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Introdução a saúde coletiva - PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES

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1 
 
3º MÓDULO - PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES 
 
 O Programa Nacional de Imunizações tem avançado ano a ano para 
proporcionar melhor qualidade de vida à população com a prevenção de doenças. Tal 
como ocorre nos países desenvolvidos, o Calendário Nacional de Vacinação do Brasil 
contempla não só as crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e 
povos indígenas. Ao todo, são disponibilizadas na rotina de imunização 19 vacinas, cuja 
proteção inicia nos recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida. 
 As vacinas são seguras e estimulam o sistema imunológico a proteger a pessoa 
contra doenças transmissíveis. Quando adotada como estratégia de saúde pública, elas 
são consideradas um dos melhores investimentos em saúde, considerando o custo-
benefício. 
 O Programa Nacional de Imunizações do Brasil é um dos maiores do mundo, 
ofertando diferentes imunobiológicos para toda a população. Há vacinas destinadas a 
todas as faixas-etárias e campanhas anuais para atualização da caderneta de 
vacinação. 
 
História da vacinação no Brasil 
 O êxito das Campanhas de Vacinação contra a varíola na década dos anos 
sessenta mostrou que a vacinação em massa tinha o poder de erradicar a doença. O 
último caso de varíola notificado no Brasil foi em 1971 e, no mundo, em 1977 na 
Somália. 
 Em 1973 foi formulado o Programa Nacional de Imunizações (PNI), por 
determinação do Ministério da Saúde, com o objetivo de coordenar as ações de 
imunizações que se caracterizavam, até então, pela descontinuidade, pelo caráter 
episódico e pela reduzida área de cobertura. A proposta básica para o Programa, 
constante de documento elaborado por técnicos do Departamento Nacional de 
Profilaxia e Controle de Doenças (Ministério da Saúde) e da Central de Medicamentos 
(CEME - Presidência da República), foi aprovada em reunião realizada em Brasília, em 
18 de setembro de 1973, presidida pelo próprio Ministro Mário Machado Lemos e 
contou com a participação de renomados sanitaristas e infectologistas, bem como de 
representantes de diversas instituições. 
 Em 1975 foi institucionalizado o PNI, resultante do somatório de fatores, de 
âmbito nacional e internacional, que convergiam para estimular e expandir a utilização 
 
 
2 
 
de agentes imunizantes, buscando a integridade das ações de imunizações realizadas 
no país. O PNI passou a coordenar, assim, as atividades de imunizações desenvolvidas 
rotineiramente na rede de serviços e, para tanto, traçou diretrizes pautadas na 
experiência da Fundação de Serviços de Saúde Pública (FSESP), com a prestação de 
serviços integrais de saúde através de sua rede própria. A legislação específica sobre 
imunizações e vigilância epidemiológica (Lei 6.259 de 30-10-1975 e Decreto 78.231 de 
30-12-76) deu ênfase às atividades permanentes de vacinação e contribuiu para 
fortalecer institucionalmente o Programa. 
 Em seguimento à erradicação da varíola, inicia-se em 1980 a 1ª Campanha 
Nacional De Vacinação Contra A Poliomielite, com a meta de vacinar todas as crianças 
menores de 5 anos em um só dia. O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu na 
Paraíba em março de 1989. Em setembro de 1994 o Brasil junto com os demais países 
da região das Américas, recebeu da Comissão Internacional para a Certificação da 
Ausência de Circulação Autóctone do Poliovírus Selvagem nas Américas, o Certificado 
que a doença e o vírus foram eliminados de nosso continente. 
 De 1990 a 2003, o PNI fez parte da Fundação Nacional de Saúde. A partir de 
2003, passou a integrar o DEVEP/SVS - Secretaria de Vigilância em Saúde, inserido na 
Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI). 
 Ao longo do tempo, a atuação do PNI alcançou consideráveis avanços ao 
consolidar a estratégia de vacinação nacional. As metas mais recentes contemplam a 
eliminação do sarampo e do tétano neonatal. A essas, se soma o controle de outras 
doenças imunopreveníveis como Difteria, Coqueluche e Tétano acidental, Hepatite B, 
Meningites, Febre Amarela, formas graves da Tuberculose, Rubéola e Caxumba em 
alguns Estados, bem como, a manutenção da erradicação da Poliomielite. 
 O PNI adquire, distribui e normatiza também o uso dos imunobiológicos 
especiais, indicados para situações e grupos populacionais específicos que serão 
atendidos nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). É também 
de responsabilidade desta coordenação a implantação do Sistema de Informação e a 
consolidação dos dados de cobertura vacinal em todo o país. 
 Destacamos que o objetivo principal do Programa é de oferecer todas as 
vacinas com qualidade a todas as crianças que nascem anualmente em nosso país, 
tentando alcançar coberturas vacinais de 100% de forma homogênea em todos os 
municípios e em todos os bairros. 
 O PNI é, hoje, parte integrante do Programa da Organização Mundial da Saúde, 
com o apoio técnico, operacional e financeiro da UNICEF e contribuições do Rotary 
Internacional e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 
 
