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TECNOLOGIA ASSISTIVA

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Tecnologia Assistiva
Introdução
A Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo no Brasil, utilizado para identificar todo material relacionado aos Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover uma vida mais autônoma, e por isso o curso de Tecnologia Assistiva trata sobre o uso de técnicas e procedimentos utilizados no atendimento de indivíduos que possuem algum tipo de deficiência e necessidade de algum auxílio para se comunicar ou executar determinada tarefa.
Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (BRASIL, 2007c, p. 03).
Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência.
Os recursos podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado, onde estão brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.
Os serviços são aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos. 
Mediante ao estudo deste curso, o aluno aprenderá mais sobre o conceito, classificação e principais objetivos deste tipo de tecnologia no desenvolvimento da Educação Especial, ajudando na inclusão integral de pessoas com os mais diversos tipos de deficiência, e de que formas ela pode ser aplicada nas escolas e as ferramentas digitais. Nesta proposta de inclusão na educação, Bürkle (2010) vai mais além e afirma:
“VALE RESSALTAR QUE, FREQUENTEMENTE, A INCLUSÃO ESCOLAR É TRATADA DE FORMA SIMPLISTA, COMO SE O ATO DE COLOCAR O ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS EM UMA CLASSE COMUM, GARANTISSE SUA APRENDIZAGEM, SEM QUE A ESCOLA PRECISASSE SE MODIFICAR PARA ATENDER ÀS SUAS NECESSIDADES. É POR ESTA RAZÃO QUE MUITAS VEZES OS TERMOS INCLUSÃO E INTEGRAÇÃO SÃO USADOS COMO SINÔNIMOS, O QUE ACABA REFORÇANDO E MANTENDO O PARADIGMA TRADICIONAL DE EXCLUSÃO.” 
BÜRKLE, 2010, p. 27 
Vários materiais podem ser utilizados dentro da Tecnologia Assistiva incluindo computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa e outros.
Conceito de Tecnologia Assistiva
A Tecnologia Assistiva é utilizada para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão. (BERSCH & TONOLLI, 2006)
Num sentido amplo percebemos que a evolução tecnológica caminha na direção de tornar a vida mais fácil das pessoas com deficiência e que necessitam de adaptações para as atividades diárias.                            
A população utiliza constantemente ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar as atividades do cotidiano, mesmo sem perceber, como os talheres, canetas, computadores, controle remoto, automóveis, telefones celulares, e outros. Sendo que estes instrumentos facilitam no cotidiano, nos proporcionando facilidade na execução das tarefas.
Neste caso, deve-se ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional e/ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência ou pelo envelhecimento. 
A Tecnologia Assistiva foi criada para proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão na sociedade, através da ampliação de sua forma de comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado e trabalho.     
Mas, enfim, o que é Tecnologia Assistiva?
É um termo utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente promover vida independente e Inclusão.
É também definida como: 
“UMA AMPLA GAMA DE EQUIPAMENTOS, SERVIÇOS, ESTRATÉGIAS E PRÁTICAS CONCEBIDAS E APLICADAS PARA MINORAR OS PROBLEMAS ENCONTRADOS PELOS INDIVÍDUOS COM DEFICIÊNCIAS”. 
COOK & HUSSEY, 1995 
Ressalva-se a importância do Comitê de Ajudas Técnicas – CAT, que reúne um grupo de especialistas brasileiros e representantes dos órgãos públicos federais, que visa propor providências no sentido de acessibilidade às tecnologias e permitindo inclusão plena e abrangente na sociedade, em uma agenda de trabalho, este que foi instituído como objetivos principais de:
· Apresentar propostas de políticas governamentais e parcerias entre a sociedade civil e órgãos públicos referentes à área de tecnologia assistiva; estruturar as diretrizes da área de conhecimento;
· Realizar levantamento dos recursos humanos que atualmente trabalham com o tema; detectar os centros regionais de referência, objetivando a formação de rede nacional integrada;
· Estimular nas esferas federal, estadual, municipal, a criação de centros de referência;
· Propor a criação de cursos na área de tecnologia assistiva, bem como o desenvolvimento de outras ações com o objetivo de formar recursos humanos qualificados e propor a elaboração de estudos e pesquisas, relacionados com o tema da tecnologia assistiva. (BRASIL – SDHPR, 2012)
Para elaborar um conceito de tecnologia assistiva que pudesse subsidiar as políticas públicas brasileiras os membros do CAT fizeram uma profunda revisão no referencial teórico internacional, pesquisando os termos Ayudas Tecnicas, Ajudas Técnicas, Assistive Tecnology, Tecnologia Assistiva e Tecnologia de Apoio.
