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Triagem Neonatal

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A triagem neonatal a partir da matriz biológica, 
“teste do pezinho”, é um conjunto de ações 
preventivas, responsável por identificar 
precocemente indivíduos com doenças 
metabólicas, genéticas, enzimáticas e 
endocrinológicas, para que estes possam ser 
tratados em tempo oportuno, evitando as sequelas 
e até mesmo a morte. Além disso, propõe o 
gerenciamento dos casos positivos por meio de 
monitoramento e acompanhamento da criança 
durante o processo de tratamento. 
 A Triagem Neonatal – Teste do Pezinho – foi 
incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) no 
ano de 1992 (Portaria GM/MS n.º 22, de 15 de 
Janeiro de 1992) com uma legislação que 
determinava a obrigatoriedade do teste em todos 
os recém-nascidos vivos e incluía a avaliação para 
Fenilcetonúria e Hipotireoidismo Congênito. O 
procedimento foi então incluído na tabela 
SIA/SUS na seção de Patologia Clínica, podendo 
ser cobrado por todos os laboratórios credenciados 
que realizassem o procedimento. 
 No ano de 2001, o Ministério da Saúde, através 
da Secretaria de Assistência à Saúde, empenhou-
se na reavaliação da Triagem Neonatal no SUS, o 
que culminou na publicação da portaria 
ministerial (Portaria GM/MS n.º 822, de 6 de 
junho de 2001) que criou o Programa Nacional de 
Triagem Neonatal (PNTN). 
 Dentre os principais objetivos do programa, 
destacam-se a ampliação da gama de patologias 
triadas (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo 
Congênito, Anemia Falciforme e outras 
Hemoglobinopatias e Fibrose Cística), busca da 
cobertura de 100% dos nascidos vivos e a 
definição de uma abordagem mais ampla da 
questão, determinando que o processo de Triagem 
Neonatal envolva várias etapas como: a realização 
do exame laboratorial, a busca ativa dos casos 
suspeitos, a confirmação diagnóstica, o tratamento 
e o acompanhamento multidisciplinar 
especializado dos pacientes. Dessa forma, o 
PNTN cria o mecanismo para que seja alcançada a 
meta principal, que é a prevenção e redução da 
morbimortalidade provocada pelas patologias 
triadas. 
. 
 
Teste do Pezinho 
Atividades no ponto de coleta 
 Cartão de Coleta 
- Área do papel-filtro: é a parte mais sensível 
do cartão de coleta, destinada para a absorção 
e transporte do sangue do recém-nascido. Esse 
papel-filtro é especial e deve estar em 
conformidade com o padrão internacional 
estabelecido para a ação de triagem neonatal, 
permitindo a análise quantitativa dos analitos. 
- Área de registro das informações: essa área 
normalmente é confeccionada com papel 
sulfite comum ou reciclado, destinada ao 
registro dos dados de identificação do recém-
nascido e informações necessárias e 
importantes para a interpretação dos 
resultados. Preencher todas as informações 
solicitadas com letra legível, de preferência de 
fôrma, e evitar o uso de abreviaturas. Usar 
apenas caneta esferográfica para garantir uma 
boa leitura. Dados incompletos, trocados ou 
ilegíveis retardam ou impedem a realização do 
exame, atrasam um possível diagnóstico 
positivo, impactando a vida da criança. 
 O cartão de coleta é distribuído pelo 
laboratório especializado em triagem neonatal, 
que faz o controle do respectivo lote de 
fabricação do papel-filtro anexado. Para evitar 
a contaminação dos círculos do papel-filtro, 
manuseie o cartão de coleta com cuidado 
evitando o contato com as mãos, bem como 
com qualquer tipo de substância, no local 
reservado ao sangue. 
 Armazenagem do Cartão de Coleta 
- Armazenar o cartão de coleta em recipiente 
fechado, em local fresco e bem ventilado, 
longe de umidade, contato com água ou 
quaisquer outros líquidos ou substâncias 
químicas. Nunca guarde o cartão de coleta 
com papel-filtro, ainda não utilizado, em 
geladeiras, que são locais com alto índice de 
umidade que modificam suas características 
fundamentais de absorção. 
 Ambiente de Coleta 
- O ambiente de coleta deve ser 
preferencialmente um local adequado à sua 
finalidade e atender as normas vigentes de 
regulamentação da Vigilância Sanitária que 
disponha sobre os Requisitos de Boas Práticas 
de Funcionamento para os Serviços de Saúde 
(Resolução da Diretoria Colegiada ANVISA - 
RDC nº. 63 de 25 de novembro de 2011). 
 O uso de ar refrigerado não é recomendado, 
pois o resfriamento dos pés do bebê irá 
dificultar o sangramento e a obtenção de 
sangue. 
. 
 A escolha do local adequado para a punção é 
importante, devendo ser numa das laterais da 
região plantar do calcanhar, local com pouca 
possibilidade de atingir o osso. Segure o pé e o 
tornozelo da criança, envolvendo com o dedo 
indicador e o polegar todo o calcanhar, de 
forma a imobilizar, mas não prender a 
circulação. A punção só deverá ser realizada 
após a assepsia e secagem completa do álcool. 
 
