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A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE LINGUAGEM EM SALA DE AULA Acadêmicos¹ Tutor Externo² RESUMO O presente trabalho pretende analisar a importância do estudo de linguagem em sala de aula, através dos gêneros do discurso poesia, noticia e reportagem. A linguagem em si já é de extrema importância desde quando nascemos e no decorrer do tempo só vamos aperfeiçoando o sistema de sinais ou signos usados para a comunicação e expressões entre as pessoas. A linguagem é um grande recurso que o ser humano possui para alcançar tudo aquilo que mais deseja em sua vida, é através do poder das palavras que o ser humano vive em sociedade. Essa pesquisa busca trazer entendimentos e reflexões a respeito do estudo da linguagem e avaliar se é possível trazer presente o estudo mais aprofundado em sala de aula, dos gêneros de discursos reportagem, notícia e poema. Traz presente exemplo de poemas/cordel e notícia, os quais podem ser trazido para o dia a dia das pessoas e assim facilitar a assimilação com a nossa realidade. E para fazer essa análise foi realizada uma pesquisa documental e qualitativa, a qual buscou referências em Saussure, no Linguista Hjelmslev e Debortoli. Palavras-chave: Ensino. Linguagem. Gêneros. 1. INTRODUÇÃO O estudo da linguagem em sala de aula é de suma importância para o desenvolvimento social do cidadão, uma vez que através de suas competências linguísticas torna – os mais crítico e argumentativo e pode se tornar um condutor de conhecimento. Esse estudo deve ser usado como prática social e a multiplicidade dos gêneros discursivos ou textual leva a grandes mudanças sociais e de ensino aprendizagem. Isso quando pode ser utilizado nos mais variados recursos linguísticos, no momento do diálogo ou da escrita. E os gêneros textuais são os assuntos, os textos e as leituras que vão desde o início da vida escolar dos alunos e percorrem todo o processo de escolarização. Desde a infância os alunos já têm contato com pequenas histórias, poemas, contos, histórias em quadrinhos e mais tarde, textos, os quais vão identificar que são exemplos dos mais variados gêneros textuais. No Brasil o ensino de línguas a partir dos gêneros discursivos teve início em meados dos anos noventa, diante da publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Esse documento orienta as práticas e estratégias de ensino de línguas no país e são neles que se encontram a orientação para se trabalhar com os gêneros discursivos. 1 Acadêmicos: 2 Nome do Professor tutor externo: 3 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso – Prática do Módulo VIII – 2021 2 Levando em consideração a importância do tema: estudos da linguagem, este trabalho visa trazer entendimentos e reflexões a respeito e avaliar se é possível trazer presente o estudo mais aprofundado em sala de aula, dos gêneros de discursos reportagem, noticia e poema. E assim poder incentivar o conhecimento de diferentes linguagens e consequentemente a leitura, e também evidenciar qual a importância desses estudos da linguagem em diferentes obras literárias para a formação intelectual e social do aluno. A literatura em si já é aprendizagem, desenvolvimento, é encantamento e construção de conhecimento e por meio do estudo da linguagem, mais especificadamente dos gêneros textuais reportagem, noticia e poema que também pode – se descobrir que o incentivo aos mais diversos gêneros do discurso, pode levar a fazer uma ligação lúdica com a imaginação e com os símbolos subjetivos e assim tornar esse estudo numa ferramenta muito importante para o processo pedagógico. O que também possibilita o aprender a escutar, ler, compreender, interpretar, declamar e produzir poemas, assim como reconhecer e fazer uso de recursos da linguagem poética, como sonoridade e diferentes significados. Este trabalho será desafiador e provocante, mas acreditamos que os procedimentos adotados na construção deste trabalho, através da pesquisa bibliográfica documental e qualitativa sejam eficazes, para buscar mais entendimento a respeito do tema. