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Urgência e Emergência – Amanda Longo Louzada 1 SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (ACLS) FASES DA PCR: PRÉ-PARADA: Intervalo: período prévio à parada Identificar, antecipar e manejar fatores que podem levar a parada cardíaca (uso de equipes de resposta rápida para reconhecer e tratar pacientes em risco deterioração) SEM FLUXO: Intervalo: para cardíaca não tratada Início imediato do BLS após o reconhecimento da parada por indivíduo que se encontre próximo do paciente ou por profissional de saúde FLUXO LENTO: Intervalo: início da ressuscitação cardiopulmonar Realização de compressões torácicas de elevada qualidade para otimizar a perfusão do miocárdio e do cérebro PÓS-RESSUCITAÇÃO: Intervalo: recuperação de circulação espontânea Identificar e tratar a causa da parada preservar as funções neurológicas, a perfusão e a função de órgãos-alvo CORRENTE DE SOBREVIVÊNCIA: Representa os elementos essenciais do sistema de assistência, que são necessários para correlacionar a vítima de parada cardíaca súbita à sobrevivência Reconhecimento e ativação precoce Ressuscitação Cardiopulmonar Precoce: Cuidados Necessários: Posição do paciente RCP para as vítimas de parada cardíaca Desfibrilação com DEA Ventilação de resgate para vítimas de parada respiratória Reconhecimento e resolução da obstrução da via aérea por corpo estranho Se a RCP for necessária, as compressões em adultos, vítimas de parada cardíaca, devem ser realizadas a uma frequência de 100-120 compressões\min, com profundidade de compressão de, pelo menos, 5 cm mas não mais de 6 cm Desfibrilação rápida Suporte avançado de vida eficaz Integração dos cuidados pós-parada cardíaca ABCDE: AVALIAÇÃO PRIMÁRIA: A sequência ABCDE da avalição primária é via Aérea, Respiração (Breathing em inglês), Circulação, Déficit neurológico e Exposição O D também significa Desfibrilação PACIENTE REATIVO: Questione o paciente para determinar o nível dele de reatividade e a adequação da via aérea e da respiração Via aérea: Se a via aérea não estiver permeável, desobstrua-a por meio de sucção ou do posicionamento do paciente, conforme o necessário Se a via aérea estiver permeável, avance e avalie a respiração do paciente Respiração: Avalie a respiração do paciente em relação à frequência, à qualidade e à regularidade Se a respiração do paciente for adequada, deve-se passar para a avaliação da circulação Circulação: Estime, rapidamente, a frequência cardíaca do paciente e determine a qualidade do pulso Avalie a temperatura, cor e umidade da pele dele para avaliar a perfusão Disfunção Neurológica\Desfibrilação: efetue a avaliação neurológica breve (escala de come de Glasgow) e avalie a necessidade de utilizar desfibrilador Exposição: exponha o paciente para avaliação mais detalhada PACIENTE NÃO REATIVO: Se a avalição da reatividade indicou que o paciente não responde: Solicite ajuda e peça alguém para obter um DEA ou desfibrilador Observe o tórax para detectar movimento enquanto tentar palpar, em simultâneo, pulso carotídeo por período não superior a 10 segundos Com pulso: Abra a via aérea e comece a ventilação 1 a cada 5-6 segundos, ou cerca de 10-12 ventilações\min Verifique novamente os pulsos a cada 2 minutos, em períodos não superiores a 10 segundos Urgência e Emergência – Amanda Longo Louzada 2 SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (ACLS) E não houver pulso, ou se você não tiver a certeza de que há pulso, comece as compressões torácicas Promova a rotação dos socorristas em intervalos de 2 minutos (idealmente em menos de 5 segundos) para evitar cansaço Se se suspeitar de Superdosagem de opioides, deverá ser administrada nafaxona se estiver disponível Sem pulso: Se há ritmo chocável Usar monitorar desfibrilador ou DEA Proceda à realização de choques