De acordo com o Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência (SNRIPD) de Portugal afirma:
“ENTENDE-SE POR AJUDAS TÉCNICAS QUALQUER PRODUTO, INSTRUMENTO, ESTRATÉGIA, SERVIÇO E PRÁTICA UTILIZADA POR PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E PESSOAS IDOSAS, ESPECIALMENTE, PRODUZIDO OU GERALMENTE DISPONÍVEL PARA PREVENIR, COMPENSAR, ALIVIAR OU NEUTRALIZAR UMA DEFICIÊNCIA, INCAPACIDADE OU DESVANTAGEM E MELHORAR A AUTONOMIA E A QUALIDADE DE VIDA DOS INDIVÍDUOS”. 
PORTUGAL, 2007 
Nesta descrição percebemos a grande abrangência do tema, que extrapola a concepção de produto e agrega outras atribuições ao conceito de ajudas técnicas como: estratégias, serviços e práticas que favorecem o desenvolvimento de habilidades de pessoas com deficiência. Por isso, é de suma importância que os profissionais envolvidos com a área da Educação Especial tenham acesso e conheçam a Tecnologia Assistiva e sua função na vida das pessoas.
Sabe-se que o termo tecnologia não indica apenas objetos físicos, como dispositivos ou equipamento, mas antes se refere mais genericamente a produtos, contextos organizacionais ou modos de agir, que encerram uma série de princípios e componentes técnicos.
Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente multidisciplinares, envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como:
· Fisioterapia;
· Terapia ocupacional;
· Fonoaudiologia;
· Educação;
· Psicologia;
· Enfermagem;
· Psicopedagogia;
· Medicina;
· Engenharia;
· Arquitetura;
· Design;
· Técnicos de muitas outras especialidades.
Vale ressaltar que a Tecnologia Assistivaé uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.
Categorias de Tecnologia Assistiva
Os recursos de tecnologia assistiva são organizados ou classificados de acordo com objetivos funcionais a que se destinam. A classificação que segue foi escrita originalmente em 1998 por José Tonolli e Rita Bersch e sua última atualização é de 2017.
A classificação que vamos ver aqui foi escrita originalmente em 1998 por José Tonolli e Rita Bersch e sua última atualização é de 2017. Ela tem uma finalidade didática e em cada tópico considera a existência de recursos e serviços. Esta proposta de classificação foi desenhada com base nas diretrizes gerais da ADA, em outras classificações utilizadas em bancos de dados de TA e especialmente a partir da formação dos autores no Programa de Certificação em Aplicações da Tecnologia Assistiva – ATACP da California State University Northridge, College of Extended Learning and Center on Disabilities.
A importância das classificações no âmbito da tecnologia assistiva se dá pela promoção da organização desta área de conhecimento e servirá ao estudo, pesquisa, desenvolvimento, promoção de políticas públicas, organização de serviços, catalogação e formação de banco de dados para identificação dos recursos mais apropriados ao atendimento de uma necessidade funcional do usuário final.
Auxílios para a vida diária 
Materiais e produtos que favorecem desempenho autônomo e independente em tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado de pessoas em situação de dependência de auxílio, nas atividades como se alimentar, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais. 
São exemplos os talheres modificados, suportes para utensílios domésticos, roupas desenhadas para facilitar o vestir e despir, abotoadores, velcro, recursos para transferência, barras de apoio, etc. Também estão incluídos nesta categoria os equipamentos que promovem a independência das pessoas com deficiência visual na realização de tarefas como: consultar o relógio, usar calculadora, verificar a temperatura do corpo, identificar se as luzes estão acesas ou apagadas, cozinhar, identificar cores e peças do vestuário, verificar pressão arterial, identificar chamadas telefônicas, escrever, dentre outros.
Estes materiais contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover uma vida independente e inclusão social. A evolução tecnológica torna a vida mais fácil.
Seria bom se todas as pessoas com deficiência, independente da classe social, tivesse acesso a todos esses recursos, para que todos pudessem conquistar sua autonomia e independência, uma vez que esse é o verdadeiro objetivo das Tecnologias Assistivas.
· Alimentação (fixador do talher à mão, anteparo de alimentos no prato, fatiados de pão)
· Vestuário (abotoador, argola para zíper e cadarço mola) 
· Materiais escolares (aranha mola para fixação da caneta, pulseira de imã estabilizadora da mão, plano inclinado, engrossadores de lápis, virador de página por acionadores)  
CAA (CSA) - Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa
Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim.
