Buscar

Classificação dos bens

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MURILO ROLIM RAMOS
 RA: 202120026
 
 
 
 
,
 
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAPETININGA – SP 
FUNDAÇÃO KARNING BAZARIAN
FACULDADES INTEGRADAS DE ITAPETININGA
 
FUNDAÇÃO KARNING BAZARIAN
FACULDADES INTEGRADAS DE ITAPETININGA 
2021 
5 
 
2
 
MURILO ROLIM RAMOS
RA: 202120026
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Fundação Karning Bazarian - FKB, como requisito básico para a obtenção do título de Bacharel em Direito (como requisito básico para aprovação na disciplina de Direito Civil). 
 
Profª Orientador: Wilson Ricardo Ligiera.
 
 
 
 
 
 
ITAPETININGA – SP 
2021 
 SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………...……7
2. CLASSIFICAÇÃO DOS BENS……………………………………………….…..8
2.1. BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS……………………………..………8
2.2. BENS MÓVEIS E IMÓVEIS:………………………………………………..…..8
2.3. BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS:…………………………………………10
2.4. BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS:…………………………..……10
2.5. BENS DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS:………………………………………….10
2.6. BENS SINGULARES E COLETIVOS:…………………………...…………..11
2.7. BENS PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS:…………………………………….…12
3. BEM DE FAMÍLIA…………………………………………………………………14
3.1. INTRODUÇÃO DE BEM DE FAMÍLIA………………………………...……..14
3.2. BEM DE FAMÍLIA LEGAL (INVOLUNTÁRIO):……………………………..14
3.3. BEM DE FAMÍLIA VOLUNTÁRIO OU CONVENCIONAL…...…………….16
3.4. HIPÓTESES DE ADMISSÃO DA PENHORA DO BEM DE FAMÍLIA VOLUNTÁRIO OU INVOLUNTÁRIO………………………………….…………..17
4. CONCLUSÃO................................................................................................19
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................20
 
 
 
