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Habilidades Médicas – Suporte Básico de Vida – Rafaela Pelloi Fases do tratamento da PCR ● Suporte básico de vida (BLS) → extra-hospitalar ● Suporte avançado de vida (ACLS) e cuidados pós-PCR → intra-hospitalar Conceitos ● PCR – Parada cardiorespiratória ⇒ Interrupção (ausência) de atividade do coração caracterizada por perda de consciência, ausência de resposta com gasping ou respiração agônica e ausência de pulso central (carotídeo). ● RCP – Ressuscitação cardiopulmonar⇒ Conjunto de ações coordenadas de salvamento que aumentam a chance de sobrevivência do paciente. Ritmos de parada Ritmos chocáveis: Fibrilação Ventricular (FV) e Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP) ● Conduta: Desfibrilar ● Taquicardia ventricular sem pulso → ritmo organizado (QRS largo, idênticos, frequência alta, sem P). Tem melhor prognóstico e está associada a doença cardíaca adjacente. ● Fibrilação ventricular → ritmo caótico, incapaz de promover contração. Despolarização desorganizada. Ritmos não chocáveis: Assistolia e Atividade elétrica sem pulso (AESP) ● Conduta: fazer massagem cardíaca e não desfibrilar ● Assistolia → ausência total elétrica do ventrículo. Pior prognóstico ● AESP → atividade elétrica organizada que identifica no monitor, mas o paciente não responde, não respira e não tem pulso. É uma situação clínica. ● Principal causa: hipovolemia Habilidades Médicas – Suporte Básico de Vida – Rafaela Pelloi BLS leigo ● Avaliar segurança do local ● Checar responsividade - chamar “senhor, senhor”, perguntar se está bem ● Chamar ajuda ➔ Grite por ajuda ➔ Use o celular ➔ Acionar SME e pedir DEA ➔ Delegar funções ● Checar respiração (expansão torácica) e pulso simultaneamente (pulso carotídeo) BLS - Profissional de saúde ● Segurança do local ● Reconhecimento do PCR (10s): ➔ Resposta ➔ Respiração ausente ou gasping ➔ Pulso ➔ Chamar ajuda e desfibrilador ● Chamar ajuda ➔ Colapso presenciado e SOZINHO → deixar a vítima e buscar ajuda (hoje em dia não precisar deixar a vítima pois podemos usar o celular no viva voz para pedir ajuda e começar compressões o mais rápido possível) ➔ Colapso presenciado e 2 socorristas → RCP enquanto outro chama ajuda ➔ Colapso não presenciado → 2 minutos de RCP depois sair pra ajudar Habilidades Médicas – Suporte Básico de Vida – Rafaela Pelloi Compressão-Ventilação ● Sem VA avançada (IOT) com 1 ou 2 socorristas: realizar 30 compressões para cada 2 ventilações (ambu) ● Com VA avançada: 1 ventilação a cada 6 segundos (10 irpm) *não precisa sincronizar ventilação com compressão. ● Posição de compressão: duas mãos sobre a metade inferior do esterno. Outra localização: Dois dedos acima do apêndice xifóide. Colocar no o esterno a região HIPOTENAR da mão, com a outra mão por cima entrelaçar os dedos, esticar os cotovelos, fossa antecubital para frente (para travar os cotovelos durante compressões) Habilidades Médicas – Suporte Básico de Vida – Rafaela Pelloi Dispositivos para ventilação ● Máscara de bolso (pocket mask) → Esta máscara possui uma válvula unidirecional, onde o ar que insufla entra na via aérea do paciente mas o ar do pcte não sai (protege a pessoa que está ventilando). Deve-se acoplar a máscara na face do paciente comuma mão, e com o dedo polegar da outra mão deve colocá-la em região inferior (mento) e os outros dedos no queixo para fazer abertura da via aérea. Pode fazer a ventilação soprando (21% de 02) ou com fonte de oxigênio. ● Bolsa válvula máscara com reservatório (AMBU) → com a mão em posição de C (indicador e polegar) acoplar a máscara a face do pcte e os outros 3 dedos em região de mandíbula fazendo a abertura da via áerea. Realizar as ventilações apertando o “balão”. Desfibrilação (DEA) ● Aplicação correta: Posição - gel - peso sobre as pás - dose. ● Fixação: ápice cardíaco (inframamária) e região infraclavicular direita ou anteroposterior (feito mais em criança) Habilidades Médicas – Suporte Básico de Vida – Rafaela Pelloi Ritmos chocáveis 1. Verificar respiração e pulso → PCR 2. Iniciar imediatamente RCP e realizar monitorização cardíaca 3. RITMO CHOCÁVEL: FV/TVSP 4. Administrar