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Contabilidade financeira FGV

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1
 
ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz de atividade individual 
Disciplina: Contabilidade Financeira Módulo:1-4 
Aluno: Janaína Beatris da Silva Turma: 0521-1_20 
Tarefa: Com base nas informações apresentadas, elabore um relatório que analise os dois exercícios 
sociais da empresa. 
O relatório deve conter os seguintes tópicos: 
 Introdução; 
 Análise horizontal; 
 Análise vertical; 
 Cálculo dos índices de liquidez; 
 Cálculo da estrutura de capital; 
 Cálculo da lucratividade; 
 Cálculo da rentabilidade e 
 Conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa. 
Introdução 
Para que seja possível realizar uma análise correta das demonstrações contábeis de uma empresa, é 
necessário se utilizar de técnicas, que podem ser analisadas através de indicadores. De acordo com Salim 
e Oliveira (2019) através de indicadores de desempenho, financeiros e não financeiros, é possível realizar 
uma análise econômico-financeira da empresa, e assim identificar oportunidades de melhoria, além de 
alinhar o desempenho com as estratégias da mesma. 
A empresa Magazine Luiza S.A., por ser uma Sociedade de Capital aberto, realiza a publicação de suas 
demonstrações contábeis. Essas demonstrações são utilizadas por todos os interessados em sua situação 
econômica e financeira da companhia. Cita-se como exemplos de pessoas interessadas: os acionistas que 
se preocupam com o retorno financeiro que terão através de distribuições de lucros, os credores em geral 
que precisam se certificar de que a companhia possui capacidade de pagamento, analisando o 
endividamento e a geração de caixa. Também é importante citar os clientes e os empregados que 
acompanham os resultados, pois buscam estabilidade em sua relação com fornecedor e empregador. 
Desta forma, neste trabalho é apresentada as análises do Balanço Patrimonial e da Demonstração do 
Resultado, da empresa Magazine Luiza, através de diversos indicadores, dentre eles as análises horizontal 
e vertical, indicadores de liquidez, estrutura, rentabilidade, entre outros. Com essa analise, é possível 
verificar a situação econômica e financeira da companhia, através da evolução que ocorreu entre os anos 
 
 
 
2 
 
de 2019 e 2020. Destaca-se que para esta análise levou-se em consideração que em 2020 iniciou-se a 
pandemia de Covid-19 no Brasil, o que afetou diversas empresas economicamente e financeiramente. 
Com isso, utilizou-se ainda como parâmetro as notas explicativas publicadas pela empresa, para analisar 
as principais mudanças ocorridas nos indicadores de um ano para outro. 
Análise horizontal 
Conforme Ching, Marques e Prado (2010), através da análise horizontal é possível verificar a evolução das 
variações das contas do Balanço Patrimonial e da DRE de um período para o outro, tomando o período 
anterior como base. Essas variações encontradas podem ser tanto positivas como negativas e devem ser 
analisadas com atenção, pois os percentuais mais relevantes dependerão da participação da conta em 
relação ao total da demonstração. 
Segue abaixo o Balanço Patrimonial da Magazine Luiza S.A. com os percentuais da análise horizontal 
representada pela sigla AH. 
BALANÇO PATRIMONIAL 2020 AH 2019 
ATIVO TOTAL R$ 22.296.830 17% R$ 18.611.817 
ATIVO CIRCULANTE R$ 14.799.483 18% R$ 12.157.015 
disponível (caixa e equivalentes de caixa) R$ 1.281.569 86% R$ 180.799 
aplicações financeiras R$ 1.220.095 -264% R$ 4.446.143 
contas a receber R$ 3.460.711 20% R$ 2.769.649 
estoque R$ 5.459.037 36% R$ 3.509.334 
tributos a recuperar R$ 594.782 -31% R$ 777.929 
outros ativos circulantes R$ 2.783.289 83% R$ 473.161 
ATIVO NÃO CIRCULANTE R$ 7.497.347 14% R$ 6.454.802 
realizável a longo prazo R$ 1.585.551 6% R$ 1.491.070 
investimentos R$ 1.705.072 27% R$ 1.240.664 
imobilizado R$ 3.613.297 12% R$ 3.196.199 
Intangível R$ 593.427 11% R$ 526.869 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO R$22.296.830 17% R$ 18.611.817 
PASSIVO CIRCULANTE R$11.512.179 37% R$ 7.203.042 
obrigações sociais e trabalhistas R$294.314 -5% R$ 309.007 
fornecedores R$7.679.861 30% R$ 5.413.546 
obrigações fiscais R$ 331.113 7% R$ 307.695 
empréstimos e financiamentos R$ 1.666.243 100% R$ 8.192 
outras obrigações R$ 1.540.648 24% R$ 1.164.602 
 
 
 
