Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Apresente duas características gerais das sociedades indígenas antes da chegada dos europeus. Politeísmo, poligamia, ausência de roupas, etc. 2 Identifique duas mudanças culturais ocasionadas pelo início do contato entre portugueses e indígenas no território que atualmente é o Brasil. Imposição da religião católica, da língua portuguesa, das roupas, etc. 3 Qual é a importância da Constituição de 1988 e do Estatuto do Índio para os povos indígenas atuais do país? São dois mecanismos jurídicos importantes para garantir os direitos indígenas no Brasil, como a questão do acesso a terra. 4 É correto afirmar que os nativos aceitaram de forma pacífica a presença portuguesa no território? Não. Muitas populações indígenas resistiram à presença dos colonizadores. Houve conflitos e resistência à imposição cultural. Muitos indígenas participaram da formação de quilombos e se associaram a povos contrários aos portugueses. A atual existência de sociedades que mantêm as tradições indígenas representa um importante exemplo de não submissão ao poder dos colonizadores. Antes da chegada dos europeus ao Brasil, no início do século XVI, havia uma grande diversidade de grupos indígenas nesse território. Alguns tinham características em comum, como: ● o hábito de andar nus; ● a poligamia; ● a antropofagia. No entanto, o contato com os povos da Europa, especialmente com os portugueses que coloni- zaram essas terras, levou ao desaparecimento de muitos elementos típicos das culturas indígenas e à imposição de parte da cultura europeia, como: ● as roupas; ● a língua; ● a religião católica. Evidentemente também houve trocas culturais com os portugueses, além de resistência e preservação de algumas tradições, mas, em vista da força das armas, a imposição cultural acabou prevalecendo. Além disso, muitos povos indígenas acabaram dizimados pelas guerras com os invasores e pelas doenças trazidas por eles. Desde 1988, com a criação de nossa última Constituição, os indígenas brasileiros têm recebido maior reconhecimento de seus direitos, incluindo o direito a reservas, que contribuem para a pre- servação da cultura desses povos no país. PARA CONCLUIR PRATICANDO O APRENDIZADO 177 H IS T Ó R IA M Ó D U LO 1 9 PH_EF2_7ANO_HIS_170a180_CAD3_MOD19_CA.indd 177 19/03/20 17:58 1 Leia o trecho a seguir. Durante muito tempo foi lugar-comum nos livros didá- ticos, e até mesmo na historiografia brasileira, dizer-se que o índio não foi escravizado, por não se adaptar à organização do trabalho imposta pelos colonizadores. Quando muito admitia-se que a incorporação do indígena ao trabalho escravo ocorreu apenas no início da colonização, sendo posteriormente substituído pelos povos africanos. Este pensamento generalista para as diversas regiões e para di- ferentes situações, apesar de francamente difundido nos saberes históricos do país, na última década começou a ser questionado, a partir do surgimento de estudos caracteriza- dos por recortes mais locais e por um minucioso trabalho de crítica às fontes, que têm contribuído para repensar a histó- ria social e o papel do indígena como agente histórico. RAMOS, André. A escravidão do indígena: entre o mito e novas perspectivas de debate. Revista de Estudos e Pesquisas, FUNAI, Brasília, v.1, n.1, p. 241-265, jul. 2004. Disponível em: <www.funai.gov.br/arquivos/conteudo/cogedi/pdf/Revista-Estudos-e- Pesquisas/revista_estudos_pesquisas_v1_n1/Artigo-7-Andre-Ramos.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2019. Que mudança na historiografia sobre os indígenas e a escravidão é descrita no texto? Durante muito tempo, refutou-se a tese de que os indígenas teriam sido escravizados no Brasil colonial; no máximo admitia-se que tinham sido utilizados nos anos iniciais de ocupação portuguesa. Atualmente, com base em estudos de diversas fontes históricas, a escravidão dos indígenas pôde ser percebida como algo comum até o século XIX. 2 Observe as imagens. L u c io la Z v a ri ck /P u ls a r Im a g e n s R e n a to S o a re s /P u ls a r Im a g e n s M a rc o s A rm e d /P u ls a r Im a g e n s C a s s a n d ra C u ry /P u ls a r Im a g e n s Indígen as brasileiros na atualidade. Podemos afirmar que todos os indígenas brasileiros são iguais? Justifique. Não, os povos indígenas eram e continuam sendo bastante diversos entre si, embora apresentem algumas características em comum. 