Buscar

7- Apostila da disciplina TECNOLOGIA-ASSISTIVA-E-SALA-DE-RECURSOS-2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TECNOLOGIA ASSISTIVA E SALA DE RECURSOS 
 
 
 
2 
 
FACUMINAS 
 
A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um grupo 
de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Sumário 
FACUMINAS ............................................................................................................... 2 
Conceito e Objetivo Tecnologia Assistiva .............................................................. 5 
Tecnologia Assistiva – Conceito Brasileiro ............................................................ 6 
Categorias de Tecnologia Assistiva ........................................................................ 8 
Comunicação Aumentativa e Alternativa ................................................................ 9 
Projetos arquitetônicos para acessibilidade ........................................................ 11 
Órteses e próteses .................................................................................................. 12 
Adequação Postural ................................................................................................ 12 
Auxílios de mobilidade ........................................................................................... 13 
Auxílios para ampliação da função visual e recursos que traduzem conteúdos 
visuais em áudio ou informação tátil .................................................................... 13 
Auxílios para melhorar a função auditiva e recursos utilizados para traduzir os 
conteúdos de áudio em imagens, texto e língua de sinais .................................. 14 
Mobilidade em veículos .......................................................................................... 14 
Esporte e Lazer ........................................................................................................ 15 
O que é e o que não é Tecnologia Assistiva ......................................................... 15 
Interdisciplinaridade e a organização de serviços em TA. .................................. 18 
Terminologia aplicada em nosso país ................................................................... 20 
A Legislação Brasileira em TA e as Ações Governamentais .............................. 22 
Desenho Universal .................................................................................................. 29 
A Tecnologia Assistiva e o Jogo no Processo de Ensino Aprendizagem ......... 30 
A Teoria Histórico-Cultural e a Educação Especial ............................................. 38 
Jogo Soletrando ...................................................................................................... 44 
Referências Bibliográficas ..................................................................................... 47 
 
 
 
4 
Conceito e Objetivo Tecnologia Assistiva 
 TA é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e 
serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de 
pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e 
inclusão. (BERSCH & TONOLLI, 2006) 
 Num sentido amplo percebemos que a evolução tecnológica caminha na direção de 
tornar a vida mais fácil. Sem nos apercebermos utilizamos constantemente 
ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar as 
atividades do cotidiano, como os talheres, canetas, computadores, controle remoto, 
automóveis, telefones celulares, relógio, enfim, uma interminável lista de recursos, 
que já estão assimilados à nossa rotina e, num senso geral, “são instrumentos que 
facilitam nosso desempenho em funções pretendidas”. 
Introduzirmos o conceito da TA com a seguinte citação: “Para as pessoas sem 
deficiência a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, 
a tecnologia torna as coisas possíveis”. (RADABAUGH, 1993) 
 Cook e Hussey definem a TA citando o conceito do ADA - American with Disabilities 
Act, como “uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas 
concebidas e aplicadas para minorar os problemas funcionais encontrados pelos 
indivíduos com deficiências”. (COOK & HUSSEY, 1995) 
 A TA deve ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação de 
 
 
 
5 
uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e 
que se encontra impedida por circunstância de deficiência ou pelo envelhecimento. 
Podemos então dizer que o objetivo maior da TA é proporcionar à pessoa com 
deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da 
ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de 
seu aprendizado e trabalho. . 
Tecnologia Assistiva – Conceito Brasileiro 
 Em 16 de novembro de 2006, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da 
Presidência da República - SEDH/PR, através da portaria nº 142, instituiu o Comitê 
de Ajudas Técnicas - CAT, que reuniu um grupo de especialistas brasileiros e 
representantes de órgãos governamentais, em uma agenda de trabalho. 
 O CAT foi instituído como objetivos principais de: apresentar propostas de políticas 
governamentais e parcerias entre a sociedade civil e órgãos públicos referentes à área 
de tecnologia assistiva; estruturar as diretrizes da área de conhecimento; realizar 
levantamento dos recursos humanos que atualmente trabalham com o tema; detectar 
os centros regionais de referência, objetivando a formação de rede nacional integrada; 
estimular nas esferas federal, estadual, municipal, a criação de centros de referência; 
propor a criação de cursos na área de tecnologia assistiva, bem como o 
desenvolvimento de outras ações com o objetivo de formar recursos humanos 
qualificados e propor a elaboração de estudos e pesquisas, relacionados com o tema 
da tecnologia assistiva. (BRASIL – SDHPR, 2012) 
 
 
 
6 
 Para elaborar um conceito de tecnologia assistiva que pudesse subsidiar as políticas 
públicas brasileiras os membros do CAT fizeram uma profunda revisão no referencial 
teórico internacional, pesquisando os termos Ayudas Tecnicas, Ajudas Técnicas, 
Assistive Tecnology, Tecnologia Assistiva e Tecnologia de Apoio. Alguns dos 
conceitos pesquisados são citados e analisados no texto que segue. 
 De acordo com o Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração das 
Pessoas com Deficiência (SNRIPD) de Portugal afirma: “Entende-se por ajudas 
técnicas qualquer produto, instrumento, estratégia, serviço e prática utilizada por 
pessoas com deficiência e pessoas idosas, especialmente, produzido ou geralmente 
disponível para prevenir, compensar, aliviar ou neutralizar uma deficiência, 
incapacidade ou desvantagem e melhorar a autonomia e a qualidade de vida dos 
indivíduos”. (PORTUGAL, 2007). 
 Nesta descrição percebemos a grande abrangência do tema, que extrapola a 
concepção de produto e agrega outras atribuiçõesao conceito de ajudas técnicas 
como: estratégias, serviços e práticas que favorecem o desenvolvimento de 
habilidades de pessoas com deficiência. 
 O conceito proposto no documento "Empowering Users Through Assistive 
Technology" - EUSTAT, elaborado por uma comissão de países da União Européia 
traz incorporado ao conceito da tecnologia assistiva as varias ações em favor da 
funcionalidade das pessoas com deficiência afirmando: “...em primeiro lugar, o termo 
tecnologia não indica apenas objetos físicos, como dispositivos ou equipamento, mas 
antes se refere mais genericamente a produtos, contextos organizacionais ou modos 
 
 
 
7 
de agir, que encerram uma série de princípios e componentes técnicos”. (EUROPEAN 
COMMISSION - DGXIII, 1998) Já os documentos de legislação nos Estados Unidos 
apresentam a TA como recursos e serviços sendo que: “Recursos são todo e qualquer 
item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob-
medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das 
pessoas com deficiência. Serviços são definidos como aqueles que auxiliam 
diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos 
acima definidos”. (ADA - American with Disabilities ACT 1994.) 
 A partir destes e outros referenciais o CAT - aprovou, em 14 de dezembro de 2007, 
o conceito brasileiro de Tecnologia Assistiva: "Tecnologia Assistiva é uma área do 
conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, 
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a 
funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, 
incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, 
qualidade de vida e inclusão social". (BRASIL - SDHPR. – Comitê de Ajudas Técnicas 
– ATA VII). 
Categorias de Tecnologia Assistiva 
 Auxílios para a vida diária e vida prática Materiais e produtos que favorecem 
desempenho autônomo e independente em tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado 
de pessoas em situação de dependência de auxílio, nas atividades como se alimentar, 
cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais. São exemplos os 
talheres modificados, suportes para utensílios domésticos, roupas desenhadas para 
 
 
 
8 
facilitar o vestir e despir, abotoadores, velcro, recursos para transferência, barras de 
apoio, etc. Também estão incluídos nesta categoria os equipamentos que promovem 
a independência das pessoas com deficiência visual na realização de tarefas como: 
consultar o relógio, usar calculadora, verificar a temperatura do corpo, identificar se 
as luzes estão acesas ou apagadas, cozinhar, identificar cores e peças do vestuário, 
verificar pressão arterial, identificar chamadas telefônicas, escrever etc. Alimentação 
(fixador do talher à mão, anteparo de alimentos no prato, fatiados de pão) Vestuário 
(abotoador, argola para zíper e cadarço mola) Materiais escolares (aranha mola para 
fixação da caneta, pulseira de imã estabilizadora da mão, plano inclinado, 
engrossadores de lápis, virador de página por acionadores) 
Comunicação Aumentativa e Alternativa 
 Destinada a atender pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre 
sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar, escrever e/ou compreender. 
Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com 
simbologia gráfica (BLISS, PCS e outros), letras ou palavras escritas, são utilizados 
pelo usuário da CAA para expressar suas questões, desejos, sentimentos, 
entendimentos. 
 A alta tecnologia dos vocalizadores (pranchas com produção de voz) ou o computador 
com softwares específicos e pranchas dinâmicas em computadores tipo tablets, 
garantem grande eficiência à função comunicativa. Prancha de comunicação 
impressa; vocalizadores de mensagens gravadas; prancha de comunicação gerada 
com o software Boardmaker SDP no equipamento EyeMax (símbolos são 
 
 
 
9 
selecionados pelo movimento ocular e a mensagem é ativada pelo piscar) e pranchas 
dinâmicas de comunicação no tablet. 
 