 
 3
 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE R$ 3.459.364 -11% R$ 3.843.838 
empréstimos e financiamentos R$ 17.725 -4633% R$ 838.862 
arrendamento mercantil R$ 2.156.522 12% R$ 1.893.790 
tributos diferidos R$ - - R$ 3.725 
provisões fiscais, trabalhistas e cíveis R$ 998.250 23% R$ 767.938 
lucros e receitas a apropriar R$ 286.867 -18% R$ 339.523 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO R$ 7.325.287 -3% R$ 7.564.937 
capital social realizado R$ 5.952.282 0% R$ 5.952.282 
reservas de capital -R$ 213.037 193% R$ 198.730 
reservas de lucros R$ 1.574.891 10% R$ 1.410.757 
outros resultados abrangentes R$ 11.151 72% R$ 3.168 
De acordo com a análise horizontal das contas do balanço patrimonial, destacam-se as principais contas 
que sofreram variações expressivas em percentual de 2019 para 2020: 
- O ativo total da empresa se elevou em 17% em 2020, então foi necessário verificar quais as contas do 
ativo que tiveram oscilação representativa, contribuindo com esse aumento do ativo total de 2019 para 
2020. Verificou-se que as principais contas que apresentaram evolução positiva no ativo foram: 
disponibilidades (caixas e equivalentes de caixa) com 86%, estoques com 36%, outros ativos circulantes 
com 83% e investimentos com 27%. Em contrapartida a essas variações positivas, também tiveram duas 
contas que apresentaram variação negativa de 2019 para 2020, que foram: aplicações financeiras com -
264% e tributos a recuperar com -31%. 
- Na análise dos passivos que apresentaram variações positivas, destacam-se: os fornecedores com 30%, 
os empréstimos e financiamentos de curto prazo com 100%, outras obrigações com 24% e reservas de 
capital com 193%. Já as contas que variaram negativamente foram: empréstimos e financiamentos de 
longo prazo com -4.633%. 
Ao realizar a leitura das notas explicativas e do relatório de administração publicados, verificou-se que os 
principais motivos dessas oscilações aconteceram pelos seguintes motivos: 
- Elevação de caixa e equivalente de caixa e consequentemente diminuição das aplicações financeiras – 
empresa realizou depósitos bancários em CDI, retirando o valor investido em aplicações financeiras com o 
objetivo de aumentar a rentabilidade das operações. 
- Elevação das contas a receber – houve aumento do faturamento relacionado a cartões de credito e 
crediário próprio, muito interligado as vendas online que tiveram aumento significativo no ano de 2020 
em função da pandemia. A companhia não teve aumento significativo no numero de inadimplência dos 
clientes. 
- O aumento expressivo dos outros ativos circulantes refere-se as partes relacionadas, principalmente o 
saldo a receber de cartões de credito da parte relacionada Luizacred que é controlada em conjunto com o 
Banco Itaúcard S.A. 
- Os tributos a recuperar tiveram redução de um ano para o outro em virtude da empresa estar utilizando 
(compensando) os créditos existentes, já reconhecidos no ano de 2019, evitando utilizar as 
 
 
 
4 
 
disponibilidades para pagamento de tributos federais. 
- O saldo de investimentos aumentou em 27% em virtude de aquisições de quotas de capital de outras 9 
empresas através de combinações de negócios com suas controladas. 
- O saldo de fornecedores se elevou em virtude de prazos maiores negociados pela empresa em função 
da pandemia, além disso, cabe registrar que o saldo refere-se também aos convênios firmados com 
bancos parceiros que pagam comissão à empresa pela intermediação realizada com fornecedores na 
operação de antecipação de recebíveis. 
- Os empréstimos e financiamentos de custo prazo tiveram elevação expressiva, pois a empresa realizou a 
captação de R$ 800 milhões via administração pública, referente a 8ªemissão de Debêntures. Enquanto 
que a redução de longo prazo se deu pelo fato do valor passar a pertencer ao curto prazo em 2020. 
Segue abaixo o DRE da Magazine Luiza S.A. com os percentuais da análise horizontal representada pela 
sigla AH. 
(em mil reais) 2020 AH 2019 
receita líquida de bens ou serviços R$ 26.130.544 29% R$ 18.491.861 
custo dos bens ou serviços vendidos -R$ 19.672.090 32% -R$ 13.464.405 
lucro bruto R$ 6.458.454 22% R$ 5.027.456 
despesas/receitas operacionais -R$ 5.753.929 35% -R$ 3.745.083 
despesas com vendas -R$ 4.476.887 30% -R$ 3.134.586 
despesas gerais e administrativas -R$ 1.295.041 25% -R$ 972.582 
perdas pela na recuperabilidade dos ativos -R$ 100.388 31% -R$ 69.676 
outras receitas operacionais R$ 81.834 -330% R$ 352.031 
resultado de equivalencia patrimonial R$ 36.553 -118% R$ 79.730 
resultado antes do resultado financeiro 
e tributos R$ 704.525 -82% R$ 1.282.373 
receitas financeiras R$ 201.463 -221% R$ 647.421 
despesas financeiras -R$ 526.543 -36% -R$ 714.410 
resultado antes dos tributos sobre o 
lucro R$ 379.445 -220% R$ 1.215.384 
imposto de renda e contribuição social R$ 12.264 2494% -R$ 293.556 
LUCRO líquido do exercício R$ 391.709 -135% R$ 921.828 
De acordo com a análise horizontal as contas do DRE que sofreram variações expressivas em percentual 
de 2019 para 2020 foram: 
- A receita líquida de vendas que aumentou positivamente em 29%, ou seja, demonstra que a empresa 
teve aumento em seu faturamento anual. 
- O custo das mercadorias vendidas apresentou aumento de 32%, o que não causou impacto no lucro 
 
