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Importância do Planejamento Educacional

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 INSTITUTO EDUCACIONAL ALFA 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
NOVAS TENDÊNCIAS NA 
EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI 
 
 
 
 
 
MINAS GERAIS 
2 
 
PLANEJAMENTO EDUCACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ato conjunto de planejar propicia um encontro no qual quem participa 
exerce o que é mais humano no homem: a condição de dialogar, de expor idéias e 
ideais, de tratar do presente, como ato que se desenvolve e do futuro, como 
projeção do que se deseja. Essa é, de fato, a contingência que destaca o ser 
humano do âmbito zoológico, hipótese por meio da qual instaura-se a possibilidade 
de relacionamento entre os iguais e os diferentes, “no simples gozo da convivência 
humana”, sem as pesadas características do labor ou do trabalho. 
Particularmente, é correto dizer que o Planejamento Escolar pode ser 
entendido como um processo contínuo e sistemático de reflexão, decisão, ação e 
revisão, realizado pela comunidade de uma escola. Ele existe para fazer frente aos 
problemas que a realidade educacional apresenta, orientado pelas crenças e valores 
adotados por quem se compromete nessa empreitada. 
Este modelo de planejamento envolve a fase anterior ao início das aulas, o 
durante e o depois, significando o exercício da ação – reflexão – ação, que exprime 
a sua especificidade renovadora, seu caráter inovador e recorrente. Como processo 
dinâmico, deve expressar uma natureza coletiva e participativa, isto é, a comunidade 
escolar identifica os problemas de ensino, de aprendizagem, de relacionamentos, 
etc., pesquisa suas raízes e propõe formas para a superação dos mesmos. 
3 
 
Em uma análise crítica e pertinente, Vianna (1994, p.8) constata que “o 
planejamento escolar está quase sempre desvinculado da realidade pessoal e social 
da escola, sem nenhum tipo de pesquisa prévia, de sondagem de aptidões ou 
necessidades”. Partindo de uma visão pragmática, pode-se entender que o processo 
de planejamento nas escolas tem como objetivos principais: evitar a rotina e a 
improvisação; economizar tempo, recursos financeiros e esforços; favorecer a 
coerência do trabalho educativo; promover a participação de todos os interessados – 
diretos e/ou indiretos – no processo educativo/escolar; propiciar a execução, o 
acompanhamento e a avaliação do trabalho desenvolvido. 
Do processo de planejamento nas 
escolas deve resultar uma proposta 
educacional a ser operacionalizada no 
Plano Escolar, que consolida o programa 
anual de trabalho da instituição em todas 
as suas dimensões e é fruto desse 
processo de planejamento da unidade, em 
função das reflexões críticas e 
permanentes da comunidade na qual está 
inserida, tendo em vista um novo padrão 
de qualidade e de utilização dos recursos disponíveis. 
Portanto, enquanto o Planejamento caracteriza-se pela reflexão contínua 
sobre a prática pedagógica do cotidiano, o Plano Escolar deve constituir-se na 
formalização dos diferentes momentos desse processo. E, se o Planejamento exige 
alguma formação dos envolvidos para se ter claro o significado técnico-político da 
educação escolar, além do papel de cada um no bojo desse sistema, a elaboração e 
a execução do Plano Escolar exige competência técnica, um “saber técnico”, que 
implica em acompanhamento e avaliação das ações previstas e determinadas, em 
harmonia com a legislação e decisões que estruturam e determinam a organização e 
o funcionamento das escolas, bem como sua legítima aspiração por uma autonomia 
institucional. 
Estabelecendo-se o Planejamento como a etapa inicial de um processo de 
discussões, debates, propostas e tomada de decisões sobre o cotidiano e a 
realidade da escola, o Plano Escolar estrutura-se como um documento resultante 
dessa reflexão sobre a realidade definida. 
4 
 
O Plano Escolar constitui-se, basicamente, na expressão objetiva das 
intenções e decisões da comunidade escolar, com vistas ao que se pretende 
realizar, com que finalidade, num determinado período de tempo. Em decorrência, a 
importância do Plano Escolar na produção de uma educação de qualidade torna-se 
evidente e esperada. 
 
 
A IMPORTÂNCIA DE SE ENTENDER O QUE É 
PLANEJAMENTO EDUCACIONAL 
 
O ato de planejar acompanha o homem desde os primórdios da evolução 
humana. Todas as pessoas planejam suas ações desde as mais simples até as mais 
complexas, na tentativa de transformar e melhorar suas vidas ou as das pessoas 
que as rodeiam. 
Mas não é só na vida pessoal que as pessoas planejam suas ações, o 
planejamento atinge vários setores da vida social. Se o ato de planejar é tão 
importante, porque algumas pessoas ainda resistem em aceitar este fato, 
principalmente no contexto escolar? Diante desse questionamento objetivou-se 
identificar os motivos pelos quais os professores resistem em preparar suas aulas e 
conscientizá-los da importância de utilizar o plano de aula como um norteador da 
ação pedagógica. 
5 
 
“O planejar é uma realidade que acompanhou a trajetória histórica da 
humanidade. O homem sempre sonhou, pensou e imaginou algo na sua vida.” 
(MENGOLLA, SAN’TANNA, 2001, p.15). 
Segundo Moretto (207, P. 100), percebe-se que o planejamento é 
fundamental na vida do homem, porém no contexto escolar ele não tem tanta 
importância assim “o planejamento no contexto escolar não parece ter a importância 
que deveria ter”. 
Hoje vivemos a segunda grande onda do planejamento. A primeira entra em 
crise na década de 70. A década de 80, embora, na prática, se apresente como uma 
grande resistência ao planejamento, contém os mais efetivos anos em termos da 
compreensão da necessidade, do estudo, do esclarecimento e da confirmação desta 
ferramenta. (GANDIN, 2008) 
A citação demonstra a dimensão da necessidade de se compreender a 
importância do ato de planejar, não apenas no nosso dia-a-dia, mas principalmente, 
no dia-a-dia de sala de aula. 
Para Moretto (2007), 
planejar é organizar ações. Essa é 
uma definição simples mas que 
mostra uma dimensão da 
importância do ato de planejar, 
uma vez que o planejamento deve 
existir para facilitar o trabalho tanto 
do professor como do aluno. O 
planejamento deve ser uma organização das ideias e informações. 
Gandin (2008) sugere que se pense no planejamento como uma ferramenta 
para dar eficiência à ação humana, ou seja, deve ser utilizado para a organização na 
tomada de decisões e para melhor entender isto precisa-se compreender alguns 
conceitos, tais como: planejar, planejamento e planos que segundo Menegolla & 
Sant’Anna (2001, p.38) “são palavras sofisticadamente pedagógicas e que “rolam” 
de boca em boca, no dia-a-dia da vida escolar.” 
Porém, para Padilha (2003, p. 29), estes termos têm sido compreendidos de 
muitas maneiras. Dentre elas destaca-se: 
 Planejamento: É um instrumento direcional de todo o processo educacional, 
pois estabelece e determina as grandes urgências, indica as prioridades 
6 
 
