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Planejamento e avaliação iesem pdf

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PLANEJAMENTO E 
AVALIAÇÃO
Professora: Ana Paula da Silva 
Iniciaremos nossa disciplina analisando 
as diferenças básicas entre o que seja 
Planejamento Educacional, 
Planejamento Curricular e 
Planejamento do Ensino. Embora 
possam parecer sinônimos iremos 
verificar que há uma enorme diferença 
entre os dois termos que poderíamos 
definir como sendo uma questão de 
hierarquia de planejamento.
PLANEJAMENTO EDUCACIONAL
A educação é hoje em dia concebida como 
fator de mudança, renovação e progresso. 
Por tais circunstâncias o planejamento se 
impõe, neste setor, como recurso de 
organização. É o fundamento de toda ação 
educacional. Como toda inovação ou 
mudança vai encontrar resistências. O 
planejamento é a forma de gerenciar essas 
mudanças para que sua implantação se 
realize com o mínimo de resistências.
A educação, por ser considerada um investimento 
indispensável à globalidade desenvolvimentista, 
passou, nos últimos decênios de nosso século a 
merecer maior atenção das autoridades, 
legisladores e educadores, pelo menos no mundo 
desenvolvido. Amparados em legislação 
pertinente, foram desencadeados processos de 
aceleração, principalmente no que diz respeito à 
expansão e melhoria da rede escolar e 
preparação de recursos humanos.
O planejamento educacional põe em relevo esta área, 
integrando-a, ao mesmo tempo, no progresso global do país.
Nessa ampla perspectiva constatamos que planejamento 
educacional é:
“processo contínuo que se preocupa com o “para onde ir” e 
“quais as maneiras adequadas para chegar lá”, tendo em vista a 
situação presente e possibilidades futuras, para que o 
desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades do 
desenvolvimento da sociedade, quanto às do indivíduo”.
Objetivos do Planejamento Educacional
São objetivos do planejamento educacional, segundo Joanna 
Coaracy:
• Relacionar o desenvolvimento do sistema educacional com o 
desenvolvimento econômico, social, político e cultural do país, em 
geral, e de cada comunidade, em particular;
• Estabelecer as condições necessárias para o aperfeiçoamento 
dos fatores que influem diretamente sobre a eficiência do sistema 
educacional (estrutura, administração, financiamento, pessoal, 
conteúdo, procedimentos e instrumentos);
• Alcançar maior coerência interna na determinação dos 
objetivos e nos meios mais adequados para atingi-los;
• Conciliar e aperfeiçoar a eficiência interna e externa do 
sistema.
É condição primordial do processo de planejamento integral da 
educação que, em nenhum caso, interesses pessoais ou de 
grupos possam desviá-lo de seus fins essenciais que vão 
contribuir para a dignificação do homem e para o 
desenvolvimento cultural, social e econômico do país.
PLANEJAMENTO CURRICULAR
Para posicionar-se ante o sistema educacional e a nova 
dinâmica de ensino, o educador é chamado a refletir, 
num primeiro momento, em torno de certos elementos 
que recebem hoje um novo enfoque decorrente do 
progresso científico e tecnológico.
Atualmente a escola é vista como o centro da educação 
sistemática, integrada na comunidade da qual faz parte. 
Cabe-lhe oferecer aos alunos situações que lhes 
permitam desenvolver suas potencialidades de acordo 
com a fase evolutiva em que se situam e com os 
interesses que os impelem à ação.
A escola atual visa ao preparo de pessoas de 
mentalidade flexível e adaptável para enfrentar as 
rápidas transformações do mundo. Pessoas que 
aprendem a aprender e, consequentemente, estejam 
aptas a continuar aprendendo sempre.
Portanto, o currículo de hoje deve ser funcional. Deve 
promover não só a aprendizagem de conteúdo e 
habilidades específicas, mas também fornecer condições 
favoráveis à aplicação e integração desses 
conhecimentos. Isto é viável através da proposição de 
situações que favoreçam o desenvolvimento das 
capacidades do aluno para solucionar problemas, muitos 
dos quais comuns no seu dia-a-dia.
A previsão global e sistemática de toda ação 
a ser desencadeada pela escola, em 
consonância com os objetivos educacionais, 
tendo por foco o aluno, constitui o 
planejamento curricular. Portanto este nível 
de planejamento é relativo à escola. Através 
dele são estabelecidas as linhas-mestras que 
norteiam todo o trabalho. Expressa, por meio 
dos objetivos gerais a linha filosófica do 
estabelecimento.
Planejamento curricular é:
“uma tarefa multidisciplinar que tem por 
objeto organização de um sistema de 
relações lógicas e psicológicas dentro de 
um ou vários campos do conhecimento, 
de tal modo que se favoreça ao máximo 
o processo ensino-aprendizagem”
Objetivos do Planejamento Curricular
São objetivos do planejamento curricular:
• Ajudar aos membros da comunidade escolar a definir seus 
objetivos;
• Obter maior efetividade no ensino;
• Coordenar esforços para aperfeiçoar o processo ensino-
aprendizagem;
• Propiciar o estabelecimento de um clima estimulante para o 
desenvolvimento das tarefas educativas.