 
 
 
 5
 
bruto que aumentou 22% em relação ao ano anterior. 
- Contas que chama atenção nesta análise horizontal são as relacionadas às despesas operacionais, pois 
as despesas com vendas elevaram em 30% e as despesas gerais e administrativas em 25%, relacionado-
as com o ano anterior. 
- As receitas financeiras tiveram um impacto negativo, pois reduziram 221% em 2020, em relação a 
2019, enquanto que as despesas variaram positivamente pois reduziram 36% de um ano para o outro. 
Apesar do aumento do faturamento de 2019 para 2020, o lucro líquido da empresa reduziu 135%, pois o 
resultado positivo de 2019 de R$ 921.828 passou a ser de R$ 391.709 em 2020, visto que seus custos e 
despesas se elevaram também. 
Análise vertical 
De acordo com Salim e Oliveira (2019), a análise vertical tem o objetivo de mostrar a relevância de cada 
conta nas demonstrações financeiras, facilitando a comparação com padrões da própria empresa em 
períodos anteriores. Calcula-se o percentual de cada conta em relação ao valor total, ou seja, no balanço 
patrimonial utilizou-se o total do ativo e do passivo mais PL e na DRE o total da receita liquida de vendas 
como base. 
Segue abaixo o Balanço Patrimonial da Magazine Luiza S.A. com os percentuais da análise vertical 
representada pela sigla AV. 
BALANÇO PATRIMONIAL 2020 AV 2019 AV 
ATIVO TOTAL R$ 22.296.830 100% R$ 18.611.817 100% 
ATIVO CIRCULANTE R$ 14.799.483 66% R$ 12.157.015 65% 
disponível (caixa e equivalentes de 
caixa) R$ 1.281.569 6% R$ 180.799 1% 
aplicações financeiras R$ 1.220.095 5% R$ 4.446.143 24% 
contas a receber R$ 3.460.711 16% R$ 2.769.649 15% 
estoque R$ 5.459.037 24% R$ 3.509.334 19% 
tributos a recuperar R$ 594.782 3% R$ 777.929 4% 
outros ativos circulantes R$ 2.783.289 12% R$ 473.161 3% 
ATIVO NÃO CIRCULANTE R$ 7.497.347 34% R$ 6.454.802 35% 
realizável a longo prazo R$ 1.585.551 7% R$ 1.491.070 8% 
investimentos R$ 1.705.072 8% R$ 1.240.664 7% 
imobilizado R$ 3.613.297 16% R$ 3.196.199 17% 
Intangível R$ 593.427 3% R$ 526.869 3% 
PASSIVO E PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO R$ 22.296.830 100% R$ 18.611.817 100% 
PASSIVO CIRCULANTE R$ 11.512.179 52% R$ 7.203.042 39% 
obrigações sociais e trabalhistas R$ 294.314 1% R$ 309.007 2% 
 
 
 