básicas, ordena e determina todos os recursos e meios necessários para a 
consecução de grandes finalidades, metas e objetivos da educação. 
(MENEGOLLA & SANT’ANNA, 2001) 
 Plano Nacional de Educação: Nele se reflete a política educacional de um 
povo, num determinado momento histórico do país. É o de maior abrangência 
porque interfere nos planejamentos feitos no nível nacional, estadual e 
municipal. (MEC, 2006) 
 Plano de Curso: O plano de curso é a sistematização da proposta geral de 
trabalho do professor naquela determinada disciplina ou área de estudo, 
numa dada realidade. Pode ser anual ou semestral, dependendo da 
modalidade em que a disciplina é oferecida.(VASCONCELLOS, 1995, p.117 
in Padilha, 2003) 
 Plano de Aula: É a sequência de 
tudo o que vai ser desenvolvido em 
um dia letivo. (“...) É a 
sistematização de todas as 
atividades que se desenvolvem no 
período de tempo em que o 
professor e o aluno interagem, 
numa dinâmica de ensino-
aprendizagem.” (PILETTI, 2001, p.73) Plano de Ensino: É a previsão dos objetivos e tarefas do trabalho docente 
para um ano ou um semestre; é um documento mais elaborado, no qual 
aparecem objetivos específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológico. 
(LIBÂNEO, 1994) 
 Projeto Político Pedagógico: É o planejamento geral que envolve o 
processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a 
proposta pedagógica da instituição. É um processo de organização e 
coordenação da ação dos professores. Ele articula a atividade escolar e o 
contexto social da escola. É o planejamento que define os fins do trabalho 
pedagógico. (MEC, 2006) 
Os conceitos apresentados têm por objetivo mostrar para o professor a 
importância, a funcionalidade e principalmente a relação íntima existente entre essas 
7 
 
tipologias. Segundo Fusari (2008, p.45), “Apesar de os educadores em geral 
utilizarem, no cotidiano do trabalho, os termos “planejamento” e “plano” como 
sinônimos, estes não o são.” 
Outro aspecto importante, segundo Schmitz (2000, p.108) é que “as 
denominações variam muito. Basta que fique claro o que se entende por cada um 
desses planos e como se caracterizam.” O que se faz necessário é estar consciente 
que: “Qualquer atividade, para ter sucesso, necessita ser planejada. O planejamento 
é uma espécie de garantia dos resultados. E sendo a educação, especialmente a 
educação escolar, uma atividade sistemática, uma organização da situação de 
aprendizagem, ela necessita evidentemente de planejamento muito sério. Não se 
pode improvisar a educação, seja ela qual for o seu nível.” (SCHMITZ, 2000, p.101) 
A educação, a escola e o ensino são os grandes meios que o homem busca 
para poder realizar o seu projeto de vida. Portanto, cabe à escola e aos professores 
o dever de planejar a sua ação educativa para construir o seu bem viver 
(MENEGOLLA & SANT’ANNA, 2001). 
A citação acima deixa clara a importância tanto da escola como dos 
professores na formação humana; por este motivo todas as ações educativas devem 
ter como perspectiva a construção de uma sociedade consciente de seus direitos e 
obrigações, sejam eles individuais ou coletivos. 
Infelizmente, apesar do planejamento da ação educativa ser de suma 
importância, existem professores que são negligentes na sua prática educativa, 
improvisando suas atividades. Em conseqüência, não conseguem alcançar os 
objetivos quanto à formação do cidadão. 
 
A ausência de um processo de planejamento de ensino nas escolas, aliado 
às demais dificuldades enfrentadas pelos docentes do seu trabalho, tem 
levado a uma contínua improvisação pedagógica das aulas. Em outras 
palavras, aquilo que deveria ser uma prática eventual acaba sendo uma 
“regra”, prejudicando, assim, a aprendizagem dos alunos e o próprio 
trabalho escolar como um todo. (FUSARI, 2008, p.47). 
 
 
 
Para Moretto (2007, p.100) “Há, ainda, quem pense que sua experiência 
como professor seja suficiente para ministrar suas aulas com competência.” 
Professores com este tipo de pensamento desconhecem a função do planejamento 
bem como sua importância. Simplesmente estão preocupados em ministrar 
8 
 
conteúdos, desconsiderando a realidade e a herança cultural existente em cada 
comunidade escolar bem como suas necessidades. 
Outro aspecto que vem 
influenciando o ato de planejar dos 
professores são os materiais 
didáticos ou as instruções 
metodológicas para os professores 
que acompanham estes materiais. 
Na presente pesquisa não se 
pretende discutir se eles são bons 
ou ruins e sim a forma com a qual 
estão sendo utilizados pelos professores. O que acontece é que o professor faz um 
apanhado geral dos conteúdos dispostos no material e confronta com o tempo que 
tem disponível para ensinar esses conteúdos aos alunos e a partir desses dados 
divide-os atribuindo a este ato erroneamente o nome de plano de aula. 
 
