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Gabarito_7ano_Português_Módulo16

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Muitas vezes, ao ler um poema, temos de ir além das palavras e estabelecer reflexões im-
portantes sobre o mundo e até mesmo sobre nosso comportamento diante de determinadas 
situações. 
1 Para começar, observe que todo o poema, incluindo o título, tem como base uma figura de 
linguagem chamada metáfora. Explique como ela está presente no texto.
A metáfora está presente na comparação entre o cão ao qual o eu lírico faz referência e a imigração, pois essa condição, 
que está sempre perto do imigrante, sempre atrás dele, é a todo momento uma lembrança.
2 No poema, há menção a dois cães: o que segue o eu lírico e o que ele deixou em casa. Por que 
um dos cães rosna para o interlocutor?
O cão rosna porque o vê como uma ameaça, como um perigo a ser evitado.
3 A zoomorfização (atribuição de características de animais a outros seres) está presente no texto 
nos versos “um país que te rosna / uma cidade que te rosna / ruas que te rosnam”. Explique o 
efeito de sentido pretendido por essa comparação inesperada.
A atribuição do ato de rosnar ao país, à cidade e às ruas se deve ao fato de o eu lírico não se sentir bem-vindo quando 
imigra, apontando para a forma negativa, agressiva e inóspita como os países e seus habitantes recebem os imigrantes.
4 Analisando a sintaxe do poema, observamos a predominância de predicados verbais. Justifique 
esse predomínio considerando o objetivo da autora.
No texto, há predomínio de predicados verbais, pois o eu lírico busca narrar suas ações e as ações do cão.
Neste módulo, estudamos o predicado, termo realmente essencial da oração, já que é nele 
que se encontra o verbo e a informação maior que se deseja transmitir.
Retomamos também as características básicas dos poemas e das letras de canção e obser-
vamos que a diferença básica entre esses gêneros é a intenção no ato da produção.
Por fim, aprendemos que as figuras de linguagem são muito importantes para a constru-
ção de textos mais subjetivos e expressivos, esclarecendo que esse tipo de linguagem não 
é característico apenas de textos poéticos e pode aparecer em qualquer contexto com o 
objetivo de enriquecê-lo. 
PARA CONCLUIR
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Casimiro de Abreu (1839-1860) foi um escritor brasileiro 
pertencente ao movimento artístico intitulado Romantis-
mo. Em sua obra abordou o amor, a saudade da infância, a 
tristeza da vida e a saudade do Brasil, já que passou parte 
da vida em Portugal.
Leia o poema de Casimiro de Abreu transcrito a seguir 
para resolver as questões 1 a 5.
O que é – simpatia
(A UMA MENINA)
Simpatia – é o sentimento
Que nasce num só momento
Sincero, no coração;
São dois olhares acesos
Bem juntos, unidos, presos
Numa mágica atração.
Simpatia – são dois galhos
Banhados de bons orvalhos
Nas mangueiras do jardim;
Bem longo às vezes nascidos,
Mas que se juntam crescidos
E que se abraçam por fim.
São duas almas bem gêmeas
Que riem no mesmo riso,
Que choram nos mesmos ais;
São vozes de dois amantes,
Duas liras semelhantes,
Ou dois poemas iguais.
Simpatia – meu anjinho,
É o canto do passarinho,
É o doce aroma da flor;
São nuvens dum céu d’Agosto,
É o que m’inspira teu rosto...
– Simpatia – é – quase amor!
Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/wk000411.pdf>.
 Acesso em: 2 dez. 2019.
1 O p oema de Casimiro de Abreu aborda o tema da simpa-
tia, procurando defini-la. Explique a metáfora presente 
no último verso do poema.
A metáfora consiste na comparação entre a simpatia e o amor, 
destacando que o primeiro sentimento se aproxima do segundo, mas 
não se iguala a ele. 
2 O predicado é a parte da oração que contém o verbo e 
na qual se faz uma declaração. Identifique e classifique 
o predicado das orações a seguir.
a) “Simpatia [...],
 É o canto do passarinho,”
O predicado é “é o canto do passarinho” e se classifica em 
predicado nominal. 
b) A simpatia nasce no coração.
O predicado é “nasce no coração” e se classifica em predicado 
verbal.
c) Teu rosto me inspira simpatia.