Currículo: conceituação e diferentes 
dimensões
Currículo é palavra de origem latina, derivada do 
verbo currere, que significa caminho ou percurso a 
seguir, jornada, trajetória. Para Pacheco (1996, p. 
15), encerra duas ideias principais: “[...] uma de 
sequencia ordenada, outra de noção de totalidade 
de estudos”.
Atualmente, quando atribuímos ao currículo a 
sequência linear e ordenada de estudos ou o 
conjunto de disciplinas que compõe um 
determinado curso, temos a compreensão de 
currículo como uma sequência ordenada.
O termo currículo, desde sua 
concepção como campo de trabalho 
específico na área educacional, tem 
apresentado diversas definições, 
muitas vezes polissêmicas e 
controversas. Ao longo da história, o 
currículo tem sido definido como:
• Rol de disciplinas ou grade curricular a ser seguida;
• Determinação de objetivos, conteúdos e sequência de 
atividades a serem implementados pela escola;
• Conjunto de conhecimentos ou matérias a serem 
superados pelo aluno;
• Programa de atividades planejadas sequencialmente e 
metodologicamente ordenadas conforme orientação 
obtida no manual do professor;
• Resultados pretendidos de aprendizagem pela escola 
ou professor;
• Implementação do plano reprodutivo para a 
escola de uma determinada sociedade;
• Experiências recriadas pelos alunos por meio 
das quais se desenvolverão;
• Habilidades a serem dominadas visando ao 
desenvolvimento profissional dos alunos;
• Programa com conteúdos e valores social, 
política e economicamente contextualizados para 
que os alunos possam contribuir e interferir na 
reconstrução da sociedade.
Como se pode observar, não há consenso sobre o 
significado da palavra currículo. Contudo, não se pode 
negar que ele é fruto do seu tempo. Conforme 
argumenta Apple (1994, p. 59),
O currículo nunca é apenas um conjunto neutro de 
conhecimentos [...] Ele é sempre parte de uma tradição 
seletiva, resultado da seleção de alguém, da visão de 
algum grupo acerca do que seja conhecimento legítimo. 
É produto de tensões, conflitos e concessões culturais, 
políticas e econômicas que organizam e desorganizam 
um povo.
O currículo revela aspectos vinculados a relações de 
poder, o que configura o contexto educacional como um 
espaço fundamentalmente político. (FREIRE, 1993). 
Nesta perspectiva, para Moreira (1994, p. 28),
O currículo não é um veículo de algo a ser transmitido e 
passivamente absorvido, mas o terreno em que 
ativamente se criará e produzirá cultura. O currículo é, 
assim, um terreno de produção e de política cultural no 
qual os materiais existentes funcionam como matéria-
prima de criação, recriação e, sobretudo, de contestação 
e transgressão.
A educação assim concebida indica uma função da escola 
voltada para a realização plena do ser humano, alcançada 
pela convivência e pela ação concreta, qualificada pelo 
conhecimento. Historicamente, as escolas se preocuparam 
mais em desenvolver os conteúdos conceituais. Portanto, há 
de ser construída uma escolacuja construção demande uma 
passagem que se inicia no âmbito dos princípios filosóficos e 
prossiga em direção a um projeto pedagógico, indo deste 
para as práticas e ações dos professores. Essa passagem 
pressupõe uma reflexão de todos os envolvidos sobre todas 
as decisões que dão forma a uma escola, desde o currículo 
e o comprometimento dos pais, passando pelas aulas, pelas 
metodologias adotadas e, até, pelas que se referem à 
gestão escolar.
Nenhum currículo pode fixar-se por muito 
tempo. Deve haver um repensar constante 
sobre sua contemporaneidade, ou seja, sua 
atualidade e sua adequação ao que está 
acontecendo no mundo real. Os alunos 
precisam, também, de conteúdos atitudinais 
e procedimentais que lhes sirvam para 
melhor entenderem a sociedade global e 
melhor conviverem e agirem em sua 
comunidade e em sua atividade.
PLANEJAMENTO DE ENSINO
Alicerçado nas linhas-mestras de ação da 
escola, isto é, no planejamento curricular, 
surge, em nível mais específico, o 
planejamento de ensino. Este é a tradução, 
em termos mais próximos e concretos, da 
ação que ficou configurada a nível de escola. 
Indica a atividade direcional, metódica e 
sistematizada que será empreendida pelo 
professor junto a seus alunos, em busca de 
propósitos definidos.
O professor que deseja realizar uma boa atuação 
docente sabe que deve participar, elaborar e 
organizar planos em diferentes níveis de 
complexidade para atender, em classe, seus 
alunos. Pelo envolvimento no processo ensino-
aprendizagem, ele deve estimular a participação 
do aluno, a fim de que este possa, realmente, 
efetuar uma aprendizagem tão significativa quanto 
o permitam suas possibilidades e necessidades.
O planejamento, neste, caso, envolve a 
previsão de resultados desejáveis, assim 
como também os meios necessários 
para alcançá-los.
A responsabilidade docente é imensa. 
Grande parte da eficácia de seu ensino 
depende da organicidade, coerência e 
flexibilidade de seu planejamento.
