Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
P E R O X I S S O M OS BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR Joyce Maria de O. Bender CARACTERÍSTICAS GERAIS • Organelas vesiculares envolvidas por membrana • Presente em praticamente todas as células eucariontes • Identificados ao microscópio eletrônico por conferirem reação positiva para a enzima catalase. • Os peroxissomas sofrem fusão e fissão, utilizando muitas das proteínas usadas em processos semelhantes na mitocôndria 1 2 3 Síntese de peroxinas nos ribossomas (PEX) *Proteína de montagem peroxissomal Sistema de importação de proteínas da matriz do retículo peroxomal Divisão dos peroxissomas maduros BIOGÊNESE ESTRUTURA MORFOLÓGICA E MOLECULAR • Organelas esféricas: 0,5 a 1μm de diâmetro • Membrana: bicamada fosfolipídica com proteínas associadas • Presença de enzimas oxidativas: em seu interior – em humanos principalmente a catalase, urato oxidase e D-aminoácido oxidase. • Ausência de DNA (proteínas codificadas pelo genoma nuclear) • Core cristalino FUNCIONAMENTO • Oxidação de ácidos graxos de cadeia longa: Metabolismo de lipídios • Metabolização de álcool • Metabolização de medicamentos • Neutralização de peróxido de hidrogênio (H₂O₂) • Catalisadores de reações essenciais de diferentes rotas metabólicas. Ex: degradação do ácido úrico. FUNCIONAMENTO Os produtos a degradar são marcados pela PEX5 e transportados para o peroxissoma, onde sofrem a ação de oxidases e catalases . O peroxissomo contém enzimas relacionadas com o metabolismo do H₂O₂ . O H₂O₂ é tóxico para organismo por ser uma fonte de radicais livres . A catalase converte o peróxido de hidrogénio em H₂O e O₂ RELAÇÃO COM OUTROS COMPONENTES CELULARES • RIBOSSOMOS: As enzimas contidas dentro da organela têm origem em polirribossomos livres encontrados no citoplasma. • LISOSSOMOS: Transporte do colesterol livre deles para a membrana plasmática • MITOCÔNDRIAS: A biossíntese de hormônios esteróides VIA BIOSSINTÉTICA SECRETORA • Metabolismo de aminoácidos e de purina • Biossíntese de fosfolipídios • Síntese de plasmalógenos (lipídios encontrados na bainha de mielina) • Biossíntese de ácidos biliares, de colesterol e de intermediários de colesterol PATOLOGIAS Defeitos da biogênese e/ou função do peroxissoma resultam em: • Acúmulo de AGCML, citotóxicos (célula neuronal) • Acúmulo de intermediários dos ácidos biliares, hepatotóxicos • Diminuição da síntese do ácido docosahexanóico (DHA) e de plasmalógenios: lesão das membranas celulares Grupo 1 Síndrome de Zellweger Grupo 2 Adrenoleucodistrofia Hiperoxaluria tipo I Acatalassemia Doença de Refsum SÍNDROME DE ZELLWEGER Alteração genética autossômica recessiva no gene PEX Falha no transporte das enzimas para dentro do peroxissomo PEROXISSOMOS VAZIOS Alterações no esqueleto e no rosto e lesões graves em órgãos essenciais como coração, rins e fígado. Depósito de lipídeos no cerebelo 1 SÍNDROME DE ZELLWEGERS. cérebro-hepato-renal Retardo mental; Convulsões; Hipotonia; Hepatomegalia; Prejuízos visuais e auditivos; Cisto renal; Dificuldades de deglutição e respiração; Dimorfismos de crânio e face DESORDEM METABÓLICA • Presença da enzima catalase e oxidase no citoplasma • Redução de plasmalogênicos nos tecidos • Acúmulo do ácido fitânico , ácidos biliares, ácido pipecólico • Aumento da excreção urinária de ácidos dicarboxílicos • Acúmulo de ácidos graxos de cadeia longa • Desmielinização ADRENOLEUCODISTROFIA Padrão de herança ligado ao cromossomo X. Mutações no gene ABCD1 - proteína de membrana do peroxissomo, envolvida na importação de ácidos graxos de cadeia muito longa (AGCML) Acúmulo de AGCML no citoplasmas das células de diversos tecidos AGCML não conseguem entrar nos peroxissomos Despolarização das mitocôndrias celulares e a desregulação da homeostase intracelular 2 ADRENOLEUCODISTROFIADoença neonatal Complicações: • Encefalopatia difusa progressiva (hipotonia e convulsões) • Corioretinopatia e displasia nervo óptico • Surdez neurossensorial • Neuropatia periférica • Atraso do crescimento e ADPM (Atraso globlal de desenvolvimento psicomotor) Prejudica a substância branca do cérebro e danifica as adrenais CÉREBRO GLÂNDULAS ADRENAIS Referências bibliográficas Queiroz, Maria Carolina Souza; de Barros Emilia L.; Antunes, Marcos L.; Garcia, Roberta Ismael Dias; Kunigk, Michele R. G.; Rapoport Priscila B.. Adrenoleucodistrofia: Relato de Caso e Aspectos Relevantes ao Otorrinolaringologista. https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Pro f_Cesar_Martins/Biologia_celular/Aula_8_Peroxissomos.pdf http://peroxisomes.weebly.com/peroxisome-structure.html
Compartilhar