 
 
 
10 
Recursos de acessibilidade ao computador 
 Conjunto de hardware e software especialmente idealizado para tornar o computador 
acessível a pessoas com privações sensoriais (visuais e auditivas), intelectuais e 
motoras. Inclui dispositivos de entrada (mouses, teclados e acionadores 
diferenciados) e dispositivos de saída (sons, imagens, informações 
táteis). 
 São exemplos de dispositivos de entrada os teclados modificados, os teclados virtuais 
com varredura, mouses especiais e acionadores diversos, software de 
reconhecimento de voz, dispositivos apontadores que valorizam movimento de 
cabeça, movimento de olhos, ondas cerebrais (pensamento), órteses e ponteiras para 
digitação, entre outros. 
 Como dispositivos de saída podemos citar softwares leitores de tela, software para 
ajustes de cores e tamanhos das informações (efeito lupa), os softwares leitores de 
texto impresso (OCR), impressoras braile e linha braile, impressão em relevo, entre 
outros. 
• Teclado expandido e programável IntelliKeys, diferentes modelos de mouse e 
sistema EyeMax para controle do computador com movimento ocular, Linha 
Braille. 
 
 
 
 
11 
• Sistemas de controle de ambiente Através de um controle remoto as pessoas 
com limitações motoras, podem ligar, desligar e ajustar aparelhos 
eletroeletrônicos como a luz, o som, televisores, ventiladores, executar a 
abertura e fechamento de portas e janelas, receber e fazer chamadas 
telefônicas, acionar sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu 
quarto, sala, escritório, casa e arredores. O controle remoto pode ser acionado 
de forma direta ou indireta e neste caso, um sistema de varredura é disparado 
e a seleção do aparelho, bem como a determinação de que seja ativado, se 
dará por acionadores (localizados em qualquer parte do corpo) que podem ser 
de pressão, de tração, de sopro, de piscar de olhos, por comando de voz etc. 
As casas inteligentes podem também se auto ajustar às informações do 
ambiente como temperatura, luz, hora do dia, presença de ou ausência de 
objetos e movimentos, entre outros. Estas informações ativam uma 
programação de funções como apagar ou acender luzes, desligar fogo ou 
torneira, trancar ou abrir portas. No campo da Tecnologia Assistiva a 
automação residencial visa a promoção de maior independência no lar e 
também a proteção, a educação e o cuidado de pessoas idosas, dos que 
sofrem de demência ou que possuem deficiência intelectual. Representação 
esquemática de controle de ambiente a partir do controle remoto. 
 
 
 
 
 
 
12 
Projetos arquitetônicos para acessibilidade 
 Projetos de edificação e urbanismo que garantem acesso, funcionalidade e 
mobilidade a todas as pessoas, independente de sua condição física e sensorial. 
Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de 
rampas, elevadores, adequações em banheiros, mobiliário entre outras, que retiram 
ou reduzem as barreiras físicas. Projeto de acessibilidade no banheiro, cozinha, 
elevador e rampa externa. 
Órteses e próteses 
 Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes do corpo. Órteses são 
colocadas junto a um segmento corpo, garantindo-lhe um melhor posicionamento, 
estabilização e/ou função. São normalmente confeccionadas sob medida e servem no 
auxílio de mobilidade, de funções manuais (escrita, digitação, utilização de talheres, 
manejo de objetos para higiene pessoal), correção postural, entre outros. Próteses de 
membros superiores e órtese de membro inferior. 
Adequação Postural 
 Ter uma postura estável e confortável é fundamental para que se consiga um bom 
desempenho funcional. Fica difícil a realização de qualquer tarefa quando se está 
inseguro com relação a possíveis quedas ou sentindo desconforto. Um projetode 
 
 
 
 
13 
adequação postural diz respeito à seleção de recursos que garantam posturas 
alinhadas, estáveis, confortáveis e com boa distribuição do peso corporal. 
 Indivíduos que utilizam cadeiras de rodas serão os grandes beneficiados da 
prescrição de sistemas especiais de assentos e encostos que levem em consideração 
suas medidas, peso e flexibilidade ou alterações músculo-esqueléticas existentes. 
Recursos que auxiliam e estabilizam a postura deitada e de pé também estão 
incluídos, portanto, as almofadas no leito ou os estabilizadores ortostáticos, entre 
outros, fazem parte deste grupo de recursos da TA. 
 Quando utilizados precocemente os recursos de adequação postural auxiliam na 
prevenção de deformidades corporais. Desenho representativo da adequação 
postural, módulo postural em cadeira de rodas e várias crianças bem sentadas 
obtendo melhores condições para desempenhar atividades com as mãos. 
Auxílios de mobilidade 
 A mobilidade pode ser auxiliada por bengalas, muletas, andadores, carrinhos, 
cadeiras de rodas manuais ou elétricas, scooters e qualquer outro veículo, 
equipamento ou estratégia utilizada na melhoria da mobilidade pessoal. Cadeiras de 
rodas motorizadas; equipamento para cadeiras de rodas subirem e desceram 
escadas. Carrinho de transporte infantil, cadeira de rodas de auto-propulsão, andador 
transfer. 
 
 
 
 
14 
Auxílios para ampliação da função visual e recursos que traduzem conteúdos 
visuais em áudio ou informação tátil 
 São exemplos: Auxílios ópticos, lentes, lupas manuais e lupas eletrônicas; os 
softwares ampliadores de tela. Material gráfico com texturas e relevos, mapas e 
gráficos táteis, software OCR em celulares para identificação de texto informativo, etc. 
Lupas manuais, lupa eletrônica, aplicativos para celulares com retorno de voz, leitor 
autônomo mapa tátil em relevo, representação tátil de uma obra de arte em museu. 
Auxílios para melhorar a função auditiva e recursos utilizados para traduzir os 
conteúdos de áudio em imagens, texto e língua de sinais 
 Auxílios que incluem vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para 
surdez, sistemas com alerta táctil-visual, celular com mensagens escritas e chamadas 
por vibração, software que favorece a comunicação ao telefone celular transformando 
em voz o texto digitado no celular e em texto a mensagem falada. Livros, textos e 
dicionários digitais em língua de sinais. Sistema de legendas (closecaption/subtitles). 
Avatares LIBRAS Aparelho auditivo; celular com mensagens escritas e chamadas por 
vibração, aplicativo que traduz em LIBRAS mensagens de texto, voz e texto 
fotografado. 
 
 
 
 
 
 
15 
Mobilidade em veículos 
 Acessórios que possibilitam uma pessoa com deficiência física dirigir um automóvel, 
facilitadores de embarque e desembarque como elevadores para cadeiras de rodas 
(utilizados nos carros particulares ou de transporte coletivo), rampas para cadeiras de 
rodas, serviços de autoescola para pessoas com deficiência. Adequações no 
automóvel para dirigir somente com as mãos e elevador para cadeiras de rodas. 
Esporte e Lazer 
 Recursos que favorecem a prática de esporte e participação em atividades de lazer: 
Cadeira de rodas/basquete, bola sonora, auxílio para segurar cartas e prótese para 
escalada no gelo. 
O que é e o que não é Tecnologia Assistiva 
 A TA deve ser entendida como o “recurso do usuário” e não como “recurso do 
profissional”. Isto se justifica pelo fato de que ela serve à pessoa com deficiência que 
necessita desempenhar funções do cotidiano de forma independente. Por exemplo: a 
bengala é da pessoa cega ou daquela que precisa de um apoio para a locomoção; a 
cadeira de rodas é de quem possui uma deficiência física e com este recurso chega 
aos lugares que necessita; a lente servirá a quem precisa melhorar sua eficiência 
visual. O software leitor, fala o conteúdo de textos digitalizados à pessoa com 
deficiência visual ou a quem não consegue ler em função da dislexia ou 
 
 
 
 
16 
deficiência intelectual. 
 Todos estes recursos promovem maior eficiência e autonomia nas várias atividades 
de interesse de seus usuários. Por princípio, o recurso de TA acompanha 
naturalmente o usuário que o utilizará em diferentes espaços na sua vida cotidiana. 
Devemos diferenciar a TA de outras tecnologias como as aplicadas na área médica e 
de reabilitação. No campo da saúde a tecnologia visa facilitar e qualificar a atividade 
dos profissionais em procedimentos de avaliação e intervenção terapêutica. São 
equipamentos utilizados no diagnóstico de saúde, no tratamento de doenças ou na 
atividade específica de reabilitação, como melhorar a força muscular de um indivíduo, 
sua amplitude de movimentos ou equilíbrio. 
 Estes equipamentos não são tecnologia assistiva e sim tecnologia médica ou de 
reabilitação. A tecnologia educacional também é facilmente confundida com a 
Tecnologia Assistiva. Um aluno com deficiência física nos membros inferiores e que 
faz uso de cadeira de rodas, utilizará o computador com o mesmo objetivo que seus 
colegas: pesquisar na web, construir textos, tabular informações, organizar suas 
apresentações etc. 
 O computador é para este aluno, como para seus colegas, uma ferramenta 
tecnológica aplicada no contexto educacional e, neste caso, não se trata de 
Tecnologia Assistiva. Qualquer aluno, tendo ou não deficiência ao utilizar um software 
educacional está se beneficiando da tecnologia para o aprendizado. Na escola o 
 
