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PARADA CARDÍACA

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O que é uma parada Cardíaca? É a cessação súbita e 
inesperada da atividade mecânica ventricular útil e suficiente 
em indivíduo sem moléstia incurável, debilitante, irreversível e 
crônica. É diferente de morte. 
 
A prevenção então será o tratamento da DAC com os fatores 
listados abaixo: 
Þ Fora do hospital 
Þ Correção dos fatores de risco: 
o Suspender tabagismo 
o Controle de obesidade 
o Controle da dislipidemia 
o Controle do sedentarismo 
o Controle da HAS 
o Uso de AAS 
Þ Intra-hospitalar 
Þ Controle dos Dados Vitais (em Unidade de Tratamento 
Intensivo – não desligar os alarmes dos monitores) 
o Monitorização continua 
o Alarmes ligados sempre 
 
Pré hospitalar – temos elos que demonstram o passo a passo 
do que fazer em caso de PCR, lembrando que antes do 
reconhecimento e acionamento do serviço médico de 
emergência, devemos avaliar a segurança da cena. 
1 - Reconhecer e chamar o serviço de emergência. Chamar o 
paciente e se ele não responder, acionar a emergência e pedir 
para trazer um DEA. 
2 – O segundo passo seria começar a RCP que pode ser 
apenas por compressões quando o boca-a-boca não é seguro 
para o profissional de saúde, ficando a seu critério esse 
julgamento, ou fazer RCP com 30 compressões para 02 
ventilações (30:2). 
3 – Fazer a desfibrilação o mais rápido possível. 
4 – Quando os serviços médicos básicos e avançados 
de emergência chegarem a prever o suporte avançado de vida 
5 – Posteriormente executar o suporte pós parada. 
Na cadeia hospitalar é semelhante, diferenciando o primeiro 
elo que frisa a vigilância e prevenção - deixar os monitores 
com os alarmes ligados. 
 
Paciente com Síndrome Coronariana Aguda deve ficar na UTI 
(SCA=UTI!) pois é a maior causa de morte súbita, devendo 
ficar constantemente monitorizado. 
 
MODELO TRIFÁSICO DA TERAPIA DA PCR 
FASE ELÉTRICA – prioridade é a desfibrilação! 
Se dá no início da PCR com quadro de Fibrilação Ventricular 
(FV) no qual se houver uma rápida desfibrilação, há grande 
chance de reversão da PCR. 
FASE CIRCULATÓRIA – é quando houve demora para tratar a 
fase elétrica. Terá que ser resolvida com compressão e 
desfibrilação. 
FASE METABÓLICA - Se houver ainda mais demora, entrará 
com terapia intensiva e fazer: hipotermia, inibidores de 
apoptose, controle metabólico e trombolíticos; além da 
compressão e desfibrilação. 
 
SUPORTE BÁSICO 
1. Verificar segurança da cena. 
2. Avaliar consciência 
a. Chamar pelo paciente com voz alta e dar toques 
na clavícula 
b. Não fazer compressão dolorosa no externo 
3. Chamar ajuda - SAMU/EQUIPE + DEA/Carrinho de 
Parada 
a. Extra-hospitalar: presenciou o colapso – pode 
pegar o DEA antes de iniciar as compressões 
4. Checar pulso e movimentos respiratórios 
a. Pulso 
i. Avaliar pulso carotídeo ipsilateral (de grandes artérias: 
carotídeo ou femoral) 
ii. Não menos que 5 segundos e não mais que 10 segundos 
b. Movimentos respiratórios (checar respiração ao 
mesmo tempo que checar o pulso) 
i. Observar movimentação de tórax simultaneamente 
ii. Ausência de Gasping (movimentos orgânicos) 
5. Iniciar Ressuscitação Cardiopulmonar 
a. 30 compressões: 2 ventilações (pacientes não 
intubado/VAD) 
b. Se paciente fez PCR na rua e o profissional não 
considera ser seguro fazer ventilação boa-a-boca, 
então fazer compressões numa frequência de 100-
120 por minuto sem interrupções. 
c. Compressões sem parar com ventilações 
simultâneas (10-12/min para pacientes intubados) 
d. RCP de alta qualidade: objetivo de prover o mínimo 
de circulação. 
Iniciar compressões dentro de 10 segundos do 
reconhecimento da PCR (ideal) 
Compressões de qualidade: 
1. Fazer em uma Frequência de 100-120 por minuto 
2. Ter Profundidade de 5-6cm em adultos / 4-5cm em 
crianças 
3. Permitir retorno completo do tórax entre as 
compressões 
4. Minimizar interrupções das compressões (máximo de 10 
segundos) 
 