1. INTRODUÇÃO
Os conceitos de bem e coisa, como objeto de direito, não são pacíficos na doutrina clássica, havendo uma série de definições.
Bens são valores materiais ou imateriais. São bens jurídicos os de natureza patrimonial, isto é, tudo aquilo que se possa incorporar ao nosso patrimônio é um bem. Além disso, há uma classe de bens jurídicos não-patrimoniais. Não são economicamente estimáveis, como também insuscetíveis de valoração pecuniária: a vida e a honra são exemplos fáceis de se compreender.
Os bens podem ser classificados em: móveis e imóveis, fungíveis e infungíveis, consumíveis e inconsumíveis, corpóreos e incorpóreos, divisíveis e indivisíveis, singulares e coletivos, entre outros. 
2. CLASSIFICAÇÃO DOS BENS
2.1. BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS
a) Corpóreos (ou Materiais): são aqueles que têm existência material, podendo ser pegados. 
b) Incorpóreos (ou Imateriais): possuem existência abstrata, não podendo ser pegados. A existência dos bens incorpóreos é efeito de uma determinação jurídica. 
2.2. BENS MÓVEIS E IMÓVEIS:
a) Imóveis: bens imóveis são aqueles que não podem ser levados, sem alteração de sua substância, de um lugar para outro. 
Espécies de bens imóveis: 
a.1. Bens Imóveis por natureza: aqueles que foram inseridos por força natural. 
a.2. Bens Imóveis por acessão física artificial (industrial): são aqueles que foram feitos pelo homem, definitivamente, ao solo. 
a.3. Bens Imóveis por determinação legal : A lei diz que é imóvel. São eles: 
I. “os direitos reais sobre bens imóveis”; 
II. “o direito a sucessão aberta”. 
b) Móveis: são aqueles que podem ser movidos de um local para outro, por força alheia ou propria, desde que não seja modificado o seu elemento ou destinação social econômico. 
Espécies de bens móveis: 
b.1. Bens móveis por natureza: aqueles que podem ser levados de um local para outro, sem que se destruam. 
b.2. Móveis por antecipação: Segundo Tartuce, "são os bens que eram bens imóveis, mas que foram mobilizados por uma atividade humana. Exemplo típico é a árvore cortada, que se transforma em lenha, para alguma finalidade". 
Para Rosenvald e Chaves Farias, são "aqueles bens que, embora imóveis pela sua natureza, foram mobilizados pela vontade humana, em face de sua função econômica". 
b.3. Móveis por determinação legal (art. 83, CC): a lei determina que o bem é móvel. São eles: 
I. As energias que tenham valor econômico; 
II. os direitos reais sobre móveis; 
III. os direitos pessoais de caráter.
2.3. BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS:
a) Fungíveis: são os bens que podem ser alterados por outro da mesma espécie, quantidade e qualidade. 
b) Infungíveis: são os bens que não conseguem substituir por outro da mesma espécie, ou seja, estabelecidos em razão de qualidades individuais. 
A infungibilidade é característica dos bens imóveis, mas também se encontra presente em alguns bens móveis. 
2.4. BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS:
a) Consumíveis: são os bens cujo uso gera a destruição instantaneamente de sua substância, e aqueles que são atribuído à alienação. 
b) Inconsumíveis: são os bens que o uso não gera a destruição instantanea da própria substância.
2.5. BENS DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS:
a) Bens divisíveis: segundo o art. 87 do Código Civil, "bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam". 
b) Bens indivisíveis: São os bens que não podem ser divididos pois a divisão acarreta alteração na substância, diminuição do valor ou prejuízo da utilidade. 
2.6. BENS SINGULARES E COLETIVOS:
a) Singulares (individuais): "são singulares os bens que, embora reunidos, consideram-se de per si, independente dos demais" (art. 89, CC). 
Os bens singulares podem ser simples ou compostos: 
1) Bens singulares simples: quando os componentes do bem fazem parte do bem pela própria natureza. 
2) Bens singulares compostos: quando a coesão de seus componentes decorre do engenho humano. 
b) coletivos (universais): são aqueles que se encontram agregados a um todo. 
Os bens coletivos são constituídos por várias coisas singulares, consideradas em conjunto e formando um todo individualizado, pela própria vontade da pessoa. Os bens universais podem decorrer de uma vontade fática ou jurídica: 
b1. Universalidade de fato – são bens de propriedade de uma pessoa e, por sua vontade, são tratadas coletivamente. Exemplo: um rebanho, uma boiada, uma biblioteca; pinacoteca (quadros), etc. (art. 90, CC). 
b2. Universalidade de direito – é uma ficção jurídica. São tratados de forma coletiva por uma determinação legal. Exemplo: o patrimônio, a herança, massa falida. (art. 91, CC). 
2.7. BENS PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS:
a) Bens Principais (independentes): aqueles que têm sua existência independentemente dos demais, ou seja, existe sobre si mesmo, abstrata ou concretamente (art. 92, CC). Ex.: solo. 
b) Bens Acessórios (dependentes): são aqueles em que a sua existência depende da existência do bem principal. Ex.: casa em relação ao solo; janela em relação a casa; a pedra em relação ao colar. 
Obs.: Em regra, o acessório segue a sorte do principal, é o que chamamos de “princípio da gravitação jurídica”, mas existem exceções, as pertenças (que estudaremos adiante não seguem o bem principal). 
São espécies de bens acessórios: 
