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Izabelly Thays Ramos Silva - Medicina - Faculdade Integrada Tiradentes Triagem neonatal O teste de triagem neonatal tem o objetivo de rastrear crianças portadoras de doenças que devem ser precocemente diagnosticadas e tratadas, a fim de evitar sequelas. Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN): ✓ Implantado em 2001, através de Portaria Ministerial; ✓ Determina a gratuidade e obrigatoriedade da realização dos testes para diagnóstico neonatal de fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias e fibrose cística; ✓ Tem o objetivo de assegurar a identificação precoce desses distúrbios e garantir tratamento e acompanhamento contínuos às pessoas com diagnóstico positivo. Para a triagem neonatal, alguns passos devem ser seguidos: ✓ Coleta adequada da amostra sanguínea; ✓ Envio rápido da amostra para o laboratório; ✓ Análise correta da amostra pelo laboratório; ✓ Comunicação rápida dos resultados; ✓ Um centro de referência com médicos treinados para estabelecer o diagnóstico correto e garantir o seguimento adequado; ✓ Avaliações periódicas do PNTN quanto ao seu controle de qualidade. Teste do pezinho: ✓ Deve ser realizado em todo recém- nascido (RN), entre o 3º e o 5º dia de vida (preferencialmente no 3º dia); ✓ Em crianças prematuras (idade gestacional < 37 semanas), a coleta de O teste do pezinho não deve ser realizado antes das 48 horas de vida, pois: 1. Pode apontar resultado falso-negativo para fenilcetonúria; 2. Pode apontar resultado falso-positivo para hipotireoidismo congênito. OBS.: Se o bebê precisar receber transfusão sanguínea, o teste do pezinho deve ser realizado sem importar a data de nascimento. Izabelly Thays Ramos Silva - Medicina - Faculdade Integrada Tiradentes sangue deve ser realizada ao final da 1ª semana de vida e repetida com 1 mês de vida. É de responsabilidade do ponto de coleta: ✓ Responsabilizar uma pessoa por todas as comunicações relacionadas à triagem neonatal; ✓ Treinar a equipe de coleta; ✓ Dar orientação aos pais/responsáveis acerca do procedimento que irá ser executado; ✓ Documentar a realização da coleta; ✓ Manter o registro da orientação dada aos pais/responsáveis para levar a criança ao ponto de coleta na Atenção Básica, em caso de alta hospitalar sem realização do teste; ✓ Manter o registro das solicitações de busca ativa dos casos reconvocados; ✓ Documentar a entrega de resultados, com ou sem alteração, às famílias. O cartão de coleta é composto por duas partes: ✓ Área do papel-filtro: parte mais sensível, é destinada à absorção e ao transporte do sangue do RN. Para evitar contaminação, é importante evitar o contato dessa área com as mãos; ✓ Área de registro das informações: destinada ao registro dos dados de identificação do RN e de informações necessárias à interpretação dos resultados. Para a realização do procedimento, deve-se seguir os passos abaixo: ✓ Após realizar a assepsia do local da punção, esperar a formação da primeira gota de sangue e retirá-la com algodão seco ou gaze esterilizada, pois ela pode conter outros fluidos teciduais capazes de interferir nos resultados; ✓ Encostar o papel-filtro pelo verso na nova gota formada e fazer movimentos circulares com o cartão, a fim de preencher todo o círculo. Não permitir que o sangue coagule no papel-filtro ou no pé do bebê; ✓ Evitar que o papel-filtro fique encharcado (supersaturação), para não inviabilizar a amostra; Izabelly Thays Ramos Silva - Medicina - Faculdade Integrada Tiradentes ✓ Verificar a qualidade da amostra, observando-a contra a luz. A amostra ideal deve ter um aspecto translúcido na região molhada com o sangue, que deve estar homogeneamente espalhado. Amostras insuficientes ou mal coletadas são rejeitadas pelo laboratório e atrasam possíveis diagnósticos; ✓ Terminada a coleta e com a criança deitada, comprimir o local da punção com algodão ou gaze até que o sangramento cesse. Se necessário, utilizar curativo.
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