6 
 
fornecedores R$ 7.679.861 34% R$ 5.413.546 29% 
obrigações fiscais R$ 331.113 1% R$ 307.695 2% 
empréstimos e financiamentos R$ 1.666.243 7% R$ 8.192 0% 
outras obrigações R$ 1.540.648 7% R$ 1.164.602 6% 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE R$ 3.459.364 16% R$ 3.843.838 21% 
empréstimos e financiamentos R$ 17.725 0% R$ 838.862 5% 
arrendamento mercantil R$ 2.156.522 10% R$ 1.893.790 10% 
tributos diferidos R$ - 0% R$ 3.725 0% 
provisões fiscais, trabalhistas e cíveis R$ 998.250 4% R$ 767.938 4% 
lucros e receitas a apropriar R$ 286.867 1% R$ 339.523 2% 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO R$ 7.325.287 33% R$ 7.564.937 41% 
capital social realizado R$ 5.952.282 27% R$ 5.952.282 32% 
reservas de capital -R$ 213.037 -1% R$ 198.730 1% 
reservas de lucros R$ 1.574.891 7% R$ 1.410.757 8% 
outros resultados abrangentes R$ 11.151 0% R$ 3.168 0% 
Conforme análise vertical das contas do balanço patrimonial destacam-se as principais contas que 
representam maiores valores em relação ao ativo e ao passivo mais patrimônio líquido: 
- Contas com representatividade no Ativo – as contas de curto prazo que juntas representam 52% do 
ativo em 2020 são as contas a receber, estoque e outros ativos circulantes, que em 2019 juntas 
representavam apenas 36% do total do ativo. O que reforça a analise horizontal realizada anteriormente 
que demonstrou a variação delas de um ano para o outro. Por outro lado, as contas de longo prazo 
representam 36% do total do ativo e não tiveram oscilação significativa de 2019 para 2020. 
- Contas com representatividade no Passivo mais patrimônio líquido – as contas de curto prazo que juntas 
representam 49% do ativo em 2020 são as contas de fornecedores, empréstimos e financiamentos e 
outras obrigações, que em 2019 juntas representavam apenas 35% do total do grupo. Essa oscilação se 
deu principalmente pela conta de fornecedores que aumentou de 29% para 34% e de empréstimos e 
financiamentos que no ano de 2019 tinha maior representatividade no longo prazo e em 2020 passou a 
ser curto prazo, conforme já mencionado na análise horizontal. Cabe destacar também que o PL em 2020 
representa 33% do total do grupo, enquanto que em 2019 representava 41%, isto se deu pelo fato de 
que as contas deste grupo não tiveram oscilações significativas de um ano para o outro, enquanto que as 
contas de passivo sim, representando maior valor no grupo total. 
Segue abaixo o DRE da Magazine Luiza S.A. com os percentuais da análise vertical representada pela sigla 
AV. 
(em mil reais) 2020 AV 2019 AV 
receita líquida de bens ou serviços R$ 26.130.544 100% R$ 18.491.861 100% 
 
 
 
 
 7
 
custo dos bens ou serviços vendidos -R$ 19.672.090 -75% -R$ 13.464.405 -73% 
lucro bruto R$ 6.458.454 25% R$ 5.027.456 27% 
despesas/receitas operacionais -R$ 5.753.929 -22% -R$ 3.745.083 -20% 
despesas com vendas -R$ 4.476.887 -17% -R$ 3.134.586 -17% 
despesas gerais e administrativas -R$ 1.295.041 -5% -R$ 972.582 -5% 
perdas pela na recuperabilidade dos 
ativos -R$ 100.388 0% -R$ 69.676 0% 
outras receitas operacionais R$ 81.834 0% R$ 352.031 2% 
resultado de equivalência patrimonial R$ 36.553 0% R$ 79.730 0% 
resultado antes do resultado 
financeiro e tributos R$ 704.525 3% R$ 1.282.373 7% 
receitas financeiras R$ 201.463 1% R$ 647.421 4% 
despesas financeiras -R$ 526.543 -2% -R$ 714.410 -4% 
resultado antes dos tributos sobre o 
lucro R$ 379.445 1% R$ 1.215.384 7% 
imposto de renda e contribuição social R$ 12.264 0% -R$ 293.556 -2% 
LUCRO líquido do exercício R$ 391.709 1% R$ 921.828 5% 
Conforme análise vertical da demonstração do resultado, destacam-se as principais contas que 
representam maiores valores em relação à receita líquida dos períodos de 2019 e 2020: 
- O custo dos bens ou serviços vendidos representava 73% da receita líquida em 2019 e no ano de 2020 
passou a representar 75%, o que comprova o aumento dos custos, verificado na análise horizontal 
anterior. Com isso, o lucro bruto da Magazine passou a ser menor em 2020, pois passou de 27% para 
25%,visto que o custo passou a representar maior valor em relação a receita liquida. 
- Assim como os custos, as despesas operacionais tiveram um aumento de 2% na sua representatividade 
de 2019 para 2020, pois de 20% passou a representar 22% da receita líquida. 
- As receitas financeiras que representavam 4% em 2019, passaram a representar apenas 1% em 2020, 
e as despesas financeiras de 4% passaram para 2%. 
Como todas essas oscilações nos custos e despesas de um ano para o outro, sendo maiores do que o 
aumento do faturamento, o lucro líquido da empresa passou a ser muito menor em 2020, pois encerrou o 
ano com lucro líquido de 1%, enquanto que no ano anterior o percentual era de 5% sobre a receita 
líquida. 
 
Cálculo dos índices de liquidez 
De acordo com Limeira, A. et al (2015), uma das formas de verificar a capacidade financeira da Magazine 
Luiza em honrar seus compromissos para com terceiros, ou seja, liquidar suas dívidas, é utilizando os 
índices de liquidez. Através desses índices identificamos o quanto a empresa possui de capital de giro em 
relação às obrigações existentes no mesmo período. 
 