Às vezes, o plano é elaborado somente por um 
professor; outras vezes, no entanto, vários 
professores compartilham a responsabilidade de 
sua elaboração. Neste último caso temos o 
planejamento de ensino cooperativo. Este, por sua 
natureza, resulta de uma atividade de grupo, isto 
é, os professores (às vezes, auxiliados por 
especialistas) congregam esforços para juntos 
estabelecerem linhas comuns de ação, com vistas 
a resultados semelhantes e bastante válidos para 
a clientela atendida.
Planejando, executando e avaliando juntos, esses 
professores desenvolvem habilidades necessárias 
à vida em comum com os colegas. Isso 
proporciona, entre outros aspectos, crescimento 
profissional, ajustamento às mudanças, exercício 
da autodisciplina, responsabilidade e união a nível 
de decisões conjuntas.
Inúmeras são as conceituações sobre 
planejamento de ensino encontradas nos 
diferentes autores consultados. No entanto, 
consideramos as seguintes:
Planejamento de ensino é:
• Previsão inteligente e bem calculada de todas as etapas do 
trabalho escolar que envolvem as atividades docentes e 
discentes, de modo a tornar o ensino seguro, econômico e 
eficiente;
• Previsão das situações específicas do professor com a classe;
• Processo de tomada de decisões bem informadas que visam à 
racionalização das atividades do professor e do aluno, na 
situação ensino-aprendizagem, possibilitando melhores 
resultados e, em consequência, maior produtividade.
Objetivos do Planejamento de Ensino
São objetivos do planejamento de ensino:
• Racionalizar as atividades educativas;
• Assegurar um ensino efetivo e econômico;
• Conduzir os alunos ao alcance dos objetivos;
• Verificar a marcha do processo educativo.
Requisitos do Planejamento do Ensino
Por maior complexidade que envolva a 
organização da escola, é indispensável ter 
sempre bem presente que a interação 
professor-aluno é o suporte estrutural, cuja 
dinâmica concretiza ao fenômeno educativo. 
Portanto, o planejamento de ensino deve ser 
alicerçado neste pressuposto básico.
O professor, ao planejar o trabalho, deve estar 
familiarizado com o que pode pôr em prática, de 
maneira que possa selecionar o que é melhor, 
adaptando tudo isso às necessidades e interesses 
de seus alunos. Na maioria das situações, o 
professor dependerá de seus próprios recursos 
para elaborar seus planos de trabalho. Por isso, 
deverá estar bem informado dos requisitos 
técnicos para que possa planejar, 
independentemente, sem dificuldades.
Ainda temos a considerar que as condições de 
trabalho diferem de escola para escola, tendo 
sempre que adaptar seus projetos às 
circunstâncias e exigências do meio.
Considerando que o ensino é o guia das situações 
de aprendizagem e que ajuda os estudantes a 
alcançarem os resultados desejados, a ação de 
planejá-lo é predominantemente importante para 
incrementar a eficiência da ação a ser 
desencadeada no âmbito escolar.
O professor, durante o período (ano ou semestre) letivo, 
pode organizar três tipos de planos de ensino. Por ordem 
de abrangência, vai:
• Delinear, globalmente, toda a ação a ser empreendida 
(Plano de Curso/Anual);
• Disciplinar partes da ação pretendida no plano global 
(Plano de Unidade/Bimestral);
• Especificar as realizações diárias para a concretização 
dos planos anteriores (Plano de Aula).
Pelo significativo apoio que o planejamento 
empresta à atividade do professor e alunos, é 
considerado etapa obrigatória de todo o 
trabalho docente.
O planejamento tende a prevenir as 
vacilações do professor, oferecendo maior 
segurança na consecução dos objetivos 
previstos, bem como na verificação da 
qualidade do ensino que está sendo 
orientado pelo educador e pela escola.
PRINCÍPIOS E PERSPECTIVAS DO 
PLANEJAMENTO DE ENSINO
Planejar e pensar andam juntos. Ao começar o dia, o homem 
pensa e distribui suas atividades no tempo: o que irá fazer, como 
fazer, para que fazer, com o que fazer etc. Nas mais simples e 
corriqueiras ações humanas, quando o homem pensa de forma a 
atender suas metas e seus objetivos, ele está planejando, sem 
necessariamente criar um instrumental técnico que norteie suas 
ações. Essas observações iniciais estão sendo expressas, 
apenas para chamar atenção sobre o aspecto cotidiano da ação 
de planejar e como o planejamento faz parte da vida. Aquele que 
não mais planeja, talvez já tenha robotizado suas ações, 
portanto, quem sabe, não tem a consciência do que está 
fazendo, nem se ainda pode construir alguma coisa. Alguns até 
dizem: “Nem preciso mais pensar, vou fazendo o que me 
mandam fazer... Eu não necessito planejar, já vou fazendo, 
porque sei onde vai dar...”. E assim por diante.
Nessa circunstância, parece estar presente a 
alienação do homem como sujeito, na 
medida em que assume a atitude de 
dominado, fazedor dócil e outras tantas 
denominações que podem ser impressas no 
sujeito, quando este se torna objeto nas 
mãos de outrem. Todavia, o objetivo deste 
estudo não é discutir tais questões, muito 
embora elas estejam presentes nas 
atividades habituais do homem.