Muitas vezes os professores trocam o que seria o seu planejamento pela 
escolha de um livro didático. Infelizmente, quando isso acontece, na maioria 
das vezes, esses professores acabam se tornando simples administradores 
do livro escolhido. Deixam de planejar seu trabalho a partir da realidade de 
seus alunos para seguir o que o autor do livro considerou como mais 
indicado. (MEC, 2006, p. 40) 
 
 
 
Outra situação muito comum em relação à elaboração do plano de aula é que 
“em muitos casos, os professores copiam ou fazem cópia do plano do ano anterior e 
o entregam a secretaria da escola, com a sensação de mais uma atividade 
burocrática” (FUSARI, 2008, p. 45). 
Luckesi (2001) afirma que o ato de planejar, em nosso país, principalmente na 
educação, tem sido considerada como uma atividade sem significado, ou seja, os 
professores estão muito preocupados com os roteiros bem elaborados e esquecem 
do aperfeiçoamento do ato político do planejamento. Os professores precisam 
quebrar o paradigma de que o planejamento é um ato simplesmente técnico e 
passar a se questionarem sobre o tipo de cidadão que pretendem formar, analisando 
a sociedade na qual ele está inserido, bem como suas necessidades para se tornar 
atuante nesta sociedade. 
Para Luckesi (2001, p.108): 
9 
 
 
O planejamento não será nem exclusivamente um ato político-filosófico, 
nem exclusivamente um ato técnico; será sim um ato ao mesmo tempo 
político-social, científico e técnico: político-social, na medida em que está 
comprometido com as finalidades sociais e políticas; científicas na medida 
em que não pode planejar sem um conhecimento da realidade; técnico, na 
medida em que o planejamento exige uma definição de meios eficientes 
para se obter resultados. 
 
 
 
 
O ato de planejar não pode priorizar o lado técnico em detrimento do lado 
político social ou vice-versa, ambos são importantes. Por este motivo, devem ser 
muito bem pensados ao serem formulados visando à transformação da sociedade. 
 
PLANEJAMENTO EDUCACIONAL, DE CURRÍCULO E DE 
ENSINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na área da educação temos os seguintes tipos de planejamento: 
 
Planejamento educacional 
 
Consiste na tomada de decisões sobre a educação no conjunto do 
desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de planejamento requer a 
proposição de objetivos em longo prazo que definam uma política da educação. É o 
realizado pelo Governo Federal, através do Plano Nacional de Educação e da 
legislação vigente. 
10 
 
 
Planejamento de currículo 
 
O problema central do planejamento curricular é formular objetivos 
educacionais a partir daqueles expressos nos guias curriculares oficiais. Nesse 
sentido, a escola não deve simplesmente executar o que é prescrito pelos órgãos 
oficiais. Embora o currículo seja mais ou menos determinado em linhas gerais, cabe 
à escola interpretar e operacionalizar estes currículos. A escola deve procurar 
adaptá-los às situações concretas, selecionando aquelas experiências que mais 
poderão contribuir para alcançar os objetivos dos alunos, das suas famílias e da 
comunidade. 
 
 
 Planejamento de ensino 
 
Podemos dizer que o planejamento de ensino é a especificação do 
planejamento de currículo. Consiste em traduzir em termos mais concretos e 
operacionais o que o professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos a 
alcançar os objetivos educacionais propostos. Um planejamento de ensino deverá 
prever: 
 
 Objetivos específicos estabelecidos a partir dos objetivos educacionais. 
 Conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos no sentido determinado 
pelos objetivos. 
 Procedimentos e recursos de ensino que estimulam, orientam e promovem as 
atividades de aprendizagem. 
 Procedimentos de avaliação que possibilitem a verificação, a qualificação e a 
apreciação qualitativa dos objetivos propostos, cumprindo pelo menos a 
função pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle no processo 
educacional. 
 
 
 
11 
 
IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR E DA 
ESCOLHA DO CURRÍCULOO trabalho docente é uma atividade consciente e sistemática, em cujo centro 
está a aprendizagem ou o estudo dos alunos sob a direção do professor. O 
planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação 
docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. 
A escola, os professores e os alunos são integrantes da dinâmica das 
relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por 
influências econômicas, políticas e culturais que caracterizam a sociedade de 
classes. Isso significa que os elementos do planejamento escolar – objetivos, 
conteúdos, métodos – estão recheados de implicações sociais, têm um significado 
genuinamente político. Por essa razão, o planejamento é uma atividade de reflexão 
acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos detidamente sobre o ruma 
que devemos dar ano nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos 
pelos interesses dominantes na sociedade. 
A ação de planejar é uma atividade consciente de previsão das ações 
docentes, fundamentadas em opções político-pedagógicas, e tendo como referência 
permanente situações didáticas concretas (isto é, a problemática social, econômica, 
política e cultural que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a 
comunidade, que interagem no processo de ensino). 
O planejamento escolar tem, assim, as seguintes funções: 
12 
 
 Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos de trabalho docente que 
assegurem a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do 
contexto social e do processo de participação democrática. 
 Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-pedagógico e 
profissional, as ações efetivas que o professor irá realizar em sala de aula, 
através de objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas de ensino. 
 Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, 
de modo que a previsão das ações docentes possibilite ao professor a 
realização de um ensino de qualidade e evite a improvisação e rotina. 
 Prever objetivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das 
exigências propostas pela realidade social, do nível de preparo e das 
condições sócio-culturais e individuais dos alunos. 
 Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, uma vez que torna 
possível inter-relacionar, num plano, os elementos que compõem o processo 
de ensino: os objetivos (para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os 
alunos e suas possibilidades (a quem ensinar), os métodos e técnicas (como 
ensinar) e a avaliação, que está intimamente relacionada aos demais. 
 Atualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto, aperfeiçoando-o em 
relação aos progressos feitos no campo de conhecimentos, adequando-os às 
condições de aprendizagem dos alunos, aos métodos, técnicas e recursos de 
ensino que vão sendo incorporados na experiência cotidiana. 
 Facilitar a preparação das aulas: selecionar o material didático em tempo 
hábil, saber que tarefas professor e alunos devem executar, replanejar o 
trabalho frente a novas situações que aparecem no decorrer das aulas. 
Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para a ação, devem ser 
como um guia de orientação de devem apresentar ordem seqüencial, objetividade, 
coerência, flexibilidade. 
 
 
 
 
 
13 
 
ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO 
 
Conhecimento da realidade 
 
Para poder planejar adequadamente a tarefa de ensino e atender às 
necessidades do aluno é preciso, antes de qualquer coisa, saber para quem se vai 
planejar. Por isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do processo 
de planejamento. É preciso saber quais as aspirações, frustrações, necessidades e 
possibilidades dos alunos. Fazendo isso, estaremos fazendo uma Sondagem, isto é, 
buscando dados. 
Uma vez realizada a sondagem, deve-se estudar cuidadosamente os dados 
coletados. A conclusão a que chegamos, após o estudo dos dados coletados, 
constitui o Diagnóstico. 
Sem a sondagem e o diagnóstico corre-se o risco de propor o que é 
impossível alcançar ou o que não interessa ou, ainda, o que já foi alcançado. 
 
