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Orientacao nao-diretiva na psicoterapia

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Resumo do livro ORIENTAÇÃO NÃO-DIRETIVA 
na educação, no aconselhamento e na 
psicoterapia, Capítulos 1 e 2, Franz Victor Rudio. 
 
 
CAPÍTULO 1 – RELAÇÃO DE AJUDA E 
ORIENTAÇÃO NÃO-DIRETIVA. 
 
Os conceitos e princípios básicos da orientação 
não-diretiva são necessários para o exercício da 
ajuda psicológica, nas formas de aconselhamento 
ou na psicoterapia centrada no cliente. Além dos 
estudos teóricos e técnicos, precisam ser 
apreendidos, vivenciados e assimilados em 
situações concretas de experiências, “aprender por 
si mesmo”. 
 
TRÊS ETAPAS DO PENSAMENTO DE ROGERS: 
a importância do insight para a reorganização da 
personalidade e do comportamento; o processo 
psicoterápico leva à uma readaptação entre a 
imagem de si e as experiências e na psicoterapia 
ocorre o “experienciar” de suas próprias 
experiências. 
 
o A Terapia Centrada no Cliente, o tipo de 
psicoterapia preferido de Rogers é 
chamado aqui de Orientação não-diretiva. 
 
RELAÇÃO DE AJUDA: situação em que duas 
pessoas interagem comunicando-se mutuamente 
através de uma conversa, cujo assunto é um 
problema e a solução que se deseja. Objetivo a ser 
atingido com um assunto determinado. 
 
o Papéis específicos: um procurando ajuda e 
outro prestando um auxílio que julga 
conveniente; 
 
o Formas de interação muito diversificadas, 
desde profissional até pessoal. 
 
o Atividade profissional: pode ocorrer como 
forma de aconselhamento ou psicoterapia. 
 
o Rogers caracteriza o aconselhamento para 
entrevistas acidentais ou superficiais, 
enquanto que a psicoterapia exige contatos 
mais intensos, de duração prolongada e de 
reorganização da personalidade. 
 
ENTREVISTA: conversa estruturada e mais 
delineada, estabelecendo-se local, hora e métodos 
específicos. 
 
A RELAÇÃO DE AJUDA NA ORIENTAÇÃO NÃO-
DIRETIVA: a atenção é focalizada não sobre o 
problema da pessoa, mas sim sobre a própria 
pessoa, seu crescimento, desenvolvimento, 
maturidade, melhor funcionamento e capacidade 
para enfrentar a vida. 
 
o A dificuldade/problema surge como 
expressão do traço existencial do sujeito e 
como significado de ser-no-mundo, 
ocorrendo por meio dela o processo de 
conhecer-se melhor. 
 
o O indivíduo permite-se descobrir suas 
potencialidades, sabendo empregá-las para 
vencer os seus bloqueios e dificuldades no 
meio e não somente ao problema em foco. 
 
o Criar condições favoráveis para que o 
sujeito liberte o seu desenvolvimento, 
identificando e retirando os obstáculos que 
estão impedindo a busca de sua auto-
realização, autonomia e ajustamento. 
 
o Aproveitar os recursos disponíveis pelo 
reconhecimento de suas experiências para 
fazer mudanças e direções necessárias e 
construtivas em atitudes e 
comportamentos. 
 
o Aceitação de si, aqui e agora, a partir do que 
o indivíduo realmente é, caso contrário trará 
insatisfações e desajustamentos. 
 
CONCEITOS BÁSICOS DA RELAÇÃO DE AJUDA 
NA ORIENTAÇÃO NÃO-DIRETIVA: 
 
o Comunicação consigo mesmo: processo de 
autoconsciência de tudo que se sente e se 
percebe em si. Uma falha de comunicação 
leva ao desajustamento e a psicoterapia 
serve para reconstruir este processo de 
comunicação no interior da pessoa e entre 
elas. 
 
o Relacionamento permissivo: fator decisivo 
para qualquer tipo de psicoterapia, com um 
contato afetivo, de bondade e 
responsabilidade, pois a maioria das 
pessoas em psicoterapia carregam 
experiências constrangedoras de 
relacionamentos no sentido de que deve se 
renunciar ao que realmente é, “vestir 
máscaras”. 
 
o Consideração positiva incondicional: o 
cliente é respeitado em sua forma real de 
ser, sem ser julgado por meio da 
compreensão empática por parte do 
psicoterapeuta. O cliente pode dizer tudo 
que pensa ou sente, se expressando com 
palavras, gestos ou mímicas. 
 
o Ao poder representar corretamente suas 
experiências na consciência, o indivíduo 
possui percepções adequadas de si e do 
mundo, sem precisando recorrer a defesas 
e aberto às experiências, aprendendo a ter 
consideração positiva para consigo e 
tornando-se uma pessoa significativa para 
si mesmo. 
 