O planejamento é um processo que exige organização, 
sistematização, previsão, decisão e outros aspectos na 
pretensão de garantir a eficiência e eficácia de uma 
ação, quer seja em um nível micro, quer seja no nível 
macro. O processo de planejamento está inserido em 
vários setores da vida social: planejamento urbano, 
planejamento econômico, planejamento habitacional, 
planejamento familiar, entre outros. Do ponto de vista 
educacional, o planejamento é um ato político-
pedagógico porque revela intenções e a 
intencionalidade, expõe o que se deseja realizar e o que 
se pretende atingir.
Mas o que significa planejamento do ensino e 
suas finalidades pedagógicas? O que é o 
planejamento docente? O plano de aula? O 
projeto de disciplina? A programação semestral? 
O projeto pedagógico? Esses conceitos, 
atualmente, foram redefinidos, não só por conta 
da Lei de Diretrizes e Basesda Educação 
Nacional, mas também como resultante do novo 
modelo de sociedade, onde alguns denominam de 
sociedade aprendente, outros, sociedade do 
conhecimento.
O que é importante, do ponto de vista do ensino, é deixar claro que o 
professor necessita planejar, refletir sobre sua ação, pensar sobre o 
que faz, antes, durante e depois. O ensino superior tem 
características muito próprias porque objetiva a formação do 
cidadão, do profissional, do sujeito enquanto pessoa, enfim de uma 
formação que o habilite ao trabalho e à vida. 
Antes de desenvolver algumas dessas questões, é imprescindível 
afirmar que existem diferentes abordagens sobre o assunto. Tais 
abordagens se diferenciam pela forma como tratam a temática, 
todavia se afinam quantos aos seus elementos constitutivos. Assim 
considerado, arrisca-se afirmar que o planejamento do ensino 
significa, sobretudo, pensar a ação docente refletindo sobre os 
objetivos, os conteúdos, os procedimentos metodológicos, a 
avaliação do aluno e do professor. O que diferencia é o tratamento 
que cada abordagem explica o processo a partir de vários fatores: o 
político, o técnico, o social, o cultural e o educacional.
É essencial enfatizar que o planejamento de ensino 
implica, especialmente, em uma ação refletida: o 
professor elaborando uma reflexão permanente de sua 
prática educativa.
Assim o planejamento de ensino tem características que 
lhes são próprias, isto, particularmente, porque lida com 
os sujeitos aprendentes, portanto sujeitos em processo 
de formação humana. Para tal empreendimento, o 
professor realiza passos que se complementam e se 
interpenetram na ação didático-pedagógica.
Decidir, prever, selecionar, escolher, organizar, refazer, 
redimensionar, refletir sobre o processo antes, durante e depois 
da ação concluída. O pensar, a longo prazo, está presente na 
ação do professor reflexivo.
Mas como planejar? Quais as ações presentes e como proceder 
do ponto de vista operacional, uma vez que é entendido que o 
planejamento é um processo, um ato político- pedagógico e, por 
conseguinte não tem neutralidade porque sua intencionalidade se 
revela nas ações de ensino. O que se pretende desenvolver? O 
cidadão que se deseja formar? A sociedade que se pretende 
ajudar a construir?
Em primeiro lugar, as fases, os passos, as etapas, as escolhas, 
implicam em situações diversificadas, que estão presentes 
durante o acontecer em sala de aula, num processo de idas e 
vindas.
Tal atitude do docente o encaminhará para uma reflexão 
de sua ação educativa naquela instituição e a partir 
desse diagnóstico inicial, relacionando com o projeto da 
universidade, poderá desenvolver uma prática formativa.
De posse do Projeto de Ensino oficial, o docente irá 
elaborar sua programação, adaptando-a as suas 
escolhas, inclusive, inserindo a pesquisa nos exercícios 
didáticos. Caso a instituição de ensino não apresente o 
projeto da disciplina, o professor deverá elaborar 
observando os seguintes componentes:
• TEMA. O ponto de partida é o tema da aula. A escolha do tema de 
aula terá de ser de acordo com o conteúdo dos planos de unidade 
didática das turmas.
• OBJETIVOS DE ENSINO. Elaborá-los na perspectiva da formação de 
habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos: habilidades 
cognitivas, sociais, atitudinais etc. Há níveis diferenciados de 
objetivos: objetivo geral, alcançável longo prazo; objetivo específico, o 
qual expressa uma habilidade específica a ser pretendida. Este deve 
explicitar de forma clara a intenção proposta. Os objetivos variam 
quanto ao nível, conforme o projeto. Por exemplo; no Projeto da 
disciplina: objetivo geral e objetivos específicos para cada unidade do 
Projeto; no plano de aula pode comportar mais de um objetivo 
específico, dependendo do número de sessões (exemplo: 02 sessões 
no período da noite, horários A e B). É importante frisar que irá 
depender da estrutura pedagógica da instituição, a forma de elaborar 
projetos e planos. Há bastante flexibilidade, contanto que no projeto 
de ensino ou plano de aula, estejam presentes os seus elementos 
constitutivos. Portanto, não existem modelos fixos.
Destaca-se ainda, que os objetivos, de uma maneira 
geral, para deixar claro a ação pretendida, devem iniciar 
com o verbo no infinito porque irá indicar a habilidade 
desejada. Caso o professor desejar indicar outra 
habilidade no mesmo objetivo, deve usar o outro verbo 
no gerúndio. Exemplo: Avaliar as condições 
socioeconômicas do Nordeste, indicando os fatores 
determinantes da região.