1. Paciente intubado (IOT) - Fazer 100-120 compressões direto 
e ventilar a cada 5-6 segundos ou 10-12 ventilações por 
minuto. (não precisa parar a compressão para ventilar – é 
ininterrupta. 
2. Paciente com máscara - fazer 30 compressões para 2 
ventilações (30:2) 
3. Dispositivos de compressão 
São dispositivos que fazem compressão cardíaca no lugar do 
profissional de saúde. 
6. DEA / Carrinho de Parada 
Chocável - administra um choque e retorna 
imediatamente as compressões (RCP) 
Não chocável – retoma imediatamente as 
compressões (RCP). 2 minutos ou 5 ciclos de compressões 
(ventilações). Checa novamente o ritmo a cada dois minutos 
e aplica o choque se apropriado 
 
1. Verificou segurança? 
2. Chamou o paciente? 
3. Chamar ajuda? 
4. Checar pulso e respiração? Não menos de 5 segundos e 
não mais de 10 segundos. 
5. Iniciar RCP 
6. Compressões 100-120/min 
7. Compressões 6-5cm 
8. Compressões / ventilações 30:2 
9. Usou o DEA assim que disponível (a carga do DEA é 
automática), ao chocar, PEDIR a todos para se afastarem! 
10. Reiniciou compressões após DEA 
 
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA 
Þ Equipe de alta performance 
o Compressão – Ventilação – Choque – Medicação 
Þ Terapia Farmacológica 
Þ Em ritmo chocável pode ter associação de drogas como 
amiodarona + adrenalina. 
 
Intoxicações: 
1. Depressivos tricíclico e cocaína - antidoto é Bicarbonato 
de sódio – NOTE: se paciente estiver em PCR. 
Paciente em uso de cocaína, mas não está em PCR tratar com 
benzodiazepínico. 
2. Opióide – antidoto é Naloxone. 
 
RITMOS DE PARADA 
1- ASSISTOLIA 
Ritmo NÃO chocável. 
Ritmo não organizado – nunca terão pulso 
Apesar de estar escrito assistolia, esse ritmo a princípio 
chama-se LINHA RETA. Só será chamada de assistolia após 
verificar os 3 critérios: protocolo da CAGADA. 
1-Checar o CABO do eletro ao monitor. 
2-Ver o GANHO (aumentar) a visão do monitor para ver se 
nesta linha não há um complexo ainda pequeno. 
3 – Mudar as DERIVAÇÕES do eletro para ver se esse ocorrido 
acontece em duas ou mais derivações. 
O fluxograma para RCP tanto da assistolia quanto da AESP 
 
 
 
 
 
2- FIBRILAÇÃO VENTRICULAR FINA 
Fibrilação Ventricular fina. 
Ritmo chocável. 
Ritmo não organizado - nunca terão pulso 
 
3- FIBRILAÇÃO VENTRICULAR GROSSA 
Fibrilação ventricular grossa 
Ritmo chocável 
Ritmo não organizado - nunca 
terão pulso 
4- TAQUICARDIA 
VENTRICULAR 
TV - Complexo alargado de morfologia semelhante 
Ritmo chocável 
Ritmo organizado – checar pulso! pois 
pode ter TV com ou sem pulso. 
 
5- AESP 
Atividade Elétrica sem Pulso – sendo qualquer outro ritmo que 
não um desses acima. 
Ritmo NÃO chocável. 
Ritmo organizado – 
checar pulso! não tem 
pulso no início. 
PASSOS RITMO CHOCÁVEL 
1. Segurança 
2. Chamar o paciente 
3. Pedir ajuda e solicitar DEA 
4. Checar pulso e respiração 
5. Iniciar RCP (30:2) 
6. Aplicar choque – desfibrilar assim que disponível 
7. Voltar a RCP por 2 minutos 
8. Checar ritmo, se continua em FV fazer nova desfibrilação 
9. Voltar a RCP por 2 minutos 
10. Fazer epinefrina (adrenalina) + RCP por 2 minutos 
11. Checar ritmo, se continua em FV fazer desfibrilação 
(enquanto estiver em fibrilação, é ritmo chocável) 
12. Voltar a RCP por 2 minutos 
13. Fazer amiodarona 
 
PASSOS RITMO NÃO CHOCÁVEL 
1- RCP 2 mim + epinefrina 
 
a. Ritmo persiste 
2- RCP 2 mim 
a. Ritmo persiste 
3- RCP + epinefrina 
Com a administração de epinefrina, aumenta-se a RVP 
(resistência vascular periférica) e como consequência tem o 
aumento da pressão arterial. 
Já a administração de amiodarona, tem objetivo de reduzir 
arritmias, por isso só deve ser administranda depois que 
chocar pela terceira vez. 
 