 
 
8 
 
A análise de liquidez da empresa é composta pelos seguintes indicadores: liquidez geral, liquidez corrente, 
liquidez seca e liquidez imediata (Bazzi, 2019). 
A liquidez geral segundo o mesmo autor deve ser maior do que 1, e indica a proporção existente entre os 
bens e direitos da empresa em relação as dívidas totais. 
Fórmula: LG = (AC+RLP) / (PC+PNC) 
Utilizando como base o balanço patrimonial da Magazine Luiza, encontramos os seguintes indicadores de 
liquidez geral: 
LG 2020: (14.799.483+1.585.551)/(11.512.179+3.459.364) = 1,09 
LG 2019: (12.157.015+1.491.070)/(7.203.042+3.843.838) = 1,24 
A liquidez corrente, conforme Limeira, A. et al (2015) é um dos índices mais utilizados em análises 
financeiras, pois representa a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo com o capital de 
giro de curto prazo. 
Fórmula: LC = AC / PC 
Os índices de liquidez corrente da Magazine Luiza são: 
LC 2020: 14.799.483/11.512.179 = 1,29 
LC 2019: 12.157.015/7.203.042 = 1,69 
Contudo, a liquidez Seca “indica a solidez da empresa em relação aos seus compromissos de curto prazo, 
sem contar com os estoques” (BAZZI, 2019, pag. 60). 
Fórmula: LS = (AC – Estoques) / PC 
LS 2020: (14.799.486 – 5.459.037)/11.512.179 = 0,81 
LS 2019: (12.157.015 – 3.509.334)/7.203.042 = 1,20 
Já a liquidez imediata, é um indicador bastante complicado de se manter acima de 1, pois conforme 
Limeira (2015) esse índice mede a capacidade financeira da empresa considerando apenas as suas 
disponibilidades para quitar suas obrigações de curto prazo. É muito difícil as empresas manterem saldo 
tão elevado em conta caixa e banco com essa finalidade. 
Fórmula: LI = Disponível / PC 
LI 2020: 2.501.664/11.512.179 = 0,22 
LI 2019: 4.626.942/7.203.042 = 0,64 
Através desses indicadores, conclui-se que a Magazine Luiza apresentava uma excelente capacidade de 
pagamento de suas obrigações de curto e longo prazo no ano de 2019, pois os principais indicadores de 
liquidez (corrente, seca e geral) apresentam acima de 1 real em bens e direitos, para cada 1 real de 
obrigações. Enquanto que no ano de 2020 esses índices diminuíram, porém se mantiveram acima de 1 
real, com exceção apenas da liquidez seca (em que não se considera os estoques para cumprimento das 
obrigações), pois o índice ficou 0,81, não sendo suficiente para cobrir as dívidas assumidas no período. 
Cálculo da estrutura de capital 
 
 
 
 
 9
 
Para que seja possível avaliar o grau de dependência existente na empresa, relacionada a fontes internas 
e externas de recursos utilizados para financiar as suas operações, utiliza-se os indicadores de estrutura 
de capital. 
De acordo com Limeira, A. et al (2015) o ativo das empresas são financiados pelos capitais próprios e por 
capitais de terceiros, sendo que quanto maior for a participação do passivo circulante e não circulante 
(capital de terceiros) nas operações, maior é o risco dos credores estarem expostos. 
Os principais indicadores utilizados nesta análise segundo o mesmo autor são: 
 Endividamento Geral (EG) = (PC + PNC) / Ativo total 
Este indicador demonstra o quanto a empresa deve (de capital de terceiros) em relação ao total aplicado. 
Através desses indicadores abaixo, verifica-se que a Magazine Luiza deve em curto prazo e longo prazo, 
correspondente a 59% do seu ativo em 2019, aumentando para 67% em 2020. Isso demonstra que existe 
uma predominância do capital de terceiros no financiamento do ativo e ela vem aumentando ao longo dos 
dois anos analisados. Logo, verifica-se que a participação do capital próprio no total dos recursos 
investidos na empresa, era de 41% em 2019 e passou a ser de apenas 33% em 2020. 
Pode-se dizer que o principal fator que contribuiu para essa maior dependência do capital de terceiros no 
ano de 2020, foi o aumento do grupo de fornecedores verificado na análise vertical, que em 2019 era de 
29% e passou para 34% em 2020, em relação ao passivo total. 
EG 2020: ((11.512.179+3.459.364)/22.296.830) x 100 = 67% 
EG 2019: ((7.203.042+3.843.838)/18.611.817) x 100 = 59% 
 Composição do endividamento (CE) = PC / (PC + PNC) 
Este indicador mede o percentual de dívidas de curto prazo em relação às dívidas totais da empresa. 
A Magazine Luiza, apresenta uma composição de endividamento de 65% de 2019, demonstrando que 
65% do endividamento da empresa se concentra no curto prazo, e, além disso, aumentando para 77% 
em 2020. Isso indica que para cada R$ 100,00 de dívidas totais R$ 77,00 estão concentradas no passivo 
circulante em 2020, enquanto que apenas R$ 33,00 no longo prazo. 
CE 2020: (11.512.179/(11.512.179+3.459.364)) x 100 = 77% 
CE 2019: (7.203.042/(7.203.042+3.843.838)) x 100 = 65% 
 Imobilização do Capital Próprio (IPL) = (ANC – RLP) / PL 
Este indicador demonstra o quanto dos ativos de investimentos, imobilizado e intangível da empresa é 
financiado pelo capital próprio, indicando se existe indicação de aporte de recursos de terceiros para o 
financiamento das operações. 
A Magazine Luiza apresenta uma imobilização de capital próprio de 66% em 2019, e passou para 81% em 
2020, o que indica que vem aumentando a sua imobilização do capital. Mas para que essa análise seja 
mais assertiva, é importante verificar o indicador de imobilização de recursos não correntes, que indica se 
os recursos de terceiros de longo prazo suprem os investimentos efetuados nestes ativos. 
IPL 2020: ((14.799.483 – 1.585.551)/7.325.287) x 100 = 81% 
IPL 2019: ((12.157.015 – 1.491.070)/7.564.937) x 100 = 66% 
 