A formulação de objetivos está diretamente relacionada 
à seleção de conteúdos.
• CONTEÚDOS. (saber sistematizado, hábitos, atitudes, valores e 
convicções) Quais são os conteúdos de ensino? Quais os saberes 
fundamentais? O professor deverá, na seleção dos conteúdos, 
considerar critérios como: validade, relevância, gradualidade, 
acessibilidade, interdisciplinaridade, articulação com outras áreas, 
cientificidade, adequação. Além do conhecimento da ciência, o 
professor, por exercer uma função formadora, deve inserir outros 
conteúdos: socialização, valores, solidariedade, respeito, ética, 
política, cooperação, cidadania, etc.
• METODOLOGIA. (procedimentos metodológicos). Metodologia é o 
estudo dos métodos. Metodologia de ensino significa o conjunto de 
métodos aplicados a situação didático- pedagógica. Método de 
ensino é o caminho escolhido pelo professor para organizar as 
situações ensino- aprendizagem. A técnica é a operacionalização do 
método. No planejamento, ao elaborar o projeto de ensino, o 
professor antevê quais os métodos e as técnicas que poderá 
desenvolver com seu aluno em sala de aula na perspectiva de 
promover a aprendizagem.
• RECURSOS DE ENSINO. Com o avanço das novas tecnologias da 
informação e comunicação - NTIC, os recursos na área do ensino se 
tornaram valiosos, principalmente do ponto de vista do trabalho do 
professor e do aluno, não só em sala de aula, mas como fonte de 
pesquisa. Ao planejar, o professor deverá levar em conta as reais 
condições dos alunos, os recursos disponíveis pelo aluno e na 
instituição de ensino, a fim de organizar situações didáticas em que 
possam utilizar as novas tecnologias, como: datashow, 
transparências coloridas, hipertextos, bibliotecas virtuais, Internet, E-
mail, sites, teleconferências, vídeos, e outros recursos mais 
avançados, na medida em que o professor for se a aperfeiçoando.
• AVALIAÇÃO. A avaliação é uma etapa presente quotidianamente 
em sala de aula, exerce uma função fundamental, que é a função 
diagnóstica. O professor deverá acolher as dificuldades do aluno no 
sentido de tentar ajudá-lo a superá-las, a vencê-las. Evitar a função 
classificatória, comparando sujeitos entre sujeitos. A avaliação 
deverá considerar o avanço que aquele aluno obteve durante o 
curso.
Há muito que estudar sobre avaliação. Um das 
dicas é a de realizar as articulações necessárias 
para que se possa promover testes, provas, 
relatórios, e outros instrumentos a partir de uma 
concepção de avaliação que diz respeito ao aluno 
como sujeito de sua aprendizagem, uma vez que 
planejar é uma ação dinâmica, interativa, e 
acontece antes de se iniciar o processo de ensino, 
durante e depois do processo. É uma ação 
reflexiva, que exige do professor permanente 
investigação e atualização didático-pedagógica.
PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DE 
ENSINO: DA ELABORAÇÃO À PRÁTICA
A sala de aula e o planejamento das atividades de ensino
É utópico, em pleno século XXI, na chamada sociedade do 
conhecimento e da informação, acreditar que a sala de aula seja 
composta por pessoas de comportamentos e pensamentos 
padronizados: todas alegremente dispostas a ouvir e concordar 
passivamente com as “coisas” a serem ditas pelo professor. O 
professor/transmissor e o aluno/receptor de conteúdos é uma relação 
que entrou em falência no século passado. Não basta saber transmitir 
conteúdos; é preciso saber promover a compreensão desses 
conteúdos.Nesse sentido, torna-se essencial que o professor 
compreenda que a docência é uma atividade 
permanentemente orientada por uma teoria e por uma 
prática. A parte teórica à qual se faz referência é aquela 
que corresponde aos conteúdos que o docente 
acumulou ou construiu ao longo de sua carreira 
profissional ou de sua formação acadêmica. A atividade 
prática corresponde à ação orientada por essa teoria, ou 
seja, a busca constante pelos caminhos mais eficazes 
para tornar os conteúdos (Arcabouço Teórico) acessíveis 
aos alunos (Transposição Didática).
Tal entrelaçamento constante entre teoria e prática nos permite vislumbrar 
que a atividade docente não é uma atividade exclusivamente prática ou 
teórica, tampouco concebida numa realidade rotineira, como a atividade 
prática de um caixa bancário ou de um mecânico de automóveis, os quais 
geralmente são orientados por procedimentos de ordem puramente técnica 
e, muitas vezes, repetitiva. Na atividade docente, a realidade é outra.
Com frequência, no cotidiano escolar, ouvem-se expressões como: “Para 
‘dar’ aula, basta saber bem o conteúdo” ou, ainda, “Todo aluno é igual, 
ninguém quer nada com nada mesmo”. Isto não é verdade. A sala de aula 
é um espaço de diversidades (culturais, ideológicas, econômicas e 
sociais). Portanto, para que as aulas se desenvolvam de maneira tranquila 
e agradável e os conteúdos possam ser compreendidos pelos alunos, faz-
se necessário um Projeto de Ação, um Plano de Aula, concebido no 
próprio espaço em que será aplicado, isto é, na sala de aula. O Projeto de 
Ação deve ser resultado de um entendimento coletivo que envolve alunos 
e professores.