 
 
 
17 
professor propõe novas ferramentas tecnológicas com objetivo de diversificar e 
qualificar o acesso ativo dos alunos às informações e também proporcionar a eles 
múltiplas formas de organizarem, expressarem e apresentarem os conhecimentos 
construídos. Quando então a tecnologia pode ser considerada Assistiva no contexto 
educacional? 
 Quando ela é utilizada por um aluno com deficiência e tem por objetivo romper 
barreiras sensoriais, motoras ou cognitivas que limitam/impedem seu acesso às 
informações ou limitam/impedem o registro e expressão sobre os conhecimentos 
adquiridos por ele; quando favorecem seu acesso e participação ativa e autônoma em 
projetos pedagógicos; quando possibilitam a manipulação de objetos de estudos; 
quando percebemos que sem este recurso tecnológico a participação ativa do aluno 
no desafio de aprendizagem seria restrito ou inexistente. São exemplos de TA no 
contexto educacional os mouses diferenciados, teclados virtuais com varreduras e 
acionadores, softwares de comunicação alternativa, leitores de texto, textos 
ampliados, textos em Braille, textos com símbolos, mobiliário acessível, recursos de 
mobilidade pessoal etc. 
 No campo educacional, por vezes, pode haver uma distinção sutil entre TA e 
tecnologia educacional e para tirar dúvidas a respeito disso sugiro que se façam três 
perguntas: 
 
 
 
 
18 
• O recurso está sendo utilizado por um aluno que enfrenta alguma barreira em 
função de sua deficiência (sensorial, motora ou intelectual) e este recurso/estratégia 
o auxilia na superação desta barreira? 
• O recurso está apoiando o aluno na realização de uma tarefa e proporcionando 
a ele a participação autônoma no desafio educacional, visando sempre chegar ao 
objetivo educacional proposto? 
• Sem este recurso o aluno estaria em desvantagem ou excluído de 
participação? Tendo respostas afirmativas para as três questões, eu ouso chamar a 
ferramenta utilizada pelo aluno de Tecnologia Assistiva, mesmo quando ela também 
se refere à tecnologia educacional comum. Podemos afirmar então que a tecnologia 
educacional comum nem sempre será assistiva, mas também poderá exercer a função 
assistiva quando favorecer de forma significativa a participação do aluno com 
deficiência no desempenho de uma tarefa escolar proposta a ele. Dizemos que é 
tecnologia assistiva quando percebemos que retirando o apoio dadopelo recurso, o 
aluno fica dificuldades de realizar a tarefa e está excluído da participação. 
Interdisciplinaridade e a organização de serviços em TA. 
 O serviço de Tecnologia Assistiva atuará realizando a avaliação; a seleção do recurso 
mais apropriado a cada caso; o ensino do usuário sobre a utilização de seu recurso; 
o acompanhamento durante a implementação da TA no contexto de vida real; as 
 
 
 
 
19 
reavaliações e ajustes no processo. Também é atribuição do prestador de serviço 
conhecer e orientar o usuário quanto ao acesso público e particular aos recursos de 
TA. 
 O serviço de TA agregará profissionais de distintas formações como os educadores, 
engenheiros, arquitetos, designers, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, 
fisioterapeutas, médicos, assistentes sociais, psicólogos, entre outros. 
 A equipe de profissionais envolvidos e a coordenação do serviço de TA poderá variar, 
a depender da característica deste serviço, da modalidade de TA que se propõe a 
orientar e colocar em prática e do local onde está inserido, como por exemplo, uma 
sala de recursos multifuncionais dentro de uma escola, um centro de reabilitação, uma 
Universidade com serviço especializado e pesquisa na área da comunicação 
alternativa, uma serviço de arquitetura especializado em acessibilidade ambiental, um 
centro formador de paraatletas, um serviço de reabilitação 
profissional, etc. 
 Todo o trabalho desenvolvido em um serviço de TA deverá envolver 
diretamente o usuário e terá como base o conhecimento de seu contexto de vida, a 
valorização de suas intenções e necessidades funcionais pessoais, bem como a 
identificação de suas habilidades atuais. A equipe de profissionais contribuirá com a 
avaliação do potencial físico, sensorial e cognitivo do usuário; com o conhecimento a 
 
 
 
 
20 
respeito dos recursos de TA disponíveis no mercado ou que deverão ser projetados 
para uma necessidade particular. 
 Uma característica importante do serviço de TA é que ele deve voltar-se à formação 
do usuário para que este possa se tornar um consumidor informado e competente, ou 
seja, que o usuário e seus familiares adquiram a habilidade de: 
• DEFINIR O PROBLEMA: Explicitar claramente a dificuldade que pretendem 
superar; 
• PARTICIPAR ATIVAMENTE DE TODO O PROCESSO DE SELEÇÃO: Ser ativo no 
processo de experimentação de várias alternativas tecnológicas, retroalimentando 
a equipe de profissionais com suas considerações, em cada item de TA 
experimentado. 
O usuário e familiares conhecem profundamente o problema e a 
organização do ambiente onde a tecnologia será implementada. Estas 
informações serão fundamentais para que a equipe defina de forma exitosa a 
melhor solução em TA 
• DEFINIR A SOLUÇÃO: Durante o percurso de consultoria o usuário deverá adquirir 
os conhecimentos necessários para definir, junto com a equipe, no ponto final deste 
processo, a escolha da melhor tecnologia que atenderá seu problema específico. 
 
 
 
 
21 
 Os usuários e familiares, ao participarem ativamente do processo de seleção da 
Tecnologia Assistiva, tomarão consciência das possibilidades e das limitações das 
tecnologias exploradas no processo avaliativo e isto os ajudará a tomar a decisão de 
qual recurso atende melhor à necessidade perseguida. 
 Compreenderão também que mudanças de rotina e novos empenhos diários 
aparecerão para todos os envolvidos e que os objetivos de maior autonomia para o 
usuário serão alcançados se efetivamente todos se envolverem no aprendizado e na 
utilização da TA durante o período de implementação. 
 A participação do usuário é considerada como ponto fundamental para que se evite 
o abandono ou a subutilização posterior do investimento em TA. Um dos papéis do 
serviço de TA é a Educação do usuário à autonomia. Ao descrever um serviço de TA 
podemos afirmar que os profissionais e os usuários formam uma única equipe. Nela, 
os profissionais serão os consultores e os formadores e os usuários assumem um 
papel ativo desde a definição do problema até a escolha da solução. . 
Terminologia aplicada em nosso país 
 Ao pesquisar o tema da Tecnologia Assistiva deveremos direcionar a busca a partir 
dos termos: tecnologia assistiva, ajudas técnicas, tecnologia de apoio. Na legislação 
brasileira, o que aprofundaremos a seguir, ainda é aplicado o termo 
“ajudas técnicas”, quando trata dar garantias ao cidadão brasileiro com deficiência de 
acesso a recursos destinados a melhorar suas habilidades funcionais. 
 
 
 
 
22 
 Em agosto de 2007, o CAT/ SEDH / PR aprovou o termo Tecnologia Assistiva como 
sendo o mais adequado e passa a utilizá-lo em toda a documentação legal ele 
produzida. Desta forma, estimula que o termo tecnologia assistiva seja aplicado nas 
formações de recursos humanos, nas pesquisas e referenciais teóricos brasileiros. 
O comitê sugere também que se façam os possíveis encaminhamentos 
para revisão da nomenclatura em instrumentos legais. A aprovação no CAT 
para a oficialização do termo tecnologia assistiva leva em conta a ausência de 
consenso sobre haver diferença conceitual entre os termos pesquisados no 
referencial teórico internacional. 
 Os conceitos aplicados a cada um destes termos ora se assemelham, ora mostram 
algumas diferenças, principalmente na abrangência, pois podem referir-se 
especificamente a um artefato ou podem ainda incluir serviços, práticas e 
metodologias aplicadas ao alcance da ampliação da funcionalidade de pessoas com 
deficiência. 
 O CAT considera também que há uma tendência nacional já firmada da utilização do 
termo Tecnologia Assistiva no meio acadêmico, nas organizações de pessoas com 
deficiência, em setores governamentais (MEC, MCT, CNPq) e no mercado de 
produtos. Justifica ainda que tecnologia assistiva por ser um termo criado para 
representar um conceito específico nos remete diretamente à compreensão deste 
conceito e se solidifica. 
 O CAT propõe ainda que as expressões "tecnologia assistiva" e "ajudas técnicas", 
neste momento, continuem sendo entendidas como sinônimos, pois em nossa 
 
 
 
 
23 
legislação oficial ainda consta o termo “ajudas técnicas”. Outro ponto importante na 
definição terminológica é que na documentação produzida pelo CAT está indicado que 
a expressão Tecnologia Assistiva seja utilizada sempre no singular, por referir-se a 
uma área de conhecimento e não a uma coleção específicas de produtos. 
 Utilizar corretamente o termo no singular ajuda à compreensão da abrangência deste 
conceito. Sendo assim, é incorreto dizer “as tecnologias assistivas”. Para nos 
referirmos a um conjunto de equipamentos deveremos dizer: Recursos de TA. Para 
especificar serviços e procedimentos utilizamos: os serviços de TA, os procedimentos 
em TA. 
A Legislação Brasileira em TA e as Ações Governamentais 
 Apesar de a legislação brasileira apontar para o direito do cidadão com deficiência da 
concessão dos recursos de tecnologia assistiva dos quais necessita, estamos no início 
de um trabalho para o reconhecimento e estruturação desta área de conhecimento em 
nosso país. Inicial também é o estágio de incentivos à pesquisa e à produção nacional 
de recursos de TA, que venham a atender a grande demanda reprimida existente, no 
entanto, passos importantes estão acontecendo nestes últimos anos. No que se refere 
à legislação nacional podemos mencionar a promulgação do Decreto 3.298 de 1999, 
que no artigo 19, fala do direito do cidadão brasileiro com deficiência às Ajudas 
Técnicas. 
 
