RAÇAS SUÍNAS

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LILIANE GOMES 1 
 
As principais raças de suínos utilizadas no Brasil atualmente 
são a Large White, Duroc e Landrace. Outras raças que são menos 
utilizadas são Wessex, Hampshire e Pietran, onde essa última vem sendo 
utilizada em alguns cruzamentos para aumento no rendimento de carcaça 
e carne. 
A raça na suinocultura é formada por características 
parecidas e adquiridas sexualmente transmitidas e influencias naturais. 
Sendo divididas em raças estrangeiras e nacionais. 
As estrangeiras são resultadas de uma seleção, onde foram 
feitas em países com tecnologia adiantada. Em consequência disso 
atingiram valores muito altos de produtividade expressos em precocidade, 
prolificidade e a qualidade da carcaça. Entre essas raças podemos citar as 
mais conhecidas como, Large, Duroc, Wessex, Hampshire, Landrace, 
Pietrain, White e Berkshire. 
As raças nacionais são agrupamentos de animais que são 
descendentes de raças trazidas pelos colonizadores. São animais que os 
produtores rurais preferem por sua rusticidade, apresentarem sabor 
diferenciado na carne e são menos exigentes na alimentação e manejo. São 
animais mais apropriados á produção de banha, sai poucos prolíferos e tem 
baixa produtividade. As raças mais comuns desse tipo são Nilo, Piau, 
Canastra, Caruncho, Piratinga, Tatu, Moura e Pereira. 
 
Tem origem nos EUA, foi a primeira raça a ser introduzida 
no Brasil, sendo a raça que iniciou o melhoramento e a tecnificação da 
suinocultura. Tem boa rusticidade, boa precocidade e fecundidade, é uma 
raça bem adaptada á condição tropical do país, bem adaptada a qualquer 
tipo de cruzamento e sistema de criação. Tem boa conversão alimentar e 
boa velocidade de ganho de peso, boa carcaça, bom comprimento corporal, 
pelagem vermelho – cereja, orelhas caídas e médias, boa profundidade 
corporal, bom rendimento de carne e boa taxa de crescimento. As fêmeas 
não são boas mães e tem pouca produção de leite, não sendo muito usada 
em cruzamentos. 
 
Foi originada na Bélgica. São animais que dão impressão de 
ser gordo por conta da sua conformação curta e rechonchuda, mas tem 
baixa velocidade de ganho de peso. Possuem boa massa muscular no quarto 
dianteiro, tem menor camada de gordura, pelagem branca com manchas 
pretas, boa para cruzamento pela sua massa muscular, porém podem 
perder reprodutores durante o acasalamento feito nas horas mais 
quentes do dia, e apresentam problemas cardíacos. 
 
Origem do condado de Boone, sendo uma raça derivada de 
porcos ingleses do Hampshire. A característica mais marcante dessa raça 
é faixa branca na região da escapula e pegando na pata dianteira. Tem 
bom rendimento de carcaça, rusticidade, tem preferência pelos produtores 
ao usar nos cruzamentos, menor deposição de gordura e maior rendimento 
de carne na carcaça de todas as raças, e boa qualidade de carne na região 
do lombo e baixa espessura de toucinho. 
Tem tamanhão médio, são dóceis, muito sensíveis ao 
estresse, as fêmeas são boas mães, tem boa adaptação ao regime de 
confinamento e semiconfinamento. São animais de grande beleza, não 
possuem o couro duro, orelhas eretas e curtas, pelagem preta com faixa 
branca. 
 
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É originada da Dinamarca. Pelagem de cor branca, bom 
comprimento do corpo, orelhas compridas e caídas, tem a pele 
despigmentada e assim, sendo sensível a luz. Possuem excelente 
conformação, altamente prolífera, produtiva e precoce, têm boa conversão 
alimentar, produção de carcaça com pouca porcentagem de gordura, as 
fêmeas tem boa produção de leite, qualidades maternas e produzem 
grandes ninhada, são muito utilizadas nos programas de produção de 
híbridos. 
 
Têm origem na Inglaterra, do condado de York, também 
sendo conhecido como yorkshire. É o primeiro lugar na composição dos 
rebanhos das granjas produtoras de animais puros de origem. Sendo uma 
raça prolífera, fêmeas com boa habilidade materna e boas leiteiras, se 
adapta á todos os tipos de criação, tem bom desenvolvimento, boa 
conversão alimentar, boa reprodução, boa taxa de crescimento, bom 
rendimento de carne, bom ganho de peso, é uma raça muito usada em 
produção de híbridos. Tem orelhas mais curtas e eretas, pelagem branca. 
 
Origem na Inglaterra. No passado foi uma raça preferida 
pelas granjas que utilizavam o sistema de produção extensivo ou a criação 
ao ar livre, como no país esse tipo de sistema é pouco utilizado, tem a 
tendência é de que essa raça seja extinta ou substituída por uma raça 
mais moderna. As principais características dessa raça são prolificidade, 
rusticidade e habilidade materna, orelhas compridas e caídas, tem 
pelagem semelhante à raça Hampshire, de cor preta com faixas brancas, 
boa produção de leitões, alta produção de gordura e boa capacidade 
produtiva. 
 
Tem pelagem cor de areia com manchas pretas e marrons, 
orelhas de tamanho médio, focinho semi- retilíneo, atingem 90 kg com sete 
meses de idade, carcaça com grande deposição de gordura, com mais de 4 
cm. 
 
Mesma pelagem da raça Piau, porém mais curta e com 
focinho côncavo. 
 
Pelagem preta ou acinzentada. Produz até dez leitões por 
leitegada. Pesa 90 kg com menos de seis meses de idade. 
 
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Possuem pelagem preta, tem um menor comprimento 
corporal, quando comparada as demais raças nacionais. 
No nosso país ainda existe o mito de que a carne suína é rica 
em colesterol e transmite doenças parasitárias ao homem. Estudos 
mostram que a carne suína possui níveis de colesterol semelhantes à carne 
bovina e à carne de ave. A suinocultura tem como desafio reduzir a 
espessura do toucinho e aumentar o rendimento de carne na carcaça, sendo 
assim, utilizando de melhorias no manejo nutricional e no ambiente, com a 
genética dos animais e aplicando técnicas da biotecnologia. A biotecnologia 
ajuda a detectar animais adequados para permanecer nos plantéis e 
identificar genes com alterações. Em um dos estudos feitos identificou que 
os suínos heterozigotos, para o gene da "carne magra", são superiores aos 
homozigotos normais, quanto à composição da carcaça, produzindo 
carcaças com maior deposição de músculos e menor deposição de gordura.