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O tema geral deste trabalho é estudos de linguagem, tendo como específico: A importância do estudo de linguagem em sala de aula. Esse tema foi escolhido para conhecermos um pouco mais sobre a importância da linguagem para o ser humano, pois assim como qualquer outra habilidade fundamental, a linguagem deve ser estimulada e trabalhada desde o início da vida. A linguagem é um sistema de sinais ou signos usados para a comunicação entre pessoas para a expressão de sentimentos, valores e pensamentos. Conforme Saussure (2012, p. 47) “a língua é um sistema de signos que exprimem ideias…”. E isso desde o dia em que o ser humano nasceu, o qual tem necessidade de comunicação, embora não existisse um método exato de formação de palavras como hoje, as vogais que emitem indicam a forma como vê o mundo, eles emitiam sons vocálicos que demonstravam seu modo de ver o mundo físico, como também expressavam seus sentimentos, tais como: medo, insegurança, tristeza, fome. Em outras palavras, a diferença mais óbvia entre os seres humanos e outras criaturas é a posse da linguagem, que é a interação, que dá aos indivíduos a possibilidade de realizar atividades nos outros, em si próprios e no mundo. De acordo com Debortoli (2008, p. 73), as linguagens são: Diferentes marcas que nós seres humanos deixamos no mundo, a linguagem como expressão deste nosso mundo, desta nossa cultura. A linguagem como uma construção e uma condição humana. Somos nós, seres humanos, que atribuímos significados à nossa existência. 3 Dessa forma, compreende-se que a linguagem é uma atividade essencialmente humana, social e histórica, pois é a partir de seu uso que compreendemos, observamos e interagimos com o mundo natural, a linguagem é comunicação e representação. O Linguista Hjelmslev afirma que: A linguagem é inseparável do homem, segue-o em todos os seus atos”, sendo “o instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos, o instrumento graças ao qual ele influencia e é influenciado, a base mais profunda da sociedade humana. (Hjelmslev. Citado por PIVA, A.; SANTOS, N. L.dos. Filosofia. Grupo Ânima, Belo horizonte, 2015). Visto que, a linguagem é um grande recurso que o ser humano possui para alcançar tudo aquilo que mais deseja em sua vida. Todos dependem da linguagem para sobreviver na sociedade, ela é a base da cultura e dificilmente haveria civilização se não fosse o emprego da linguagem e o poder das palavras. É por meio delas que quase sempre influenciamos e realizamos as mudanças necessárias para construir uma vida melhor. O linguista francês Louis Hjelmslev (1953), disse ao falar da linguagem que é “uma ferramenta, um espelho, um lugar. Ferramenta por ser veículo de comunicação; espelho por refletir e traduzir o ser humano que se revela pela linguagem que utiliza; lugar porque reflete a pessoa no meio físico-social onde vive”. Sem a linguagem, as pessoas não saberão se conectar umas com as outras e não serão capazes de construir laços sociais ou formar grupos em torno de interesses comuns. Este artigo tem por justificativa, mostrar a importância da linguagem, pois através da linguagem podemos expressar sentimentos, emoções e pensamentos, e a partir do momento em que compreendemos sua utilidade a inserimos no contexto, o que nos dará formas de nos expressar. Por exemplo, não utilizarei a mesma linguagem para me comunicar com todos os seres, o método de comunicação correto depende do meu destinatário. Assim como, a língua falada na cidade é diferente da língua falada no campo. (Saussure, 2012). Por isso, para essa distinção faz – se o uso da Linguagem informal e formal. E por fim, analisaremos três textos que representamum gênero discursivo/textual. 