Requisitos para o planejamento 
 
 Objetivos e tarefas da escola democrática: estão ligados às necessidades de 
desenvolvimento cultural do povo, de modo a preparar as crianças e jovens 
para a vida e para o trabalho. 
 Exigências dos planos e programas oficiais: são as diretrizes gerais, são 
documentos de referência, a partir dos quais são elaborados os planos 
didáticos específicos. 
 Condições prévias para a aprendizagem: está condicionado pelo nível de 
14 
 
preparo em que os alunos se encontram em relação ás tarefas de 
aprendizagem 
 
 
Elaboração do plano 
 
A partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo 
diagnóstico, temos condições de estabelecer o que é possível alcançarem o que 
julgamos possíveis e como avaliar os resultados. Por isso, passamos a elaborar o 
plano através dos seguintes passos: 
 
 Determinação dos objetivos. 
 Seleção e organização dos conteúdos. 
 Análise da metodologia de ensino e dos 
procedimentos adequados. 
 Seleção de recursos tecnológicos. 
 Organização das formas de avaliação. 
 Estruturação do plano de ensino. 
 
 
 
Execução do plano 
 
Ao elaborarmos o plano de ensino, antecipamos, de forma organizada, todas 
as etapas do trabalho escolar. A execução do plano consiste no desenvolvimento 
das atividades previstas. 
Na execução, sempre haverá o elemento não plenamente previsto. Às vezes, 
a reação dos alunos ou as circunstâncias do ambiente dispensa o planejamento, 
pois, uma das características de um bom planejamento deve ser a flexibilidade. 
 
 
 
 
15 
 
Avaliação e aperfeiçoamento do plano 
 
Ao término da execução do que foi 
planejado, passamos a avaliar o próprio plano 
com vistas ao replanejamento. 
Nessa etapa, a avaliação adquire um 
sentido diferente da avaliação do ensino-
aprendizagem e um significado mais amplo. 
Isso porque, além de avaliar os resultados do 
ensino-aprendizagem, procuramos avaliar a 
qualidade do nosso plano, a nossa eficiência 
como professor e a eficiência do sistema escolar. 
 
 
O PLANO DA ESCOLA 
 
O plano da escola é o plano pedagógico e administrativo da unidade, onde se 
explicita a concepção pedagógica do corpo docente, as bases teórico-metodológicas 
da organização didática, a contextualização social, econômica, política e cultural da 
escola, a caracterização da clientela escolar, os objetivos educacionais gerais, a 
estrutura curricular, diretrizes metodológicas gerais, o sistema de avaliação do 
plano, a estrutura organizacional e administrativa. 
O plano da escola é um guia de orientação para o planejamento do processo 
de ensino. Os professores precisam ter em mãos esse plano abrangente, não só 
para uma orientação do seu trabalho, mas para garantir a unidade teórico-
metodológica das atividades escolares. 
 
 
Roteiro para elaboração do plano da escola 
 
 Posicionamento sobre as finalidades da educação escolar na sociedade e na 
nossa escola 
 Bases teórico-metodológicas da organização didática e administrativa: tipo de 
16 
 
homem que queremos formar, tarefas da educação, o significado pedagógico-
didático do trabalho docente, relações entre o ensino e o desenvolvimento 
das capacidades intelectuais dos alunos, o sistema de organização e 
administração da escola. 
 Caracterização econômica, social, política e cultural do contexto em que está 
inserida a nossa escola. 
 Características sócio-culturais dos alunos 
 Objetivos educacionais gerais da escola 
 Diretrizes gerais para elaboração do plano de ensino da escola: sistema de 
matérias – estrutura curricular; critérios de seleção de objetivos e conteúdos; 
diretrizes metodológicas gerais e formas de organização do ensino e 
sistemática de avaliação. 
 Diretrizes quanto à organizaçãoe a à administração: estrutura organizacional 
da escola; atividades coletivas do corpo docente; calendário e horário escolar; 
sistema de organização de classes, de acompanhamento e aconselhamento 
de alunos, de trabalho com os pais; atividades extra-classe; sistema de 
aperfeiçoamento profissional do pessoal docente e administrativo e normas 
gerais de funcionamento da vida coletiva. 
 
COMPONENTES BÁSICOS DO PLANEJAMENTO DE 
ENSINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O plano de ensino é um roteiro organizado das unidades didáticas para um 
ano ou semestre. É denominado também de plano de curso, plano anual, plano de 
17 
 
unidades didáticas e contém os seguintes componentes: ementa da disciplina, 
justificativa da disciplina em relação ao objetivos gerais da escola e do curso; 
objetivos gerais; objetivos específicos, conteúdo (com a divisão temática de cada 
unidade); tempo provável (número de aulas do período de abrangência do plano); 
desenvolvimento metodológico (métodos e técnicas pedagógicas específicas da 
disciplina); recursos tecnológicos; formas de avaliação e referencial teórico (livros, 
documentos, sites, etc). Exemplo: 
Ementa: É uma descrição discursiva que resume o conteúdo conceitual ou 
conceitual/procedimental de uma disciplina. 
Justificativa: A justificativa deverá responder a três questões básicas do 
processo didático: o por quê?, o para quê e o como. 
Objetivos: É a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado 
da nossa atividade. Os objetivos nascem da própria situação: da comunidade, da 
família, da escola, da disciplina, do professor e principalmente do aluno. Os 
objetivos, portanto, são sempre do aluno e para o aluno. 
Os objetivos educacionais ou gerais são as metas e os valores mais amplos 
que a escola procura atingir a longo prazo, e os objetivos instrucionais, também 
chamados de específicos, são proposições mais específicas referentes às 
mudanças comportamentais esperadas para um determinado grupo-classe. 
Para manter a coerência interna do trabalho de uma escola, o primeiro 
cuidado será o de selecionar os objetivos específicos que tenham correspondência 
com os objetivos gerais das áreas de estudo que, por sua vez, devem estar 
coerentes com os objetivos educacionais do planejamento de currículo. E os 
objetivos educacionais, conseqüentemente, devem estar coerentes com a linha de 
pensamento da entidade à qual o plano se destina. 
Conteúdo: Refere-se à organização do conhecimento em si, com base nas 
suas próprias regras. Abrange também as experiências educativas no campo do 
conhecimento, devidamente selecionadas e organizadas pela escola. O conteúdo é 
um instrumento básico para poder atingir os objetivos. 
Em geral, os guias curriculares oficiais oferecem uma relação de conteúdos 
das várias áreas que podem ser desenvolvidos em cada série. Pode-se selecionar o 
conteúdo com base nesses guias. Não devemos esquecer, no entanto, de levar em 
conta a realidade da classe. Outros cuidados que devem ser observados na seleção 
dos conteúdos: 
18 
 