 
 
 
24 
 Nele consta que: “Consideram-se ajudas técnicas, para os efeitos deste Decreto, os 
elementos que permitem compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, 
sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficiência, com o objetivo de permitir-
lhe superar as barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua plena 
inclusão social. Parágrafo único. São ajudastécnicas: 
I - próteses auditivas, visuais e físicas; 
II - órteses que favoreçam a adequação funcional; 
III - equipamentos e elementos necessários à terapia e reabilitação da pessoa 
portadora de deficiência; 
IV - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente desenhados 
ou adaptados para uso por pessoa portadora de deficiência; 
V - elementos de mobilidade, cuidado e higiene pessoal necessários para facilitar a 
autonomia e a segurança da pessoa portadora de deficiência; 
VI - elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização 
para pessoa portadora de deficiência; 
VII - equipamentos e material pedagógico especial para educação, capacitação e 
recreação da pessoa portadora de deficiência; 
 
 
 
 
25 
VIII - adaptações ambientais e outras que garantam o acesso, a melhoria funcional 
e a autonomia pessoal; e 
IX - bolsas coletoras para os portadores de ostomia." (LIMA.2007). 
 Também o decreto 5.296 de 2004 que dá prioridade de atendimento e 
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das 
pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, possui um capítulo específico 
sobre as ajudas técnicas onde descreve várias intenções governamentais na área da 
tecnologia assistiva, além de referir a constituição do CAT/SEDH. Neste decreto 
encontramos que: “Consideram-se ajudas técnicas os produtos, instrumentos, 
equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a 
funcionalidade de pessoas portadoras de deficiência, com habilidade reduzida 
favorecendo autonomia pessoal, total ou assistida", (LIMA, 2007). O Brasil ratificou a 
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com deficiência da ONU e a incorporou ao 
seu ordenamento jurídico conferindo-lhe equivalência constitucional. (BRASIL, 
SDHPR - Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência - 
SNPD. 2012) Os Estados parte desta Convenção comprometem-se a assegurar os 
direitos nela impressos e aqui destacamos todos os artigos referentes ao tema da 
Tecnologia Assistiva: 
“Artigo 4. Das obrigações gerais: Realizar ou promover a pesquisa e o 
desenvolvimento, bem como a disponibilidade e o emprego de novas tecnologias, 
 
 
 
 
26 
inclusive as tecnologias da informação e comunicação, ajudas técnicas para 
locomoção, dispositivos e tecnologias assistivas, adequados a pessoas com 
deficiência, dando prioridade a tecnologias de custo acessível; Propiciar informação 
acessível para as pessoas com deficiência a respeito de ajudas técnicas para 
locomoção, dispositivos e tecnologias assistivas, incluindo novas tecnologias bem 
como outras formas de assistência, serviços de apoio e instalações; 
Artigo 20: Mobilidade pessoal Facilitando às pessoas com deficiência o acesso a 
tecnologias assistivas, dispositivos e ajudas técnicas de qualidade, e formas de 
assistência humana ou animal e de mediadores, inclusive tornando-os disponíveis a 
custo acessível; Incentivando entidades que produzem ajudas técnicas de mobilidade, 
dispositivos e tecnologias assistivas a levarem em conta todos os aspectos relativos 
à mobilidade de pessoas com deficiência. 
Artigo 26: Habilitação e reabilitação Os Estados Partes promoverão a disponibilidade, 
o conhecimento e o uso de dispositivos e tecnologias assistivas, projetados para 
pessoas com deficiência e relacionados com a habilitação e a 
reabilitação. 
Artigo 29: Participação na vida política e pública. Proteção do direito das pessoas com 
deficiência ao voto secreto em eleições e plebiscitos, sem intimidação, e a candidatar-
se nas eleições, efetivamente ocupar cargos eletivos e desempenhar quaisquer 
funções públicas em todos os níveis de governo, usando novas 
tecnologias assistivas, quando apropriado; 
 
 
 
 
27 
Artigo 32: Cooperação Internacional Propiciar, de maneira apropriada, assistência 
técnica e financeira, inclusive mediante facilitação do acesso a tecnologias assistivas 
e acessíveis e seu compartilhamento, bem como por meio de transferência de 
tecnologias.” (Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência - UNU, 
2007) Mais recentemente temos a Lei Brasileira de Inclusão, LEI Nº 13.146, de 6 de 
julho de 2015, que no seu Art. 74 diz: "É garantido à pessoa com deficiência acesso a 
produtos, recursos, estratégias, práticas, processos, métodos e serviços de tecnologia 
assistiva que maximizem sua autonomia, mobilidade pessoal e qualidade de vida." A 
legislação brasileira estabelece o direito à tecnologia assistiva e preconiza uma ação 
propositiva da parte do governo, para atender esta demanda, no entanto, o cidadão 
brasileiro com deficiência carece primeiramente da informação sobre a existência 
desta legislação e da implicação disto sobre o que lhe é de direito. Não há ainda uma 
orientação pública acessível (texto orientador ou site institucional) que concentre as 
informações necessárias sobre Tecnologia Assistiva e aponte aos usuários finais, de 
forma clara e fácil, os caminhos para o acesso a estes bens e serviços públicos. 
 As informações existentes estão pulverizadas e ficam, muitas vezes, restritas aos 
diferentes agentes de governo e que atuam nas áreas saúde, educação, assistência 
social, direitos humanos, trabalho, fazenda etc. Cientes que nossa legislação "garante 
o acesso" à Tecnologia Assistiva cabe agora fiscalizarmos e pressionarmos o governo 
e autoridades constituídas, no sentido de dar continuidade as ações e políticas 
públicas já iniciadas dentro desta temática. De 2007 a 2010 tivemos importantes ações 
 
 
 
 
28 
decorrentes da Agenda Social da Presidência da República e mais recentemente, 
2011 para cá, do Programa Viver sem Limites, também da Presidência. 
 Recursos financeiros públicos estão sendo aplicados em políticas sociais que 
integram ações de vários Ministérios e são voltadas às pessoas com deficiência. 
Entre elas, está o incremento da pesquisa, desenvolvimento e inovação da TA 
(Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação) e a organização de redes de serviços e 
concessão de Tecnologia Assistiva (Ministério da Saúde). 
 A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva (Ministério da 
Educação) efetivou os Programas Salas de Recursos Multifuncionais e o 
Programa Escola Acessível. Uma ação conjunta entre Secretaria Nacional de 
Direitos Humanos, Ministério da Fazenda e Ministério de Ciência, Tecnologia e 
Inovação, em parceria com o Banco do Brasil, promoveu a criação de um crédito 
especial subsidiado para compra direta de 250 itens de produtos de TA. 
 O usuário possui acesso a crédito facilitado, o "BB Crédito Acessibilidade" que conta 
com taxa de juros de 0,57% ao mês para quem recebe até cinco salários mínimos, ou 
0,64% para quem recebe de seis a dez salários mínimos mensais. Para compra do 
bem ou serviço o financiamento pode ser de até 100% do valor, com limite máximo de 
até R$ 30 mil por pessoa e prestações debitadas diretamente na conta corrente. O 
prazo para quitação é de quatro a 60 meses e a primeira prestação pode ser paga em 
 
 
 
 
29 
até 59 dias. Outra ação que teve por objetivo facilitar o acesso a Tecnologia Assistiva 
e a diminuição do custo final dos produtos, foi feita pelo Ministério da Fazenda ao 
aprovar a de impostos de importação de alguns itens de TA não fabricados no Brasil. 
Segundo resultados divulgados pelo IBGE, do Censo 2010, o País possui 45,6 milhões 
de pessoas com alguma deficiência, o que representa 23,91% da população. 
 No campo da Tecnologia Assistiva estes números revelam a grande demanda 
existente no sentido de se incrementar ações de desenvolvimento e concessão destes 
recursos que são fundamentais à promoção da inclusão das pessoas com deficiência, 
tanto no campo da educação, inserção no trabalho como na vida em sociedade. 
Apesar de visualizarmos ações importantes podemos afirmar queestamos dando os 
primeiros passos e o que conseguimos fazer no momento atual 
ainda é insuficiente. 
 Como ter acesso a financiamento para compra de TA no âmbito das escolas públicas? 
As redes públicas de educação possuem financiamento para compra de recursos de 
TA por meio dos programas Salas de Recursos Multifuncionais, Escola 
Acessível, do Plano de Ações Articuladas - PAR e do Fundeb duplo. O Ministério da 
Educação introduziu o Serviço de Tecnologia Assistiva nas escolas públicas por meio 
do Programa “Salas de Recursos Multifuncionais” (SRMF). 
 