Recursos de acessibilidade ao computador
Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador.
Sistemas de controle de ambiente
Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto-locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro eletrônicos, sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores.
Projetos arquitetônicos para acessibilidade
Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência.
Órteses e próteses
Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recursos ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos.
Adequação Postural
Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar, visando o conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bem como posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros.
Auxílios de mobilidade
Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, bases móveis, andadores, scooters de três rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal.
Auxílios para cegos ou com visão sub-normal
Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações etc
Auxílios para surdos ou com déficit auditivo 
Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado - teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.
Adaptações em veículos
Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados no transporte pessoal.
Inclusão nos Espaços Escolares
Inclusão escolar é acolher todas as pessoas, sem exceção, no sistema de ensino, independentemente de cor, classe social e condições físicas e psicológicas. A inclusão é um movimento mundial de luta das pessoas com deficiências e seus familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade.
É possível destacar as definições:
· Deficiências são problemas nas funções ou nas estruturas do corpo, tais como, um desvio importante ou uma perda.
· Limitações de atividade são dificuldades que um indivíduo pode ter na execução de atividades.
· Restrições de participação são problemas que um indivíduo pode experimentar no envolvimento em situações reais da vida.
O termo inclusão já traz implícito a ideia de exclusão, pois só é possível incluir alguém que já foi excluído. A inclusão está respaldada na dialética inclusão/ exclusão, com a luta das minorias na defesa dos seus direitos.
Num mundo em profundas e aceleradas transformações, a Tecnologia Assistiva emerge como uma área do conhecimento e de pesquisa que tem se revelado como um importante horizonte de novas possibilidades para a autonomia e inclusão social dos alunos com deficiência.
Vamos apontar os tipos de deficiência:
Hoje o processo educacional envolve ações globais, sociais, emocionais e cognitivas, preparando o indivíduo para a vida.
Os educadores e a sociedade de modo geral precisam se conscientizar que a pessoa com deficiência tem direito ao processo de ensino aprendizagem que atenda a suas necessidades e seja intrínseco em contexto onde o aluno possa adquirir fatos e ações integradas ao dinamismo, conhecimento e respeito.
É preciso, antes da introdução do recurso no cotidiano escolar, que o educador esteja atento a alguns passos, essenciais para prescrição correta da TA, minimizando, assim, seu futuro abandono por inadequações. São esses passos:
· Entender a situação que envolveo estudante, seus desejos, suas características físicas/psicomotoras e sua dinâmica no espaço da escola e no contexto social;
· Gestar novas ideias a partir do diálogo entre família e escola na busca de soluções criativas e alternativas;
· Optar pela alternativa mais viável considerando as necessidades atendidas e a disponibilidade de recursos materiais para sua confecção;
· Antecipar a ideia por meio de diagramas, prevendo medidas, texturas, peso;
· Avaliar o uso do objeto na situação real, atentando para o objetivo a que foi proposto;
· Acompanhar o uso, verificando as mudanças nas condições de uso.
Na busca de entender e discutir como a “instituição Escola” tem percebido e vivenciado essas possibilidades em suas práticas e processos, principalmente os relacionados com a Educação Inclusiva.
Há uma constatação dos avanços e conquistas verificados no processo de apropriação da Tecnologia Assistiva pelas escolas, também, e majoritariamente, as dificuldades e obstáculos encontrados nesse processo pelos profissionais.
A Tecnologia Assistiva é necessária para a inclusão escolar de alunos com deficiência. A legislação obriga as escolas a terem professores de ensino comum preparados para ajudar alunos com necessidades especiais a se integrarem nas classes comuns. Ela tem direito a cursar instituições comuns, e é dever dos professores elaborar e aplicar atividades que levem em conta as necessidades específicas dela.
No caso da alfabetização para cegos, por exemplo, o aluno tem direito a usar materiais adaptados ao letramento especial, como livros didáticos transcritos em braille ( Tecnologia Assistiva ) para escrever durante as aulas.
Sabe-se que este processo de incluir alunos no espaço escolar, não pode ser concebido somente como uma formalidade a mais do sistema educacional, pois o assunto merece abordagem específica, é deve ser levado a sério.
A escola deve buscar adequar não apenas as atividades, mais o espaço para receber pessoas com deficiência por meio da Tecnologia Assistiva.
A preparação da escola não deve ser apenas dentro da sala de aula: alunos com deficiência física necessitam de espaços modificados, como rampas, elevadores (se necessário), corrimões e banheiros adaptados. Engrossadores de lápis, apoio para braços, tesouras especiais e quadros magnéticos são algumas tecnologias assistivas que podem ajudar o desempenho das crianças e jovens com dificuldades motoras.
