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Técnicas cirúrgicas: Cesariana em animais de produção Larissa Andrade, Emanuelly Soares, Alice Fátima e João Pedro Martins. Procedimento A cesariana constitui de um procedimento cirúrgico onde se faz a retirada do feto através de uma abertura transabdominal do útero podendo ser realizado com o animal em estação ou em decúbito e quando realizada objetiva-se a manutenção da função reprodutiva. Em bovinos é melhor acertada quando realizada até 18 horas após o início do trabalho de expulsão e o feto está vivo ou recentemente morto, evitando a morte da mãe. 2 Qual a indicação? • A cesariana está indicada em vários tipos de distocia, inclusive as causadas por tamanho fetal relativamente grande, quando a entrada pélvica de novilhas jovens é muito pequena para a passagem do feto, deformidades da pelve materna, monstros fetais, endurecimento da cérvix, mau posicionamento fetal, hidropisia amniótica e alantoica, torção uterina e fetos enfisematosos. • Em muitos casos, a escolha entre fetotomia ou cesariana pode depender da experiência relativa do operador com cada técnica. A seleção do caso também é importante. A vaca já submetida a um longo período de manipulação fetal ou tentativas de fetotomia e que tiver comprometi- mento sistêmico não é candidata à cesariana. Fetotomia: consiste em fragmentar o feto em pedaços menores para que seja possível sua retirada do útero. 3 • A abordagem paralombar esquerda pelo flanco esquerdo é a incisão considerada padrão para um feto viável ou recém- morto não contaminado e uma vaca capaz de tolerar a cirurgia em estação. • Em algumas situações, a laparotomia pelo flanco direito está indicada se houver distensão acentuada do rúmen ou quando o exame clínico determinar que a remoção pelo lado direito é mais conveniente. Abordagem 4 • No caso de um feto morto e enfisematoso, deve-se usar uma abordagem ventral. • Uma incisão paramediana ventral, a abordagem mais comum, requer que a vaca seja colocada em decúbito dorsal. Uma alternativa é a abordagem oblíqua ventrolateral, que pode ser feita com o animal em decúbito lateral. Ambas as técnicas reduzem a contaminação do peritônio, que pode ocorrer durante a retirada de um feto enfisematoso contaminado e seus restos associados. 5 Anestesia e Preparação Cirúrgica 6 • A cesariana na vaca é feita com analgesia local. • A contenção com cordas, com ou sem sedação, é uma medida suplementar no caso de vacas em que se usa uma abordagem ventral. • A área da cirurgia é tricotomizada e preparada da forma asséptica rotineira. • Os procedimentos pré-operatórios com esterilização dos instrumentos cirúrgicos, disponibilidade dos materiais necessários que são luva de palpação estéril, lubrificante obstétrico, ocitocina, gluconato de cálcio, antibióticos de amplo espectro, xilazina, lidocaina 2%, bupivacaina, agulhas 40 x 12, agulha em S, compressas estéreis, cordas para contenção, correntes e fios de sutura.) Técnicas Cirúrgicas 7 • Pode-se fazer uma cesariana na vaca com ela em estação, caso se disponha de um brete, ou em decúbito. A localização exata da incisão é adaptada para cesariana. Por exemplo, a incisão é mais ventral para abordagem pelo flanco e mais caudal para a paramediana ventral. • A incisão paramediana ventral é feita a meio caminho entre a linha média e a veia abdominal subcutânea e estende-se do umbigo caudal à glândula mamária As abordagens pelos flancos com o animal em estação têm riscos inerentes, como prolapso do rúmen na abordagem pelo flanco esquerdo e evisceração do intestino delgado pelo flanco direito. • A abordagem em decúbito muitas vezes é preferida por que permite a exteriorização completa do útero, é mais vantajosa para extrair fetos grandes e está associada a menor incidência de contaminação abdominal do que na abordagem em estação. • Após a apresentação do útero sobre o campo cirúrgico, a incisão deve ser feita pela curvatura maior e continuar com a tesoura de Lister até o comprimento necessário para remoção do feto. Nesse momento é importante evitar a entrada de líquidos fetais na cavidade abdominal. • sutura no útero é realizada com padrão simples contínuo e depois Cushing com fios categute 3 ou 4 e agulha atraumática. Higieniza-se a serosa do útero como dito na técnica anterior e instilar antibiótico de base oleosa na ferida, evitando futuras aderências, pode ser opcional. Risco da cesariana em bovinos Um dos aspectos preocupantes é que em alguns casos, durante a cesariana em bovinos, podem ocorrer complicações trans e pós-operatória. Ainda mais, podem levar à: • Redução do desempenho reprodutivo dos animais; • Queda no volume de leite produzido pelas vacas; • Ocorrência de mortes; • Prejuízos para o produtor. 9 Fonte:https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/121230/s i lva_lc_tcc_botfmvz.pdf Referências Bibliográficas • https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/ 121230/silva_lc_tcc_botfmvz.pdf • Técnicas cirúrgicas em grandes animais: HENDRI CKSON, DEAN A. Ed. Guanabara Koogan, Ano 2010, 3º edição. • http://www.eagaspar.com.br/mcguido/cesareana_vaca s.htm • http://www.revistaagropecuaria.com.br/2012/11/22 /tecnica-de-cesariana-em-vacas/ 1 0 https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/ https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/121230/silva_lc_tcc_botfmvz.pdf http://www.eagaspar.com.br/mcguido/cesareana_vaca OBRIGADO! 11 Slide 1: Técnicas cirúrgicas: Cesariana em animais de produção Slide 2: Procedimento Slide 3: Qual a indicação? Slide 4: Abordagem Slide 5 Slide 6: Anestesia e Preparação Cirúrgica Slide 7: Técnicas Cirúrgicas Slide 8 Slide 9: Risco da cesariana em bovinos Slide 10 Slide 11