O professor deve ter a concepção de que vive numa sociedade de 
constantes transformações, onde as pessoas, a todo o momento, se 
constroem e se reconstroem, não enquanto indivíduos, 
exclusivamente, mas enquanto agentes sociais. Professores e alunos 
vivem neste constante devir.
Não é possível respeito aos educandos, à sua dignidade, ao seu ser 
formando-se, a sua identidade fazendo-se, se não se levam em 
consideração as condições em que eles vêm existindo, se não se 
reconhecesse a importância dos ‘conhecimentos de experiência feitos’ 
com que chegam à escola. O respeito devido ao educando não me 
permite subestimar, pior ainda, zombar do saber que ele traz consigo 
para a escola. (FREIRE, 1996, p. 64).
Não se está sugerindo que o professor vá para a sala de aula 
sem um projeto inicial; ao contrário, toda disciplina é carregada 
de conteúdos e objetivos previamente determinados. Na 
verdade, o que se propõe é a sujeição dos objetivos e conteúdos 
previamente determinados à realidade à qual serão aplicados.
A palavra didática vem do grego didaktiké, que quer dizer arte de 
ensinar. Para Nérici (1993, p. 49), a didática é um conjunto de 
recursos técnicos que tem em mira dirigir a aprendizagem do 
educando, tendo em vista levá-lo a atingir um estado de 
maturidade que lhe permita encontrar-se com a realidade e na 
mesma poder atuar de maneira consciente, eficiente e 
responsável.
Indicadores que auxiliam o planejamento das atividades de 
ensino
Conforme se comentou anteriormente, um Projeto de Ação ou 
Plano de Aula, verdadeiramente concebido no espaço em que 
será aplicado, certamente proporcionará ao professor, a partir de 
conteúdos previamente selecionados, um ambiente formado por 
alunos interessados, críticos, reflexivos e maduros.
O Plano de Aula, como já se disse, é flexível, muda de acordo 
com as realidades, e, neste sentido, faz-se necessário um breve 
estudo da turma em que o professor ministrará a sua aula e, 
consequentemente, aplicará seu plano. Sugerem-se as 
seguintes etapas para essa leitura:
1. Quantidade de alunos: esta informação é fundamental. O número de 
alunos presentes na sala sugerirá ao professor o tom de voz a ser utilizado, 
os instrumentos de avaliação mais adequados, as dinâmicas de grupo que 
poderão ser usadas, etc.
2. Apresentação do professor: é o momento em que o professor expõe sua 
história de vida, bem como sua trajetória docente (sua formação, suas 
atividades profissionais, sua produção científica, suas expectativas em 
relação à turma, etc.). Nesta etapa, os alunos, em geral, sentem-se mais à 
vontade e começam a interagir com o professor. É interessante que a 
apresentação seja descontraída ou o menos formal possível.
3. Apresentação dos alunos: entende-se que algumas informações sejam 
indispensáveis, como, por exemplo: nome, ocupação (se tiver), por que 
escolheu o curso, idade, se reside próximo à instituição de ensino ou se 
reside em outro município, etc. Essas informações permitem ao professor 
identificar os alunos mais extrovertidos (que se expõem com mais 
tranquilidade) e também os mais introvertidos ou mais acanhados. Aqui o 
professor começa a vislumbrar os instrumentos avaliativos e as dinâmicas 
de grupo mais adequados à turma.
4. Apresentação da disciplina: talvez seja o momento mais 
importante, pois os conteúdos, os objetivos, as avaliações e os 
procedimentos metodológicos serão expostos e discutidos. É 
possível que vários alunos queiram esclarecer dúvidas a respeito 
dos temas ou assuntos propostos no Plano Inicial.
5. Expectativa com relação à disciplina: compreende-se que esta 
etapa seja fundamental para a elaboração de um Plano de Aula 
realmente comprometido com a disciplina e com o curso. As 
informações aqui concebidas permitirão ao professor utilizar uma 
didática que atenda às expectativas, como, por exemplo, aulas 
expositivas, expositivo-dialogadas, se deverão ser utilizadas 
dinâmicas de grupos, se os instrumentos avaliativos devem ser 
provas, trabalhos, apresentação de seminários, entre outras.
Percorridas as etapas mencionadas, é aconselhável que 
o professor leia e refletia, novamente, sobre o seu Plano 
de Aula inicial e, se necessário, faça as devidas 
alterações.
O essencial, quanto ao planejamento de aula, é que o 
professor reflita sobre o que vai fazer, sobre a maneira 
como vai orientar a aprendizagem de seus discípulos, de 
maneira a não ficar o trabalho docente em pura 
improvisação ou rotina, não se incomodando com a 
realidade de seus discípulos e das realidades 
circunstanciais que constituem o momento presente. 
(NÉRICI, 1993, p. 108).