 
 
10 
 
 Imobilização de recursos não correntes (IRNC) = (ANC – RLP) / (PL + PNC) 
Através desse indicador identificamos qual o percentual de recursos não correntes (passivo de longo prazo 
e patrimônio líquido) que a empresa aplicou em seu ativo permanente, ou seja, em seus ativos 
investimentos, imobilizado e intangível. 
A Magazine Luiza apresenta um indicador de imobilização de recursos não correntes de 44% em 2019 e 
55% em 2020. Já que os recursos já foram suficientes para cobrir os investimentos nos ativos, houve uma 
pequena necessidade de captação do capital de terceiros de longo prazo neste mesmo período. 
IRNC 2020: ((7.497.347-1.585.551)/(7.325.287+3.459.364)) x 100 = 55% 
IRNC 2019: ((6.454.802-1.491.070)/(7.564.937+3.843.838)) x 100 = 44% 
 Passivos onerosos sobre ativo (Posa) = (PCF + PNC) / Ativo total 
Este indicador apresenta a participação das fontes onerosas de capital com fins de financiamento dos 
investimentos da empresa, indicando se existe dependência de instituições financeiras para essas as 
operações. Observa-se que “quanto maior for esse índice, maiores serão as despesa financeiras incorridas, 
impactando o resultado do exercício” (Limeira, A. et al, 2015, pág. 85). 
Os indicadores na Magazine Luiza estão relativamente baixos, pois demonstram que possui um passivo 
oneroso de 21% sobre o ativo em2019, se elevando para 23% em 2020, o que significa que apenas 21% 
e 23% das aplicações realizadas no ativo neste dois anos estão sendo financiadas por recursos onerosos 
de terceiros. 
Posa 2020: ((1.666.243+3.459.364)/22.296.830) x 100 = 23% 
Posa 2019: ((8.192+3.843.838)/18.611.817) x 100 = 21% 
Cálculo da lucratividade 
Os indicadores de lucratividade servem para evidenciar a relação que existe entre os lucros obtidos no 
negócio da empresa com a efetiva receita de vendas líquida (descontando devoluções e impostos sobre 
as vendas) realizada no mesmo período analisado. 
Conforme Salim e Oliveira (2019), ao realizarmos a comparação do lucro extraído da DRE com as receitas 
líquidas, encontram-se indicadores de lucratividade, que poderão ser analisadas de maneira diferente, por 
cada usuário dessas informações, conforme fórmulas abaixo: 
 Margem bruta (MB) = (lucro bruto / receita operacional líquida) × 100 
 Margem operacional (MO) = (lucro antes dos tributos sobre o lucro / receita operacional líquida) 
× 100 
 Margem líquida (ML) = (lucro líquido / receita operacional líquida) × 100 
A Magazine Luiza apresenta os seguintes indicadores de lucratividade: 
 Margem Bruta 
- MB 2020: (6.458.454/26.130.544) x 100 = 25% 
- MB 2019: (5.027.456/18.491.861) x 100 = 27% 
A margem bruta sofre pouca oscilação de 2019 para 2020 o que representa que a empresa pode ter tido 
 
 
 