É papel da escola e do educador garantir o sucesso de seus alunos, através de uma proposta pedagógica que vise atender a todos com dignidade, respeito e autonomia.
Para que a inclusão seja uma realidade, será necessário rever uma série de barreiras, além da política e práticas pedagógicas e dos processos de avaliação. 
INCLUSÃO, NUMA SOCIEDADE DE EXCLUÍDOS, PASSA A SER PALAVRA-CHAVE PARA SE ALCANÇAR A VERDADEIRA DEMOCRACIA. A CIDADANIA SE ESTABELECE PELA IGUALDADE DOS DIREITOS E DEVERES, E PELA OPORTUNIDADE DE PODER EXERCÊ-LOS PLENAMENTE. (...) EMBORA ESSE MOVIMENTO SEJA MUITO MAIS AMPLO, NORTEANDO, TAMBÉM, TODAS AS AÇÕES QUE EMANAM DOS DIREITOS SOCIAIS, POLÍTICOS E CIVIS. 
GOFFREDO, 1999, p. 67 
É necessário conhecer o desenvolvimento humano e suas relações com o processo de ensino aprendizagem, levando em conta como se dá este processo para cada aluno.
Devemos utilizar Tecnologia Assistiva e investir em capacitação continuada, atualização da comunidade escolar, sensibilização, envolvendo da família. O intuito, segundo documento do CAT é, difundir a Tecnologia Assistiva junto às instituições de ensino, organizações de e para pessoas com deficiência, conselhos de direitos, órgãos governamentais, profissionais de saúde, educação, desenho industrial, engenharia, tecnologia da informação, entre outras pessoas interessadas no tema.
Focar na formação profissional do professor, que é relevante para aprofundar as discussões teóricas práticas, proporcionando subsídios com vistas à melhoria do processo ensino aprendizagem. Assessorar o professor para resolução de problemas no cotidiano na sala de aula, buscando adaptar o material escolar de forma que todo o grupo tenha acesso de maneira adequada e funcional.
Utilizar currículos e metodologias flexíveis, levando em conta a singularidade de cada aluno, respeitando seus interesses, suas ideias e desafios para novas situações.
Investir na proposta de diversificação de conteúdos, materiais com base na ludicidade e práticas que possam melhorar as relações entre professor e alunos.
Avaliar de forma continuada e permanente, dando ênfase na qualidade do conhecimento e não na quantidade, oportunizando a criatividade, a cooperação e a participação. O professor deve ter em mãos uma ficha com a descrição das metas mensais e/ou trimestrais, para que assim possa planejar suas atividades com apoio do coordenador pedagógico.
É de extrema importância que se faça uma avaliação investigativa para coleta de dados importantes para a prática educacional. Isso porque, segundo Bersh: 
“AVALIAR O CONTEXTO SIGNIFICA DESCREVER OS ELEMENTOS EXTERNOS QUE EXERCEM UMA INFLUÊNCIA POSITIVA OU NEGATIVA NO USUÁRIO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA. BARREIRAS E FACILIDADES PODEM PERMITIR OU IMPEDIR O USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA, E, POR ESSAS RAZÕES, ELAS DEVEM SER FORTEMENTE CONSIDERADAS: ELAS PODEM ALERTAR O USUÁRIO PARA OS POSSÍVEIS RISCOS DE FRACASSO, OU, AO CONTRÁRIO, PODEM ENCORAJAR O USUÁRIO A TOMAR INICIATIVAS” 
BERSH, 2009, p. 58 
Essa concepção é compartilhada com Valente (1999), ao afirmar que: (...) a mudança pedagógica que todos almejam é a passagem de uma educação totalmente baseada na transmissão da informação, na instrução, para a criação de ambientes de aprendizagem nos quais o aluno realiza atividades e constrói o seu conhecimento. Essa mudança acaba repercutindo em alterações na escola como um todo: sua organização, na sala de aula, no papel do professor e dos alunos e na relação com o conhecimento (VALENTE, 1999, p. 29).
Quando o trabalho realizado pela escola tem objetivos voltados para o uso da Tecnologia Assistiva aos que necessitam, o desenvolvimento educacional e humano se torna primordial.
Sabe-se que a educação especial hoje, educa o homem social de amanhã, preocupando-se em oferecer o melhor atendimento possível, buscando fundamentos em Vygostsky, Piaget, Ferreiro e outros para oferecer uma educação de qualidade aos que apresentam alguma deficiência, pois sabemos do potencial que todos possuem, basta avaliar o aluno e oferecer a eles oportunidades para aprender mais, e desenvolver o seu potencial, suas habilidades, sua socialização e participação na vida social.