2.1-A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM NA EDUCAÇÃO Não há dúvida de que a educação tem se mostrado a ferramenta mais poderosa para apoiar o desenvolvimento integral da pessoa, preparar para o exercício da cidadania e obter a qualificação para o trabalho. A importância da linguagem é tão importante que, desde sua existência, não há limites para o que podemos descrever, imaginar e nos relacionar. Ela permeia toda a nossa ontogenia como indivíduos de forma absoluta, desde o caminhar e a postura até a política. Todas as reflexões, incluindo as reflexões com base no conhecimento humano, devem ocorrer na linguagem, que é nossa forma particular de sermos humanos. Pois, “a palavra é uma espécie de ponte lançada 4 entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim numa extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor”. (Bezerra; Araújo, 2013, p. 84 apud Bakhtin, 1995, p. 113). Trabalhar com a linguagem é muito importante no processo educativo, e de forma alguma deve ser deixado de lado em nenhuma das etapas do aprendizado, justamente por ela tornar o processo educacional mais eficaz, proporcionando aos discentes situações e momentos mais dinâmicos e atrativos. Através dessas situações atrativas e dinâmicas, os alunos podem não apenas desenvolver, mas também explorar suas próprias ferramentas comunicativas e sociais. Portanto, é fundamental que os docentes criem situações e promovam atividades que estimulem as habilidades por meio da participação dos discentes para o desenvolvimento da linguagem. Esse desenvolvimento pode ser alcançado por meio de poesias, leituras, discussões, diálogos, exposições, documentários, e muitos outros métodos que permita que os discentes interajam com grandes grupos e assim se tornando mais comunicativos. É importante que a educação tenha consciência da importância do desenvolvimento da linguagem do sujeito na formação, pois sem ele os sujeitos não podem construir habilidades de debate, muito menos de formação de ideias, conceitos e opiniões. Conforme o Referencial Curricular para Educação Infantil: A aprendizagem da linguagem oral e escrita é um dos elementos importantes para as crianças ampliarem suas possibilidades de inserção e de participação nas diversas práticas sociais. [...] A Educação Infantil, ao promover Experiências significativas de aprendizagem da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui em um dos espaços de Ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao Mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas às quatro competências linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever (BRASIL, 1998. p. 117). De acordo com o documento entendemos que a inserção das crianças no mundo da linguagem falada e escrita permite que elas interajam e aprendam plenamente. Diante dessas reflexões, podemos inferir que o ato de ler, falar e ouvir são habilidades de linguagem que precisam ser desenvolvidas além das rotinas familiares para que os jovens e crianças possam construir e reconstruir seu significado e aprimorar a linguagem e seus aspectos à medida que vão se formando seus próprios conceitos. 2.2-GÊNERO DE DISCURSO Existem diferentes tipos de gêneros de discurso no Brasil, e alguns são mais comumente usados do que outros porque dependem basicamente do ambiente geográfico que varia muito dentro de um determinado estado. Na maioria dos casos, vemos reportagens de jornais impressos em suas colunas, ou na TV, através de telejornais, novelas e filmes, temos também um grande número de obras literárias repletas de fábulas, romances, poemas, cordéis, entre outros. 5 O trabalho com os gêneros discursivos na sala de aula não é uma prática recente, e muitas escolas e professores ainda encontram dificuldades de colocá-lo em prática e assim poder facilitar o aprendizado e consequentemente o interesse dos alunos. A notícia é um gênero textual que tem como objetivo o de informar os fatos do dia a dia, mais relevantes para a sociedade. E a reportagem sendo um gênero mais complexo e mais elaborado do jornalismo, envolve uma coleta mais minuciosa de dados, entrevistas, consulta a outras mídias como rádio, televisão e internet. (BALTAR, 2004, p. 132). O gênero reportagem tem como objetivo proporcionar ao público leitor