 
 11
 
certo descontrole em relação ao custo dos produtos e serviços vendidos. Ao que tudo indica, esse custo 
pode estar muito relacionado à crise financeira que se acentuou bruscamente com a pandemia de Covid-
19, que elevou drasticamente o custo de aquisição de insumos e mercadorias, além das empresas 
também terem sofrido com a falta dos mesmos no mercado. 
Esse indicador demonstra que após descontar esse custo da receita líquida, a empresa está gerando lucro 
de 27% em 2019 e 25% em 2020. Com outro olhar, podemos dizer que a Magazine Luiza apresenta um 
custo bastante elevado em suas operações, pois permanece com apenas 27% em 2019 e 25% em 2020 
do faturamento líquido para quitar as despesas operacionais e ainda gerar lucro ao negócio. 
 Margem Operacional 
- MO 2020: (379.445/26.130.544) x 100 = 1% 
- MO 2019: (1.215.384/18.491.861) x 100 = 7% 
A margem operacional da Magazine Luiza teve uma queda significativa nestas análises dos anos de 2019 e 
2020. Observa-se que no ano de 2019 ela possuía 7% de lucratividade operacional em relação ao 
faturamento líquido, enquanto que em 2020 essa margem caiu para apenas 1%. Verifica-se que além do 
aumento dos custos anteriormente comentados, a empresa teve elevação das despesas operacionais de 
20% em 2019 para 22% em 2020, redução nas receitas financeiras, que representavam 4% da receita 
liquida em 2019 e passaram a representar apenas 1% e redução das despesas financeiras que passaram 
de 4% para 2% de um ano para o outro. 
 Margem Líquida 
- ML 2020: (391.709/26.130.544) x 100 = 1% 
- ML 2019: (921.828/18.491.861) x 100 = 5% 
Contudo, a margem líquida da Magazine Luiza finaliza o DRE de 2019 com 5% de lucratividade em relação 
ao faturamento líquido, enquanto que o ano de 2020 finalizou com apenas 1% de lucratividade (o mesmo 
percentual da margem operacional). Isso ocorre porque em 2019 os tributos descontados representavam 
2% da receita líquida e em 2020 eles não tiveram representatividade, pois de acordo com as notas 
explicativas, a empresa teve credito presumido de ICMS. 
Cálculo da rentabilidade 
De acordo com Limeira, A. et al (2015) os índices de rentabilidade possuem um objetivo diferente dos 
índices de lucratividade, pois avaliam o desempenho final da empresa e tanto um quanto o outro, devem 
apresentar um percentual maior possível para serem considerados bons. Segue abaixo os principais 
índices de rentabilidade: 
 Giro do ativo (GA) = Vendas líquidas / Ativo Total 
 Rentabilidade do Patrimônio Líquido (ROE) = (Lucro Líquido/Patrimônio Líquido) x 100 
 Rentabilidade dos Investimentos (ROI) = (Lucro líquido/Ativo total) x 100 
Na análise do período de 2019 e 2020 da Magazine Luiza, encontramos os seguintes índices de 
rentabilidade: 
 Giro do Ativo 
 
 
 
12 
 
- GA 2020: 26.130.544/22.296.830 = 1,17 
- GA 2019: 18.491.861/18.611.817 = 0,99 
A Magazine Luiza apresentou em 2019 um giro do ativo de 0,99, ou seja, pode-se dizer que a empresa 
vendeu R$ 0,99 para cada R$ 1,00 investido, sendo o faturamento líquido quase suficiente para recuperar 
o total de investimentos realizados. Por outro lado, em 2020, o giro do ativo passou a ser de 1,17, ou seja, 
o faturamento líquido que foi gerado neste período foi mais do que suficiente para cobrir os 
investimentos. 
 Rentabilidade do Patrimônio Líquido 
ROE 2020: (391.709/7.325.287) x 100 = 5% 
ROE 2019: (921.828/7.564.937) x 100 = 12% 
Este indicador é bastante utilizado por investidores, pois através dele pode-se avaliar a remuneração do 
capital próprio investido na empresa, inclusive comparar a rentabilidade do investimento na empresa com 
a rentabilidade no mercado financeiro, verificando o que é mais vantajoso. 
Os indicadores da Magazine Luiza demonstram que em 2019 os acionistas obtiveram uma remuneração de 
19% sobre o capital investido na empresa e que em 2020 essa remuneração diminuiu para apenas 5%. 
 Rentabilidade dos Investimentos 
ROI 2020: (391.709/22.296.830) x 100 = 2% 
ROI 2019: (921.828/18.611.817) x 100 = 5% 
Esse indicador demonstra o quanto a empresa esta obtendo de retorno em relação a todos os 
investimentos da empresa. A Magazine Luiza apresenta um retorno sobre os investimentos de 5% em 
2019 e de 2% em 2020, o que significa dizer que o lucro líquido do exercício representa 5% do total 
investido em 2019 e 2% em 2020. 
Para complementar essa análise, utilizou-se o payback do negócio, que segundo Limeira, A. et al (2015), 
determina em quanto tempo é possível recuperar os investimentos totais efetuados na empresa. Então, 
pode-se concluir que em 2019 a Magazine Luiza conseguiria recuperar os investimentos totais realizados 
no ativo em aproximadamente 20 anos (100%/5%), considerando apenas o resultado gerado em suas 
operações. Já em 2020, o retorno sobre os investimentos passou a ser de 2%, com um payback de 
aproximadamente 50 anos (100%/2%). 
Conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa 
A empresa Magazine Luiza apresenta uma saúde financeira, pois tem capacidade de pagamento nos dois 
anos analisados, tanto de curto como longo prazo, conforme índices de liquidez geral e corrente. A 
liquidez geral que era de 1,24 em 2019 passou para 1,09 em 2020 e a liquidez corrente que era de 1,69 
em 2019 passou para 1,29 em 2020. Verifica-se que mesmo que os índices tenham reduzido de um ano 
para o outro, em virtude do aumento do passivo circulante (fornecedores e empréstimos e 
financiamentos), eles permaneceram acima de 1,00, o que confirma que a empresa permaneceu com 
capacidade de honrar seus compromissos de curto e longo prazo. Já a liquidez seca demonstrou que a 
Magazine Luiza possui capacidade de pagamento sem depender de seus estoques apenas no ano de 2019 
com índice de 1,20, passando a depender deles em 2020 com índice de 0,81. Na liquidez imediata 
também se observa falta de capacidade financeira, mas esse índice não é tão relevante, visto que 
 