Após cada choque, retornar imediatamente as manobras de RCP começando com compressões torácicas durante 2 minutos Após 30 compressões, abra a via aérea por meio da inclinação da cabeça-elevação do queixo Se houver suspeita de traumatismo da cabeça ou do pescoço, abra a via aérea promovendo a elevação e tração da mandíbula Efetue 2 ventilações para cada 30 compressões. Evite ventilação excessiva AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA: Reavalie a eficácia das manobras e das intervenções iniciais sobre a via aérea. Se necessário, prossiga para a via aérea avançada Em caso de via aérea avançada, confirme a colocação adequada do dispositivo de ventilação utilizando a avaliação clínica e a capnografia sob a forma de onda Certifique-se de que o tubo está, adequadamente seguro Obtenha radiografia de tórax para confirmar a colocação adequada Reavalie a adequação da oxigenação (oximetria de pulso) e da ventilação (capnografia) Reavalie a expansão do tórax. Se a oxigenação for inadequada, dever-se administrar oxigênio suplementar para alcançar saturação de oxigênio igual ou superior a 94% Se o paciente tiver pulso, verifique constantemente a frequência e a qualidade Se ainda não estiver feito, aplique os eletrodos do ECG e conecte com o paciente ao monitorar de ECG Realize desfibrilação ou cardioversão conforme indicado Estabeleça acesso vascular e administre fármacos adequados ao ritmo cardíaco\situação clínica O acesso vascular é estabelecida via intra venosa periférica O acesso intraósseo na parada cardíaca é seguro, eficaz e apropriada para pacientes de todas as idades Durante a parada cardíaca o estabelecimento de acesso vascular não deve interferir na realização da RCP e na aplicação de choques Cada fármaco administrado durante a parada cardíaca deve ser seguido de um bólus de mL de líquido intravenoso Procure, detecte e trate causas reversíveis da parada cardíaca, do ritmo ou da situação clínica Reavalie a eficácia dos cuidados prestados até o momento e solucione os problemas conforme o necessário Reavalie a expansão do tórax. Se a oxigenação foi inadequada, dever-se administrar oxigênio suplementar para alcançar saturação de oxigênio igual ou superior a 94% Se o paciente tiver pulso, verifique constantemente a frequência e a qualidade Se ainda não estiver feito, aplique os eletrodos de ECG e conecte o paciente ao monitor do ECG Obtenha o ECG de 12 derivações Estabeleça acesso vascular e administre fármacos adequados ao ritmo cardíaco\situação clínica O acesso vascular é estabelecido via IV periférica O acesso intraósseo na parada cardíaca é seguro, eficaz e apropriado para pacientes de todas as idades Durante a parada cardíaca o estabelecimento de acesso vascular não deve interferir na realização da RCP e na aplicação de choques Cada fármaco administrado durante a parada cardíaca deve ser seguido de um bólus de 20 mL de líquido IV Procure, detecte e trate causas reversíveis da parada cardíaca, do ritmo ou da situação clínica Reavalie, a eficácia dos cuidados prestados até o momento e solucione os problemas conforme necessário ORGANIZAÇÃO DA EQUIPE: O médico (líder) deve solicitar o carrinho de parada e a comunicação da equipe deve ser feita em cadeia fechada, toda vez que o líder pedir algo, o realizador deve informar de fez. A equipe é formada por: Líder Quem comprime Que ventila Quem monitora e encarregado pelo desfibrilador Urgência e Emergência – Amanda Longo Louzada 3 SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (ACLS) Quem apega o acesso venoso, prepara e administra as drogas Quem anota os tempos e condutas PRINCÍPIOS DO SUPORTE AVANÇADO DE VIDA: Compressões torácicas de alta eficácia intercaladas com a ventilação na taxa 30:2 Medidas Adjuvantes: oxigênio, acesso venosso periférico ou intra-ósseo, manuseio de vias aéreas