 Devemos delimitar os conteúdos por unidades didáticas, com a divisão temática 
de cada uma. Unidade didática são o conjunto de temas inter-relacionados que 
compõem o plano de ensino para uma série ou módulo. Cada unidade didática 
contém um tema central do programa, detalhado em tópicos. 
 Conteúdo selecionado precisa estar relacionado com os objetivos definidos. 
Devemos escolher os conhecimentos indispensáveis para que os alunos 
adquiram os comportamentos fixados. 
 Um bom critério de seleção é a escolha feita em torno de conteúdos mais 
importantes, mais centrais e mais atuais, com base no programa oficial da 
matéria, no livro didático adotado pela instituição. 
 É importante é o fato de o mestre estar apto a levantar a idéia central do 
conhecimento que deseja trabalhar. Para que tal ocorrência se verifique, é 
indispensável que o professor 
conheça em profundidade a 
natureza do fenômeno que 
pretende que seus alunos 
conheçam. 
 Conteúdo precisa ir do mais 
simples para o mais complexo, do 
mais concreto para o mais 
abstrato. 
 Finalmente faça uma última 
checagem para verificar: 
 As unidades formam um todo 
homogêneo e lógico. 
 As unidades realmente contêm o conteúdo básico essencial. 
 O tempo para desenvolver cada unidade é realista. 
 Os tópicos de cada unidade possibilitam o entendimento da idéia central. 
 Os tópicos de cada unidade podem ser transformados em tarefas de estudo 
para os alunos e em objetivos e habilidades. 
Desenvolvimento metodológico ou metodologia de ensino: 
Procedimentos de ensino são ações, processos ou comportamentos planejados pelo 
professor para colocar o aluno em contato direto com coisas, fatos ou fenômenos 
que lhes possibilitem modificar sua conduta, em função dos objetivos previstos 
19 
 
(TURRA apud PILETTI, 2003, p. 67). 
Indica o que o professor e os alunos farão no desenrolar de uma aula ou 
conjunto de aulas. Sua função é articularem objetivos e conteúdos com métodos e 
procedimentos de ensino que provoquem a atividade mental e prática dos alunos 
(resolução de situações problemas, trabalhos de elaboração mental, discussões, 
resolução de exercícios, aplicação de conhecimentos e habilidades em situações 
distintas das trabalhadas em classe, etc.) 
O professor, ao organizar as condições externas favoráveis à aprendizagem, 
utiliza meio ou modos organizados de ação, conhecidos como técnicas de ensino. 
As técnicas de ensino são maneiras particulares de organizar a atividade dos alunos 
no processo de aprendizagem. 
O desenvolvimento metodológico de objetivos e conteúdos estabelece a linha 
que deve ser seguida no ensino (atividade do professor) e na assimilação (atividade 
do aluno) da matéria de ensino. 
Ao planejar os procedimentos de ensino, não é suficiente fazer uma listagem 
de técnicas que serão utilizadas, como aula expositiva, trabalho dirigido, excursão, 
trabalho em grupo, etc. Devemos prever como utilizar o conteúdo selecionado para 
atingir os objetivos propostos. As técnicas estão incluídas nessa descrição. Os 
procedimentos têm uma abrangência bem mais ampla, pois envolvem todos os 
passos do desenvolvimento da atividade de ensino propriamente dita. Os 
procedimentos de ensino selecionados pelo professor devem: 
 Ser diversificados; 
 Estar coerentes com os objetivos propostos e com o tipo de aprendizagem 
previsto nos objetivos; 
 Adequar-se às necessidades dos alunos; 
 Servir de estímulo à participação do aluno no que se refere às descobertas; 
 Apresentar desafios. 
 
Recursos tecnológicos (didáticos, audiovisuais ou de ensino): As 
tecnologias merecem estar presentes no cotidiano escolar primeiramente porque 
estão presentes na vida, mas também para: 
 Diversificar as formas de produzir e apropriar-se do conhecimento. 
 Serem estudadas, como objeto e como meio de se chegar ao conhecimento, 
já que trazem embutidas em si mensagens e um papel social importante. 
20 
 
 Permitir ao alunos, através da utilização 
da diversidade de meios, familiarizarem-
se com a gama de tecnologias existentes 
na sociedade. 
 Serem desmistificadas e democratizadas. 
 Dinamizar o trabalho pedagógico. 
 Desenvolver a leitura crítica. 
 Ser parte integrante do processo que 
permite a expressão e troca dos 
diferentes saberes. 
 
Avaliação: Avaliação é o processo pelo qual se determina o grau e a 
quantidade de resultados alcançados em relação aos objetivos, considerando o 
contexto das condições em que o trabalho foi desenvolvido. 
No planejamento da avaliação é importante considerar a necessidade de: 
 Avaliar continuamente o desenvolvimento do aluno. 
 Selecionar situações de avaliação diversificadas, coerentes com os objetivos 
propostos. 
 Selecionar e/ou montar instrumentos de avaliação. 
 Registrar os dados da avaliação. 
 Aplicar critérios aos dados da avaliação. 
 Interpretarresultados da avaliação. 
 Comparar os resultados com os critérios estabelecidos (feed-back). 
 Utilizar dados da avaliação no planejamento. 
O feedback deve ser encarado como retroinformação para o professor sobre 
o andamento de sua atuação. Dessa forma, a avaliação desloca-se do plano da 
competição entre professor e aluno, para significar a medida real do conhecimento, 
tornando-se assim menos arbitrária. 
 