1º) FRUTOS (art. 95, CC) são bens acessórios que têm origem no bem principal; é uma utilidade renovável, cuja percepção não esgota a substância da coisa principal (se regeneram). Os frutos podem ser:
a) Frutos Naturais: são aqueles que decorrem da essência (se regeneram por natureza) da coisa principal. Ex.: frutos de uma árvore (maçã, laranja, etc.). Também o bezerro é fruto, já que não impede que a vaca possa dar outras crias. 
b) Frutos Industriais: decorrem de uma atividade humana (força do homem). Ex: material produzido por uma fábrica (lápis, caneta, borracha). 
c) Frutos Civis: originados de uma relação jurídica ou econômica, de natureza privada, também denominada “rendimentos”. Ex.: rendimentos de aluguel. 
2º) PRODUTOS: são bens acessórios que saem da bem principal, diminuindo sua quantidade ou substância, ou seja, é uma utilidade não renovável e cuja percepção esgota a coisa principal (não se regeneram). Exemplos: petróleo é uma utilidade que não se renova; o carvão mineral em relação à mina do qual foi retirado também é um exemplo de produto.Obs.: apesar de ainda não separadas do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. 
3º) BENFEITORIAS: são acréscimos (obras) introduzidos pelo homem (que não é proprietário), na estrutura de um bem móvel ou imóvel, com o propósito de conserve-lo, melhorá-lo, ou embelezá-lo, conforme artigos 96 do Código Civil. Enquanto os frutos e produtos (já estudados) decorrem do bem principal, as benfeitorias são nele introduzidas. 
As benfeitorias classificam-se em (art. 96, CC): 
a) Benfeitorias Necessárias: tem por finalidade conservar o bem principal ou evitar que o mesmo se deteriore. Ex.: troca de encanamento
enferrujado; reforço na fundação de um prédio; troca das telhas quebradas, etc. 
b) Benfeitorias Úteis: são as que aumentam ou facilitam o uso do bem, tornando-as mais útil. Ex.: construção de uma garagem; instalação de uma grade na janela de uma casa. 
c) Benfeitorias Voluptuárias: são as de mero deleite, enfeite, recreio, de mero luxo, que não facilitam a utilidade do bem, mas apenas torna mais agradável o seu uso. Ex.: construção de uma piscina ou uma quadra de tênis em uma casa. 
Toda benfeitoria é produto do homem. Nenhuma benfeitoria é natural (art. 97, CC). 
Uma das importâncias na distinção das benfeitorias é saber se estas serão passíveis de indenização, no caso de litígio envolvendo a posse do bem. Para tanto, será necessário analisar se o possuidor estava de boa-fé ou má-fé. 
Possuidor de boa-fé: terá direito a indenização e retenção das benfeitorias necessárias e úteis. Já pelas as benfeitorias voluptuárias, o possuidor terá direito de ser indenizado, ou de levantá-las, mas não terá direito de retenção (art. 1.219, CC). 
Possuidor de má-fé: terá direito a ser indenizado apenas pelas benfeitorias necessárias, não havendo direito de retenção ou de levantamento das úteis e voluptuárias (art. 1.220, CC). 
4ª) PERTENÇAS (art. 93, CC): são bens acessórios destinados, de forma duradoura, a servir a um bem principal, atendendo aos seus fins, ou seja, destinados ao seu uso, serviço ou aformoseamento. Ex.: ar-condicionado colocado em uma casa na praia; máquinas utilizadas em uma fábrica.
3. BEM DE FAMÍLIA
3.1. INTRODUÇÃO DE BEM DE FAMÍLIA
No direito brasileiro não se admite a responsabilização pessoal do devedor pelas dívidas que contraiu, respondendo, portanto, apenas com o seu patrimônio presente e futuro - princípio da responsabilidade patrimonial (Farias; Rosenvald. 2019, p. 616). 
No entanto, essa regra de responsabilização patrimonial, contém exceções, dentre elas o “bem de família”. 
O bem de família representa uma proteção jurídica ao patrimônio mínimo (direito ao mínimo existencial) do sujeito. É proteção a uma parte do patrimônio do ser humano, assegurando a dignidade da pessoa humana. 
Existem dois tipos de bem de família: 
- O bem de família Voluntário ou Convencional (art. 1.711/1.722, CC) e; 
- O bem de família Legal ou Involuntário (Lei 8.009/90). 
3.2. BEM DE FAMÍLIA LEGAL (INVOLUNTÁRIO):
Previsto na Lei 8.009/90, protege o bem imóvel residencial da família, para fins de moradia. Dessa forma, o referido bem é automaticamente impenhorável, não respondendo por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, salvo nas hipóteses previstas na lei (art. 1º da Lei 8.009/90). 
Obs.: a jurisprudência atual não se restringe às modalidades de família previstas na Constituição Federal (matrimonial, informal e monoparental), podendo abranger qualquer outra forma de família. Aliás, a jurisprudência evoluiu tanto sobre o tema que a Súmula 364 do STJ prevê a proteção do bem de família aos solteiros, divorciados e viúvos, com base no art. 6º da CF (direito à moradia). 
O instituto do bem de família protegerá apenas um único imóvel. Se a pessoa possuir mais de um imóvel, será considerado como bem de família o bem de menor valor, inteligência do parágrafo único do artigo 5º da Lei nº. 8.009/90. Inexiste no texto da lei limitação de valor do imóvel em relação ao bem de família legal. 
Obs.: Em alguns casos concretos o STJ tem admitido, excepcionalmente, o desmembramento de parte do bem para efeito de penhora, especialmente em áreas residenciais muito extensas abrangendo áreas de lazer. 
É importante destacar que a proteção do bem de família legal abrangerá o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados (essenciais/indispensáveis para a família), conforme art. 1º, parágrafo único, da Lei 8.009/90. 