e ventilação e uso vasopressor (epinefrina) Desfibrilação com ou uso sem antiarrítmicos Tratamento da causa da PCR Assim que detectado que o paciente está em PCR, devido à ausência de pulso carotídeo, deve-se iniciar as compressões torácicas intercaladas com 2 ventilações (30:2) Compressões torácicas de alta qualidade: 100- 120 compressões por minuto. Devem provocar uma depressão no tórax entre 5-6 cm. Permitir o retorno do tórax a sua posição a cada compressão. Minimizar interrupção nas compressões O acesso venoso periférico calibroso, a oximetria de pulso e a monitorização devem ser realizadas concomitantemente comas medidas anteriores Acesso profundo não é prioridade, poder acesso periférico ou ósseo O monitor/desfibrilador deve ser ligado e o ritmo ser analisado (lembrar que se deve colocar gel nas pás). Os ritmos chocáveis são a fibrilação ventricular (FV) e a taquicardia ventricular (TV), devendo ser realizado o choque de imediato. A assistolia e a atividade elétrica sem pulso (AESP) são ritmos não chocáveis, devendo-se realizar os ciclos de RCP com medidas adjuvantes. RITMOS CARDÍACOS: CHOCÁVEL: Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP): O ECG exibe completo QRS alargado e regular, a velocidade superior a 120 batimentos por minutos Fibrilação Ventricular: deflexões caóticas irregulares, que variam em forma e altura, são observadas no ECG, mas não há contração ventricular coordenada NÃO CHOCÁVEL: Não está presente atividade elétrica, com ritmo em linha reta Protocolo de linha reta: Verificar: cabos, ganhos e derivações Cabos: checar todas as conexões. Desfibriladorcabos do monitor – eletrodos- cabos das pás- páspele. Ganhos: checar ganho ou sensibilidade. No monitor aumetando. Derivações: mudar derivações ou pás em 90º. Atividade Elétrica sem pulsos (AESP): atividade elétrica no ECG, mas sem pulsos centrais DESFIBRILAÇÃO: Tipos de aparelhos: Em geral, os hospitais têm o monofásico. Monofásico: corrente unidirecional. Para o adulto, deve-se utilizar 360J. Bifásico: corrente vai e volta. Deve-se utilizar 150-200J para o adulto. Etapas: Lembrar que ao aplicar ao choque, garantir que todos estejam afastados do paciente A compressão deve ser reiniciada imediatamente após o choque A análise do ritmo deve ser feita a cada 2 minutos. Após a análise do ritmo, se permanecer em FV ou TVSP, realizar o choque e iniciar epinefrina 1 mg, IV, com flushing de 20 ml de soro fisiológico, e repeti-la a cada 3 a 5 minutos. Se AESP ou assistolia, não realizar o choque, mas iniciar a epinefrina A via aérea avançada com capnografia deve ser considerada Após 2 minutos de RCP, o ritmo deve ser analisado novamente Se ritmo chocável, realizar o 3º choque e iniciar amiodarona 300 mg IV Urgência e Emergência – Amanda Longo Louzada 4 SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (ACLS) Se não chocável, não realizar o choque e manter a epinefrina Fazer mais um ciclo de compressões. O ritmo deve ser analisado após esse ciclo, se manter chocável, realizar o 4º choque e repetir a epinefrina. Realizar mais 2 minutos de compressão e, se ritmo chocável, realizar choque e fazer 150 mg de amiodarona IV. Agora em diante, só serão feitos os ciclos compressão de 2 minutos, a análise do ritmo a cada ciclo e a manutenção da epinefrina a cada 3- 5 minutos POSSÍVEIS CAUSAS DE PARADA: 5HS: Hipovolemia faz reposição volêmica; Hipóxia faz via aérea avançada (IOT); H+ (acidose) faz bicarbonato de sódio; Hipotermia deve aquecer para reverter o quadro Hipo/Hipercalemia faz correção (KCL, glucanato de cálcio, bicarbonato de sódio). 