Portanto as mudanças são fundamentais para inclusão, mas exige esforço de todos possibilitando que a escola possa ser vista como um ambiente de construção de conhecimento, deixando de existir a discriminação de idade e capacidade.
Ainda, acompanhando o pensamento de Carvalho (1999): 
(...) PARA QUE, EM NOSSAS ESCOLAS, O IDEAL DA INCLUSÃO DE TODOS, OU DA NÃO-EXCLUSÃO DE ALGUNS, TORNE-SE REALIDADE, É PRECISO TRABALHAR TODO O CONTEXTO EM QUE O PROCESSO DEVE OCORRER. DO CONTRÁRIO, CORRE-SE O RISCO DE CONTRIBUIR PARA MAIS PRECONCEITOS EM TORNO DOS DEFICIENTES. AS DIFERENTES FORMAS DE SEGREGAÇÃO OU REJEIÇÃO QUE TÊM SOFRIDO, CONSIDERANDO OS MECANISMOS PSICOLÓGICOS QUE TEM POR DETRÁS, COSTUMAM CARACTERIZAR-SE POR DESUMANIDADE E PERVERSIDADE 
CARVALHO, 1999, p. 37 
Para isso, a educação deverá ter um caráter amplo e complexo, favorecendo a construção ao longo da vida, e todo aluno, independente das dificuldades, poderá beneficiar-se dos programas educacionais, desde que sejam dadas as oportunidades adequadas para o desenvolvimento de suas potencialidades. Isso exige do professor uma mudança de postura além da redefinição de papeis que possa assim favorecer o processo de inclusão.
Soluções Que Melhoram a Vida das Pessoas Com Deficiência
Neste capítulo iremos apreciar um vídeo exibido pela TV-CAMPOS, no Programa: Vida É Atitude, com o tema: Tecnologia Assistiva- Soluções que melhoram a vida das pessoas com deficiência, onde o Professor e Doutor do Centrode Tecnologia: Rodrigo da Silva Guerra é entrevistado e aponta dados sobre essa temática tão importante para a sociedade.
A Tecnologia Assistiva no Brasil
No Brasil, o processo de apropriação e sistematização do conceito e classificação de Tecnologia Assistiva é muito recente.
A expressão “Tecnologia Assistiva” com frequência é utilizada na língua portuguesa ao lado das expressões “Ajudas Técnicas” e “Tecnologia de Apoio”, na maioria das vezes como sinônimos, em outras, apontando diferenças no sentido de cada uma delas, isso porque alguns autores consideram que as expressões “Tecnologia Assistiva” ou “Tecnologia de Apoio” se refiram a um conceito mais amplo, que abranja tanto os dispositivos, quanto os serviços e metodologias, enquanto que a expressão “Ajudas Técnicas” se referiria apenas aos recursos, aos dispositivos de “Tecnologia Assistiva”.
Mediante isso:
CONSIDERAM-SE AJUDAS TÉCNICAS OS PRODUTOS, INSTRUMENTOS, EQUIPAMENTOS OU TECNOLOGIA ADAPTADOS OU ESPECIALMENTE PROJETADOS PARA MELHORAR A FUNCIONALIDADE DE PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA, COM MOBILIDADE REDUZIDA FAVORECENDO AUTONOMIA PESSOAL, TOTAL OU ASSISTIDA 
BRASIL, 2004, p. 04 
Mesmo nos países europeus encontramos essa diferenciação. Parece ser esse o caso do conceito de “Tecnologia de Apoyo” apresentado pelo CEAPAT – “Centro Estatal de Autonomia Personal y Ayudas Técnicas” do Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais da Espanha, instituição componente da “Red Europea de Informacion en Tecnologia de Apoyo”, EASTIN, anteriormente mencionada.
No Brasil, as expressões “Tecnologia Assistiva”, “Ajudas Técnicas” e “Tecnologia de Apoio” são utilizadas mais frequentemente como sinônimos., entretanto na legislação brasileira é utilizada a expressão “Ajudas Técnicas” no decreto 3298 de 1999 e no Decreto de 5296 de 2004, o qual regulamenta as leis n.10.048 de 08 de novembro de 2000 e 10.098 de 19 de dezembro de 2000. 