 
 
 
30 
 As SRMF são espaços onde o professor especializado realiza o “Atendimento 
Educacional Especializado” (AEE) para alunos com deficiência, no contraturno 
escolar. É atribuição do professor do AEE reconhecer as necessidades de recursos 
pedagógicos e de recursos de Tecnologia Assistiva que serão necessários à 
participação de seu aluno nos desafios de aprendizagem que acontecem no dia a dia 
da escola comum. Identificando o recurso de TA apropriado o professor encaminhará 
a sua aquisição e trabalhará junto com seu aluno capacitando-o no uso da tecnologia. 
Juntos, levarão esta ferramenta para a escola, visando a superação das barreiras à 
plena participação do aluno nos vários projetos, experimentos, acesso às informações, 
produções/registros pessoais, comunicação e avaliações. 
 O programa Escola Acessível disponibiliza verba diretamente na escola na promoção 
da acessibilidade arquitetônica e compra de recursos de TA. No PAR – Plano de 
Ações Articuladas, as secretarias de educação municipais e estaduais poderão 
demandar verbas para adequação do espaço físico de suas escolas, tornando-as 
acessíveis, poderão ainda solicitar salas de recursos multifuncionais e verbas 
específicas para compra de recursos de TA destinados à complementação dos 
equipamentos já existentes nas salas de AEE ou que deverão servir diretamente aos 
alunos atendidos por este serviço. Ainda no PAR o gestor poderá demandar verbas 
para a organização de eventos de formação dos profissionais da educação e estes, 
poderão contemplar o Tema da Tecnologia Assistiva no contexto educacional. 
 
 
 
 
31 
 As prefeituras e estados recebem do governo federal o valor referente ao Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos 
Profissionais da Educação (Fundeb). No caso dos alunos com deficiência o repasse 
deste valor é acrescido de 1.2 nas matrículas daqueles que frequentam classes 
comuns do ensino regular e o atendimento educacional especializado. Este valor 
adicional poderá ser utilizado para a compra de recursos de tecnologia assistiva e 
também em outras ações destinadas a qualificar a educação inclusiva e a ação da 
educação especial nesta perspectiva, sendo um exemplo o investimento na formação 
dos gestores, dos profissionais do AEE e da escola comum. 
 
Desenho Universal 
 O Decreto N° 5.296 de 2004 apresenta o conceito do “Desenho Universal” 
considerado neste documento legal como: “concepção de espaços, artefatos e 
produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes 
características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e 
confortável, constituindo-se nos elementos ou soluções que compõem a 
acessibilidade”. (LIMA, 2007). 
 Acreditamos que este importante conceito do desenho universal, que contempla a 
realidade da diversidade humana, deva estar cada vez mais presente na formação 
das nossas engenharias de edificações e de produtos. Desta forma, não 
 
 
 
 
32 
precisaríamos investir em reformas e adaptações para atender a um grupo específico 
de pessoas, mas novos ambientes e produtos serão originalmente criados buscando 
atender a todos, independente de sua idade, tamanho, condição física, intelectual ou 
sensorial. 
 Precisamos também ultrapassar o entendimento de que o Desenho Universal se 
destina exclusivamente à concepção e desenvolvimento de espaços e artefatos. Ele 
se aplica devidamente à ação educacional, quando esta é preparada e exercida 
levando-se em conta a diversidade existente na escola e o seu valor, na qualificação 
da educação para todos. Segundo Rose e Meyer, “O Desenho Universal para 
Aprendizagem (Universal Design for Learning - UDL), é um conjunto de princípios 
baseados na pesquisa e constitui um modelo prático para maximizar as oportunidades 
de aprendizagem para todos os estudantes. 
 Os princípios do Desenho Universal se baseiam na pesquisa do cérebro e mídia para 
ajudar educadores a atingir todos os estudantes a partir da adoção de objetivos de 
aprendizagem adequados, escolhendo e desenvolvendo materiais e métodos 
eficientes, e desenvolvendo modos justos e acurados para avaliar o progresso dos 
estudantes”. (ROSE e MEYER, 2002). 
 
 
 
 
 
 
33 
A Tecnologia Assistiva e o Jogo no Processo de Ensino Aprendizagem 
 O termo Tecnologia Assistiva, conforme Bersch (2008), começou a ser estudado e 
discutido a partir de 1988, nos Estados Unidos, com o intuito de regulamentar os 
direitos das pessoas com deficiência, estabelecendo recursos e serviços que viessem 
a favorecer a independência e a autonomia destes indivíduos, bem como, sinalizar 
novas possibilidades para o processo de ensino e aprendizagem e o desenvolvimento 
destes sujeitos. 
 Na visão da autora acima citada, a tecnologia está presente no nosso cotidiano, 
proporcionando-nos novas possibilidades, seja dentro ou fora do ambiente escolar. 
Nesse contexto, a Tecnologia Assistiva, ao longo dos últimos anos, tem sido revisada 
e vem ganhando destaque, devido à sua abrangência e importância para o 
atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais. 
 Para as autoras Sartoretto e Bersch (2010), a expressão Tecnologia Assistiva deve 
ser utilizada para identificar todo arsenal de recursos e serviços que contribuem para 
proporcionar, ou ampliar, as habilidades das pessoas com deficiência, oportunizando 
a estas, consequentemente, melhor qualidade de vida, independência e inclusão. 
 No Brasil, encontramos diferentes denominações para este recurso/serviço, tais 
como: Tecnologias de apoio e Ajudas técnicas. O Comitê de Ajudas Técnicas da 
Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência 
(CORDE) ressalta que, quando nos referimos às Tecnologias Assistivas, estas não se 
 
 
 
 
34 
limitam somente aos recursos utilizados em sala de aula, mas, estende-se a todos os 
ambientes da escola, capazes de propiciar o acesso e a participação efetiva de todos 
os alunos (CAT, 2007). 
 Ao discorrer sobre o tema, Bersch (2007, p.31) aponta que: Fazer TA na escola é 
buscar, com criatividade, uma alternativa para que o aluno realize o que deseja ou 
precisa. É encontrar uma estratégia para que ele possa fazer de outro jeito. É valorizar 
o seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e interação, a partir de suas 
habilidades. É conhecer e criar novas alternativas para comunicação, escrita, 
mobilidade, leitura, brincadeiras, artes, utilização de materiais escolares e 
pedagógicos, exploração e produção de temas através do computador, etc. É envolver 
o aluno ativamente, desafiando-se a experimentar e conhecer, permitindo que 
construa individual e coletivamente novos conhecimentos. É retirar do aluno o papel 
de expectador e atribuir-lhe a função de ator. 
 Segundo Galvão Filho (2013), a sistematização e construção do conceito de 
Tecnologia Assistiva, no decorrer desse processo, vem apresentando diversas 
concepções, possibilitando novas reflexões e perspectivas. Dessa forma, o autor 
afirma que “[...] as funções cognitivas, mesmo quando comprometidas por uma 
deficiência devem ser relacionadas às estratégias pedagógicas e à tecnologia 
educacional para o acesso aos conhecimentos e ao aprendizado, e não à Tecnologia 
Assistiva” (GALVÃO FILHO, 2013, p.40). 
 