 
CAPÍTULO 2 – EQUÍVOCOS NO USO DA 
NÃO-DIRETIVIDADE. 
 
O ACONSELHAMENTO NÃO CONSISTE EM DAR 
CONSELHOS: o aconselhamento é uma forma de 
relação de ajuda, podendo ser definido com os 
mesmos termos do capítulo anterior, onde a 
conversa entre duas pessoas é estruturada como 
uma entrevista, seguindo o método da orientação 
não-diretiva. O hábito costumeiro de dar conselhos 
não se relaciona à orientação não-diretiva. 
 
o Conselheiro habitual: elabora com menor 
ou maior participação do aconselhando, o 
que ele deve pensar, sentir ou fazer diante 
dos acontecimentos, das coisas e das 
pessoas. O conselho já é preparado e 
entregado pronto, cabendo ao aconselhado 
decidir o que fazer com ele. Baseia-se no 
falso suposto de que o conselho que serve 
e funciona para o conselheiro também 
servirá para o outro que o recebe. 
 
o Conselheiro não-diretivo: baseia na ideia de 
que o conselho que serve para ele não 
servirá para o outro, pois ele nunca será o 
outro e nunca estará no lugar do outro. Não 
se deve tirar do cliente a possibilidade de 
optar por algo ou obrigar-lhe a fazer algo, 
manipular suas ações e nem elaborá-las no 
lugar dele, sendo estes procedimentos 
considerados como falta de respeito pelo 
ser humano na orientação não-diretiva. 
 
 
AUSÊNCIA DE DIRETIVIDADE É O MESMO QUE 
NÃO-DIRETIVIDADE?: a expressão não-
diretividade indica uma referência baseada no 
pensamento de Carl Rogers. 
 
o Orientação não-diretiva: pensamento 
sistematizado da psicologia composto de 
teorias complementares de personalidade e 
psicoterapia. Possui um método peculiar 
construído em torno de estudos, 
experiências e pesquisas. O método é 
espontâneo e originariamente aplicado ao 
processo psicoterápico, foi conhecendo sua 
extensão a outros setores do 
relacionamento humano. 
 
o Ausência da diretividade: termo utilizado 
para diferenciar a não-diretividade, 
podendo se apresentar de maneiras 
diversificadas, desde um estudo mais 
rigoroso até como resultado de um 
conhecimento não amadurecido. Pode 
aparecer como fruto de uma reflexão ou 
mera intuição sem rigor científico para 
solucionar situações que precisam ser 
resolvidas. 
 
o Espontaneidade: adaptação da teoria e da 
prática ao seu modo pessoal de ser, pois a 
naturalidade da espontaneidade na 
orientação não-diretiva é permitida pelas 
experiências passadas e pelo crescimento 
atingido. 
 
EQUÍVOCOS NO MODO DE AGIR: somente ouvir 
o que o cliente diz, acompanhando-o de forma 
silenciosa sem se intrometer no que ele diz revela 
um modo de agir indiferente ou muito semelhante à 
indiferença que não pertence à orientação não-
diretiva. O terapeuta não-diretivo não é apenas um 
observador, mas também é um participante e 
mantém um diálogo com o cliente. 
 
o A reiteração ou reflexão simples, repetir o 
que é dito pelo cliente, é uma forma de 
resposta frequentemente utilizada pelo 
terapeuta não-diretivo, porém não se deve 
praticá-la de forma mecânica e sem 
propósito. 
 
o Silêncios estéreis ou fecundos: os silêncios 
estéreis durante uma sessão não devem ser 
mantidos e nem alimentados pelo 
terapeuta, pois geram sentimentos de 
incompreensão e ansiedade entre ambos; 
enquanto que os fecundos permitem a 
rapidez e a eficácia do processo. 
 
o O terapeuta não-diretivo deve criar 
condições favoráveis para o cliente 
descobrir seu caminho e percorrê-lo por si 
mesmo e o terapeuta só descobre as 
soluções e caminha a medida que o cliente 
o faz. 
 
O TERAPEUTA NÃO-DIRETIVO DEVE DAR 
INFORMAÇÕES AO CLIENTE? Dar informações 
ao cliente sobre razões psicológicas é algo 
adequado para a orientação não-diretiva, porém a 
teoria rogeriana não costuma utilizar os 
conhecimentos para explicar, ensinar, interpretar e 
dirigir o cliente, não se lhe diz o que deve pensar, 
sentir e agir para melhorar. O terapeuta deve deixar 
o cliente aprender por si mesmo, fazer suas próprias 
descobertas, seguirseus próprios caminhos e 
encontrar as soluções que ele considera as mais 
adequadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
RUDIO, F. V. Orientação não-diretiva na educação, no aconselhamento e na 
psicoterapia. Petrópolis: Vozes, 1979. p. 5-23.

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