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Direito Penal: Proteção de Bens Jurídicos e Criminalidade Econômico-Financeira

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AV:
1. Cabe ao legislador, na sua propícia função, proteger os mais diferentes tipos de bens jurídicos, cominando as respectivas sanções, de acordo com a importância para a sociedade. Assim, haverá o ilícito administrativo, o civil, o penal etc. Este último é o que interessa ao direito penal, justamente por proteger os bens jurídicos mais importantes (vida, liberdade, patrimônio, liberdade sexual, administração pública etc.). O direito penal: tem natureza fragmentária, ou seja, somente protege os bens jurídicos mais importantes, pois os demais são protegidos pelos outros ramos do direito.
2. Considerando a parte geral do direito penal, julgue os seguintes itens.
I. Nos crimes de tendência intensificada, o tipo penal requer o ânimo de realizar a própria conduta típica legalmente prevista, sem necessidade de transcender tal conduta, como ocorre nos delitos de intenção. Em outras palavras, não se exige que o autor do crime deseje um resultado ulterior ao previsto no tipo penal, mas, apenas, que confira à ação típica um sentido subjetivo não previsto expressamente no tipo, mas deduzível da natureza do delito. Citase, como exemplo, o propósito de ofender, nos crimes contra a honra.
II. Subdividem-se os crimes de perigo em crimes de perigo concreto e crimes de perigo abstrato, diferenciando-se um do outro porque naqueles há a necessidade da demonstração da situação de risco sofrida pelo bem jurídico penal protegido, o que somente pode ser reconhecível por uma valoração subjetiva da probabilidade de superveniência de um dano. Por outro lado, no crime de perigo abstrato, há uma presunção legal do perigo, que, por isso, não precisa ser provado.
III. No CP, adota-se, em relação ao concurso de agentes, a teoria monística ou unitária, segundo a qual, aquele que, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas na medida de sua culpabilidade; no referido código, adota-se, ainda, o conceito restritivo de autor, entendido como aquele que realiza a conduta típica descrita na lei, praticando o núcleo do tipo.
IV. Franz Von Liszt estabeleceu distinção entre ilicitude formal e material, asseverando que é formalmente antijurídico todo comportamento humano que viola a norma penal, ao passo que é substancialmente antijurídico o comportamento humano que fere o interesse social tutelado pela própria norma.
V. A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, tenha produzido o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os tenha praticado.
A quantidade de itens certos é igual a: 5.
3. Sobre o tema Criminalidade Econômico-Financeira no mercado de capitais Insider trading e os novos crimes corporativos assinale a alternativa INCORRETA:
a) A Constituição da República de 1988, ao regular o fenômeno econômico, através da tutela bens jurídicos supraindividuais, teve dentre outras finalidades zelar pelo funcionamento eficiente dos mercados.
b) A conduta de insider trading pode ser praticada por qualquer pessoa vinculada à sociedade empresarial, independentemente das funções de administradores, integrantes de órgãos de conselho aos administradores ou membros do Conselho Fiscal, pois a conduta prescinde de confiança.
c) O insider pode ser definido como o indivíduo que, em decorrência das funções ou cargo que exerça dentro de uma sociedade por ações, tenha acesso a informações e ou fatos relevantes para determinado negócio jurídico a ser realizado no âmbito do mercado de capitais, antes que elas sejam de conhecimento do próprio mercado.
d) É correto afirmar que o mercado de capitais se vincula princípio logicamente às decisões políticas fundamentais estabelecidas para a ordem econômica pelo constituinte originário, nomeadamente, ao princípio da dignidade da pessoa humana.
e) A figura conhecida como insider trading praticada no rol dos denominados delitos corporativos caracteriza-se pela utilização ou manipulação de informações privilegiadas ou relevantes.
4. Assinale a alternativa incorreta:
a) Segundo a jurisprudência do STJ, o tipo do crime de gestão fraudulenta de instituição financeira, previsto na lei que define os crimes contra o sistema financeiro nacional, pressupõe a existência de empresa ou pessoa habilitada a atuar de forma legal.
b) O crime de gestão fraudulenta é classificado como crime próprio, formal e de perigo concreto, tendo como elemento subjetivo apenas o dolo, não havendo a forma culposa.
c) Nenhuma das assertivas anteriores 
d) Sabrina recebeu, de fonte anônima, um e-mail indicando que um determinado banco privado estava prestes a falir e que as pessoas que não retirassem seu dinheiro imediatamente correriam o risco de sofrer sérios prejuízos. Temendo que fosse verdadeira a notícia, ela reenviou essa mensagem a todos os seus contatos. Porém, foi logo demonstrado que a informação era absolutamente falsa. Nessa situação, Sabrina não cometeu crime algum.
e) No que tange aos crimes contra o sistema financeiro, para a divulgação de informação falsa ou prejudicialmente incompleta sobre instituição financeira, está prevista a modalidade culposa.
5. No que tange aos crimes contra a Ordem Tributária, previstos na Lei 8137/90, assinale a assertiva correta: O sujeito passivo de alguns dos delitos da Lei nº 8.137/1990 é o titular do bem jurídico lesado pelo crime - a pessoa jurídica de direito público titular do crédito tributário sonegado.
6. No contexto da criminalidade econômico-financeira, notadamente no âmbito do mercado de capitais, o que vem a ser a figura conhecida como insider trading, praticada no rol dos denominados delitos corporativos? Caracteriza-se pela utilização de informações privilegiadas ou relevantes obtidas em razão da função exercida em dada empresa quando ainda não eram de conhecimento público.
7. Sobre a responsabilidade penal ambiental, da pessoa jurídica, é CORRETO afirmar: a suspensão de atividades da pessoa jurídica será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção ao meio ambiente.
8. Sobre o tema Globalização, Sociedade de Risco e Criminalidade Econômica. Fundamentos de Direito Penal Econômico é INCORRETO afirmar:
a) No âmbito da criminalidade econômica não há distinção entre Direito Penal Administrativo Direito Administrativo Penal e, consequentemente, em determinadas situações fáticas podem ensejar, concomitantemente, infrações de natureza administrativa e penal, todavia é imperioso o exaurimento da esfera administrativa para fins de propositura da respectiva ação penal.
b) Nos crimes econômicos, o bem jurídico tutelado é a ordem econômica, ou seja, o conjunto de relações econômicas, que devem ser entendidas como um conjunto de regras e princípios relativos à produção, à distribuição e ao fornecimento de bens materiais suscetíveis de apreciação monetária e negociação.
c) A macrocriminalidade, voltada à criminalidade de caráter econômico possui como infrações características a criminalidade organizada e os delitos de colarinho branco.
d) No âmbito da criminalidade econômica não há distinção entre Direito Penal Administrativo Direito Administrativo Penal e, consequentemente, em determinadas situações fáticas podem ensejar, concomitantemente, infrações de natureza administrativa e penal.
e) O fenômeno da criminalidade econômica ensejou a adoção de novas medidas de Política Criminal adotadas pelos Estados no âmbito da investigação e do Processo Penal, baseadas, inclusive em um sistema de cooperação.
9. Caberá prisão temporária quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado, entre outros crimes, em: crimes contra o sistema financeiro.
10. Art. 27-E. Atuar, ainda que a título gratuito, no mercado de valores mobiliários, como instituição integrante do sistema de distribuição, administrador de carteira coletiva ou individual, agente autônomo de investimento, auditor independente, analista de valores mobiliários, agente fiduciário, ou exercer qualquer cargo, profissão,atividade ou função, sem estar, para esse fim, autorizado ou registrado junto à autoridade administrativa competente, quando exigido por lei ou regulamento. Pena - detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Lei n.º 6.385/1976. Artigo incluído pela Lei n.º 10.303/2001. Art. 16. Fazer operar, sem a devida autorização, ou com autorização obtida mediante declaração (vetado) falsa, instituição financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio: Pena - Reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. Lei n.º 7.492/1986. Considerando as disposições normativas relativas aos crimes contra o mercado de capitais e contra o SFN, especialmente aquelas transcritas acima, assinale a opção correta: Os prazos prescricionais para os delitos contra o SFN são regulados pelo CP, aplicável subsidiariamente, uma vez que a Lei n.º 7.492/1986 não trata do assunto.
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AV:
 