 
 
 
35 
 Atendendo a essaperspectiva, o projeto PDE, que foi proposto e implementado, 
enfatiza a importância da utilização de Tecnologia Assistiva e de jogos, visando 
satisfazer a algumas questões básicas, no que se refere à forma de atendimento dos 
alunos com Necessidades Educacionais Especiais, considerando que a apropriação 
do conhecimento cientifico ocorre a partir da ação do sujeito sobre o meio, levando-se 
em conta as suas especificidades e potencialidades. 
 A respeito desta concepção, é relevante mencionar Vygotsky (1989, p.84), afirmando 
que: Em se tratando do atendimento a crianças com necessidades educacionais 
especiais e da importância da aprendizagem para o desenvolvimento dessas crianças, 
faz-se necessário uma prática docente que evidencie a importância da educação da 
criança com deficiência junto às demais crianças, destacando a relevância da ação 
educativa e interação social para o seu desenvolvimento. 
 Conforme postula a teoria Histórico-cultural, os instrumentos de mediação têm a 
função de orientar o comportamento do indivíduo, rumo à internalização das funções 
psicológicas. Sendo assim, é possível indicar que a Tecnologia Assistiva, o jogo e os 
demais signos utilizados no cotidiano da Sala de Recursos podem ser compreendidos 
como instrumentos mediadores da aprendizagem. Em se tratando da Tecnologia 
Assistiva, é viável considerar que ela oferece diversas possibilidades de recursos, 
conforme as especificidades apresentadas por cada aluno, cabendo ao professor 
buscar os mais adequados, adaptando-os em sua prática. 
 Conforme Tonolli e Bersch (1998 apud Bersch, 2013, p.05-10) os recursos de 
Tecnologia Assistiva podem ser organizados de acordo com os objetivos funcionais a 
que se destinam. Dessa forma, apresentaremos um resumo, baseado nos estudos 
 
 
 
 
36 
das autoras, que classificam os referidos recursos em dez categorias, de acordo com 
as suas finalidades: 
- Auxílios para a vida diária e vida prática 
- Materiais e produtos que favorecem desempenho autônomo e independente em 
tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado de pessoas em situação de dependência de 
auxílio [...]; 
- CAA - Comunicação Aumentativa e Alternativa 
- Destinada a atender pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre 
sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. [...]; 
- Recursos de acessibilidade ao computador 
- Conjunto de hardware e software especialmente idealizado para tornar o computador 
acessível a pessoas com privações sensoriais (visuais e auditivas), 
intelectuais e motoras. [...]; 
- Sistemas de controle de ambiente: Através de um controle remoto as pessoas com 
limitações motoras, podem ligar, desligar e ajustar aparelhos eletroeletrônicos [...]; 
- Projetos arquitetônicos para acessibilidade 
 
 
 
 
37 
- Projetos de edificação e urbanismo que garantem acesso, funcionalidade e 
mobilidade a todas as pessoas, independente de sua condição física e sensorial. 
[...]; 
- Órteses e próteses 
- Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes do corpo. Órteses são 
colocadas junto a um segmento corpo, garantindo-lhe um melhor 
posicionamento, estabilização e/ou função. [...]; 
- Adequação postural 
- [...] Um projeto de adequação postural diz respeito à seleção de recursos que 
garantam posturas alinhadas, estáveis, confortáveis e com boa distribuição do peso 
corporal. [...]; 
- Auxílios de mobilidade 
- [...] equipamento ou estratégia utilizada na melhoria da mobilidade pessoal; 
- Auxílios para qualificação da habilidade visual e recursos que ampliam a informação 
a pessoas com baixa visão ou cegas [...]; 
- Auxílios para pessoas com surdez ou com déficit auditivo [...]. 
 
 
 
 
38 
 Na área educacional, a utilização de Tecnologias Assistivas vem sendo discutida e 
estudada amplamente, sendo que as pesquisas sinalizam para a abertura de novas 
possibilidades no processo de ensino e aprendizagem, e no desenvolvimento de 
alunos com deficiência; mesmo quando é considerada a complexidade do processo 
de apropriação deste serviço/recurso e a influência direta que este tem sobre a 
evolução do aluno. 
 Para Bersch (2006, p.92) a “[...] aplicação da Tecnologia Assistiva na educação vai 
além de simplesmente auxiliar o aluno a „fazer‟ tarefas pretendidas; ela deve 
possibilitar ao aluno: ser e atuar de forma construtiva no seu processo de 
desenvolvimento”. 
 Os referenciais teóricos e cursos de formação propõem diversas definições e 
reflexões em relação à Tecnologia Assistiva, exemplificando o uso desta nas áreas da 
deficiência física, visual e auditiva. No que diz respeito à Deficiência Intelectual, notase 
que o uso da Tecnologia Assistiva, ainda, suscita dúvidas, sendo que, muitas vezes, 
sua utilização é comparada ao uso da tecnologia educacional e de recursos 
pedagógicos. 
 Quando se elaborou a proposta didática, implementada na Sala de Recursos, com os 
alunos da área de deficiência intelectual, recorreu-se aos jogos, pois, estes atendem 
ao proposto no contexto educacional de um paradigma inclusivo, que percebe as 
dificuldades, decorrentes dessa deficiência, como aspectos cognitivos, que podem ser 
 
 
 
 
39 
trabalhados, não sendo vistos como estáticos. Dessa forma não utilizamos Tecnologia 
Assistiva, Já que esta visa ao atendimento dos alunos que apresentam necessidades 
específicas, decorrentes de uma deficiência física/motora, sensorial ou de 
comunicação. No entanto, ambos atendem ao proposto no currículo inclusivo, sendo 
considerados indispensáveis, no sentido de promover a participação ativa dos alunos 
com deficiência, no processo de ensino e aprendizagem. 
 Na visão de Galvão Filho (2013), a sistematização e construção do conceito de 
Tecnologia Assistiva são partes de um processo, que apresenta alguns 
questionamentos, surgidos ao longo das pesquisas, sendo apontada a necessidade 
de reformulações. Na concepção do mesmo autor, este recurso/serviço pode ser 
utilizado como um tipo de mediação instrumental, visando compensar, potencializar e 
auxiliar as funções pessoais comprometidas pela deficiência que, geralmente, estão 
relacionadas às: Funções Motoras; Funções Visuais; Funções Auditivas; e/ou 
Funções de Comunicação. Ainda conforme Galvão Filho (2013, p.17): [...] o 
favorecimento dos processos cognitivos e de aprendizado dos estudantes com 
deficiência intelectual estão relacionadas nãpois o à Tecnologia Assistiva, mas, sim, 
às estratégias pedagógicas a serem estruturadas pela escola e pelos professores, e 
também estão relacionadas às tecnologias educacionais que auxiliam na estruturação 
e aplicação dessas estratégias pedagógicas, de maneira a que respondam 
efetivamente às necessidades e processos específicos de cada estudante, com ou 
sem deficiência. 
 
 
 
 
40 
 Nessa perspectiva, observamos que o educando com deficiência intelectual é 
percebido como um sujeito em desenvolvimento, sendo que as dificuldades cognitivas 
apresentadas por ele podem ser trabalhadas e estimuladas no decorrer do processo 
de ensino e aprendizagem, por meio de práticas pedagógicas e mediações. 
 Dias e Oliveira (2013, p.179) revelam que: A deficiência deixa de ser uma condição 
restritiva e passa a ser uma possibilidade de desenvolvimento que se constrói no 
entrelaçamento dialético entre as condições ambientais, históricoculturais e as 
condições subjetivas da pessoa que um dia recebeu o diagnóstico de deficiência 
intelectual. 
 A ética inclusiva, difundida em primeira mão pela escola, abre possibilidades de 
ressignificação da deficiência intelectual. Se, por um lado, determinados alunos são 
introduzidos na categoria de deficiência intelectual no momento inicial da 
escolarização por meio do critério do déficit, por outro lado, essa mesma escola, 
quando comprometida com uma visão de desenvolvimento processual, dinâmica e 
complexa, promovecondições de superação da dificuldade inicial. 
 Em face destas considerações, compreendemos que a deficiência intelectual não é 
uma barreira estática e os alunos com deficiência intelectual podem aprender, não na 
tentativa de atenuar as dificuldades decorrentes da deficiência, mas, com o objetivo 
de compensar e equilibrar estas limitações. Portanto, podemos notar que os jogos e 
as mediações pedagógicas, apresentadas nas Unidades Didáticas, foram utilizados 
 
 
 
 
41 
na Sala de Recursos buscando inferir na zona de desenvolvimento proximal dos 
alunos com deficiência intelectual, a fim de promover avanços, que não ocorreriam de 
forma espontânea. 
 A respeito dos benefícios que o jogo pode trazer, Grando (2004, p.18), assim assinala: 
O jogo propicia um ambiente favorável ao interesse da criança, não apenas pelos 
objetos que o constituem, mas também pelo desafio das regras impostas por uma 
situação imaginária que, por sua vez, pode ser considerado como meio do 
pensamento abstrato. Além disso, o jogo pode ser considerado como uma atividade 
lúdica socializadora, que oportuniza à criança a interação com o outro, o 
desenvolvimento de diversas habilidades e a estruturação cognitiva, elementos 
essenciais para a formação de todo sujeito. 
 Sobre esta questão, Elkonin (2009, p.34) discorre que: A base do jogo evoluído não 
é o uso do objeto, mas as relações entre as pessoas, mediante as suas ações com os 
objetos. Não é a relação homem objeto, mas a relação homemhomem: a assimilação 
dessas relações transcorre mediante o papel de adulto assumido pela criança. 
Levando em consideração a relevância do jogo e da mediação no processo de ensino 
e aprendizagem, por meio do material didático selecionado e os encaminhamentos 
metodológicos propostos, neste trabalho, buscou-se implementar uma ação 
sistematizada e intencional na Sala de Recursos, a fim de possibilitar ao educando o 
desenvolvimento de suas funções superiores e a apropriação do conhecimento 
científico. 
 
