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Acilglicerois e Esfingolipídeos

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Os acilgliceróis constituem a maior parte dos lipídeos do organismo. Os triacilgliceróis 
representam os principais lipídeos nos depósitos de gordura do corpo e nos alimentos . Em
Dipalmitoil lectina > componente do surfactante pulmonar > ausente na síndrome da 
angústia respiratória do RN
•
Fosfolipídeos inositóis da membrana > precursores de segundos mensageiros de hormônios •
Alquilfosfolipídeos > fatos de ativação de plaquetas •
Glicoesfingolipídeos > camada externa da membrana plasmática (cadeias de 
oligossacarídeos voltadas para o exterior) > glicocálix > adesão e reconhecimento 
celulares, receptores de toxinas bacterianas (toxina que causa cólera) e substâncias dos 
grupos sanguíneos ABO
•
virtude de sua natureza anfipática, os fosfolipídeos e os esfingolipídeos são idealmente 
apropriados como principal componente lipídico das membranas celulares . Os fosfolipídeos 
também atuam no metabolismo de muitos outros lipídeos. Alguns fosfolipídeos desempenham 
funções especializadas.
Foram descritas 12 ou mais doenças de armazenamento de glicolipídeos (ex. doença de 
Gaucher e doença de Tay-Sachs), cada uma delas decorrente de um defeito genético na via 
de degradação dos glicolipídeos nos lisossomos.
Hidrólise e acilação
Os triacilgliceróis devem ser hidrolisados por uma lipase em seus constituintes, ácidos 
graxos e glicerol, antes que possa ocorrer catabolismo adicional
Tecido adiposo > hidrólise (lipólise) > AGLs + albumina sérica > captação por diversos 
tecidos (fígado, coração, rim, músculo, mas não pelo cérebro prontamente) > oxidados ou 
reesterificados
Glicerol-3-fosfato > triacilgliceróis, fosfatidilcolina, fosfatidiletalonamina, 
fosfatidilinositol e cardiolipina (ver imagem 24-1)
•
Etapa do fosfatidato ○
Etapa do diacilglicerol○
Duas etapas da via sofrem bifurcações•
Di-hidroxiacetona-fosfato > plasmalogênios e fator ativador das plaquetas (PAF)
< são fosfoglicerois com uma ligação éter
•
Di-hidroxiacetona-fosfato e glicerol-3-fosfato > intermediários da glicólise•
Utilização de glicerol depende da glicerol-quinase > fígado, rim, intestino, tecido adiposo 
marrom e glândula mamária em lactação.
Biossíntese de triacilglicerois
Atividade enzimática ausente ou baixa (músculo ou tecido adiposo) > maior 
parte do glicerol-3-fosfato é formada a partir da di-hidroxiacetona fosfato pela 
glicerol-3-fosfato-desidrogenase
○
Glicerol > glicerol-quinase o ativa > sn-glicerol-3-fosfato•
Fosfatidato > convertido pela fosfatidato-fosfo-hidrolase (encontrado no 
citosol, forma ativa ligada à membrana) e diacilglicerol-aciltransferase 
(DGAT - limitadora de velocidade) > 1,2-diacilglicerol > triacilglicerol
▪
Mucosa intestinal > monoacilglicerol > via do monoacilglicerol catalizada 
pela monoacilglicerol-aciltransferase > 1,2-diacilglicerol 
▪
Acil-CoA + glicerol-3-fosfato > fosfatidato (1,2-diacilglicerol fosfato) ○
Ácidos graxos > acil-CoA-sintetase > duas moléculas de acil-CoA•
Colina > fosforilação pelo ATP > ligação à CDP > CDP-colina reage com 1,2-
diacilglicerol > fosfatidilcolina
•
Etanolamina > fosforilação pelo ATP > ligação à CDP > CDP-etanolamina reage com 
1,2-diacilglicerol > fosfatidiletanolamina reage com serina > fosfatidilserina (pode ser 
descarboxilada em fosfatidiletanolamina)
•
Tanto o glicerol quanto os ácidos graxos devem ser ativados pelo ATP antes que possam 
ser incorporados em acilgliceróis. 