1.
 
Cabe ao legislador, na sua propícia função, proteger os mais diferentes tipos de bens jurídicos, 
cominando as respectivas sanções, de acordo com a importância para a sociedade. Assim, haverá 
o ilícito administrativo, o civil, o penal etc. 
Este último é o que interessa ao direito penal, 
justamente por proteger os bens jurídicos mais importantes (vida, liberdade, patrimônio, liberdade 
sexual, administração pública etc.). O direito penal
: 
tem natureza fragmentária, ou seja, somente 
protege os 
bens jurídicos mais importantes, pois os demais são protegidos pelos outros ramos do 
direito.
 
2.
 
Considerando a parte geral do direito penal, julgue os seguintes itens.
 
I.
 
Nos crimes de tendência intensificada, o tipo penal requer o ânimo de realizar a própria 
c
onduta típica legalmente prevista, sem necessidade de transcender tal conduta, como ocorre 
nos delitos de intenção. Em outras palavras, não se exige que o autor do crime deseje um 
resultado ulterior ao previsto no tipo penal, mas, apenas, que confira à açã
o típica um sentido 
subjetivo não previsto expressamente no tipo, mas deduzível da natureza do delito. Citase, 
como exemplo, o propósito de ofender, nos crimes contra a honra.
 
II.
 
Subdividem
-
se os crimes de perigo em crimes de perigo concreto e crimes de perig
o abstrato, 
diferenciando
-
se um do outro porque naqueles há a necessidade da demonstração da situação 
de risco sofrida pelo bem jurídico penal protegido, o que somente pode ser reconhecível por 
uma valoração subjetiva da probabilidade de superveniência de 
um dano. Por outro lado, no 
crime de perigo abstrato, há uma presunção legal do perigo, que, por isso, não precisa ser 
provado.
 