 
 
 
42 
 Para Vygotsky (apud Rego, 2000, p.50), há dois elementos básicos 
responsáveis por essa mediação: “[...] o instrumento, que tem a função de regular as 
ações sobre os objetos e o signo, que regula as ações sobre o psiquismo das 
pessoas”. 
 Diante do exposto, constatamos que, ao se planejar o trabalho pedagógico, tendo-se 
como público alvo os alunos com necessidades educacionais especiais, deve-se 
utilizar a Tecnologia Assistiva e os jogos como recursos, pois estes enriquecem a 
prática pedagógica; porém, isto deve acontecer de forma planejada, intencional e por 
meio da interação, pois, estas estratégias possibilitam o desenvolvimento dos alunos, 
em diversos aspectos, durante o processo de ensino e aprendizagem. 
A Teoria Histórico-Cultural e a Educação Especial 
 Em consonância com Silva e Galuch (2009), a Teoria Histórico-Cultural compreende 
a interação como uma ferramenta essencial no processo de ensino e aprendizagem, 
no qual, os alunos, por meio das atividades cognitivas, estabelecem relações com os 
conteúdos, tornando possível o seu desenvolvimento pessoal, a partir das mediações 
intencionais elaboradas. 
 Complementando este pensamento, Vygotsky assegura que o ambiente escolar, por 
meio das interações, pode propiciar aos alunos com necessidades educacionais 
especiais a apropriação dos conteúdos sistematizados. Ainda segundo o autor, o 
sujeito é um ser social, que se constitui mediante as relações sociais de trabalho, 
estabelecidas em cada momento histórico, sendo a ação, a consciência e a 
 
 
 
 
43 
subjetividade humanas vistas como produtos das relações interpessoais 
(VYGOTSKY, 1997). 
 Observamos, portanto, que a consciência e a linguagem são produtos das relações 
estabelecidas e fazem parte de um processo, que envolve as histórias individuais e 
coletivas dos homens (SANTOS; PAULINO, 2008, p.93-94). Notamos, então, que o 
psiquismo é constituído culturalmente, por meio das relações estabelecidas no 
coletivo, tendo como base as produções humanas, onde “[...] o aprendizado 
adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento 
vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de 
acontecer”. Sendo assim, constatamos que “[...] o aprendizado é um aspecto 
necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas 
culturalmente organizadas e especificamente humanas” (VYGOTSKY,1998, p.118). 
 Em se tratando do processo de aprendizagem e desenvolvimento mental dos alunos, 
na perspectiva da teoria Histórico-Cultural, Albuquerque (2008) explicita que este se 
dá a partir de práticas intencionais e sistematizadas e das relações estabelecidas com 
o outro, por meio da mediação de instrumentos, principalmente, por meio da 
linguagem (instrumento simbólico fundamental aos grupos humanos) e dos objetos 
(instrumentos concretos), por meio dos quais o indivíduo obtém a internalização dos 
elementos elaborados historicamente. 
 
 
 
 
44 
 Consideramos, portanto, que no processo de ensino e aprendizagem a apropriação 
do conhecimento científico ocorre a partir da mediação estabelecida entre professor e 
aluno, sendo este um fator importante para o desenvolvimento dos indivíduos que 
vivem a experiência escolar, pois, esta mediação possibilita aos sujeitos a elaboração 
de processos mentais, que ainda não estão internalizados. 
 Para Vygotsky (1997), as funções psicológicas elementares da criança, com 
deficiência ou não, vão se transformando em funções psicológicas superiores, quando 
elas, por meio da interação com o outro, e com a mediação de instrumentos físicos e 
simbólicos, apropriam-se dos conhecimentos historicamente produzidos pelo homem. 
 A respeito disto, Albuquerque (2008, p.62) atesta que: O desenvolvimento da 
consciência humana, por meio da linguagem e do pensamento, está atrelado às 
relações sociais e de trabalho, sendo mediado pelos instrumentos e em especial pela 
linguagem. A perspectiva histórico-cultural nos dá subsídios para compreender como, 
historicamente, o homem vai se apropriando dos instrumentos, signos e significados 
produzidos socialmente, e como as condições sociais, culturais e econômicas estão 
diretamente ligadas ao surgimento e transformação da consciência humana. 
 Segundo os pressupostos desta teoria, as relações sociais e as trocas que o sujeito 
estabelece com outros sujeitos propiciam e determinam o desenvolvimento de formas 
mais complexas de pensamento. Dessa forma, o ensino precisa ser organizado com 
procedimentos adequados, de maneira tal, que possibilite aprendizagens 
 
 
 
 
45 
significativas, as quais promovam o desenvolvimento das funções psíquicas 
superiores dos alunos. 
 Vygotsky (1997) aponta, ainda, que o desenvolvimento psíquico da pessoa, com e 
sem deficiência, resulta de um processo dialético; ou seja, ocorre a partir das relações 
entre as pessoas, e, portanto, deve-se considerar a realidade histórica e social de 
cada indivíduo. Notamos, então, que a abordagem Histórico-Cultural, a qual Vygotsky 
defende, propõe um olhar para além das aparências, focando na aprendizagem e no 
desenvolvimento humano. Qualquer deficiência, seja ela física ou mental, destaca 
Vygotsky (1997), modifica a relação do homem com o mundo e influencia as relações 
com o outro. No entanto, a limitação orgânica não deve ser considerada como fator 
limitador do desenvolvimento, uma vez que a maneira como a sociedade concebe e 
valoriza as pessoas com necessidades educacionais especiais, constitui-se em um 
fator de ordem social, que implicará no seu desenvolvimento como ser humano e 
como cidadão. Sendo assim, observamos que a relação estabelecida por meio das 
interações sociais, constitui-se em fator primordial para o desenvolvimento do 
indivíduo, com ou sem deficiência. 
 No entendimento de Vygotsky, a educação dos alunos com deficiência deveser 
concebida a partir da compensação, que pode superar suas limitações, não com a 
intenção de atenuar as dificuldades decorrentes da deficiência, mas, sim, como 
recurso a ser utilizado para mediar, compensar e equilibrar essas limitações, 
enfatizando as potencialidades do indivíduo. 
 
 
 
 
46 
 Segundo Lipps (1907, p.127 apud Vygotsky, 1997, p.46): “Se um fato psíquico é 
interrompido ou inibido em seu curso natural, ou se neste último aparece em qualquer 
ponto um elemento estranho, ali onde se produz a interrupção, o retardo ou a 
perturbação do curso do evento psíquico, ocorre uma inundação”3 . “Si um hecho 
psíquico se interrumpe o se inhibe em su curso natural, o si en este último aparece en 
cualquier punto um elemento esxtraño, alli donde se produce la interrupción, el retardo 
o la pertubación del curso del hecho psíquico”. Tradução livre: profª Mestre Salete da 
Silva. Em face do exposto, entendemos que a dificuldade apresentada, em 
decorrência da deficiência, não deve ser entendida como um fator determinante na 
aprendizagem do educando, deve ser percebida como um estímulo para que 
possamos recorrer a outras vias e, assim, alcançar os objetivos propostos. 
 Ainda mencionando Vygotsky, o autor explicita que: A energia se concentra em 
determinado ponto, se eleva e pode vencer o retardo. Pode ocorrer um desvio do 
caminho. Entre muitos outros fatores aqui está incluída a elevada valorização do que 
foi perdido, ou mesmo está só deteriorado. [...] Aqui já está contida toda a idéia da 
supercompensação4 (VYGOTSKY, 1997 p.46). 
 Nessa perspectiva, o aluno que apresenta necessidades educacionais especiais, com 
limitações cognitivas acentuadas em determinada área do desenvolvimento, deve ser 
estimulado, levando em consideração suas potencialidades, acreditando-se que, por 
meio das mediações, são acionados mecanismos de compensação, que irão 
promover a super compensação e, consequentemente, a aprendizagem. 
 
 
 
 
47 
 No que se refere à organização da Produção Didático-Pedagógica, ela foi estruturada 
no formato de Unidade Didática, desenvolvida a partir de duas temáticas, distribuídas 
em unidades um e dois, que foram implementadas, no decorrer do 1º semestre de 
2017, perfazendo um total de trinta e duas horas. 
 Na Unidade 1, contemplou-se a utilização do “Material Dourado” e a “Escala 
Cuisenaire”, com a finalidade de trabalhar a área cognitiva e acadêmica dos alunos, 
para a compreensão de conceitos matemáticos. O jogo “Soletrando”, com a finalidade 
de desenvolver estratégias de leitura, escrita, bem como, da oralidade, oportunizando, 
ainda, a ampliação do vocabulário dos alunos. 
 Os resultados da implementação, gradativamente, foram socializados e 
discutidos com profissionais da área, a fim de se viabilizar um espaço de discussões, 
reflexões e interação, entre todos os participantes. Quando optou-se pela utilização 
do Material Dourado, o objetivo foi o de desenvolver as relações abstratas, usando a 
imagem concreta, pois, esta estratégia facilita a compreensão dos algoritmos e 
viabiliza um aprendizado significativo. O período de realização deste tópico da 
Unidade foi de 02/03/2017 a 23/04/2017, perfazendo a carga horária de 10 horas. 
Inicialmente, foi oportunizado o contato dos alunos com o Material Dourado, de 
forma lúdica, sendo que, na sequência, foi realizada a apresentação do material, 
sendo fornecidas informações, quanto à sua estrutura e composição. 
 
