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FACULDADE DO MÉDIO PARNAÍBA – FAMEP Curso Bacharelado em Enfermagem – 7° Período THAYLA VANESSA MORENA DA SILVA SOARES NAYARA RAFAELLA ALEXANDRINO DE SOUSA LÍLIA PIRES NUNES RAYRA MARIA CARVALHO SANTOS JANNIELLY TEIXEIRA E SILVA MAYARA JOANY DE OLIVEIRA SOUSA ETHIELLY LEANDRO LOIOLA GOMES IAGO ISRAEL ALVES DA SILVA RELATÓRIO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (PNI) Disciplina: Enfermagem na Atenção Básica Prof.ª: Enf.ª Ana Paula Água Branca – PI 2022 FACULDADE DO MÉDIO PARNAÍBA – FAMEP Curso Bacharelado em Enfermagem – 7° Período RELATÓRIO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (PNI) Relatório apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Enfermagem na Atenção Básica, no Curso Bacharelado em Enfermagem da Faculdade do Médio Parnaíba (FAMEP). Prof.ª: Enf.ª Ana Paula ÁGUA BRANCA – PI 2022 INTRODUÇÃO Em 1973 foi formulado o Programa Nacional de Imunizações (PNI), por determinação do Ministério da Saúde, com objetivo de coordenar as ações de imunizações que se caracterizavam, até então, pela descontinuidade, pelo caráter episódico e pela reduzida área de cobertura. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) atua com importante papel no SUS, sua política definida impacta diretamente na redução, eliminação e erradicação de doenças por meio das vacinas e da vigilância. O Programa Nacional de Imunizações tem avançado continuamente na proporção de melhor qualidade de vida à população com a prevenção de doenças. Tal como ocorre em países desenvolvidos, o Calendário Nacional de Vacinação do Brasil não contempla somente crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e população indígena. O PNI é norteador do processo de imunização, define as políticas de imunizações que avançam nas esferas estadual e municipal. Independentemente de qual seja a política de imunização adotada pelo PNI, a concretização da ação de imunização deve acontecer de forma segura na atenção básica/assistência, salas de vacina e Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). O PNI organiza toda a política nacional de vacinação da população brasileira e tem como missão o controle, a erradicação e a eliminação de doenças imunopreveníveis, buscando cumprir a meta de tornar os imunobiológicos acessíveis a todas as crianças e também outros grupos etários considerados prioridades para vacinação, proposta pela OMS na Assembleia Mundial da Saúde. Ao longo do tempo, a atuação do PNI alcançou consideráveis avanços ao consolidar a estratégia de vacinação nacional. As metas mais recentes contemplam a eliminação do sarampo e do tétano neonatal. A essas, se soma o controle de outras doenças imunopreveníveis como Difteria, coqueluche e tétano acidental, hepatite B, meningites, febre amarela, formas graves da tuberculose, rubéola e caxumba em alguns estados, bem como, a manutenção da erradicação da poliomielite. HISTÓRIA DA VACINAÇÃO NO BRASIL O êxito das Campanhas de Vacinação contra a varíola na década dos anos sessenta mostrou que a vacinação em massa tinha o poder de erradicar a doença. O último caso de varíola notificado no Brasil foi em 1971, e no mundo em 1977 na Somália. Em 1975 foi institucionalizado o PNI, resultante do somatório de fatores, de âmbito nacional e internacional, que convergiam para estimular e expandir a utilização de agentes imunizantes, buscando a integridade das ações de imunizações realizadas no país. O PNI passou a coordenar, assim, as atividades de imunizações desenvolvidas rotineiramente na rede de serviços e, para tanto, traçou diretrizes pautadas na experiência da Fundação de Serviços de Saúde Pública (FSESP), com a prestação de serviços integrais de saúde através de sua rede própria. A legislação específica sobre imunizações e vigilância epidemiológica (Lei 6.259 de 30-10-1975 e Decreto 78.231 de 30-12- 76) deu ênfase às atividades permanentes de vacinação e contribuiu para fortalecer institucionalmente o Programa. Em seguimento à erradicação da varíola, inicia-se em 1980 a 1ª Campanha Nacional De Vacinação Contra A Poliomielite, com a meta de vacinar todas as crianças menores de 5 anos em um só dia. O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu na Paraíba em março de 1989. Em setembro de 1994 o Brasil junto com os demais países da região das Américas, recebeu da Comissão Internacional para a Certificação da Ausência de Circulação Autóctone do Poliovírus Selvagem nas Américas, o Certificado que a doença e o vírus foram eliminados de nosso continente. Ao longo do tempo, a atuação do PNI alcançou consideráveis avanços ao consolidar a estratégia de vacinação nacional. As metas mais recentes contemplam a eliminação do sarampo e do tétano neonatal. A essas, se soma o controle de outras doenças imunopreveníveis como Difteria, Coqueluche e Tétano acidental, Hepatite B, Meningites, Febre Amarela, formas graves da Tuberculose, Rubéola e Caxumba em alguns Estados, bem como, a manutenção da erradicação da Poliomielite. VACINAS É um preparo antigênico, que contém agentes patogênicos (vírus ou bactérias) completos, mortos, atenuados ou partes do mesmo, que quando administrado em um indivíduo estimula seu sistema imunológico a desenvolver uma resposta imunitária protetora específica de um ou mais agentes infecciosos sem que estes se desenvolvam. As vacinas ofertadas na rotina dos serviços de saúde são definidas nos