Biológica e Equilibração são consideradas fatores internos que influenciam no desenvolvimento cognitivo e podem trazer consequências ao processo de aprendizagem do aluno. A Equilibração é o processo de passagem do desequilíbrio ao equilíbrio. Segundo Pia- get, “todo ser vivo procura o equilíbrio que permite a adaptação através de processos de autorregulação”. O desequilíbrio é, na verdade, perturbações que resultam de conflitos momentâneos, os quais, uma vez ultrapas- sados ou superados, conduzem a novas construções. No contexto da aprendizagem, buscar “desequilibrar” os su- jeitos podem, segundo a abordagem construtivista, fazer com que o aluno reflita sobre sua ação, seus erros, para, a partir desta reflexão, construir seu conhecimento. Já a experiência ativa, em que os alunos realizam sobre os objetos, e a interação social correspondem aos fatores externos ao desenvolvimento. É sobre estes aspectos ex- ternos que a informática pode contribuir para uma maior afetividade, interatividade e aprendizagem. Para Piaget, a afetividade exerce profunda influência no desenvolvimento intelectual. É o que motiva à atividade intelectual. É a mola propulsora das ações, um cataliza- dor de interesses. Nesse aspecto, o interesse está estrei- tamente relacionado ao aspecto afetivo. É por meio do interesse que selecionamos nossas atividades. É preciso considerar duas questões que irão exercer forte influência no desenvolvimento da afetividade do aluno: o “sucesso” e o “fracasso”. Segundo Piaget, os sentimentos associados às ações ou atividades são sempre preserva- dos (lembrados). Todas as crianças são atraídas pelas atividades que foram bem sucedidas. Podemos associar essa premissa ao uso dos ambientes computacionais. Embora alguns fracassos possam tornar-se desafios e ativar o interesse e empenho do aluno, todos nós iremos manter o interesse pelas atividades que obtiver êxito. Outro elemento que irá exercer influência sobre a afetivi- dade, a interatividade e a aprendizagem é o intercâmbio social. No momento em que os alunos adquirem afeto e consideração por seus pares (colegas e professores), as relações interpessoais começam a se formar. Com suas capacidades cognitivas expandidas, as relações uns com os outros tendem a tornar-se mais estruturadas e mais estáveis por que não mais colaborativas Para Piaget, o conhecimento é construído por meio da interação do sujeito com seu meio, a partir de estruturas existentes. Assim sendo, a aquisição de conhecimentos depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito como de sua relação com o objeto. Estágios de Desenvolvimento Para Piaget, o desenvolvi- mento humano obedece a certos estágios hierárquicos, que decorrem do nascimento até se consolidarem por volta dos 16 anos. A ordem desses estágios seria invari- ável e inevitável a todos os indivíduos. • Estágio sensório-motor (do nascimento aos dois anos): a criança desenvolve um conjunto de “esquemas de ação” sobre o objeto, que lhe permitem construir um co- nhecimento fisico da realidade. Nesta etapa, desenvolve o conceito de permanência do objeto, constrói esquemas sensório-motores e é capaz de fazer imitações, construin- do representações mentais cada vez mais complexas. • Estágio pré-operatório (dos dois aos seis anos): a criança inicia a construção da relação causa e efeito, bem como das simbolizações. É a chamada idade dos porquês e do faz-de-conta. • Estágio operatório-concreto (dos sete aos onze anos): a criança começa a construir conceitos, por meio de estruturas lógicas, consolida a conservação de quanti- dade e constrói o conceito de número. Seu pensamen- to, apesar de lógico, ainda está preso aos conceitos concretos, não fazendo ainda abstrações. • Estágio operatório-formal (dos onze aos dezesseis anos): fase em que o adolescente constrói o pensa- mento abstrato, conceitual, conseguindo ter em conta as hipóteses possíveis, os diferentes pontos de vista e sendo capaz de pensar cientificamente. ANOTAÇÕES TEORIA DE VYGOTSKY Os estudos de Lev SemyonovichVygotsky (1896-1934) postulam uma dialética das interações com o outro e com o meio, como desencadeador do desenvolvimento socio- cognitivo. Para Vygotsky e seus colaboradores, o desen- volvimento é impulsionado pela linguagem. Eles acredi- tam que a estrutura dos estágios descrita por Piaget seja correta, porém, diferem na concepção de sua dinâmica evolutiva. Enquanto Piaget defende que a estruturação do organismo precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o próprio processo de aprender que gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores. ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL Um ponto central da teoria vygotskyana é o con- ceito de ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal), que afirma que a aprendizagem acontece no in- tervalo entre o conhecimento real e o conheci- mento potencial. Em outras palavras, a ZDP é a distância existente entre o que o sujeito já sabe e aquilo que ele tem potencialidade de aprender. Seria, neste campo, que a educação atuaria es- timulando a aquisição do potencial, partindo do conhecimento da ZDP do aprendiz, para assim intervir. O conhecimento potencial, ao ser alcan- çado, passa a ser o conhecimento real e a ZDP redefinida a partir do que seria o novo potencial. INTERACIONISMO E DESENVOLVIMENTO Nessa concepção, as interações têm um papel crucial e determinante. Para definir o conhecimento real, Vygotsky sugere que se avalie o que o sujeito é capaz de fazer so- zinho, e o potencial aquilo que ele consegue fazer com ajuda de outro sujeito. Assim, determina-se a ZDP e o nível de riqueza e a diversidade das interações determi- nará o potencial atingido. Quanto mais ricas as intera- ções, maior e mais sofisticado será o desenvolvimento. No campo da educação, a interação, que é um dos con- ceitos fundamentais da teoria de Vygotsky, encaixa-se ANOTAÇÕES perfeitamente na concepção de escola que se pretende efetivar no sistema brasileiro de ensino. Neste caso, o professor e o aluno passam a ter um papel essencial no processo de ensino e aprendizagem. Des- sa forma, é possível desenvolver tanto os conceitos de ZDP quanto a relação existente entre pensamento, linguagem e inter- venção no âmbito da escola, possibilitando, assim, um maior nível de aprendizagem. Vygotsky, assim como Piaget, defende a ideia de que a criança não é a miniatura de um adulto e sua mente funciona de forma bastante diferente. Esta compreensão tem grandes implicações para os professores, pois os obrigam a compreender o aluno como ele é. Tanto Piaget como Vygotsky pensam que o desenvol- vimento do indivíduo implica não somente em mu- danças quantitativas, mas, sim, em transformações qualitativas do pensamento. Ambos reconhecem o papel da relação entre o indivíduo e a sociedade e, em Vygotsky, é esta relação que determina o desen- volvimento do indivíduo. Vygotsky tem uma visão socioconstrutivista do desenvolvimento, com ênfase no papel do am- biente social no desenvolvimento e na aprendi- zagem; a aprendizagem se dá em colaboração entre as crianças e entre elas e os adultos. Já, Piaget, coloca que a aprendizagem se produz pela interação do indivíduo com os objetos da realidade, em que a ação direta é a que gera o desenvolvimento dos esquemas mentais. Resumindo: Vygotsky fornece uma pista sobre o pa- pel da ação docente: o professor é o mediador da aprendizagem do aluno, facilitando-lhe o domínio e a apropriação dos diferentes instrumentos culturais. Mas, a ação docente somente terá sentido se for re- alizada no plano da Zona de Desenvolvimento Pro- ximal. Isto é, o professor constitui-se na pessoa mais competente que precisa ajudar o aluno na resolução de problemas que estão fora do seu alcance, desen- volvendo estratégias para que pouco a pouco, possa resolvê-las de modo independente.