 
 
 
21 
 
PLANO BIMESTRAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O planejamento do bimestre pode conter uma unidade didática ou mais. É 
uma especificação maior do plano de curso. Uma unidade de ensino é formada de 
assuntos inter-relacionados. O planejamento bimestral das unidades didáticas 
também inclui objetivos, conteúdos, etc. Em princípio, deve ser planejado ao final do 
bimestre, ou período que o antecede, pois esta lhe servirá de base ou apoio. Isto 
significa que os bimestres ou unidades serão planejadas ou replanejadas ao longo 
do curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
EXEMPLO DE PLANO BIMESTRAL 
PROGRAMA 1º BIMESTRE 
CURSO: 
DISCIPLINA: PROFESSORA: 
TURNO: CARGA HORÁRIA: horas/aula 
SÉRIE: TURMA: 
 ANO: 
OBJETIVOS 
 
 
PROGRAMA 
 
CONTEÚDOS Nº 
AULAS 
ENCAMINHAMENTO 
METODOLÓGICO 
AVALIAÇÃO 
 
 
 
RECURSOS TECNOLÓGICOS 
 
 
REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
INDICAÇÃO DE LEITURA COMPLEMENTAR 
 
 
 
 
 
23 
 
PLANEJAMENTO DE AULA OU PLANO DE AULA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A aula é a forma predominante de organização didática do processo de 
ensino. É na aula que organizamos ou criamos as situações docentes, isto é, as 
condições e meios necessários para que os alunos assimilem ativamente 
conhecimentos, habilidades e desenvolvam suas capacidades cognoscitivas. 
O plano de aula é o detalhamento do plano de ensino. As unidades didáticas 
e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora 
especificadas e sistematizadas para uma situação didática real. A preparação da 
aula é uma tarefa indispensável e, assim como o plano de ensino, deve resultar num 
documento escrito que servirá não só para orientar as ações do professor como 
também para possibilitar constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano. 
Em todas as profissões o aprimoramento profissional depende da acumulação de 
experiências conjugando a prática e a reflexão criteriosa sobre a ação e na ação, 
tendo em vista uma prática constantemente transformadora para melhor. 
Na elaboração do plano de aula, deve-se levar em consideração, em primeiro 
lugar, que a aula é um período de tempo variável. Dificilmente completamos numa 
só aula o desenvolvimento de uma unidade didática ou tópico de unidade, pois o 
processo de ensino e aprendizagem se compõe de uma seqüência articulada de 
fases: 
 Preparação e apresentação dos objetivos, conteúdos e tarefas. 
 Desenvolvimento da matéria nova. 
24 
 
 Consolidação (fixação, exercícios, recapitulação, sistematização). 
 Síntese integradora e aplicação. 
 Avaliação. 
Isto significa que não devemos preparar uma aula, mas um conjunto de aulas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelo de José Carlos Libâneo (Pedagogia crítico-social dos conteúdos): 
Escola: Disciplina: Data: 
Série: Professor: 
Unidade didática: 
 
Objetivos 
Específicos 
Conteúdos Nº aulas Desenvolvimento 
Metodológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Preparação: 
 
 
Introdução do assunto: 
 
 
Desenvolvimento e estudo 
ativo do assunto: 
 
 
Sistematização e aplicação: 
25 
 
 
 
Tarefas para casa: 
 
 
Avaliação: 
 
 
 
Referencial teórico: 
 
 
 
Modelo de Nelson Piletti: 
 
Tema central: 
 
 
Objetivos: 
 
 
Conteúdo: 
 
 
Procedimentos de ensino Recursos Procedimentos de avaliação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
O CU RRICULO ESCOLAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Currículo Escolar é um elemento importante para o planejamento do 
professor, pois pode organizar os conteúdos e as atividades, contudo ele é um 
recurso para o educador e não uma lei rígida ou um mandamento a ser seguido 
metodologicamente, ele pode ser usado como um norte para a práxis pedagógica, 
com flexibilidade de ajustes para melhor atender as necessidades dos educandos. 
Sendo que, cada instituição pode construir o seu currículo, ou este fazer parte da 
rede escolar, podendo usar os livros didáticos no auxilio desta construção. 
A origem da palavra currículo – currere (do latim) – significa carreira, por isso 
ele é uma caminhada dentro do processo ensino e aprendizagem, que vai ajustando 
os conteúdos a realidade dos educandos. Ele não é único no nosso país, mas os 
Parâmetros Curriculares Nacionais oferecem uma sugestão, uma forma de definição 
das disciplinas e distribuição dos conteúdos entre os componentes curriculares 
propostos. Devido à dimensão territorial e à diversidade cultural, política e social do 
país, nem sempre os Parâmetros Curriculares chegam às salas de aula. 
Não se separa conteúdos de processo de instrução, ou seja, ação em desenvolvê-lo 
em consonância com atividades práticas. 
Segundo Sacristàn (1998), sem conteúdo não há ensino qualquer projeto 
educativo acaba se concretizando na aspiração de conseguir alguns efeitos nos 
sujeitos que se educam (...) quando há ensino é porque se ensinam algo ou se 
27 
 
ordena o ambiente para que alguém aprenda algo (...) a técnica de ensinar não pode 
preencher todo o discurso didático evitando problemas para o conteúdo colocado. 
Assim, a educação pode ser compreendida como sendo uma atividade 
expressa de formas distintas onde tanto o conteúdo programático e a didática usada 
possam transformar o currículo em uma ação que produza a aprendizagem. 
Defini-lo não é uma tarefa muito fácil, mas é importante na produção de novas 
subjetividades no mundo contemporâneo. Daí o entendimento do currículo escolar 
como um caminho, um curso ou uma listagem de conteúdos que devem ser 
seguidos (GOODSON, 2005). 
Nessa perspectiva, o termo está intimamente vinculado à idéia de 
seqüencialidade e de prescrição. Em relação à idéia de transitoriedade Silva (2005) 
diz que: Uma história do currículo tem que ser uma história social do currículo, 
centrada numa epistemologia social do conhecimento escolar, preocupada com os 
determinantes sociais e políticos do conhecimento educacionalmente organizado. 
Enfim, tem que descobrir quais conhecimentos, valores e habilidades eram 
considerados verdadeiros e legítimos numa determinada época, assim 
como determinar de que forma essa validade e legitimidade foram estabelecidas. 
(SILVA 2005, p.10-11) 
Em Silva (2005) encontra-se a idéia de vários currículos constroem sujeitos 
também diferentes sendo diferenças sociais: Diferentes currículos produzem 
diferentes pessoas, mas naturalmente essas diferenças não são meras diferenças 
individuais, mas diferenças sociais, ligadas à classe, à raça, ao gênero. Dessa 
forma, uma história do currículo não deve ser focalizada apenas no currículo em si, 
mas também no currículo como fator de produção de sujeitos dotados de classe, 
raça, gênero. Nessa perspectiva, o currículo deve ser visto não apenas como a 
expressão ou a representação ou o reflexo de interesses sociais determinados, mas 
também como produzindo identidades e subjetividades sociais determinadas. O 
currículo não apenas representa, ele faz. É preciso reconhecer que a inclusão ou a 
exclusão no currículo tem conexões com a inclusão ou exclusão na sociedade. 
(SILVA, 2005, p.10) 
 