calendários de vacinação, nos quais estão estabelecidos: ✓ Os tipos de vacina a serem administradas; ✓ O número de doses do esquema básico e dos reforços; ✓ A idade para a administração de cada dose; ✓ Os intervalos necessários entre uma dose e outra. A normatização técnica quanto ao uso dos imunobiológicos no âmbito do SUS é responsabilidade do PNI, inserindo-se neste contexto a decisão quanto à introdução do imunobiológico como integrante dos calendários oficiais de vacinação, bem como a ampliação de oferta e a definição dos imunobiológicos para situações especiais e para grupos populacionais específicos. Atualmente, 48 imunobiológicos são distribuídos anualmente pelo PNI (vacinas, imunobiológicos especiais, soros e imunoglobulinas), sendo 20 vacinas oferecidas às crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Destas 18 são vacinas só para crianças e adolescentes ofertadas no Calendário Nacional de Vacinação. 1. BCG; 2. Hepatite B; 3. Pentavalente; 4. Pólio inativada; 5. Pólio oral; 6. Rotavírus; 7. Pneumocócica 10-valente; 8. Meningo C; 9. Febre Amarela; 10. Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); 11. Tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela); 12. DTP; 13. Hepatite A; 14. Varicela; 15. DT (Difteria e tétano adulto); 16. Meningocócica ACWY; 17. HPV quadrivalente; 18. dTpa; 19. Influenza (ofertada durante campanha anual); 20. Pneumocócica 23-valente (Pneumo 23). Até hoje, a varíola é a única doença erradicada mundialmente. O último registro da doença no mundo é de 1977. Outra doença que está em processo de erradicação é a poliomielite (paralisia infantil). No continente americano, não há casos da doença desde 1991. Classificação das Vacinas As vacinas são classificadas como: 1. Vacina vivas atenuadas Podendo ser por vírus ou bactérias vivos atenuados em laboratório, que devem ser capazes de multiplicarem-se no organismo (hospedeiro) para que possa ocorrer a estimulação de uma resposta imune. Dentre os exemplos de vacina atenuadas por bactérias podemos citar: BCG; e dentre as atenuadas por vírus podemos citar: Pólio e febre amarela. 2. Vacinas inativadas ou de agente infeccioso morto São compostas por microrganismos inativados, o que significa que não se encontram mais vivos, logo são incapazes de multiplicarem-se. Podem ser realizadas:inteiras (ex: Hepatite A), fracionadas (ex: influenza) e inativadas de polissacarídeos (ex: Meningocócica). Contraindicações das Vacinas Alguns fatores podem ser considerados como possíveis contraindicações gerais à administração de todo imunobiológico e devem ser objeto de avaliação, podendo apontar a necessidade de adiantamento ou da suspensão da vacinação. • Imunodeficiência congênita ou adquirida; • Portadores de neoplasia maligna; • Indivíduos em tratamento com corticosteroides em dose imunossupressora (adiar por 3 meses após o término do tratamento); • Gestantes (exceto em situações de alto risco de exposição; • Terapêuticas imunodepressoras (ex: quimioterapia); • Doenças agudas e febris (adiar até o final do processo infeccioso); • Reação anafilática. Atenção especial deve ser dada às falsas contraindicações, que interferem de forma importante para o alcance das metas e dos percentuais de cobertura dos grupos alvo. A REDE DE FRIO NO BRASIL O PNI, com o objetivo de promover a garantia da qualidade dos imunobiológicos adquiridos e ofertados à população, conta com uma Rede Nacional constituída por uma estrutura física, a Rede de frio, que viabiliza seu processo logístico, a cadeia de frio. A Rede de Frio, ou Cadeia de Frio, é um processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos do Programa Nacional de Imunizações (PNI), desde o laboratório produtor até o momento em que a vacina é administrada. O objetivo da rede é assegurar que todos os imunobiológicos oferecidos à população mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade. Os imunobiológicos são, em geral, produtos termolábeis, ou seja, sofrem inativação dos componentes imunogênicos quando expostos a temperaturas inadequadas. A sala de Vacinação é a instância final da rede de frio, onde os procedimentos de vacinação propriamente ditos são executados mediante ações de rotina, campanhas e outras estratégias. É de suma importância ressaltar que na sala de vacinação, todas as vacinas devem ser armazenadas entre 2°C e 8°C, sendo o mais recomendado 5°C. Na sala de vacinação, o armazenamento dos imunobiológicos é feito em equipamentos como as câmaras refrigeradas, os refrigeradores domésticos e em insumos como caixas térmicas. Referente as caixas térmicas o PNI recomenda a utilização de caixas de poliuretano, devido à sua durabilidade e à facilidade de higienização. REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Imunizações, 30 anos. Brasília, 2003. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/livro_30_anos_pni.pdf Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Rede de frio do Programa Nacional de Imunizações, 5° Edição, 2017. Disponível em: https://cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201801/15110459-manual-de-rede-de- frio-2017.pdf Ministério da Saúde. Programa Nacional de Imunizações – Vacinação. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e- programas/programa-nacional-de-imunizacoes-vacinacao Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional- de-vacinacao
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