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INTRODUÇÃO Fechamento da lesão: fechamento primário. Quando não dá para fechar a ferida primariamente, se faz: Enxerto; Retalho locais; Retalhos regionais; Retalhos à distância; Retalhos microcirúrgicos. ENXERTOS Retirada de qualquer tecido do seu local de origem e colocação em outro local, sem que haja conexão vascular entre as áreas receptora e doadora. • Área doadora: local de onde foi tirado o enxerto; Pele parcial → face anterior da coxa, abdome, couro cabeludo. Pele total → retroauricular, pré-auricular, inguinal, pálpebras, abdome. • • Área receptora: local que recebe o enxerto; AUTOENXERTOS • O local doador e receptor é no mesmo indivíduo, sendo este o mais comumente utilizado. Ele ainda pode ser dividido entre auto enxerto de pele total ou de pele parcial. • Os de pele total são compostos pela epiderme e derme, enquanto os enxertos de pele parcial são compostos pela epiderme e parte da derme subjacente, o que permite que a área doadora possa recuperar os elementos epidérmicos que foram retirados, o que é impossível no total, necessitando de um fechamento primário. Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre ENXERTOS SUBSTITUTOS DE PELE Pode ser composto por materiais biológicos, como no caso dos aloenxertos e xenoenxertos, ou de material biossintético que são utilizados para cobrir temporariamente as férias até que a cicatrização por segunda intenção possa ocorrer. A intenção no uso desses materiais é permitir uma proteção a ferida, impedindo sua desidratação. INDICAÇÃO DE ENXERTOS Lesões sem possibilidade de fechamento primário. FASES DE INTEGRAÇÃO Embebição: primeiros dias / Plasma do leito → irrigação + nutrição. Revascularização: início 24-48 horas (inosculação) → redução do edema. Neovascularização + crescimentos de células endoteliais → 7-10 dias. Maturação: • Integração completa → remodelamento e contração; • Crescimento de folículos: varia com a profundidade do enxerto → 2-3 meses; • Terminações nervosas: fenômeno desconhecido (hipersensibilidade) → 1 ano. CLASSIFICAÇÃO : : pele, gordura, cartilagem, osso, nervo, tendão, fáscia, músculo e anexos. pele e cartilagem, pele e gordura. • Autógeno ou auto enxerto: doador é o próprio receptor; • Aloenxerto ou homo-enxeto: doador e receptor são da mesma espécie; • Xenoenxerto ou hetero-enxerto: doador e receptor são de espécies diferentes*; • Enxerto Isôgenico: doador e receptor com mesma carga genética (gêmeos idênticos). • Espessura parcial: fino, médio e espesso → com parte da derme; ➢ Menos fibras elásticas (contração primaria); ➢ Maior contração secundaria (miofibroblastos); ➢ Reinervação mais rápida, menos intensa e específica; ➢ Resultado estético inferior; ➢ Área doadora fecha por 2a intenção; ➢ Pode repetir a retirada na mesma área após reepitelização; • Espessura total: toda a derme. ➢ Mais anexos (pelos, glândulas sudoríparas e sebáceas); ➢ Mais fibras elásticas (contração primária); ➢ Menor contração secundária (miofibroblastos); ➢ Reinervação mais lenta, mais intensa e específica; ➢ Resultado estético superior; ➢ Fechamento primário (sutura). Enxertos em lâminas: melhor resultado estético nas faces, maior número de complicações imediatas, áreas pequenas, menor contração secundárias. Enxertos em malhas: resultado estético inferior, menor porcentagem de perda, áreas grandes, maior contração secundária (não em articulações). Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre Enxertos em estampilhas: resultado estético pobre, pouca área doadora e dificuldade de fixação. ENXERTIA : é preciso escolher a área doadora que irá apresentar o menor desconforto e problemas estéticos em função de sua retirada e que irá permitir um resultado mais fidedigno com a área receptora, seja em função de cor, textura e espessura. é importante ter em mente que o enxerto irá precisar de um leito receptor bem-preparado para sua fixação. Esse novo leito precisa ser vascularizado, livre de tecido necrótico ou isquêmico, sem inflamação ou infecção. como no enxerto iremos retirar parte da derme, onde encontramos as terminações nervosas e vascularização da pele, é importante que realizemos uma infiltração generosa da derme com anestésicos locais e com epinefrina. para a captação do enxerto de pele parcial é preciso inicialmente de uma boa base de sustentação para a retirada do tecido. Assim é indicado que seja retirado em locais onde poderemos esticar a pele para impedir falhas. No caso de enxertos de pele total, iremos precisar fazer a captação desse tecido com a utilização do bisturi, sem o dermátomo. algumas vezes a área doadora é menor do que a receptora, dessa forma, podemos utilizar o expansor de pele que irá permitir o aumento da área do enxerto a partir de pequenos furos no enxerto. é preciso ter a certeza que o leito receptor está apto a receber o enxerto livre de hematomas, exsudatos ou infecções. Podemos realizar a fixação com grampos ou a