 
 
 
 
. 
Teste da Orelinha 
• O Teste da Orelhinha, ou “exame de 
emissões otoacústicas evocadas”, é o 
método mais moderno para constatar 
problemas auditivos nos recém-nascidos. 
Ele consiste na produção de um estímulo 
sonoro e na captação do seu retorno por 
meio de uma delicada sonda introduzida 
na orelhinha do nenê. É rápido, seguro e 
indolor. 
• Este exame é feito ainda no hospital, com 
o nenê dormindo, a partir de 48 horas de 
vida. Ele leva de 5 a 10 minutos para ser 
concluído. No caso de suspeita de alguma 
anormalidade, o nenê será encaminhado 
para uma avaliação otológica e audiológica 
completa. 
• O Teste da Orelhinha, chamado também 
de Triagem Auditiva Neonatal, é 
assegurado por lei e todos os bebês devem 
fazer para saber se está tudo bem com a 
audição. Assegure-se com o pediatra que 
atende seu filho para que ele também passe 
por essa avaliação. 
 
 
 
 
. 
Teste da Linguinha 
• O protocolo de avaliação do frênulo da 
língua para bebês foi desenvolvido durante 
o mestrado da Fonoaudióloga Roberta 
Lopes de Castro Martinelli na Faculdade 
de Odontologia de Bauru da Universidade 
de São Paulo. Com a aplicação desse 
protocolo é possível identificar se o 
frênulo lingual limita os movimentos da 
língua, que são importantes para sugar, 
mastigar, engolir e falar. 
 Pesquisas em todo o mundo têm 
comprovado a importância do diagnóstico 
e intervenção precoce dessa alteração. 
Com a aprovação dessa lei, o Brasil torna-
se o primeiro país a oferecer esse teste em 
todas as maternidades, abrindo mais um 
campo de atuação para os profissionais da 
saúde e beneficiando a população. 
• Língua presa é uma alteração comum, 
mas muitas vezes ignorada. Ela está 
presente desde o nascimento, e ocorre 
quando uma pequena porção de tecido, que 
deveria ter desaparecido durante o 
desenvolvimento do bebê na gravidez, 
permanece na parte de baixo da língua, 
limitando seus movimentos. 
 O teste da linguinha é um exame 
padronizado que possibilita diagnosticar e 
indicar o tratamento precoce das 
limitações dos movimentos da língua 
causadas pela língua presa que podem 
comprometer as funções exercidas pela 
língua: sugar, engolir, mastigar e falar. 
• O teste da linguinha deve ser realizado 
por um profissional da área da saúde 
qualificado, como por exemplo, o 
fonoaudiólogo. Ele deve elevar a língua do 
bebê para verificar se a língua está presa, e 
também observar o bebê chorando e 
sugando. O exame não tem 
contraindicações. Recomenda-se que a 
avaliação do frênulo da língua seja 
inicialmente realizada na maternidade. A 
avaliação precoce é ideal para que os 
bebês sejam diagnosticados e tratados com 
sucesso. 
 O que fazer se a maternidade ou hospital 
não tiver realizado o teste? Avise o 
pediatra ou profissional da saúde logo na 
primeira consulta. Ele deverá encaminharo bebê para os locais que estejam 
preparados para realizar o teste. 
 No Brasil, a lei nº 13.002 de 20 de Junho 
de 2014, que torna obrigatória a aplicação 
do protocolo de avaliação do frênulo 
lingual em todos os recém-nascidos é 
recente, por isso, não existe um cadastro 
oficial do Ministério da Saúde de todos os 
locais que realizam o exame. 
• Existem graus variados de língua presa, 
por isso a importância de haver um teste 
que leva em consideração os aspectos 
anatômicos e funcionais para fazer um 
diagnóstico preciso e indicar a necessidade 
da realização do “pique no frênulo que está 
preso na língua”. Se o resultado da 
avaliação do protocolo indicar a presença 
da língua presa, o procedimento de 
liberação do frênulo lingual, popularmente 
conhecido como “pique na língua”, deve 
ser realizado por um profissional médico 
ou dentista.

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