 
 
28 
 
CURRÍCULO ESCOLAR: LIMITES E POSSIBILIDADES 
 
 
Podemos dizer que ensinar, uma das funções essenciais da escola, é 
promover a “transposição didática” de conhecimentos, um processo que torna os 
saberes “ensináveis,exercitáveis e passíveis de avaliação” e em queé possível 
distinguir três fases de transformação: 
1ª - da cultura extra-escolar para o currículo formal; 
2ª - do currículo formal para o currículo real; 
3ª - do currículo real para a aprendizagem efetiva (PERRENOUD, 1993, p. 25). 
E para que isso se realize, a escola precisa construir um currículo que: 
- concilie os conhecimentos científicos que presidem a produção moderna e o 
exercício da cidadania plena, a formação ética e a autonomia intelectual, as 
competências cognitivas e as sociais, o humanismo e a tecnologia; 
- considere as múltiplas interações entre os conteúdos das disciplinas e a abertura e 
a sensibilidade para identificar as relações entre escola e vida pessoal e social, entre 
o aprendido e o observado, entre o aluno e o objeto do conhecimento e entre a 
teoria e suas conseqüências e aplicações práticas como pressupostos decisivos de 
sua organização; 
- reconheça a linguagem como elemento primordial para a constituição dos 
conceitos, relações, condutas e valores, o conhecimento como construção coletiva 
29 
 
e a aprendizagem como mobilizadora de afetos, emoções e relações humanas 
(COLL, 1997); 
- selecione o que de fato é relevante e consistente no conjunto extraordinário de 
conhecimentos hoje disponível, o que impõe à escola o compromisso de propiciar ao 
professor o desenvolvimento da capacidade de ‘mapear’ os conhecimentos 
relevantes na escala adequada às necessidades e possibilidades dos alunos. 
Ora, essa tarefa reconhecidamente não é fácil. E uma das maiores 
dificuldades para a sua realização está na prescrição, na maioria das escolas, de 
um currículo legal e formal que reproduz uma colcha de retalhos de informações 
descontextualizadas e fragmentadas, moldada por uma tradição pedagógica 
anacrônica e inócua, para dizer o mínimo. 
É como se desejássemos ajudar uma pessoa a visitar algum lugar 
maravilhoso que conhecemos há muito tempo. Para orientá-la, desenhamos um 
mapa. Porém, nosso mapa se baseia em informações ultrapassadas e desfocadas, 
engavetadas em algum canto poeirento da memória. É pouco provável que este 
mapa seja eficaz. O terreno mudou. As referências são outras. Muitas indicações 
não existem mais, enquanto outras surgiram alterando o panorama. Precisamos 
estudar novamente a área e promover um levantamento atualizado antes de criar 
um mapa útil, capaz de servir de orientação segura em um terreno que não apenas 
pode ter mudado sua aparência externa, mas sua própria natureza. 
O currículo escolar é um mapa ainda mais especial, pois, à parte essa função 
cartográfica básica, deve fornecer orientações sobre um território desconhecido na 
ocasião em que está sendo desenhado. 
A escola não pode mais fixar sua 
visão no dedo que aponta, mas olhar 
para 
aquilo que o dedo aponta: uma 
constelação de novos conhecimentos 
que, além de representar o recurso mais 
importante do mundo contemporâneo, é 
uma das instâncias em que a solidariedade se realiza como um dos elos mais fortes 
entre os membros da espécie humana, o que exige a reflexão sobre o próprio 
conhecimento, atitude que nos compromete e constitui, em última análise, o 
fundamento de toda ética. 
30 
 
Por isso, pensamos uma organização curricular orientada por: 
(1) uma visão orgânica do conhecimento, coerente com essa metamorfose da 
racionalidade, caracterizada por uma abordagem renovada e renovadora que trate 
os conteúdos escolares e as situações de aprendizagem de modo a destacar as 
múltiplas interações entre as 
disciplinas do currículo. 
O processo de reflexão, 
conforme nos propõe Kemmis, implica 
“a imersão consciente do homem no 
mundo de sua experiência [...] 
carregado de conotações valore, 
intercâmbios simbólicos, 
correspondências afetivas, interesses 
sociais e cenários políticos.” Além 
disso, a reflexão: 
- expressa uma orientação para a ação e se refere às relações historicamente 
situadas entre pensamento e a ação; 
- pressupõe relações sociais; 
- expressa e serve interesses particulares de natureza humana, política, cultural e 
social; 
- reproduz ou transforma ativamente práticas ideológicas; 
- é uma prática que exprime o poder de reconstrução social (NÓVOA, 1992) 
(2) uma abertura e uma sensibilidade capazes de reconhecer o nexo entre o 
conhecimento e os contextos contemporâneos da vida social e pessoal. 
O currículo é por natureza uma rede de sentidos capaz de estabelecer uma 
relação ativa entre o aluno e o objeto do conhecimento e de relacionar, 
dialeticamente, o aprendido com o observado, a teoria com suas conseqüências e 
aplicações práticas. 
Mas um grande obstáculo se interpõe: a realidade imediata, na medida em 
que a educação escolar incorpora uma rotina metodológica conservadora muito 
resistente que considera os objetos isolados e estáticos, plenamente construídos e 
definitivos. Portanto, grande parte dos problemas decorre não apenas de eventuais 
deficiências do conhecimento científico ou da sua organização histórica, mas, 
sobretudo, da própria realidade (DEMO,1998). 
31 
 