Excluem-se da proteção: os veículos de transporte, as obras de arte (exemplo: quadros) e os adornos decorativos (exemplo: uma fonte decorativa), que podem ser penhorados (art. 2º, da Lei 8.009/90). 
A Súmula 449 do STJ não considera como bem de família a vaga de garagem com matrícula própria, que pode sofrer os efeitos da penhora. 
Segundo a súmula 486 do STJ, é impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua família. O STJ sedimentou entendimento de que é impenhorável a renda proveniente de imóvel (bem de família) locado da qual a família sobrevive (RESP 439.920/SP, AGRG no RESP 975.858/SP).
3.3. BEM DE FAMÍLIA VOLUNTÁRIO OU CONVENCIONAL
Previsto no artigo 1.711 e seguintes do Código Civil, o bem de família voluntário é aquele que pode (nasce de um ato de vontade) ser instituído pelo cônjuge ou entidade familiar, mediante escritura pública ou testamento, registrada no Cartório de Registro de Imóveis (art. 167, I, 1, LRP). Da mesma forma, poderá o terceiro instituir bem de família mediante testamento ou doação (art. 1.711, parágrafo único, CC). 
A grande diferença entre o bem de família legal (involuntário) e o voluntário, é que, o segundo, além de ser impenhorável (por dividas futuras), é inalienável, até que ambos os cônjuges ou companheiros venham a falecer e até que todos os filhos atinjam a capacidade (Art. 1.722, CC). 
Portanto, ante a característica da inalienabilidade do bem de família voluntário, a sua venda, em regra, dependerá de autorização judicial, ouvido o Ministério Público. 
a dissolução da sociedade conjugal (divórcio) ou da união estável não extingue o bem de família voluntário (art. 1.721, CC). 
dissolvida a sociedade conjugal pela morte de um dos cônjuges, o sobrevivente poderá pedir a extinção do bem de família, se for o único bem do casal (art. 1.721, par. Único, CC). 
Assim, repita-se, são características do bem de família convencional a impenhorabilidade e inalienabilidade. 
Outra grande característica do bem de família voluntário é a possibilidade de escolha, mediante escritura pública, do bem em que deverá recair a proteção do bem de família. Esta escolha é muito importante para as pessoas que possuem mais de um imóvel, uma vez que, inexistindo a instituição do bem de família voluntário, serão aplicadas as regras da Lei. 8.009/90 (bem de família involuntário), ou seja, havendo mais de um imóvel, a proteção recairá sobre o de menor valor.
No entanto, o bem de família voluntário não poderá ser instituído por mais de 1/3 do patrimônio liquido existente ao tempo da instituição. 
É importante ressaltar que a limitação de 1/3 só se aplica ao bem de família voluntário, não se aplicando ao involuntário (legal). Assim, se tenho um único imóvel no valor de um milhão de reais, este bem é impenhorável. 
O bem de família voluntário, em regra, será administrado por ambos os cônjuges, e na morte deles passará ao filho mais velho, se for maior (art. 1720, CC). 
3.4. HIPÓTESES DE ADMISSÃO DA PENHORA DO BEM DE FAMÍLIA VOLUNTÁRIO OU INVOLUNTÁRIO
A regra geral de proteção do bem de família não é absoluta, mas relativa, sendo possível a penhora em casos restritos, onde não haverá a proteção do bem de família, nas seguintes situações (art. 3º, Lei 8.009/90):
1. Pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisiçãodo imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; 
2. Pelo credor de pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida (alterada pela Lei 13.144/2015). 
3. Para cobrança de impostos, predial ou territorial (exemplo: IPTU e ITR), taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar. (dívida de condomínio – c.f. jurisprudência do STF); 
4. Para a execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; 
5. Na hipótese de ter sido adquirido como produto de crime (Ex.: improbidade administrativa); 
6. Por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. 
7. A MP 871/2019 (“MP do pente fino”) devedor que recebeu de forma indevida benefício previdenciário/assistencial mediante dolo coação ou fraude;
4. CONCLUSÃO
Bens são valores materiais ou imateriais. São bens jurídicos os de natureza patrimonial, isto é, tudo aquilo que se possa incorporar ao nosso patrimônio é um bem. Além disso, há uma classe de bens jurídicos não-patrimoniais. Não são economicamente estimáveis, como também insuscetíveis de valoração pecuniária: a vida e a honra são exemplos fáceis de se compreender.
Os bens podem ser classificados em: móveis e imóveis, fungíveis e infungíveis, consumíveis e inconsumíveis, corpóreos e incorpóreos, divisíveis e indivisíveis, singulares e coletivos, entre outros. 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIREITO NET. Bens (Civil) – Artigo Jurídico. Disponível em https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2631/Bens
DIREITO NET. Bens e sua classificação. Disponível em https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/156/Bens-e-sua-classificacao
ESTRATÉGIA CONCURSO. Bens no Código Civil – Classificação dos Bens - Resumo. Disponível em https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/bens-no-codigo-civil-classificacoes-dos-bens-resumo/
TRILHANTE. Classificação dos bens. Disponível em https://trilhante.com.br/trilha/direito-civil-parte-geral/curso/bens-no-codigo-civil/aula/classificacao-dos-bens
CESAR KALLAS. Os bens e sua classificação. Disponível em http://www.cesarkallas.net/arquivos/livros/direito/00368%20-%20Os%20Bens%20e%20Sua%20Classifica%E7%E3o.pdf
2

Outros materiais