III.
 
No CP, adota
-
se, em relação ao concurso de agentes, a teoria monística ou unitária, segundo a 
qual, aquele que, de qualquer modo
, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas 
na medida de sua culpabilidade; no referido código, adota
-
se, ainda, o conceito restritivo de 
autor, entendido como aquele que realiza a conduta típica descrita na lei, praticando o núcleo 
do tipo.
 
IV.
 
Franz Von Liszt estabeleceu distinção entre ilicitude formal e material, asseverando que é 
formalmente antijurídico todo comportamento humano que viola a norma penal, ao passo que 
é substancialmente antijurídico o comportamento humano que fere o interesse 
social tutelado 
pela própria norma.
 
V.
 
A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, 
tenha produzido o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam
-
se a quem os tenha 
praticado.
 
A quantidade de itens certos 
é igual a
: 
5.
 
3.
 
Sobre o tema Criminalidade Econômico
-
Financeira no mercado de capitais Insider trading e os 
novos crimes corporativos assinale a alternativa INCORRETA:
 
a)
 
A Constituição da República de 1988, ao regular o fenômeno econômico, através da 
tutela bens 
jurídicos supraindividuais, teve dentre outras finalidades zelar pelo funcionamento eficiente dos 
mercados.
 
b)
 
A conduta de insider trading pode ser praticada por qualquer pessoa vinculada à sociedade 
empresarial, independentemente das funções de 
administradores, integrantes de órgãos de 
conselho aos administradores ou membros do Conselho Fiscal, pois a conduta prescinde de 
confiança.
 
c)
 
O insider pode ser definido como o indivíduo que, em decorrência das funções ou cargo que exerça 
dentro de uma soci
edade por ações, tenha acesso a informações e ou fatos relevantes para 
PROVA 
AV: 
1. Cabe ao legislador, na sua propícia função, proteger os mais diferentes tipos de bens jurídicos, 
cominando as respectivas sanções, de acordo com a importância para a sociedade. Assim, haverá 
o ilícito administrativo, o civil, o penal etc. Este último é o que interessa ao direito penal, 
justamente por proteger os bens jurídicos mais importantes (vida, liberdade, patrimônio, liberdade 
sexual, administração pública etc.). O direito penal: tem natureza fragmentária, ou seja, somente 
protege os bens jurídicos mais importantes, pois os demais são protegidos pelos outros ramos do 
direito. 
2. Considerando a parte geral do direito penal, julgue os seguintes itens. 
I. Nos crimes de tendência intensificada, o tipo penal requer o ânimo de realizar a própria 
conduta típica legalmente prevista, sem necessidade de transcender tal conduta, como ocorre 
nos delitos de intenção. Em outras palavras, não se exige que o autor do crime deseje um 
resultado ulterior ao previsto no tipo penal, mas, apenas, que confira à ação típica um sentido 
subjetivo não previsto expressamente no tipo, mas deduzível da natureza do delito. Citase, 
como exemplo, o propósito de ofender, nos crimes contra a honra. 
II. Subdividem-se os crimes de perigo em crimes de perigo concreto e crimes de perigo abstrato, 
diferenciando-se um do outro porque naqueles há a necessidade da demonstração da situação 
de risco sofrida pelo bem jurídico penal protegido, o que somente pode ser reconhecível por 
uma valoração subjetiva da probabilidade de superveniência de um dano. Por outro lado, no 
crime de perigo abstrato, há uma presunção legal do perigo, que, por isso, não precisa ser 
provado. 
III. No CP, adota-se, em relação ao concurso de agentes, a teoria monística ou unitária, segundo a 
qual, aquele que, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas 
na medida de sua culpabilidade; no referido código, adota-se, ainda, o conceito restritivo de 
autor, entendido como aquele que realiza a conduta típica descrita na lei, praticando o núcleo 
do tipo. 
IV. Franz Von Liszt estabeleceu distinção entre ilicitude formal e material, asseverando que é 
formalmente antijurídico todo comportamento humano que viola a norma penal, ao passo que 
é substancialmente antijurídico o comportamento humano que fere o interesse social tutelado 
pela própria norma. 
V. A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, 
tenha produzido o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os tenha 
praticado. 
A quantidade de itens certos é igual a: 5. 
3. Sobre o tema Criminalidade Econômico-Financeira no mercado de capitais Insider trading e os 
novos crimes corporativos assinale a alternativa INCORRETA: 
a) A Constituição da República de 1988, ao regular o fenômeno econômico, através da tutela bens 
jurídicos supraindividuais, teve dentre outras finalidades zelar pelo funcionamento eficiente dos 
mercados. 
b) A conduta de insider trading pode ser praticada por qualquer pessoa vinculada à sociedade 
empresarial, independentemente das funções de administradores, integrantes de órgãos de 
conselho aos administradores ou membros do Conselho Fiscal, pois a conduta prescinde de 
confiança. 
c) O insider pode ser definido como o indivíduo que, em decorrência das funções ou cargo que exerça 
dentro de uma sociedade por ações, tenha acesso a informações e ou fatos relevantes para

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