choque de desfibrilação 5. RCP imediatamente após o choque por 2 minutos (30 compressões e 2 ventilações), solicitar acesso venoso/intra ósseo 6. Avaliar ritmo cardíaco ao final dos 2 minutos: FV/TVSP 7. Administrar choque de desfibrilação 8. RCP imediatamente após o choque por 2 minutos e administrar 1 mg de epinefrina a cada 2 a 5 minutos durante a massagem, começar também a considerar uma VA avançada para esse paciente 9. Avaliar o ritmo: FV/TVSP 10. Administrar choque de desfibrilação 11. RCP imediatamente após o choque por 2 minutos e administrar 300 mg de amiodarona ou 1-1,5 mg/kg de lidocaína durante a massagem 12. Avaliar o ritmo: FV/TVSP 13. Administrar choque de desfibrilação 14. RCP imediatamente após o choque por 2 minutos e administrar 1 mg de epinefrina durante a massagem 15. Avaliar o ritmo: FV/TVSP 16. Administrar choque de desfibrilação 17. RCP imediatamente após o choque por 2 minutos e administrar 150 mg de amiodarona ou 0,5-0,75 mg/kg de lidocaína durante a massagem 18. Avaliar ritmo: se paciente continuar em FV/TVSP, retomar choque, porém só administrar epinefrina, ciclo sim ciclo não e não utilizar mais amiodarona obs: Amiodarona só são duas doses → apenas em ritmos chocáveis e refratários Drogas ● Epinefrina: 1mg em bolus IV ou IO (intra-ósseo) ● Amiodarona: 300mg (1a dose)/150mg (2a dose) em bolus IV ou IO ● Bicarbonato de sódio em caso de de PCR prolongada (classe III) ● Corticóide (Classe IIB) ➔ vasopressina 20 UI+ adrenalina 1 mg + metilprednisolona 40mg ➔ choque pós RCP = hidrocortisona 300 mg/d por < 7 dias ➔ Melhor desfecho neurológico após alta hospitalar. Habilidades Médicas – Suporte Básico de Vida – Rafaela Pelloi Ritmos não chocáveis 1. Verificar respiração e pulso 2. Se paciente sem pulso e em apneia, iniciar RCP e monitorizar o paciente para avaliar o ritmo 3. RITMO NÃO CHOCÁVEL: AESP/ASSISTOLIA *assistolia: Protocolo da linha reta = CAGADA (Cabos/Ganhos/Derivações) Em todos os pacientes com assistolia, devemos verificar se realmente o paciente possui esse ritmo ou se o ritmo se deve a algum problema na monitorização, por isso, devemos checar: ✓ Se todos os CABOS estão corretamente conectados aos eletrodos no paciente ✓ Aumentar o GANHO no traçado no ECG, para avaliar se há algum ritmo que está apenas comprimido no traçado, simulando uma assistolia ✓ Mudar a DERIVAÇÃO do traçado do ECG Caso, após esses 3 passos, o paciente ainda ter o traçado de linha reta, considera-la assistolia. 4. Iniciar RCP por 2 minutos e administrar epinefrina 1mg assim que possível 5. Analisar o ritmo: AESP (checar o pulso)/ Assistolia 6. RCP por 2 minutos e solicitar que seja preparado 1mg de epinefrina 7. Analisar o ritmo: AESP (checar o pulso)/ Assistolia 8. RCP por 2 minutos e administrar 1mg epinefrina durante a massagem O manejo de ritmo não chocado → massagem cardíaca (RCP), epinefrina e procurar causas reversíveis. Cuidados Pós-PCR (Seguir o ABCDEF) A. Acordou? Se paciente comatoso, realizar intubação orotraqueal e solicitar capnografia em forma de onda (Normal: PCO2 35-40mmHg) B. Breathing: analisar saturação de O2 do paciente (Normal: 92 a 98%) → corrigir imediatamente hipoxemia C. Circulation: avaliar PA (Normal: PAS > 90/ PAM > 65) → corrigir imediatamente hipotensão, paciente não pode ficar hipotenso. Habilidades Médicas – Suporte Básico de Vida – Rafaela Pelloi D. Drogas: administrar volume (caso o paciente não esteja congesto) ou droga vasoativa se paciente estiver hipotenso *Caso o paciente suspeita de parada por IAM → ICP (intervenção coronariana percutânea) *Controle glicemia → <180 mg/dl E. Exames: solicitar ECG 12 derivações, RX tórax, exames laboratoriais, EEG (eletroencefalograma). Caso o paciente esteja comatoso, solicite também TC crânio F. Frio: em pacientes comatosos, devemos realizar o controle direcionado de temperatura (CDT), anteriormente chamado de hipotermia terapêutica,para preservação neurológica, na qual o paciente é submetido a uma temperatura de 32 a 36oC por pelo menos 24h (evitar febre) FIM DA PCR: RCE (retorno da circulação espontânea) > 20 min OU declaração de óbito
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