 
 
 
 13
 
dificilmente as empresas possuem valores altos apenas em disponibilidades, suficiente para liquidar todos 
os seus compromissos de curto prazo. 
Através da análise de estrutura de capital verifica-se que a Magazine Luiza possui predominância do capital 
de terceiros no financiamento do ativo e ela vem aumentando ao longo dos dois anos analisados, visto 
que o capital próprio representa apenas 41% no total dos recursos investidos em 2019 e 33% em 2020. 
Esses índices também reforçam a questão levantada anteriormente, em que a empresa teve um aumento 
significativo em seus passivos de curto prazo (fornecedores e empréstimos). A composição do 
endividamentotambém demonstra uma concentração no curto prazo que já era de 65% em 2019 e 
passou para 77% em 2020. Porém, analisar essa estrutura isoladamente sem entender quais foram os 
objetivos da empresa nestas mudanças de nada adianta. As notas explicativas da Magazine evidenciam 
que o aumento dos fornecedores se deu principalmente pela maior aquisição de estoque em 2020, 
juntamente com maiores prazos negociados em virtude da pandemia, além disso o aumento dos 
empréstimos de curto prazo aconteceram pelo fato de terem sido transferidos do longo prazo de 2019 
para curto prazo em 2020. 
A situação econômica da Magazine Luiza está um pouco mais delicada no ano de 2020 em relação ao ano 
de 2019. Apesar de ter tido um bom incremento no total do faturamento líquido de 29% de um ano para 
o outro, a empresa também teve aumentos significativos de custos e despesas que diminuíram suas 
margens. A margem bruta que era de 27% passou para 25%, a margem operacional que era de 7% 
passou para 1% e a margem líquida passou de 5% para 1%. Isso indica que a empresa não está tendo 
bom resultado econômico e se não tiver atenção a esses indicadores, poderá apresentar prejuízos 
futuramente. 
Ao analisarmos os indicadores de rentabilidade também observa-se redução de 2019 para 2020, pois a 
rentabilidade do PL quer era de 12% caiu para 5% e a rentabilidade dos investimentos caiu passou de 5% 
para 2%. Esses indicadores merecem atenção, pois demonstram que o retorno dos investimentos da 
empresa estão reduzindo no período destes dois anos. 
É importante salientar que o ano de 2020 foi o primeiro ano de pandemia do Covid-19 e fez com que 
várias empresas tivessem que mudar suas estratégias de negócio, garantir seus estoques, rever seus 
custos e despesas, negociar suas obrigações com fornecedores e até renegociar dívidas com instituições. A 
Magazine Luiza, mesmo com todo este cenário, por ter uma boa saúde financeira, se utilizou de algumas 
dessas estratégias e ainda investiu no capital de nove empresas novas no ano de 2020, reduzindo suas 
disponibilidades acreditando em ganhos futuros com esses novos negócios. 
Contudo, destaca-se a importância de acompanhar a situação econômica da empresa que vem 
apresentando redução e pode levar a empresa a reduzir seus indicadores positivos nas análises financeiras 
futuramente. 
Referências bibliográficas 
BAZZI, SAMIR (org.). Análise das demonstrações contábeis. 2ª Ed. São Paulo: Editora Pearson, 2019. 
CHING, HONG YUH; MARQUES, FERANDO; PRADO, LUCILENE. Contabilidade & Finanças para não 
especialistas. 3ª Ed. São Paulo: Editora Pearson, 2010. 
LIMEIRA, ANDRÉ LUIS FERNANDES et al. Gestão contábil financeira. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 
2015. 
 
 
 
14 
 
SALIM, JEAN JACQUES; OLIVEIRA, ANTONIETA ELISABETE MAGALHÃES. Contabilidade financeira. Rio de 
Janeiro: Editora FGV, 2019.

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