3 Leia o trecho a seguir, retirado do Estatuto do Índio. Cumpre à União, aos Estados e aos Municípios, bem como aos órgãos das respectivas administrações indiretas, nos limites de sua competência, para a pro- teção das comunidades indígenas e a preservação dos seus direitos: I - estender aos índios os benefícios da legislação co- mum, sempre que possível a sua aplicação; II - prestar assistência aos índios e às comunida- des indígenas ainda não integrados à comunhão nacional; III - respeitar, ao proporcionar aos índios meios para o seu desenvolvimento, as peculiaridades inerentes à sua condição; IV - assegurar aos índios a possibilidade de livre escolha dos seus meios de vida e subsistência. [...] ESTATUTO do Índio. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6001.htm>. Acesso em: 19 nov. 2019. Qual é a importância do estatuto para os indígenas brasileiros? Garantir diversos direitos, como o acesso a terra, a manutenção de sua cultura e seu modo de vida, etc. APLICANDO O CONHECIMENTO 178 H IS T Ó R IA M Ó D U LO 1 9 PH_EF2_7ANO_HIS_170a180_CAD3_MOD19_CA.indd 178 19/03/20 17:58 1 Leia o trecho a seguir. Enquanto os portugueses escutavam a missa com muito “prazer e devoção”, a praia encheu-se de nativos. Eles sentavam-se lá surpresos com a complexidade do ritual que observavam ao longe. Quando D. Henrique aca- bou a pregação, os indígenas se ergueram e começaram a soprar conchas e buzinas, saltando e dançando [...]. BUENO, Eduardo. Náufragos, degredados e traficantes: as primeiras expedições ao Brasil. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998. v. 2. p. 35. (Coleção Brasilis). O espanto dos indígenas com a missa organizada pelos portugueses descrito no relato deve-se ao fato de que: a) a cultura dos indígenas e a dos portugueses eram bastante semelhantes. b) os portugueses estavam impondo sua religião sobre os indígenas. c) os indígenas acreditavam que sua religião eram su- perior à dos portugueses. d) os indígenas foram surpreendidos pela linguagem violenta das missas. 2 Leia o trecho a seguir. São esses canibais que conhecerão com Montaigne uma consagração duradoura. Tornam-se a má consciên- cia da civilização, seus juízes morais, a prova de que existe uma sociedade igualitária, fraterna, em que o Meu não se distingue do Teu, ignorante do lucro e do entesouramen- to, em suma, a da Idade de Ouro. Suas guerras incessan- tes, não movidas pelo lucro ou pela conquista territorial, são nobres e generosas. CUNHA, Manuela Carneiro da. Imagens de índios do Brasil: o século XVI. Revista Estudos Avançados, São Paulo, v. 4, n. 10, p. 100, dez. 1990. Quais características dos indígenas estão sendo rela- tadas no texto? a) Docilidade e politeísmo. b) Antropofagia e ausência de lucro. c) Poligamia e militarismo. d) Ateísmo e ignorância. 3 Leia o trecho a seguir. Índio é um conceito construído no processo de con- quista da América pelos europeus. Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram por denominar da mesma forma povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas. SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005. p. 38. Segundo o texto, a palavra “índio” expressa: a) a preocupação dos europeus com a diversidade dos povos indígenas. b) o desconhecimento de quem vinha da Europa de que havia mais de um grupo indígena no Brasil. c) o desinteressepelas diferentes organizações dos grupos indígenas brasileiros. d) a denominação adequada para grupos muito semelhantes que habitavam o Brasil no período colonial. 4 Leia o trecho a seguir. A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida. GÂNDAVO, P. M. A primeira história do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004. p. 67. A crítica feita aos indígenas no trecho acima refere-se à(ao): a) ausência de organização política como aquela co- nhecida na Europa. b) brutalidade das relações entre os grupos indígenas. c) excessivo aparato militar da maioria das tribos indígenas. d) criação de leis fracas entre as sociedades indígenas no Brasil. DESENVOLVENDO HABILIDADES Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das alternativas sinalizadas com asterisco. 179 H IS T Ó R IA M Ó D U LO 1 9 PH_EF2_7ANO_HIS_170a180_CAD3_MOD19_CA.indd 179 19/03/20 17:58
Compartilhar