“ENTENDE-SE POR AJUDAS TÉCNICAS QUALQUER PRODUTO, INSTRUMENTO, ESTRATÉGIA, SERVIÇO E PRÁTICA, UTILIZADO POR PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E PESSOAS IDOSAS, ESPECIALMENTE PRODUZIDAS OU GERALMENTE DISPONÍVEIS PARA PREVENIR, COMPENSAR, ALIVIAR OU NEUTRALIZAR UMA DEFICIÊNCIA, INCAPACIDADE OU DESVANTAGEM E MELHORAR A AUTONOMIA E A QUALIDADE DE VIDA DOS INDIVÍDUOS” 
PORTUGAL, 2009 
Está ausente, nesses conceitos formulados pela legislação brasileira, a ideia de Serviços de Ajudas Técnicas, de metodologias e práticas, que vai além das ferramentas e dispositivos, o que é uma limitação em relação a outras concepções mais amplas, com já foi visto anteriormente, e que favorecem melhor uma abordagem interdisciplinar do estudo, pesquisa e desenvolvimento, nessa área do conhecimento. 
Esta postura questionadora frente às condições que o processo educacional enfrenta no Brasil, pode ser referendada no trecho abaixo, da PNEE-EI, que afirma: Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá- las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão.
A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas (BRASIL, 2008a, p. 01).
Ressalva-se que a partir destas discursões as pessoas com deficiência e esse tema vem ganhando a agenda das políticas públicas brasileiras nos últimos anos, pois desenvolvimento de recursos e outros elementos de Tecnologia Assistiva têm propiciado a valorização, integração e inclusão dessas pessoas, promovendo seus direitos humanos.
Outro ponto relevante aconteceu na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, tratado da Organização das Nações Unidas - ONU, onde simbolizou a determinação da comunidade internacional em colocar o tema das pessoas com deficiência na agenda global na perspectiva dos Direitos Humanos, para que assim, orientando e cobrando dos governos nacionais ações que transformem suas vidas com o processo de inclusão à sociedade com mais direitos
O Brasil vem buscando garantias de condições na acessibilidade à pessoa com deficiência, por considerar que este é fator essencial para propiciar a inserção do segmento à educação, ao trabalho, à cultura, à informação e comunicação, ao lazer e à vida comunitária.
 A legislação brasileira estabelece o direito à tecnologia assistiva e preconiza uma ação propositiva da parte do governo, para atender esta demanda, no entanto, o cidadão brasileiro com deficiência carece primeiramente da informação sobre a existência desta legislação e da implicação disto sobre o que lhe é de direito.
Segundo as pesquisas do IBGE, do Censo 2010, o País possui 45,6 milhões de pessoas com alguma deficiência, o que representa 23,91% da população. Estes números revelam a grande necessidade de incentivo na área, a demanda existente para o desenvolvimento de tecnologia nacional, inserção do tema da TA nos cursos de formação profissional e acadêmicos, organização de serviços específicos e, especialmente, ações governamentais de concessão de TA que atendam a grande demanda reprimida.
No Brasil podemos destacar algumas leis que garantem os direitos das pessoas com deficiência e necessitam de algum tipo de Tecnologia Assistiva:
· Decreto Nº 7.612, de 17 de novembro de 2011.  - Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Plano Viver sem Limite.
· Decreto Nº 6.949, de 25 de Agosto de 2009.  - Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.
· Decreto Nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004 - DOU de 03/122004.  - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida
· Decreto Nº 3.956, de 08 de outubro de 2001.  - Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.
O vídeo a seguir traz um episódio do programa CENAS DO BRASIL. Neste programa, o assunto discutido são as políticas para o desenvolvimento de tecnologias assistivas, que permitem maior autonomia das pessoas com deficiência. Antes do debate, é exibido um vídeo sobre o projeto Participar, que desenvolveu software educacional de apoio à alfabetização e comunicação alternativa de jovens e adultos com deficiência intelectual. O programa apresenta, também, uma reportagem realizada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação sobre os investimentos na área de tecnologias assistivas.
Comitê de Ajudas Técnicas
No ano de 2009 foi divulgado o trabalho desenvolvido pelas Comissões Temáticas do CAT em parceria com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos que elaboraram um documento com diretrizes básicas e apresentação dos estudos desenvolvidos pelo Comitê em busca de aperfeiçoar a regulamentação de Tecnologia Assistiva no país.
O que se pretendia era divulgar a Tecnologia Assistiva nas escolas e organizações em prol de um melhor direcionamento para os profissionais que trabalham com pessoas com deficiência, conselhos de direitos, órgãos governamentais, profissionais de saúde, educação, desenho industrial, engenharia, tecnologia da informação, entre outras pessoas interessadas no tema. 