Modelo de Plano de Ensino: uma 
proposta
Não existem modelos de Plano de Aula 
padronizados. As instituições de ensino, em 
geral, estabelecem um modelo que melhor 
atenda às suas necessidades. O modelo que 
se propõe pode e deve ser alterado sempre 
que necessário. Algumas informações, 
porém, são indispensáveis para nortear a 
prática docente.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser entendida como um 
instrumento que vai além de uma simples 
mensuração dos conteúdos desenvolvidos em 
sala de aula.
Todo professor sabe que os alunos que fazem as 
melhores provas não são, necessariamente, os 
que merecem as melhores notas. Entretanto, o 
professor só age de forma justa se der as notas de 
acordo com as regras e normas apropriadas ao 
contexto particular; nesse caso, as normas e 
regras apropriadas às provas.
Para Heller (1998), a justiça é uma virtude fria, pois requer 
imparcialidade. Sob esta ótica, propõe-se que a avaliação seja um 
instrumento para:
• Revelar o que ainda precisa ser feito (os instrumentos avaliativos 
são indicadores daquilo que o aluno aprendeu/compreendeu e 
daquilo que precisa ser ainda compreendido);
• Compreender o processo (tanto para os alunos como para os 
professores);
• Fixar um norte e buscar referenciais (o processo de avaliação 
precisa estar relacionado aos objetivos da disciplina);
• Identificar o que de positivo já foi feito, ratificar o que já existe 
(inclusive, comemorar as conquistas);
• Corrigir os rumos (alterar procedimentos metodológicos, baixar ou 
aumentar os níveis de expectativas).
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO
Na visão de Miras e Solé (1996, p. 375), os objetivos da avaliação são 
traçados em torno de duas possibilidades: emissão de “umjuízo sobre 
uma pessoa, um fenômeno, uma situação ou um objeto, em função de 
distintos critérios”, e “obtenção de informações úteis para tomar alguma 
decisão”.
Para Nérici (1977), a avaliação é uma etapa de um procedimento maior 
que incluiria uma verificação prévia. A avaliação, para este autor, é o 
processo de ajuizamento, apreciação, julgamento ou valorização do que o 
educando revelou ter aprendido durante um período de estudo ou de 
desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem.
Segundo Bloom, Hastings e Madaus (1975), a avaliação pode ser 
considerada como um método de adquirir e processar evidências 
necessárias para melhorar o ensino e a aprendizagem, incluindo uma 
grande variedade de evidências que vão além do exame usual de ‘papel 
e lápis’.
FUNÇÕES DO PROCESSO 
AVALIATIVO
As funções da avaliação na dimensão da aprendizagem são: de 
diagnóstico, de verificação e de apreciação.
• Função diagnóstica - A primeira abordagem, de acordo com Miras e 
Solé (1996, p.381), contemplada pela avaliação diagnóstica (ou inicial), é 
a que proporciona informações acerca das capacidades do aluno antes 
de iniciar um processo de ensino/aprendizagem, ou ainda, segundo 
Bloom, Hastings e Madaus (1975), busca a determinação da presença 
ou ausência de habilidades e pré-requisitos, bem como a identificação 
das causas de repetidas dificuldades na aprendizagem.
A avaliação diagnóstica pretende averiguar a posição do aluno face as 
novas aprendizagens que lhe vão ser propostas e a aprendizagens 
anteriores que servem de base àquelas, no sentido de obviar as 
dificuldades futuras e, em certos casos, de resolver situações presentes.
•Função formativa - A segunda função á a avaliação formativa que, 
conforme Haydt (1995, p. 17), permite constatar se os alunos estão, de 
fato, atingindo os objetivos pretendidos, verificando a compatibilidade 
entre tais objetivos e os resultados efetivamente alcançados durante o 
desenvolvimento das atividades propostas.
Representa o principal meio através do qual o estudante passa a 
conhecer seus erros e acertos, assim, maior estímulo para um estudo 
sistemático dos conteúdos. Outro aspecto destacado pela autora é o da 
orientação fornecida por este tipo de avaliação, tanto ao estudo do aluno 
como ao trabalho do professor, principalmente através de mecanismos de 
feedback.
Estes mecanismos permitem que o professor detecte e identifique 
deficiências na forma de ensinar, possibilitando reformulações no seu 
trabalho didático, visando aperfeiçoa - lo.
• Função somativa – Tem como objetivo, segundo Miras e Solé (1996, 
p. 378) determinar o grau de domínio do aluno em uma área de 
aprendizagem, o que permite outorgar uma qualificação que, por sua 
vez, pode ser utilizada como um sinal de credibilidade da aprendizagem 
realizada.
Pode ser chamada também de função creditativa. Também tem o 
propósito de classificar os alunos ao final de um período de 
aprendizagem, de acordo com os níveis de aproveitamento.
A avaliação somativa pretende ajuizar do progresso realizado pelo 
aluno no final de uma unidade de aprendizagem, no sentido de aferir 
resultados já colhidos por avaliações do tipo formativa e obter 
indicadores que permitem aperfeiçoar o processo de ensino. 
Corresponde a um balanço final, a uma visão de conjunto 
relativamente a um todo sobre o qual, até aí, só haviam sido feitos 
juízos parcelares.
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
O que é avaliação?