a interação com os fatos decorrentes da sociedade. A notícia e a reportagem apresentam aspectos convergentes e divergentes ao mesmo tempo. Escutar, ler, compreender, interpretar e declamar fazem parte da sequência didática que aborda o conteúdo poema. O qual faz parte dos conteúdos curriculares, mas que são pouco ensinados em sala de aula. Conhecer esse gênero é muito importante e desejável não só para a formação do leitor e do escritor, mas para a formação de um ser humano mais sensível à poesia da realidade que está à sua volta. A poesia desperta a sensibilidade para a manifestação do poético no mundo, nas artes e nas palavras. Já dizia SILVA (1998, p. 27) que “Lê-se para conhecer. Lê-se para ficar informado. Lê-se para fantasiar e imaginar. Lê-se para resolver problemas. E lê-se também para criticar e dessa forma, desenvolver posicionamento diante dos fatos e das ideias que circulam através dos textos”. A literatura, o estudo da linguagem proporciona ter esse convívio com vários tipos de textos e a poesia pode favorecer o prazer da leitura do texto poético e sensibilizar para a produção dos próprios poemas. O exercício poético desenvolve uma percepção mais rica e aguçada da realidade, aumenta a familiaridade com a linguagem mais elaborada da literatura e enriquece a sensibilidade e pode incentivar mais a leitura de variados gêneros. Veremos exemplos de textos que representam gêneros do discurso. Em primeiro lugar está o poema “Convite” de José Paulo Paes, esclarecendo que o poema é apenas um entre muitos gêneros de poesia e pode apresentar-se de diferentes formas, além de ser um jogo de palavras. Vejamos: Convite Poesia É brincar com palavras Como se brinca Com bola, papagaio, pião. Só que Bola, papagaio, pião De tanto brincar Se gastam. As palavras não: Quanto mais se brinca Com elas Mais novas ficam. Como a água do rio 6 Que é água sempre nova. Como cada dia Que é sempre um novo dia. Vamos brincar de poesia? José Paulo Paes. Poemas para brincar. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1991. O poema é criado como se fosse um jogo de palavras. Ele motiva o leitor a descobrir não apenas a leitura corrente, mas também a buscar outras leituras possíveis. E como o poeta faz isso? Ora... com as palavras e com tudo o que se pode fazer com elas. O poeta busca mostrar o mundo de um jeito novo, com a intenção de sensibilizar, convencer, fazer pensar ou divertir os leitores. Ele sugere associações entre palavras, seja pela posição que ocupam no poema, seja pela sonoridade, seja por meio de outros recursos. (ALTENFELDER; ARMELIN, 2010, p. 18). Quanto mais diversificados os textos literários apresentados aos alunos, mais rica será a experiência que eles terão deste mundo repleto de beleza, emoção e magia. Com o gênero poema é possível mergulhar num mundo de subjetividade e encantamento, um lugar mágico onde os discentes encontraram a possibilidade de se descobrirem, de se encontrarem e de se reconhecerem. Um outro exemplo é o gênero discursivo notícia. Segue um exemplo: “Numa coletiva de imprensa realizada ontem no Palácio Guanabara, o secretário de educação do Rio de Janeiro informou sobre o reajuste salarial de 10% para os professores do estado. Ferreira explicou que a decisão já foi publicada no Diário Oficial e tem caráter emergencial. O reajuste valerá a partir de janeiro do próximo ano”. O trabalho com o gênero discursivo “notícia” em sala de aula, na disciplina de Língua Portuguesa, é relevante,pois a notícia é um dos gêneros aos quais as pessoas estão mais diretamente expostas em sua vida cotidiana, devido a sua propagação através de inúmeros lugares e suportes (bancas de revista, televisão, Rádio, jornal impresso, portais de internet, celulares, etc.). FILHO (2011, p. 90). As pessoas vivem ligadas nos noticiários, são através das notícias de cada região ou do mundo que é possível se atualizar. Então é um gênero fácil e que pode chamar a atenção e aceitação dos alunos para o estudo e aprendizagem desse gênero. E por último um outro exemplo o