Fígado > fosfatidiletalonamina > metilação progressiva de resíduo de etalonamina > 
fosfatidilcolina
•
CDP-diacilglicerol + glicerol-3-fosfato > fosfatidilglicerol > cardiolipina (presente nas 
mitocôndrias) > função mitocondrial importante e apoptose
•
Atividade enzimática ocorre no retículo endoplasmático e raramente nas mitocôndrias. 
A regulação da biossíntese de triacilglicerol, fosfatidilcolina e fosfatidiletalonamina 
depende da disponibilidade de ácidos graxos livres. Aqueles que escapam da oxidação 
são preferencialmente convertidos em fosfolipídeos; quando essa necessidade está 
satisfeita, os ácidos graxos livres são utilizados na síntese de triacilgliceróis.
Biossíntese dos éter glicerofosfolipídeos
Di-hidroxiacetona-fosfato > precursor da fração glicerol dos éter 
glicerofosfolipídeos > di-hidroxiacetona-fosfato + acil-CoA > 1-acildi-hidroxiacetona-
fosfato > 1-alquilglicerol-3-fosfato > acilação na posição 2 > 1-alquil-2-
acilglicerol-3-fosfato > hidrólise > glicerol livre
•
Essa via está localizada nos peroxissomos.
Os plasmalogênios, que compreendem grande parte dos fosfolipídeos nas mitocôndrias, 
são formados pela dessaturação dos derivados análogos da 3-fosfoetanolamina
O fator de ativação das plaquetas (PAF) (1-alquil-2-acetil-sn-glicerol-3-fosfocolina) é 
sintetizado a partir do derivado correspondente da 3-fosfocolina > formado por muitas 
células sanguíneas e outros tecidos e agrega as plaquetas em concentrações baixas, 
apresenta propriedades hipotensoras e ulcerogênicas e está envolvido em uma 
variedade de respostas biológicas, incluindo inflamação, quimiotaxia e fosforilação de 
proteínas.
Cada parte da molécula apresenta uma renovação em velocidade diferente – por 
exemplo, o tempo de renovação do grupo fosfato é diferente daquele do grupo 1 -acil > 
Fosfolipase A2 > glicerofosfolipídeos > catalisa hidrólise > ácido graxo livre e a um 
lisofosfolipídeo > acilação (acil-CoA) + aciltransferase 
•
A incorporação de ácidos graxos na lecitina ocorre de três maneiras: pela 
síntese completa do fosfolipídeo; por transacilação entre o éster de 
colesterol e a lisolecitina; e por acilação direta da lisolecitina pela acil-
CoA.
▪
Via alternativa: Lecitina > colesterol aciltransferase (LCAT) > transferência de um 
resíduo de ácido graxo na posição 2 > éster de colesterol + lisolecitina > 
presente nas lipoproteínas plasmáticas
○
Lisofosfolipase > lisofosfolipídeo (lisolecitina) > aliceril-fosforil > clivagem por 
hidrolase > glicerol-3-fosfato + gliceril-fosforil
•
A fosfolipase A2 é encontrada no suco pancreático e no veneno das serpentes, bem 
como em muitos tipos de células
•
Fosfolipase C > toxina secretada por bactérias•
Fosfolipase D > participação na transdução de sinais em mamíferos•
enzimas que permitem a degradação parcial da molécula seguida de nova síntese 
Os ácidos graxos saturados de cadeia longa são encontrados predominantemente na 
posição 1 dos fosfolipídeos, enquanto os ácidos graxos poli-insaturados (os precursores 
das prostaglandinas) são incorporados mais frequentemente na posição 2
Esfingolipídeos e ceramidas
Stella Fernandes - MEDUFMS/turma LIII Acilglicerois e Esfingolipídeos 
 Página 1 de ÁCIDOS GRAXOS 
Esfingolipídeos e ceramidas
Molécula de sinalização (mensageiro secundário) > regula diversas vias > morte celular 