· Para o estudo deste capítulo você deve ler o livro TECNOLOGIA ASSISTIVA. 
Tecnologia Assistiva nas Escolas
A sociedade vive em constante mudança, onde o conhecimento é atualizado e reelaborado a todo instante e a escola enquanto formadora do cidadão crítico, deverá oportunizar estratégias inovadoras utilizando as mais diversas ferramentas disponíveis a fim de torná-lo capaz de atuar de maneira a resolver situações problema nessa sociedade de mudanças.
O QUE DEVE TER UMA SALA DE AULA PARA UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE? PRECISA FUNDAMENTALMENTEDE PROFESSORES BEM PREPARADOS, MOTIVADOS E BEM REMUNERADOS E COM FORMAÇÃO PEDAGÓGICA ATUALIZADA. ISTO É INCONTESTÁVEL. 
MORAN, 2004, p.15 
As Tecnologias Assistivas tem papel fundamental no trabalho educacional de pessoas com deficiência, por meio destas tecnologias, o professor tem maior facilidade na execução das atividades propostas, criando novos ambientes de interação e aprendizado.
O professor necessita mudar sua postura, preocupar-se em organizar suas atividades levando em consideração todo o arsenal tecnológico que tem em mãos e como eles podem contribuir para a efetivação da aprendizagem.
Os novos meios tecnológicos hoje existentes, as quais disponibilizam essas diferentes alternativas e concepções pedagógicas, para além de meras ferramentas ou suportes para a realização de determinadas tarefas, se constituem elas mesmas em realidades que configuram novos ambientes de construção e produção de conhecimentos, que geram e ampliam os contornos de uma lógica diferenciada nas relações do homem com os saberes e com os processos de ensino e aprendizagem adequados e inclusivos.
As transformações na escola tradicional rumo em um maior diálogo com o que ocorre no mundo e na sociedade hoje, tornam-se condição indispensável para a retomada de relevância do seu papel social e para a construção de uma escola verdadeiramente inclusiva, num pensamento voltado para as necessidades individuais e não globais.
Trata-se da recentemente chamada Tecnologia Assistiva, utilizada como mediadora, como instrumento, como ferramenta para a atividade autônoma e para a equiparação de oportunidades, da pessoa com deficiência, na sociedade atual.
Ampliar a capacidade de propor novas atividades de aprendizagem utilizando-se das modernas tecnologias, de forma a propor aos alunos novos desafios, de reconstrução de conhecimentos já existentes e incentivo para construção de novos.
Essas atividades exigem do professor uma ação mais de orientação, de motivação, de tutoria, do que de expositor de conteúdos ou conhecimentos já produzidos. Um professor que propicie tanto o trabalho individual, como em duplas ou em grupos, colaborativamente, a fim de produzir com e entre os alunos.
PARA QUE O PROFESSOR PASSE DE UM ENSINO CONVENCIONAL A UM ENSINO APOIADO NAS NOVAS TECNOLOGIAS, BEM COMO DESENVOLVIDO EM AMBIENTES VIRTUAIS, EXIGE QUE A INSTITUIÇÃO ESTABELEÇA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES QUE PRIORIZE A INSERÇÃO DAS TICS NUMA PERSPECTIVA CONSTRUTIVA E REFLEXIVA DA AÇÃO DOCENTE. 
PEÑA, s/d p. 9 
Vygotsky aponta que os recursos de acessibilidade, os recursos de Tecnologia Assistiva, podem ser situados como mediações instrumentais para a constituição da pessoa com deficiência, é a possibilidade de relacionar-se, de entender e ser entendido, de comunicar-se com os demais, o que impulsiona o desenvolvimento do homem.
A maneira mais adequada para neutralizar as barreiras causadas pela deficiência e inserir esse indivíduo nos ambientes ricos para a aprendizagem e desenvolvimento, proporcionados pela cultura e o uso adequado da Tecnologia Assistiva e a capacitação continuada dos indivíduos que estão envolvidos no processo.
É necessário analisar mais de perto como ocorrem esses processos de significação e construção de conhecimentos para a pessoa com deficiência, isso porque se deve levar em consideração não apenas o nivelamento educacional, mais também faixa etária, comprometimento motor e outros.
Com muita frequência a criança com deficiência apresenta sérias limitações em sua capacidade de interação com o meio e com as pessoas a sua volta.
O aluno deve ser observado em seus diversos ambientes e sua forma de interação deve ser levada em consideração. Profissionais devem manter um olhar sensível para as situações diárias ocorrentes dentro dos ambientes.