O predicado é “me inspira simpatia” e se classifica em predicado 
verbal.
d) Os galhos da mangueira do jardim se abraçam.
O predicado é “se abraçam” e se classifica em predicado verbal.
e) Dois olhares estão presos numa mágica atração.
O predicado é “estão presos numa mágica atração” e se 
classifica em predicado nominal.
3 As figuras de linguagem são responsáveis por tornar o 
texto mais expressivo e estão presentes com frequência 
nos poemas. Releia o verso a seguir:
“E que se abraçam por fim.”
 Identifique a figura de linguagem presente no verso e 
justifique sua resposta.
No verso, há personificação: os galhos da mangueira realizam a ação 
de se abraçar.
PRATICANDO O APRENDIZADO
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4 Há no poema várias orações com predicado nominal. 
Considerando a função desse tipo de predicado, justi-
fique sua utilização.
Os predicados nominais são usados, pois o eu lírico tem por objetivo 
caracterizar a simpatia. Assim, esse predicado, que tem como núcleo 
um elemento caracterizador (predicativo do sujeito), aparece no 
poema em muitos versos. 
5 Ao associar a simpatia ao canto do passarinho e ao doce 
aroma da flor, que imagem a respeito desse sentimento 
o eu lírico pretende transmitir? Explique sua resposta.
O eu lírico apresenta uma imagem positiva a respeito da simpatia ao 
associá-la a elementos agradáveis, como o canto dos pássaros ou o 
perfume das flores.
APLICANDO O CONHECIMENTO
Álvares de Azevedo (1831-1852) foi um escritor brasi-
leiro muito importante para a literatura nacional. Leia o seu 
poema a seguir para responder às questões 1 a 6.
Namoro a cavalo
Eu moro em Catumbi. Mas a desgraça
Que rege minha vida malfadada
Pôs lá no fim da rua do Catete
A minha Dulcineia namorada.
Alugo (três mil réis) por uma tarde
Um cavalo trote (que esparrela!)
Só para erguer meus olhos suspirando
A minha namorada na janela…
Todo o meu ordenado vai-se em flores
E em lindas folhas de papel bordado
Onde eu escrevo trêmulo, amoroso,
Algum verso bonito… mas furtado.
Morro pela menina, junto dela
Nem ouso suspirar de acanhamento…
Se ela quisesse eu acabava a história
Como toda a Comédia-em casamento…
Ontem tinha chovido… Que desgraça!
Eu ia a trote inglês ardendo em chamas
Mas lá vai senão quando uma carroça
Minhas roupas tafuis encheu de lama…
Eu não desanimei. Se Dom Quixote
No Rocinante erguendo a larga espada
Nunca voltou de medo, eu, mais valente,
Fui mesmo sujo ver a namorada…
Mais eis que no passar pelo sobrado,
Onde habita nas lojas minha bela,
Por ver-me tão lodoso ela irritada
Bateu-me sobre as ventas a janela…
O cavalo ignorante de namoros
Entre os dentes tomou a bofetada,
Arrepia-se, pula, e dá-me um tombo
Com pernas para o ar, sobre a calçada…
Dei ao diabo os namoros. Escovado
Meu chapéu que sofrera no pagode,
Dei de pernas corrido e cabisbaixo
E berrando de raiva como um bode.
Circunstância agravante. A calça inglesa
Rasgou-se no cair de meio a meio
O sangue pelas ventas me corria
Em paga do amoroso devaneio!…
AZEVEDO, Álvares de. Disponível em: <http://bndigital.bn.gov.br/dossies/rede-da-
memoria-virtual-brasileira/literatura/a-poesia-romantica/>. Acesso em: 2 dez. 2019.
esparrela: no contexto, tem sentido de roubo. 
tafuis: luxuosas.
lodoso: cheio de lodo, de barrenta.
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1 O poema de Álvares de Azevedo narra, com certo de-
boche, uma tentativa de um encontro amoroso.
 Retire das duas últimas estrofes versos que exemplifi-
cam essa afirmativa. 
“Dei de pernas corrido e cabisbaixo / E berrando de raiva como um 
bode.”, “Circunstância agravante. A calça inglesa / Rasgou-se no cair 
demeio a meio”
2 Aprendemos que a utilização de um ou outro tipo de 
predicado nos diz muito sobre a intenção comunicativa 
do texto. Assim, responda:
a) Identifique e classifique o predicado da oração “eu 
escrevo trêmulo, amoroso, / Algum verso bonito”.