cordel. O Cordel tem como principais características a oralidade, que tem como principal função social, informar e ao mesmo tempo, divertir seus leitores, e outras características é a linguagem informal, ironia e uso de humor. Citaremos um exemplo de Poema de Cordel, O poema em questão retrata o trabalhador da roça, o homem simples do campo. O poeta da roça – Patativa do Assaré Sou fio das mata, cantô da mão grosa Trabaio na roça, de inverno e de estio A minha chupana é tapada de barro Só fumo cigarro de paia de mio Sou poeta das brenha, não faço o papé De argum menestrê, ou errante cantô 7 Que veve vagando, com sua viola Cantando, pachola, à percura de amô Não tenho sabença, pois nunca estudei Apenas eu seio o meu nome assiná Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre E o fio do pobre não pode estudá Meu verso rastero, singelo e sem graça Não entra na praça, no rico salão Meu verso só entra no campo da roça e dos eito E às vezes, recordando feliz mocidade Canto uma sodade que mora em meu peito. Abordar a presença da Literatura de Cordel em sala de aula implica refletir, entre outras coisas, sobre as concepções de leitura, literatura e ensino postos em prática no cotidiano das escolas. Seria propor uma forma de estimular os alunos a enxergarem o que há por trás dessas produções textuais, não só no que diz respeito ao texto em si, mas com relação às vozes que ele traz consigo. Vozes essas capazes de expressar questões morais, políticas, sociais, econômicas e culturais (ALVES, 2008, p.108). Por isso, os docentes não podem perder a oportunidade de trabalhar com a literatura de cordel, que se trata de um gênero que respeita a cultura popular de um povo, onde a mesma é resgatada em versos e prosas, a fim de relatar as histórias com bases nos acontecimentos do lugar, destacando principalmente as características da realidade dos povos, proporcionando ao professor trabalhar em sala de aula com texto literário que esteja mais próximo do mundo do aluno. Muitos cordelistas são poucos conhecidos, mas a literatura de cordel ficou mais evidente e conhecida depois que o cordelista Braúlio Bessa apresentou seus poemas em programa de televisão aberta. São as notícias, as reportagens e os poemas em evidencia no nosso meio e no nosso dia a dia. 3. MATERIAIS E MÉTODOS Para o desenvolvimento deste estudo acadêmico foi escolhido trabalhar com o método de pesquisa bibliográfica qualitativa, o qual proporciona ao indivíduo realizar pesquisa em livros, artigos, periódicos e ter oportunidade de expor uma base teórica sólida e confiável, com o propósito de analisar, refletir e discutir acerca dos assuntos relacionados a temática proposta. Segundo Pizzani et. Al. (2012, p. 54) “entende-se por pesquisa bibliográfica da literatura sobre as principais teorias que norteiam o trabalho científico.” Em relação à exposição das informações e dados obtidos por meio de pesquisa foi optado trabalhar e apresentá-las de maneira qualitativa, a qual, segundo Severino (2007, p. 119), faz mais referência aos fundamentos epistemológicos da investigação científica do que propriamente as especificidades metodológicas. Ou seja, trata-se de uma abordagem crítica que tem por finalidade determinar fundamentos lógicos, valor e importância objetiva do estudo. 8 O objeto de estudo foi os gêneros de discursos: poema, noticia e reportagem, cujas especificidades foram cuidadosamente analisadas como forma de mecanismo para promover a formação leitora autônoma e critica. Os poemas utilizados na análise deste trabalho foram: convite - poema, o poeta da roça – Patativa do Assaré e Quanto vale um professor. É importante salientar que o trabalho com diferentes gêneros textuais precisa ser desenvolvido desde de muito cedo, nos anos inicias do Ensino Fundamental e permear até a vida adulta, sendo exploradas com maior afinco e dedicação, levando em consideração que através da exploração dos gêneros é enfatizado a leitura e a interpretação. O objetivo desejado neste estudo é sintetizar sobre a relevância que os gêneros