A questão sobre como ocorre o desenvolvimento cognitivo e o aprendizado desses alunos, ou de que forma o professor e o ambiente educacional podem contribuir para isso, dadas as diferentes limitações decorrentes de sua deficiência, tais como as limitações de comunicação e linguagem, ou as limitações motoras para o seu deslocamento e para a manipulação de objetos.
E, segundo Piaget, não é somente a quantidade das ações, movimentos e interações que determinam as condições favoráveis para o desenvolvimento cognitivo, mas também a qualidade e a intensidade dessas interações. Ter materiais voltados para o trabalho da Tecnologia Assistiva, não significa que o ambiente escolar é inclusivo. Esses materiais devem ser usados de maneira adequada e com embasamento.
O desenvolvimento de uma criança com deficiência física ou sensorial não é inferior ao de outra criança, mas sim, diferente, singular, pois ela aprende caminhos alternativos para compensar, por exemplo, a falta de determinadas experiências motoras ou sensoriais, para elaboração do seu pensamento, sendo a experiência social o alicerce dos processos compensatórios.
Quando o profissional, sendo ele professor, diretor e/ou pedagogo tem visão ampla a frente dessa singularidade, ele percebe com mais exatidão a função efetiva da Tecnologia Assistiva na escola.
Destaca-se a missão do educador nesses casos não é certamente a de facilitar, de diminuir as dificuldades para o aluno com deficiência, mas, sim, a de desafiá-lo, estimulá-lo, para ele mesmo encontre as soluções para seus próprios problemas. Acreditar na capacidade e utilizar as suas habilidades é um caminho. Ressalvo que o professor deve identificar por meio de investigação qual é a habilidade daquele aluno, se ele desenvolve melhor as atividades orais, atividades escritas, atividades em grupo e de que forma ela deve ser aplicada por meio de um planejamento organizacional e efetivo.
O professor precisa desmistificar-se e buscar utilizá-las como ferramentas facilitadoras do processo de ensino e aprendizagem, e para que isto ocorra, faz-se necessário uma capacitação constante por parte do corpo docente, pois por meio de um manuseio adequado das tecnologias disponíveis conseguiremos fazer com que haja uma maior interação entre professor e aluno e aluno-aluno e o aprender não ficará restrito apenas às salas de aula, mas sim incorporado na realidade do próprio aluno. Os materiais da Tecnologia Assistiva devem estar em uso no contexto escolar, pois facilitar a transmissão de conhecimento e auxilia no processo de desenvolvimento do educando.
Nesse contexto, a Tecnologia Assistiva surge como instrumento fundamental para uma verdadeira e eficaz atividade e participação de muitas pessoas com deficiência, seja em casa, na escola, no trabalho ou em qualquer outro ambiente.
Neste ponto se vê a importância de uma boa preparação dos professores, já que como disse Demo,
“PARECE EVIDENTE A DIFICULDADE DE TRANSFORMAR AS TECNOLOGIAS EM OPORTUNIDADES DE APRENDIZAGEM SEM A MEDIAÇÃO DO PROFESSOR. QUALQUER ARTEFATO TÉCNICO IMPLANTADO NA ESCOLA SÓ FRUTIFICA SOB A MEDIAÇÃO DO PROFESSOR” 
DEMO, 2005 
Não é um simples desafio, mas uma situação real que está posta para todos àqueles que realmente pensam em uma educação para o futuro.
Logo, Peña destaca: O desafio que se impõe hoje aos professores é reconhecer que os novos meios de comunicação e linguagens presentes na sociedade devem fazer parte da sala de aula, não como dispositivos tecnológicos que imprimem certa modernização ao ensino, mas sim conhecer a potencialidade e a contribuição que as TICs podem trazer ao ensino como recurso e apoio pedagógico às aulas presenciais e ambientes de aprendizagem no ensino a distância. (PEÑA, s/d, p. 10)
· Para enriquecer mais ainda seus conhecimentos, leia o livro TECNOLOGIA ASSISTIVA NAS ESCOLAS, disponível na Biblioteca.
Caso queira se aprofundar mais neste assunto, visite os sites listados abaixo:
· https://oglobo.globo.com/rio/bairros/ufrj-oferece-curso-para-uso-de-ferramentas-de-inclusao-de-deficientes-21509046
· http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=860&id=12625&option=com_content&view=article
· http://www.acessibilidade.net/at/kit2004/
· http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/
· http://intervox.nce.ufrj.br/motrix/download.htm· http://www.acessibilidade.net/
· http://www.ufrgs.br/niee/
· http://www.xtec.cat/~jlagares/indexcastella.htm
· http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html

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