O processo de avaliação está relacionado à produção de 
informações sobre determinada realidade e é algo que 
está bastante presente no cotidiano escolar: 
tradicionalmente, os professores aferem o aprendizado 
dos seus alunos através de diversos instrumentos 
(observações, registros, provas etc.) e indicam, a partir 
daí, o que precisa ser feito para que eles tenham 
condições de avançar no sistema escolar.
O que é avaliação em larga escala?
Nas últimas décadas, paralelo às avaliações tradicionais, outro 
procedimento de avaliação educacional tem ganhado espaço: 
são as avaliações externas, geralmente em larga escala, que 
têm objetivos e procedimentos diferenciados das avaliações 
realizadas pelos professores nas salas de aula. Entre esses 
objetivos, podemos destacar a certificação, o credenciamento, 
o diagnóstico e a rendição de contas. Essas avaliações são, em 
geral, organizadas a partir de um sistema de avaliação 
cognitiva dos alunos e são aplicadas de forma padronizada 
para um grande número de pessoas, entre os quais estão 
alunos, professores, diretores, coordenadores.
Por que avaliamos?
As informações produzidas pelas 
avaliações em larga escala permitem 
a implementação de ações mais 
condizentes com a oferta de uma 
educação de qualidade e promoção 
da equidade de oportunidades 
educacionais.
O que é avaliado?
As avaliações em larga escala usam, como instrumentos, testes 
de proficiência e questionários, que permitem avaliar o 
desempenho escolar e os fatores intra e extraescolares 
associados a esse desempenho. Os testes de proficiência são 
elaborados a partir das Matrizes de Referência. Nas avaliações 
em larga escala, são elas que indicam o que é avaliado para 
cada área do conhecimento e etapa de escolaridade, informando 
as competências e habilidades esperadas, em diversos níveis de 
complexidade. Elas são compostas pelas habilidades passíveis 
de aferição por meio de testes padronizados de desempenho 
que sejam, ainda, relevantes e representativas de cada etapa de 
escolaridade e, portanto, não esgotam o conteúdo a ser 
trabalhado em sala de aula.
Importância da avaliação
Como as informações produzidas a partir de um 
sistema de avaliação têm papel importante sobre 
os rumos do sistema de ensino, além do cuidado 
na garantia da fidedignidade das informações 
oferecidas, é fundamental garantir a reflexão 
sobre esses resultados e constante melhoria na 
sua produção, seja pelo envolvimento crescente 
dos atores participantes do processo, seja pelo 
aprimoramento de métodos, instrumentos e 
logística de realização da avaliação.
AVALIAÇÕES EXTERNAS DA 
EDUCAÇÃO BÁSICA
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) tem como 
principal objetivo avaliar a Educação Básica brasileira e contribuir 
para a melhoria de sua qualidade e para a universalização do acesso 
à escola, oferecendo subsídios concretos para a formulação, 
reformulação e o monitoramento das políticas públicas voltadas para 
a Educação Básica. Além disso, procura também oferecer dados e 
indicadores que possibilitem maior compreensão dos fatores que 
influenciam o desempenho dos alunos nas áreas e anos avaliados.
O Saeb é composto por três avaliações externas em larga escala:
• Avaliação Nacional da Educação Básica – Aneb: abrange, de 
maneira amostral, alunos das redes públicas e privadas do país, em 
áreas urbanas e rurais, matriculados no 5º ano e 9º ano do Ensino 
Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio, tendo como principal 
objetivo avaliar a qualidade, a equidade e a eficiência da educação 
brasileira. Apresenta os resultados do país como um todo, das 
regiões geográficas e das unidades da federação.
• Avaliação Nacional do Rendimento Escolar - Anresc (também 
denominada "Prova Brasil"): trata-se de uma avaliação censitária 
envolvendo os alunos do 5º ano e 9º ano do Ensino Fundamental 
das escolas públicas das redes municipais, estaduais e federal, com 
o objetivo de avaliar a qualidade do ensino ministrado nas escolas 
públicas. Participam desta avaliação as escolas que possuem, no 
mínimo, 20 alunos matriculados nas séries/anos avaliados, sendo os 
resultados disponibilizados por escola e por ente federativo.
• A Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA : avaliação censitária 
envolvendo os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas 
públicas, com o objetivo principal de avaliar os níveis de alfabetização e 
letramento em Língua Portuguesa, alfabetização Matemática e condições 
de oferta do Ciclo de Alfabetização das redes públicas. A ANA foi 
incorporada ao Saebpela Portaria nº 482, de 7 de junho de 2013
• A Avaliação da Alfabetização Infantil – Provinha Brasil é uma 
avaliação diagnóstica que visa investigar o desenvolvimento das 
habilidades relativas à alfabetização e ao letramento em Língua 
Portuguesa e Matemática, desenvolvidas pelas crianças matriculadas no 
2º ano do ensino fundamental das escolas públicas brasileiras. Aplicada 
duas vezes ao ano (no início e no final), a avaliação é dirigida aos alunos 
que passaram por, pelo menos, um ano escolar dedicado ao processo de 
alfabetização. A adesão a essa avaliação é opcional, e a aplicação fica a 
critério de cada secretaria de educação das unidades federadas.
*A Aneb e a Anresc/Prova Brasil são realizadas bianualmente, enquanto a 
ANA é de realização anual.

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