5TS: Tamponamento cardíaco deve fazer pericardiocentese; TEP deve tratar PCR e considerar fibrinólise; Trombose de coronária (IAM) deve tratar PCR; Tensão no tórax (pneumotórax punção de alívio (5º espaço na linha axilar média); Tóxicos deve tratar intoxicação com antídotos específicos MANUTENÇÃO DA VIA AÉREA: Manobras para reverter a queda da base da língua: Elevação de mento: não deve ser realizada em pacientes com suspeita de lesão cervical. Elevação da mandíbula. Cânula orofaríngea (Guedel). Cânula nasofaríngea. Cateter nasal de oxigênio. Máscaras (máscara de venturi; máscara não reinalante; AMBU). INDICAÇÕES: PCR Parada respiratória/ hipoventilação Insuficiência respiratória Obstrução das vias aéreas Hipoxemia grave e refratária Redução da pressão intra-craniana Instabilidade hemodinâmica PROTEÇÃO DAS VIAS AÉREAS: Pode ser obtida através da intubação orotraqueal ou dispositivo supraglóticos, como a máscara laríngea, tubo esôfago-traqueal (combitubo). Após colocação de via aérea avançada, a ventilação deve ser feita 1 vez a cada 6-8 segundo (10/minuto), sem precisar sincronizar com as compressões torácicas. Lembrar que hiperventilação deve ser evitada, pois piora o retorno venoso e reduz o débito cardíaco. FLUXOGRAMA: PCR SEM FATORES ADICIONAIS: Ritmo chocável: Choca o paciente Faz RCP por 2 minutos, depois checa o pulso Se o ritmo for chocável, choca o paciente novamente Continuou em ritmo chocável, faz RCP por 2 minutos, aplica adrenalina Se continua em ritmo chocável faz amildarona (300 mg, 2 ampolas de 150 mg) Se permanecer com ritmo chocável, faz adrenalina Continuou com ritmo chocável almidarona Se continuar com o ritmo chocável a partir desse ponto só usa adrenalina, pois já foi usado 2 ampolas de almidarona Ritmo Não chocável: Faz epinefrina (1mg a cada 3-5 minutos) Sempre investigar os 5Hs e 5Ts NA GRAVIDEZ: Deve tentar deslocar o bebê para o lado esquerdo, para descomprimir a veia cava para melhorar o retorno venoso Deve fazer RCP de alta qualidade O objetivo de fazer cesariana de emergência e melhorar os resultados para a mãe e feto Deve realizar a cesariana de emergência em até 5 minutos, dependendo dos recursos e das habilidades do profissional USO DE OPIÓIDES: Paciente respirando: Bata no ombro e chama em voz alta Reposicione Considere naloxona Continue observando, até a emergência chegue Paciente não está respirando: Administra naloxona Urgência e Emergência – Amanda Longo Louzada 5 SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (ACLS) Usa o DEA RCP até chegar a emergência CUIDADOS PÓS-PARADA: FASE DE ESTABILIZAÇÃO INICIAL: Transferir o paciente para a UTI Manter a cabeceira elv Posicionamento do tubo endotraqueal Controle dos parâmetros respiratórios: Manter PAS > 90 mmHg ou PAM > 65 mmHg, saturação maior que 94% MANEJO CONTÍNUO E ATIVIDADES DE URGÊNCIA ADICIONAIS: Paciente comatoso: não responde a estímulos Controle direcionado de temperatura, manter temperatura entre 34º e 36ºC. Realizar uma TC de crânio Monitorar ECG Medicamento para atendimento crítico PROTOCOLO FEER NA PCR: 1ª FASE – PREPARAÇÃO PARALELA À RCP QUE DEVE SER REALIZADA COM MAIOR QUANTIDADE POSSÍVEL: Manter RCP, 5 ciclos por 2 minutos Preparar o aparelho adequadamente Avisar a equipe quem está preparando para fazer o ECO Arrumar o ambiente: melhor posição do paciente e examinador, retirar roupas do paciente 2ª FASE – OBTER UM EXAME DE ECO EM APROXIMADAMENTE 5 SEGUNDOS: Indicar alguém para contar 10 segundos enquanto se realiza o ECO e outra pessoa tenta checar o pulso Posicionar o probe do aparelho na região sub- xifóide, enquanto ainda ocorre a RCP e deixar claro que após este ciclo de RCP será realizado o exame Tentar a janela subcostal por 3 segundos, se insucesso retornar RCP ou tentar janela paraesternale por fim apical, mas nunca atrasando o reinício da RCP 3ª FASE – AVALIAR DADOS DO ECO ENQUANTO CONTINUA RCP: Imediatamente solicitar o reinício de RCP Analisar os resultados 4ª FASE – RESULTADOS, SEGUIMENTO E CONSEQUÊNCIA: Comunicar achados à equipe
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