 
 
 
48 
 Questionamentos foram feitos, de forma que fosse possibilitado aos sujeitos pensar 
sobre determinadas situações, formular hipóteses sobre elas e resolver, na prática, as 
situações solicitadas, analisando as peças do referido material e compreendendo a 
sua relação de inclusão. Dando continuidade às atividades, foram propostos jogos 
utilizando o Material Dourado e a realização de agrupamentos. Os alunos trabalharam, 
ainda, com a representação do processo de adição e de subtração, utilizando as peças 
do referido material, além de fazerem registros, por meio de desenhos e cálculos 
sistematizados. 
 Em se tratando da Escala de Cuisenaire, esta foi utilizada como ferramenta relevante 
para o processo de ensino e aprendizagem, colaborando para a compreensão e 
construção de conceitos matemáticos, envolvendo os números naturais, as 
operações, a sistematização dos cálculos matemáticos e a internalização de noções 
básicas, necessárias para a apropriação do conhecimento. Este tópico foi 
desenvolvido no período de 06/04/2017 a 20/04/2017, perfazendo a carga horária de 
06 horas. Inicialmente, foi oportunizado o contato dos alunos com a 
Escala de Cuisenaire, de forma lúdica, sendo que, na sequência, foi realizada a 
apresentação do material, sendo fornecidas informações quanto à sua estrutura e 
composição. Questionamentos foram feitos, de forma que os sujeitos fossem 
motivados à exploração do material, buscando fazer a representação e sistematização 
das peças, relacionando cada grupo ao seu valor numérico e realizando comparações. 
Dando continuidade às atividades, os alunos representaram o processo de adição e 
subtração, com as barrinhas da escala de Cuisenaire e, na sequência, fizeram o 
registro dos cálculos, sistematizando-os por meio de desenhos e numerais. Para 
encerrar, foram propostos jogos, envolvendo cálculos de adição e subtração. 
 
 
 
 
 
49 
Jogo Soletrando 
 Vygotsky (1994), destaca a importância das interações sociais e mediações no 
processo de ensino e aprendizagem. Nesta perspectiva, os jogos utilizados nesta 
produção são entendidos como recursos mediadores do referido processo. No que se 
refere ao jogo Soletrando, ele foi trabalhado com a finalidade de desenvolver 
estratégias de leitura, escrita, bem como, da oralidade, além de propiciar aos alunos 
a ampliação de seu vocabulário. 
 O período de realização desta atividade foi de 07/03/2017 a 24/04/2017, perfazendo 
a carga horária de 16 horas. Inicialmente, foi preciso verificar quais eram os 
conhecimentos prévios que os alunos tinham sobre o jogo. Sendo assim, por meio de 
uma roda de conversa, a professora ouviu relatos do que eles sabiam a respeito do 
Soletrando. 
 Dando continuidade às atividades, foi realizada a apresentação do jogo, prestando-
se informações sobre a sua estrutura, formação e organização. Os alunos puderam 
manusear as peças, livremente, conversando a respeito do que tinham ouvido sobre 
ele até aquele momento. 
 Nas aulas que se sucederam, foram utilizadas atividades diversificadas, tais como: 
organização de um banco de palavras; pesquisas online para compreender a origem, 
o significado e os possíveis sinônimos das palavras que foram selecionadas; 
discussão orientada, pela professora, sobre os princípios e as normas ortográficas, 
 
 
 
 
50 
que regem a construção de um repertório de palavras; resolução de um caçapalavras; 
e execução do jogo Soletrando. É preciso enfatizar que os alunos foram preparados, 
gradualmente, para que tivessem condições para jogar, a fim de que pudessem se 
sentir ativos na execução da atividade. 
 Dando continuidade à implementação do projeto, foi solicitado aos alunos que 
fizessem um relato das regras e estratégias que foram utilizadas durante o jogo. Na 
sequência, foi discutido com os alunos sobre a importância do registro das atividades 
para organizar o pensamento e o aprendizado, sendo que a professora apresentou 
aos alunos alguns gêneros textuais, explicitando sobre as características que os 
compõem e os diferenciam. Foi sugerido que pesquisassem sobre o gênero 
Instrucional, especificamente, sobre os elementos que constituem um Manual de 
Instrução (estrutura, organização, finalidade, etc.). Após a pesquisa, as informações 
coletadas foram compartilhadas com o grupo, sendo que a professora foi a mediadora 
da discussão, tendo a responsabilidade de oportunizar aos alunos o aprofundamento 
das informaçõessobre este tipo de texto. 
 Finalmente, como conclusão de nossa implementação, propomos uma produção 
textual, solicitando aos alunos que produzissem um manual de instrução para o jogo 
Soletrando. A professora supervisionou a reconstrução e reestruturação do texto, até 
que o mesmo fosse considerado satisfatório, atendendo aos critérios relativos aos 
conteúdos trabalhados em sala de aula. Por meio da implementação da Produção 
Didático-Pedagógica, constatou-se que as brincadeiras e os jogos estabelecem a 
relação entre o mundo interno do indivíduo (a imaginação, a fantasia) e o mundo 
externo (a realidade compartilhada com os outros). Sendo assim, tornase possível 
afirmar que, por meio delas, a criança vivencia situações práticas e lúdicas, que 
contribuem para a elaboração de conceitos, o estímulo do raciocínio lógico e o 
 
 
 
 
51 
desenvolvimento da criatividade, favorecendo, desta forma, o processo de 
apropriação dos conhecimentos científicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
Referências Bibliográficas 
 ADA - AMERICAN WITH DISABILITIES ACT 1994. Disponível em: 
http://www.resna.org/taproject/library/laws/techact94.htm Acesso em 05/10/2007. 
BRASIL. SDHPR - Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com 
Deficiência - SNPD. 2009. Disponível em: 
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/publicacoes/tecnologia-assistiva 
Acesso em 06/12/2012 
BRASIL. SDHPR - Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com 
Deficiência - SNPD. 2012 Disponível em: 
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/ Acesso em 06/12/2012 
COOK, A.M. & HUSSEY, S. M. (1995) Assistive Technologies: Principles and 
Practices. St. Louis, Missouri. Mosby - Year Book, Inc. 
DECRETO Nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004 - DOU de 03/122004. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004- 2006/2004/decreto/d5296.htm Acesso 
em 06/12/2012 
DECRETO Nº 3.298, de 29 de dezembro de 1999. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm Acesso em 06/12/2012 
EUROPEAN COMMISSION - DGXIII - Empowering Users Trought Assistive 
http://www.resna.org/taproject/library/laws/techact94.htm%20Acesso%20em%2005/10/2007
http://www.resna.org/taproject/library/laws/techact94.htm%20Acesso%20em%2005/10/2007
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/publicacoes/tecnologia-assistiva%20Acesso%20em%2006/12/2012
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/publicacoes/tecnologia-assistiva%20Acesso%20em%2006/12/2012
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/publicacoes/tecnologia-assistiva%20Acesso%20em%2006/12/2012
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/publicacoes/tecnologia-assistiva%20Acesso%20em%2006/12/2012
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm%20Acesso%20em%2006/12/2012
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm%20Acesso%20em%2006/12/2012
 
 
 
 
53 
Technology, 1998 Disponível em: http://www.siva.it/research/eustat/index.html 
Acesso em 05/10/2007. 
GOOSSENS,C. & CRAIN, S.S. (1992) Utilizing Switch Interfaces with Children who 
are Severely Phisically Challenged. Autin, Texas. Pro.ed, Inc. 
LIMA, Niusarete Margarida de. Legislação Federal Básica na área da pessoa 
portadora de Deficiência. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, 2007. 
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 362, DE 24 DE OUTUBRO DE 2012. Disponível 
em: 
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_ge 
nerico_imagens-filefielddescription%5D_58.pdf Acesso em 07/02/2013. 
PORTUGAL. Secretariado Nacional de Reabilitação e Integração da Pessoa com 
Deficiência. Disponível em http://www.snripd.pt/default.aspx?IdLang=1 Acesso em 
03/10/2007. 
RADABAUGH, M. P. NIDRR's Long Range Plan - Technology for Access and Function 
Research Section Two: NIDDR Research Agenda Chapter 5: 
TECHNOLOGY FOR ACCESS AND FUNCTION - 
http://www.ncddr.org/rpp/techaf/lrp_ov.html 
ROSE D. H. e MEYER, A. Teaching Every Student in the Digital Age: Universal 
http://www.siva.it/research/eustat/index.html%20Acesso%20em%2005/10/2007
http://www.siva.it/research/eustat/index.html%20Acesso%20em%2005/10/2007
http://www.siva.it/research/eustat/index.html%20Acesso%20em%2005/10/2007
http://www.siva.it/research/eustat/index.html%20Acesso%20em%2005/10/2007
http://www.ncddr.org/rpp/techaf/lrp_ov.html
http://www.ncddr.org/rpp/techaf/lrp_ov.html
 
 
 
 
54 
Design for Learning. 2002. Disponível em 
http://www.cast.org/teachingeverystudent/ideas/tes/ Acesso em 02/03/08

Outros materiais