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Adm- Controle dos Atos Administrativos e moralidade

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O Controle dos Atos Administrativos e a Moralidade no Direito Brasileiro
O texto aborda uma discussão sobre a relação Moral x Direito, nesse âmbito abordamos o enfoque do princípio da moralidade nos atos administrativos, princípio da moralidade administrativa implica na observância de determinadas condutas que devem ser adotadas pela administração pública e seus agentes, tal princípio impõe padrões para os agentes públicos desenvolverem suas funções, este se encontra no Art. 37, caput da Constituição Federal:
 ‘’Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (…)’’ 
Este princípio é utilizado com o viés de impedir o afastamento da administração e da imposição de que suas atividades sejam pautadas não somente pela Lei, mas também pela boa-fé, lealdade e pela probidade, isso tem o intuito de salvaguardar, sobretudo o interesse público no que tange a tutela dos bens da coletividade, exigindo assim que o agente público tenha sua conduta norteada por padrões éticos e morais que têm por fim alcançar a consecução do bem comum, isso independentemente da esfera de poder ou do nível político-administrativo da Federação em que a administração atue. 
É interessante ressaltar que o princípio da moralidade provoca uma discussão entre a doutrina, uma vez que alguns acreditam que ele deve ser visto apenas como uma parte do princípio da legalidade, ao passo que outros o consideram autônomos, aqui é interessante abordar esse que é um dos maiores princípios do nosso direito, enquanto para a população a legalidade é fazer tudo aquilo que a lei não proíbe, para os agentes públicos esse princípio funciona de forma diferente uma vez que só é permitido fazer aquilo que a lei permite. 
Nesse contexto podemos observar que a moralidade administrativa possui diferença da moral comum, uma vez que aquela não obriga o dever de atendimento a esta, vigente em sociedade. No entanto ela exige o total respeito aos padrões éticos, boa-fé, honestidade, lealdade e probidade. 
Nesse sentido, Hely Lopes Meirelles afirma que (2012, p. 90)
O agente administrativo, como ser humano dotado de capacidade de atuar, deve, necessariamente, distinguir o Bem do Mal, o Honesto do Desonesto. E ao atuar, não poderá desprezar o elemento ético da sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo do injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas também entre o honesto e o desonesto. 
 Com isso entendemos que o princípio da moralidade se diferencia da moral comum e vem trazer a luz da boa fé para os atos administrativos, sempre buscando o bem coletivo, e o cumprimento dos demais princípios que são pilares não só do direito, mas de todo funcionamento da administração pública, é preciso dizer que a correlação entre os princípios justifica a vinculação entre o ramo do direito e a moral e também que esta correlação entre os princípios administrativos, ou seja, existe correspondência entre eles mesmo que cada um possua suas particularidades sendo assim não é correto afirmar que o descumprimento de um princípio implicará na violação dos demais, para que sejam totalmente atingidos é necessário que ocorra uma violação grave que venha atingir a essência do princípio; e que cada um seja atingido no que consta seus efeitos. 
A Lei de Improbidade Administrativa – Lei 8.429/92 foi um grande progresso que trouxe mais relevância para o princípio da moralidade, ela vem trazer as devidas sanções aplicáveis aos agentes públicos. Essa lei proporcionou uma base sólida às exigências impostas pelo princípio da moralidade. 
Diante disso, Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que (2009, p. 77)
Também merece menção o artigo 15, inciso V, que inclui entre as hipóteses de perda ou suspensão dos direitos políticos a de improbidade administrativa, nos termos do art. 37, §4º. Por sua vez, o artigo 5º, inciso LXXIII, ampliou os casos de cabimento de ação popular para incluir, entre outros, os que impliquem a moralidade administrativa. 
Sendo assim a moralidade administrativa está contida no Direito, fazendo-se presente de maneira sólida em sua aplicação. 
É evidente que o Direito Administrativo é composto por um conjunto harmônico de princípios e leis aplicados a uma função administrativa pública com foco principal de atender as finalidades desejadas pelo Estado em detrimento do bem coletivo, sendo assim é possível correlacionar à moralidade e a probidade administrativa, enquanto uma caracteriza o padrão que se deve seguir a outra configura a retidão no agir baseando se em tais valores representados pela ‘’moral’’ perante uma determinada atribuição.
 Dentro disso é evidente que tanto os agentes quanto a administração devem sempre agir conforme os princípios éticos, uma vez que tal violação implica diretamente na transgressão do próprio direito, o que caracteriza um ato ilícito que gera uma conduta invalidade. Sendo assim é notável que a moral administrativa é relacionada a uma diferença entre boa e má administração.
Fontes Bibliográficas:
FREITAS, Juarez, O Controle dos Atos Administrativos e os Princípios Fundamentais. Cap. 6° O Controle dos Atos Administrativos e a Moralidade no Direito Brasileiro: O princípio da probidade e os desafios da concretização prudente.
MEIRELLES, Hely Lopes, Direito Administrativo Brasileiro, São Paulo, Ed. Medeiros, 2012;
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di, Direito Administrativo, São Paulo, Ed. Atlas, 2009;
Site:
https://juridicocerto.com
www.direitonet.com.br
www.jus.com.br
 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
 ANA PAULA ALVES
 IGOR PEREIRA DE FREITAS
 IZABELA AMANDA
 IZABELA VITÓRIA MARIANO
 TRABALHO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
O Controle dos Atos Administrativos e a Moralidade no Direito Brasileiro
 
 BELO HORIZONTE 
 2019

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