 
3 
 
Fonte: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/sobre-o-programa 
 
 
AS PRINCIPAIS AÇÕES DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES 
 
 Em 1973, foi formulado o Programa Nacional de Imunizações - PNI, por 
determinação do Ministério da Saúde, com o objetivo de coordenar as ações de 
imunizações que se caracterizavam, até então, pela descontinuidade, pelo caráter 
episódico e pela reduzida área de cobertura. 
 Consolidando o trabalho realizado nos anos anteriores, foi na década de 1990 
que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) passou a trabalhar em articulação com 
entidades de defesa dos direitos da criança – Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), 
Pastoral da Criança, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização 
Pan-Americana da Saúde(Opas). Em 1991, foi criado o Comitê Técnico Assessor em 
Imunizações (CTAI), que passou a respaldar o PNI técnica e cientificamente. 
 A década de 1990 foi repleta de marcos importantes para a saúde brasileira e 
para o PNI. A vacina Bacillus Calmette-Guérin Intra Dérmica (BCG-ID) começou a ser 
distribuída em grandes maternidades. Na Amazônia Ocidental, implantava-se a vacina 
contra hepatite B e introduzia-se a imunização contra a febre amarela nas áreas 
endêmicas. Ainda em 1991, cerca de 42 mil casos de sarampo foram registrados. 
 Por isso, no ano seguinte, foi instituído o Plano Nacional de Controle e 
Eliminação de sarampo, tendo como marco a realização da campanha de vacinação 
indiscriminada do grupo de nove meses a 14 anos de idade. O resultado não podia ser 
outro: redução de 81% no número de casos. Após este período, a tríplice vital – contra 
sarampo, caxumba e rubéola – foi introduzida gradualmente no País. 
 Em 1992, também foi implantado o Plano de Eliminação do Tétano Neonatal, 
priorizando a vacinação das mulheres em idade fértil, entre 15 e 49 anos, com a vacina 
dupla adulto (tétano e difteria). No ano seguinte, os povos indígenas que residem em 
locais isolados no País foram beneficiados pela “Operação Gota”. 
 Em 1994, ficou estabelecida pela 24ª Conferência Sanitária Pan-Americana a 
erradicação do sarampo até o ano 2000. Com o intuito de corrigir falhas primárias da 
vacinação contra a doença, o programa promoveu a primeira de cinco campanhas 
nacionais contra o sarampo para crianças menores de cinco anos. Dois anos depois, a 
 
 
4 
 
vacina contra hepatite B passou a ser produzida no Brasil e, em 1998, já era aplicada 
em crianças com menos de um ano em todos os municípios. 
 Por conta da redefinição das áreas de risco para febre amarela em 1998, uma 
imunização massiva aconteceu até 2001. Ao todo, 55,5 milhões de doses foram 
aplicadas. No último ano da década, as campanhas de vacinação contra a gripe em 
pessoas com mais de 60 anos também foram marcantes. 
 
Anos 2000 
 Logo no início do século XXI, o último caso autóctone de sarampo foi 
confirmado.Em 2001, foi iniciada a campanha contra a rubéola, utilizando a vacina 
dupla viral. A meta era vacinar 15 milhões de mulheres em idade fértil, visando ao 
controle da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC). Ainda nesse ano, a 
vacinação contra febre amarela tornou-se obrigatória em áreas portuárias, 
aeroportuárias, de terminais e passagens de fronteira. 
 Em 2003, a vacina combinada tetravalente (DTP + Hib) substituiu as vacina 
tríplice bacteriana e Hib monovalente. A vacina monovalente sarampo também foi 
definitivamente trocada pela tríplice viral. Neste mesmo ano, surgiu a Secretaria de 
Vigilância em Saúde (SVS), responsável pelas ações nacionais de vigilância, prevenção e 
controle de doenças – inclusive pelo gerenciamento do Programa Nacional de 
Imunizações, no âmbito do Ministério da Saúde. 
 Os calendários de vacinação da criança, do adolescente e do idoso – com nove 
imunobiológicos – foram instituídos em 2004. Dois anos depois, a imunização oral de 
rotavírus humano (VORH) foi introduzida no calendário da criança. Na mesma época, o 
tétano neonatal deixou de ser problema de saúde pública no País. 
 O ano de 2008 foi marcado por uma megaoperação contra a rubéola: 67,8 
milhões de homens e mulheres com idade entre 20 e 39 anos foram vacinados. A 
campanha contou com um sistema de informação online que permitiu aos gestores e 
técnicos monitorarem o avanço das coberturas. Uma comissão foi criada com o intuito 
de acompanhar a eliminação do sarampo e da rubéola. 
 A pandemia causada pelo influenza A H1N1, declarada como emergência de 
saúde pública de importância internacional, resultou em uma campanha nacional de 
vacinação contra o vírus em 2010. Noventa milhões de doses foram aplicadas em 
gestantes, crianças, indígenas, trabalhadores de saúde, portadores de doenças 
crônicas e adultos com idade entre 20 e 39 anos. No mesmo período, a vacina 
 
 
5 
 
meningocócica C conjugada e pneumocócica 10 valente foi introduzida no calendário 
de vacinação da criança. 
 O PNI continua avançando. Em 2012, as vacinas poliomielite inativada (VIP) e 
penta (DTP+Hib+hepatite B) foram introduzidas no calendário da criança. Já em 2013, 
foi a vez da tetraviral (tríplice viral + varicela) e da incorporação da vacina varicela, que 
passou a substituir a segunda dose da vacina tríplice viral para as crianças de 15 meses 
de idade. 
 Destaca-se ainda as novas incorporações realizadas em 2014: a vacina hepatite 
A para crianças de um ano de idade, a vacina dTpa (tétano, difteria e coqueluche 
acelular) para gestantes e a vacina contra o HPV (papiloma vírus humano), para 
meninas de 9 a 13 anos, que serão protegidas contra os principais vírus que causam o 
câncer de colo de útero. 
 O PNI ainda terá muitos desafios para enfrentar para continuar contribuindo 
com manutenção da saúde da população brasileira, aprimorando cada vez mais as 
ações ofertadas pelo Sistema Único de Saúde. 
 
Fonte: http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2014/04/confira-as-principais-acoes-do-programa-
nacional-de-imunizacoes-1

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