O predicado dessa oração é “escrevo trêmulo, amoroso, / Algum 
verso bonito” e se classifica em predicado verbo-nominal por 
apresentar dois núcleos: a forma verbal “escrevo” e os 
predicativos do sujeito “trêmulo e amoroso”.
b) Qual é a intenção comunicativa do eu lírico ao fazer 
uso desse tipo predicado?
A intenção comunicativa do eu lírico ao usar predicado verbo-
-nominal é apresentar a ação que ocorreu e apontar o estado em 
que estava diante dessa ação, caracterizando-se.
3 Há na penúltima estrofe uma comparação. Quais são 
os elementos comparados e o que há de semelhante 
entre eles?
O eu lírico compara seu comportamento ao de um bode 
(correu e berrou como o animal).
4 No poema ocorrem, quase que exclusivamente, predi-
cados verbais. Justifique essa utilização. 
Como se trata de um poema narrativo, cujo objetivo central é 
narrar os fatos que aconteciam naquele momento, em sequência, 
há o emprego de predicados verbais, cujos núcleos são verbos de 
ação.
5 O eu lírico se compara, na 6ª estrofe, a Dom Quixote, 
importante personagem da literatura mundial. De acor-
do com ele, qual característica os aproximava?
A valentia, segundo o eu lírico, era a característica que o aproximava 
de Dom Quixote.
6 As figuras de linguagem são responsáveis por transmitir 
mensagens de forma conotativa a fim de tornar o texto 
mais expressivo. Releia os versos a seguir:
Morro pela menina, junto dela
Nem ouso suspirar de acanhamento…
 Identifique a figura de linguagem presente na expressão 
“morro pela menina” e explique o sentido atribuído por 
ela à frase.
A figura de linguagem presente no trecho é a hipérbole, pois o eu 
lírico tem a intenção de intensificar seu sentimento pela amada, 
usando uma expressão exagerada, já que, na realidade, ele não 
morre por ela. 
Leia a tirinha a seguir para responder aos testes 1 e 2.
LEITE, Willian. Anésia, 24 jun. 2019. Disponível em: <www.willtirando.com.br/anesia-455/>. Acesso em: 25 nov. 2019.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
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1 Maquiavel, Jean-Jacques Rousseau e John Locke são pensadores importantes da história que tinham visões diferen-
tes sobre a humanidade. Já Dona Anésia é a personagem de uma tirinha que é conhecida por ser sincera e ranzinza 
demais.
 A tirinha é um gênero textual que usa, em sua maioria, a linguagem híbrida e se constrói com base no humor. No 
texto, podemos perceber que o humor se constrói com base em uma intertextualidade porque
a) a fala de Dona Anésia é mais importante do que todas as outras devido ao fato de ela ser mais famosa.
b) são colocadas falas de pensadores famosos dentro da tirinha, construindo um diálogo entre os textos.
c) apenas as imagens dos pensadores foram preservadas, modificando o sentido de suas frases.
d) a tirinha é da Dona Anésia, e ela faz parte dos pensadores colocados em destaque.
e) o que predomina na tirinha é a ironia da fala de Anésia diante dos outros pensadores.
2 Nos dois primeiros quadrinhos, temos a fala dos pensadores Maquiavel e Rousseau buscando uma definição do ser 
humano que, para eles, é oposta. Analisando a função do predicado nas orações, podemos observar que
a) em ambas as frases temos predicados nominais devido ao objetivo de caracterizar o ser humano.
b) em ambas as frases os predicados são verbo-nominais devido ao objetivo de caracterizar o ser humano.
c) as duas frases são formadas por predicados nominais, pois o núcleo é o verbo.
d) as duas frases não apresentam predicado, pois não têm verbo de ação.
3 Leia a tirinha.
 Anésia é uma senhora muito mal-humorada e sincera que diz tudo aquilo que pensa sem considerar o incômodo que 
esse comportamento pode gerar no outro. Na tirinha, percebemos que a senhora faz uso de uma figura de linguagem 
no segundo quadrinho. Essa figura se classifica em
a) metáfora.
b) metonímia.
c) hipérbole.
d) eufemismo.
ANOTAÇÕES
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