de discurso acarretam na leitura e na interpretação de textos à sociedade. E compreender a importância de trabalhar e explorar os diferentes gêneros textuais existentes para transmitir conhecimento aos indivíduos perante o âmbito educacional. https://www.slideshare.net/Nastrilhasdalinguapo/4-generos-textuais-aula-3 Na imagem acima, pode-se observas alguns exemplos de gêneros textuais, com o objetivo de apresentar de maneira ilustrativa um pouco mais sobre a temática proposta, levando em consideração que cada um possui um tipo de gênero textual, com o propósito de concretizar os saberes a respeito de algum conhecimento existente na sociedade. 9 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Diante dos resultados obtidos, levando em consideração o tema em destaque: a importância do estudo da linguagem em sala de aula, apresenta debates e compreensão a respeito da possibilidade de trazer com mais afinco para a sala de aula, estudos dos gêneros de discursos biografias, notícias, reportagem, poemas entre outros, sendo de suma relevância, como já foi citado. A linguagem é um grande recurso que o ser humano possui para alcançar tudo aquilo que mais deseja em sua vida. Por meio da linguagem, percebemos que é tão importante, a existência dela própria e como é extensa as diversas formas de falar, os sotaques, as gírias, a forma culta e a coloquial, não há limites para o que podemos descrever, pensar e enumerar. Como foi mencionado uma citação de Araujo Bezerra, (2013) que diz “a palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim numa extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor”. Direcionar uma fala a alguém, acaba sempre se tornando texto, que vai se interligando, dessa forma os dialetos surgem e tomam lugar tanto nas escolas, como fora dela, principalmente. Foi exposto também, nesse artigo, três exemplos de textos que representam gêneros do discurso, como o poema, a notícia e o cordel. O poema proporciona ao homem o encontro com a cultura, as rimas feitas em estrofes, os ritmos, como o ambiente de reconhecimento do deleite é criado como se fosse uma diversão de palavras, Armelin, (2010), sugere associações entre palavras, seja pela posição que ocupam no poema, seja pela sonoridade, seja por meio de outros recursos. A notícia é um dos gêneros em que a sociedade mais se expõe e busca, então trabalhá-la em sala de aula, na disciplina de Língua Portuguesa, é importante e fundamental para que os alunos se desenvolvam, sabendo que existem as verdadeiras e as falsas, entendo que pesquisar muito é o melhor caminho. E por último o cordel como um gênero de discurso, entendemos que este tem como principais características a oralidade, que tem como principal função social, informar e ao mesmo tempo, divertir seus leitores, outro ponto que possui é a linguagem informal, ironia e uso de humor. Assim as informações aqui prestaram como uma contribuição para a hipótese da grande abrangência e impotência que tem o estudo da linguagem no meio educacional. Segue a imagem abaixo, um poema, complemento o estudo dos gêneros, onde relata outro fato significativo que é o valor do professor. Rosilene Rocha – Poema “Educação, Ratos e Inversão” (registrado!): [...] Quanto valeum professor e a.. 10 Fonte: <https://www.pensador.com/frase/MTk4MjA4Mg/>. Acesso em: 01 ago 2021. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Sem dúvida o estudo da linguagem em sala de aula tem um papel humanizador de grande importância no processo de formação social do indivíduo, pois desperta-lhe o senso crítico, reflexivo, e até mesmo comportamental. Outra vertente é o estudo dos gêneros do discurso que contribui para o desenvolvimento e crescimento de todos os indivíduos inseridos no meio social, através das oportunidades de conhecimento e saberes existentes em cada gênero textual. Com este artigo percebemos que a linguagem tem influência direta com a compreensão do leitor e que, por isso, é imprescindível que os autores saibam utilizá-las adequadamente. Por meio da prática é