programada (apoptose), o ciclo celular e a diferenciação e senescência das células
•
Ceramida + fosfatidilcolina > esfingomielina + diacilglicerol - ocorre no aparelho de golgi e 
raras vezes na membrana plasmática
•
Ceramida + UDPGal (epimerização da UDPGlc) > GalCer○
Os glicoesfingolipídeos mais simples (cerebrosídeos) são a galactosilceramid (GalCer -
importante lipídeo da mielina) e a glicosilceramida (GlcCer - principal glicoesfingolipídeo 
dos texidos extraneurais e precursor da maior parte dos glicoesfingolipídeos mais complexos) 
•
A sulfogalactosilceramida e outros sulfolipídeos, como os sulfo(galacto)-glicerolipídeos e os 
sulfatos esteroides, são formados após reações adicionais envolvendo a 3'-fosfoadenosina-
•
5'fosfossulfato •
Ceramida + açúcares ativados + ácido siálico (ácido N-acetilneuramínico) > 
gangliosídeos > receptor de toxinas bacterianas (toxina da cólera que ativa a adenilil-
clase)
•
Glicosiltransferases (transferem açúcares de nucleotídeos) > aparelho de Golgi.•
Glicoesfingolipídeos > constituintes da camada externa das membranas plasmáticas > 
adesão e no reconhecimento celulares
•
A ceramida é sintetizada no retículo endoplasmático a partir do aminoácido serina.
Fosfolipídeo-dipalmitoil-fosfatidilcolina> diminui a tensão 
superficial na interface entre ar e líquido > reduz 
acentuadamente o trabalho da respiração
○
Deficiência de surfactante pulmonar nos pulmões de muitos 
recém-nascidos prematuros dá origem à síndrome de angústia 
respiratória do recém-nascido (SARRN)
○
Surfactante pulmonar (constituído principalmente de lipídeocom 
algumas proteínas e carboidratos) > impede o colapso dos alvéolos
•
Líquido cerebroespinal > elevados níveis de 
fosfolipídeos
□
Esclerose múltipla > perda de fosfolipídeos (plasmalogênio 
etanolamina) e de esfingolipídeos da substância branca > 
composição lipídica da substância branca passa a se 
assemelhar com a da substância cinzenta
▪
Doenças desmielinizantes verdadeiras ○
Doenças hereditárias causadas por um defeito genético no 
catabolismo dos lipídeos contendo esfingosina
▪
Não existe nenhum tratamento efetivo para muitas das 
doenças, embora se tenha obtido algum sucesso com 
a terapia de reposição enzimática e transplante de 
medula óssea no tratamento da doença de Gaucher 
e da doença de Fabry. Outras abordagens 
promissoras são a terapia de privação de substrato, 
para inibir a síntese de esfingolipídeos, e a terapia 
com chaperona química
□
Distúrbios dos lisossomos > ocorre acúmulo de lipídeos 
complexos contendo ceramida nas células, particularmente 
nos neurônios, causando neurodegeneração e redução do 
tempo de sobrevida, velocidade de síntese do lipídeo 
armazenado é normal, defeito enzimático está localizado 
na via de degradação lisossômica dos esfingolipídeos, o 
grau de redução da atividade da enzima afetada é 
semelhante em todos os tecidos.
▪
Esfingolipidoses○
Certas doenças caracterizam-se por quantidades anormais desses 
lipídeos nos tecidos, frequentemente no tecido nervoso. Podem ser 
classificadas em dois grupos: 
•
Deficiência múltipla de sulfatases > acúmulo de 
sulfogalactosilceramida, sulfatos esteroides e proteoglicanos, devido 
à deficiência combinada das arilsulfatases A, B e C e esteroide 
sulfatase
•
Aspectos clínicos
 Página 2 de ÁCIDOS GRAXOS

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