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projeto político-pedagógico. 5. ed. São Paulo: Libertad, 1999. p. 148-151. 
34 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1- Ao coordenar o planejamento das atividades curriculares com a escola em 
que trabalha, o pedagogo Francisco assumiu com os colegas a Pedagogia 
da Autonomia, refletindo sobre as concepções que norteiam o ensino e a 
aprendizagem nessa tendência pedagógica.Nesse sentido o planejamento 
escolar passou a ser entendido por todos como uma atividade que orienta a 
tomada de decisões da escola e dos professores em relação às situações do 
ensino e da aprendizagem, tendo em vista alcançar os melhores resultados 
possíveis. Nessa perspectiva os profissionais do ensino participam ativamente 
das atividades de planejamento da escola que tem como uma de suas 
funções: 
A) exclusivamente o domínio dos conhecimentos básicos para os alunos 
serem aprovados de um ano letivo para o outro 
B) atender as exigências das secretarias de educação 
C) atender as exigências burocráticas do sistema educacional 
D) replanejar o trabalho frente a novas situações que aparecem no decorrer 
das atividades educativas 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
2- Segundo José Carlos Libâneo o planejamento escolar – objetivos, conteúdos, 
métodos – está recheado de implicações sociais e têm um significado 
genuinamente político. Por essa razão o planejamento é uma atividade de: 
A) Estabelecimento da dicotomia teoria e prática 
B) Preenchimento de formulários para controle administrativo 
C) Guia de orientação para a exclusão dos alunos desobedientes 
D) Atendimento ao que foi elaborado pelos técnicos a ser executado pelo 
professor 
 
 
3- O currículo pode ser organizado elegendo atividades relacionadas e dirigidas 
em projetos de trabalho que reconhecem a importância da criança vivenciar 
experiências com objetos da cultura as quais devem favorecer: 
A) apenas o desenvolvimento das capacidades cognitivas 
B) a transmissão de conhecimentos por meio de aulas diretivas 
C) a apropriação de conhecimentos por meio das relações afetivas, lógicas, 
sensoriais, dentre outras. 
D) a neutralidade científica nos conteúdos estudados 
 
 
4- O desenvolvimento metodológico é o componente do plano de ensino que 
dará vida aos objetivos, conteúdos e indica: 
A) quais os resultados do ensino e da aprendizagem devem ser alcançados 
B) a concepção e a formulação dos princípios e objetivos sociais 
C) o que os alunos e o professor farão no desenrolar de uma aula ou no 
conjunto de aulas 
D) o levantamento dos temas que deverão ser operacionalizados no semestre 
 
 
 
 
 
 
36 
 
5- Segundo Jussara Hoffmann a cada etapa do processo de ensino convém 
que o/a professor/a vá registrando, no plano de ensino e no plano de aulas, 
os conhecimentos que os estudantes “ainda” necessitam aprender, os que 
podem contribuir para o processo evolutivo dos mesmos, no sentido de 
prepararem-se para enfrentar novos desafios, enriquecerem as suas práticas 
e ampliarem o sentimento de segurança mútua. Agindo assim, o/a professor/a 
utiliza o planejamento como: 
A) mais um modismo na educação 
B) oportunidade de competir com os colegas que atuam na visão tecnicista 
C) uma forma de utilizar a visão behaviorista de ensino e de avaliação 
diagnóstica 
D) oportunidade de reflexão e de avaliação mediadora 
 
 
6- “O processo e o exercício de planejar referem-se a uma antecipação da prática, 
de modo a prever e programar as ações e os resultados desejados.” Numa escola, 
onde o processo do Planejamento Escolar é participativo, pressupõe, EXCETO: 
A) Competência técnica do coordenador para definir o planejamento e metas 
finais. 
B) Espaços de reflexão e construção coletiva. 
C) Incorporação de propostas dos participantes do grupo, quando válidas 
para o trabalho. 
D) Valorização das experiências e vivências dos participantes do grupo. 
 
7- Segundo Paulo Freire ensinar exige segurança, competência profissional e 
generosidade. Assim o clima de respeito que nasce de relações justas, sérias, 
humildes, generosas em que a autoridade docente e as liberdades dos alunos se 
assumem eticamente deve contribuir para: 
A) reforçar o autoritarismo na escola pública 
B) reforçar o medo que os pais tem dos professores e os conduz a afastar-se 
da escola 
C) os alunos reagirem negativamente ao exercício do comando 
D) fortalecer o caráter formador do espaço pedagógico 
37 
 
 
8- O entendimento acerca da avaliação dialógica leva o/a pedagogo/a a conceber o 
conhecimento como apropriação do saber pelo/a aluno/a e pelo/a professor/a, como 
ação/reflexão/ação que se passa na sala de aula em direção a um saber 
aperfeiçoado, enriquecido, carregado de significados, de compreensão. Esse 
entendimento caracteriza uma avaliação: 
A) mediadora 
B) classificatória 
C) que requer provas marcadas antecipadamente 
D) excludente 
 
9- Conceber o processo de aprendizagem como propriedade do sujeito implica 
valorizar o papel determinante da interação com o meio social e, particularmente, 
com a escola. Assim o professor e demais profissionais do ensino devem 
contemplar: 
A) a representação do aluno sobre si mesmo como alguém que aprende 
conforme a sua carga hereditária 
B) o reforço negativo e a motivação, imprescindíveis no processo de ensino e 
aprendizagem 
C) os fatores hereditários determinantes no sucesso escolar 
D) a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os 
conteúdos da aprendizagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
10- O quadrinho acima trata de uma crítica presente na sociedade acerca do papel 
que tem sido desempenhado pela escola e conseqüentemente pelo currículo. 
Segundo essa crítica, a escola tem contribuído principalmente para a: 
(A) resistência das classes menos favorecidas, na medida em que não 
favorece a aquisição mínima dos conteúdos prescritos. 
(B) reprodução das desigualdades e das injustiças sociais, uma vez que não 
promove a formação de sujeitos letrados. 
(C) emancipação e libertação das pessoas, uma vez que sempre atraiu as 
mais diversas faixas da população. 
(D) conscientização das pessoas acerca de seu papel na sociedade, a fim de 
torná-las cidadãs críticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
GABARITO 
Nome do Aluno:_____________________________________________________ 
Curso:_____________________________________________________________ 
Disciplina:__________________________________________________________ 
Data de envio: __________/____________/_________________. 
 
 
Questão Letra 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
 
________________________ 
Assinatura do Aluno 
 
40

Outros materiais