possível adquirir experiências sobre as melhores formas de se comunicar de forma escrita. Além disso, a leitura exerce papel fundamental para o enriquecimento de vocabulário e entendimento sobre as palavras. Muito se têm discutido sobre a importância de se trabalhar os gêneros textuais na sala de aula, é muito importante essa discussão, pois o aluno precisa saber distinguir as características de um gênero textual para outro. Dessa forma, terá mais possibilidades de comunicação com a sociedade que o cerca. Portanto, é necessário um esforço em adquirir conhecimento e refletir sobre essa temática. Nessa circunstância, ensinar literatura de forma articulada com outros conhecimentos torna-se uma revolução se a escola propuser praticas que sistematizam o que acontecem no espaço cultural, histórico e social, de modo a torná-las mais significativas. Diante do que foi exposto neste trabalho, entende-se que a literatura necessita ser mais presente perante a sociedade, pelo motivo que é por meio dela que o indivíduo amplia as suas chances e possibilidades de expandir o seu conhecimento. Assim, o estudo da linguagem pode contribuir sim, de fato para a formação leitora, critica e reflexiva, pois apresenta ao aluno uma visão de mundo da realidade sua e do ouro, levando-o a questionar essa realidade, e também a refletir de maneira critica sobre a sua função e posição frente a realidade social. https://www.pensador.com/frase/MTk4MjA4Mg/ 11 REFERÊNCIAS ALTENFELDER, A. H.; ARMELIN, M. A. Poetas da escola: caderno do professor: Orientação para produção de textos. São Paulo: Cenpec, 2010. (Coleção da Olimpíada). ALVES, R. M. Literatura de cordel: por que e para que trabalhar em sala de aula. Revista Fórum Identidades. 2008, ano 2, vol. 4, p. 103-109. Disponível em: <http://www.posgrap.ufs.br/Periodicos/revista_forum_identidades/revistas/ARQ_FORUM_IND_4/ SESSAO_L_FO-RUM_Pg_103_109.pdf>. BALTAR, Marcos. Competência discursiva e gêneros textuais: uma experiência com o jornal de sala de aula. Caxias do Sul, RS: Educs, 2004. BEZERRA, Giovani Ferreira; ARAUJO; Doracina Aparecida de Castro. Sobre a Linguagem: Considerações sobre a Atividade Verbal a Partir da Psicologia Histórico-Cultural. Temas em Psicologia – 2013, Vol. 21, nº 1, 83 – 96. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental. Departamento da Educação Fundamental. Coordenação Geral de Educação Infantil. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Conhecimento de Mundo. Brasília, 1998. V. 3, p. 151-152. DEBORTOLI, J. A. O. Múltiplas linguagens. In: DEBORTOLI, J. A. O.; MARTINS, M. F. (Orgs.). Infâncias na metrópole. Belo Horizonte: UFMG, 2008. FILHO, Francisco Alves. Gêneros Jornalísticos: Notícias e Cartas de Leitor no Ensino Fundamental. São Paulo: Cortez, 2011. HJELMSLEV, Louis (1953). Prolégomènes à une théorie du langage. Paris: Minuit, 1968. HJELMSLEV. Citado por PIVA, A.; SANTOS, N. L.dos. Filosofia. Grupo Ânima. Belo horizonte, 2015. SAUSSURE. Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. Edição. 34º ed. - São Paulo: Cultrix, 2012. SILVA, E.T. Leitura crítica e suas fronteiras. In: SILVA, E. T. Criticidade e leitura: ensaios. Campinas: Mercado de Letras, 1998. PIZZANI, Luciana et. al. A arte da pesquisa bibliográfica na busca do conhecimento. Rev. Dig. Bibl. Ci. Inf., Campinas, v.10, n.1, p.53-66, jul./dez. 2012 – ISSN 1678-765X. Disponível em: <file:///D:/Usuario/Downloads/1896-Texto%20do%20artigo-2549-1-10-20150409%20(1).pdf>. Acesso em: 30 agt. 2021. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. – 23ª ed. ver. e atual: - São Paulo: Cortez, 2007. http://www.posgrap.ufs.br/Periodicos/revista_forum_identidades/revistas/ARQ_FORUM_IND_4/SESSAO_L_FO-RUM_Pg_103_109.pdf http://www.posgrap.ufs.br/Periodicos/revista_forum_identidades/revistas/ARQ_FORUM_IND_4/SESSAO_L_FO-RUM_Pg_103_109.pdf RESUMO 1. INTRODUÇÃO 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3. MATERIAIS E MÉTODOS 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS
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