partir de suturas, seja ela com ponto simples ou contínuos. iremos utilizar curativos não aderentes sobre o enxerto, para impedir que durante sua retirada possa ocorrer algo, coberto por uma gaze algodoada para absorver qualquer secreção produzida por ele. Existem também os curativos a vácuo. ➢ Pele parcial: Rayon em solução salina + gaze + algodão + faixa Retirada: 3o dia → manter o rayon aderido ➢ Pele total: curativo oclusivo simples (gaze + micropore). ➢ Oclusivo compressivo; ➢ Curativo de Brown (retirar a partir de 5 dias). COMPLICAÇÕES • Hematoma → prevenção = hemostasia adequada; “Babação” – cola, espumas fibrinogênias, injeção epinefrina. • Seroma: realização de fenestras no tecido a ser transplantado; Seroma e hematoma quando identificados, devem ser drenados a fim de salvar o enxerto. • Infecção; Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre • Contratura; • Alterações de pigmentação; • Cicatriz hipertrófica ou queloide. RETALHOS São tecidos que são transplantados e que não dependem da vascularização da área receptora para sobreviver, os retalhos possuem vascularização própria. • local de onde foi tirado o retalho; • : local que recebe o retalho. INDICAÇÕES • Lesões sem possibilidade de fechamento primário; • Quando táticas mais simples estão contraindicadas ou resultarem em resultado pobre; • Proteção de estruturas nobres ou saliências ósseas; • Necessidade de volume; • Melhor resultado estético (face). CLASSIFICAÇÃO : quando não existe um pedículo principal, mas apenas pequenos vasos não nomeados no plexo subdérmico. possuem sua nutrição baseada em um pedículo principal nomeado (angiostoma). Possui um ou mais vasos conhecidos. : quando a área doadora possui conexão direta com a área receptora. : a área doadora é transferida a uma grande distância para a área receptora. a área doadora não possui uma conexão direta com a área receptora, sendo necessário a criação de um caminho. apenas um tecido. com mais de um tipo de tecido. Tecidos que podem constituir um retalho: pele, músculo, músculo cutâneo, fasciocutâneo e osteocutâneo. RETALHOS CUTÂNEOS Pele e subcutâneo com suprimento vascular próprio, com a finalidade de preencher uma ferida cirúrgica. RETALHOS FASCIOCUTÂNEOS Defeitos maiores – sem possibilidade reparação por retalho cutâneo. Necessário conhecer a dimensão máxima, inervação, arco de rotação e vascularização da área doadora. RETALHO MÚSCULO CUTÂNEO Vascularização - base deste retalho. Anatomia vascular muscular obedece a padrão simples e pouco variável. l. RETALHO MICROCIRÚRGICO Retirada de retalho de tecido, juntamente com a sua vascularização conhecida e anastomose vascular na área receptora, com vascularização bem definida. Utilizadoquando se esgotaram todos os recursos para fechamento. Comumente utilizado em lesões complexas. Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre TÉCNICAS PARA CONFECÇÕES E RETALHOS Transforma área doadora em formato triangular correspondendo a 1/3 do diâmetro da semicircunferência, que com a rotação fecha a área receptora. Estica a pele e cobre a lesão, em direção a lesão, com um retângulo. Muito comum ser feito na ponta do dedo. V-Y: Estica a pele e cobre a lesão, em direção da lesão, com a partir de 2V. Os retalhos se movem em direção ao defeito sem rotação ou lateralização e ao se encontrarem, são suturados em forma de 2Y. Difícil diferenciação do retalho de rotação. Maior transposição é a 90°. utilizado para permitir um reposicionamento dos tecidos, com um maior comprimento, diminuindo assim a contratura presente naquela região. Utilizadas em pacientes vítimas de queimaduras. Muito indicado em contraturas cicatriciais. Transferência do pedículo dessecado por debaixo da pele integra, criando um túnel de transposição. Transforma a área receptora em losango, e transpõe retalho local losango para fechar a área. Usar ângulo de 120° de maior mobilidade. Incisões em zigue-zague 2 lados da cicatriz, interpola os retalhos. Para fechamento em W. Previne contraturas exageradas da cicatriz. TÉCNICAS AUXILIARES NA CONFECÇÕES DOS RETALHOS Estratégia com utilização de incisões e descolamento do retalho em seu sítio original para estimular a circulação. A liberação é realizada 2 a 3 sem depois. Indicação: condições desfavoráveis (tabagistas)e necessidade grande quantidade de pele. É uma isquemia intencional e programada, provocando o aumento da vascularização interna e redução risco necrose. Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre Inserção dispositivo inflável abaixo pele → expansão volume solução salina. • Vantagem: > disponibilidade pele de igual textura e cor. • Desvantagem: efeito antiestético → áreas expostas. COMPLICAÇÕES • Sangramento; • Hematoma; • Infecção; • Baixa perfusão e perda de retalho (infecção ou torção do pedículo); • Deiscência de sutura; • Seroma; • Epiteliolise. Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre
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