1 - Epinefrina sempre fazer em ciclo sim, ciclo não, com 4 
minutos de intervalos entre as doses. (ciclos pares) 
2 – Usar epinefrina nos ritmos chocáveis 
3 – Amiodarona deve ser usada no terceiro e quinto ciclo, 
e depois não deve ser mais repetida 
 
Como saber se a RCP está sendo eficaz?Através de 
dois parâmetros: 
1 – Capnografia – é uma medida do CO2 exalado. Só 
pode ser feito em paciente com IOT. 
No metabolismo aeróbico, o produto final do ciclo de Krebs 
é água e CO2. Na capnografia isso é importante pois ao captar 
CO2 exalado mostra que ainda está acontecendo o 
metabolismo celular aeróbico. A meta é que a capnografia 
deve ser maior que 10, idealmente maior que 20 durante a 
PCR. Se menor que 10, está inadequada, devendo melhorar a 
capacidade de compressão torácica. 
2 – Medir a pressão arterial de forma invasiva, através da 
colocação de um cateter intra-arterial. A meta é ter a PAD 
maior que 20. 
Como saber se RCP está boa? Capnografia maior que 10 e 
PAD em cateter intra-arterial maior que 20. 
 
PACIENTE RETORNA DA PARADA 
Avaliar 4 passos: 
1. Avaliar ritmo organizado e pulso 
2. Pressão arterial (PA) 
3. Saturação de O2 
4. Ausculta pulmonar 
 
Pedir exames que avaliem os 5Hs e os 5Ts: ESSES SÃO 
ESSENCIAIS E NÃO PODEM SER DEIXADOS DE PEDIR 
1. ECG - identificar se houve IAM 
2. Troponina - identificar se houve IAM 
3. Gasometria arterial – identificar acidose e hipóxia 
4. Dosagem de potássio 
5. Raio x de tórax - para ver complicações 
 
Exames facultativos à PCR: 
1. Hemograma 
2. Creatinina e ureia 
3. Sódio 
 
Cuidados essenciais – METAS 
1. Aferir a PA – PAS (pressão arterial sistólica) maior que 90 
ou PAM (pressão arterial média) maior que 65 
2. Saturação de O2 maior que 95% e até 99% 
 
Para paciente que estiverem com hipotensão fazer: 
1. Soro fisiológico 
2. Droga vasoativa 
 
Para aumentar saturação 
1. Ofertar O2 
 
Fase em que procuramos no paciente se o mesmo obedece 
a comandos: 
1. Perguntar: levanta o braço direito? Verificar se o paciente 
vai obedecer a comandos 
Se paciente tiver comatoso não obedecendo a comandos, 
fazer tratamento adicional com controle direcionado da 
temperatura, deixando a temperatura entre 32-36 graus por 
24 horas com objetivo de reduzir o metabolismo para reduzir 
dano neurológico e com isso promover maior recuperação 
neurológica. 
 
TÉCNICAS E DISPOSITIVOS 
Nenhum dispositivo até o momento se mostrou superior a 
RCP de alta qualidade 
• SOCO PRECORDIAL 
Não deve ser usado em PCR extra-hospitalar não presenciada. 
Pode ser considerado em TV instável (inclusive sem pulso) se 
presenciada se não houver um desfibrilador para o uso. 
Motivo: em alguns estudos há conversão de tv pelo soco 
precordial 
 
• MASSAGEM CARDÍACA INTERNA – abrir o peito para fazer 
compressão diretamente. 
Se torna útil se paciente já se encontra com tórax aberto, por 
exemplo, em pós cirurgia cardíaca. 
Melhor aumento na perfusão coronariana e RCE em 
comparação a RCP convencional 
Evidências insuficientes para indicar de rotina 
Pode ser útil em cirurgias cardíacas /abdominais ou POI de 
cirurgias cardíacas (ClassIIaLOE C) 
Toracotomia pode ser considerada em casos selecionados 
(Vítimas de trauma penetrante) (ClassIIB LOE C) 
 
• COMPRESSÃO ABDOMINAL INTERPOSTA – não está 
recomendado 
3 socorristas: Ventilação; compressão torácica ; compressão 
abdominal. Comprimir o abdome entre o apêndice xifóide e a 
cicatriz umbilical alternadamente com as compressões 
torácicas 
 
ClassIIbLOE B em pacientes Intra –hospitalar e executado por 
socorristas treinados. Não recomendado se PCR extra 
hospitalar ou em crianças 
 
• COMPRESSÃO NA GESTANTE 
Colocar superfície rígida no dorso. Deixar a gestante 
discretamente em decúbito lateral esquerdo, para evitar 
compressão da veia cava. 
 
CAUSAS REVERSÍVEIS

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