Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE FUTURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE INTERNACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
VOTUPORANGA – SP 
 
 
 
 
 
1 CONTABILIDADE INTERNACIONAL E O GAAP 
 
US GAAP – É a sigla utilizada para identificar a expressão United States Generally 
Accepted Accounting Principles e significa Princípios Contábeis Geralmente Aceitos nos 
Estados Unidos da América, é exclusivamente do território contábil, e não fiscal ou 
tributário como muitos podem pensar. 
Fonte de: www.blog.intradebook.com 
 
Em nível internacional, os órgãos reguladores mais conhecidos dos princípios e 
normas contábeis são os seguintes: 
 
 AICPA (American Institute of Certified Public Accountants) – Instituto Americano 
de Contadores Públicos Certificados; 
O instituto americano dos contadores públicos certificados (AICPA) possui um 
comitê técnico sênior denominado Comitê Executivo de Padrões da Contabilidade 
(AcSEC). Esse comitê é composto de 15 membros voluntários, com representantes da 
indústria, da academia, analistas, e empresas de contadores públicos nacionais e 
regionais. Além disso, todos os membros do AcSEC são contadores certificados (CPAs) 
e membros do AICPA. 
 
 
 
 
O AcSEC está autorizado a formular padrões de contabilidade, bem como a 
representar o AICPA em matérias da contabilidade. Esses padrões de contabilidade são 
elaborados através do trabalho de comitês do AICPA e de forças-tarefa. O comitê emite 
pronunciamentos de posição (SOPs), guias de auditoria e de contabilidade, os quais são 
revisados e cancelados pelo FASB. 
 
 APB (Accounting Principles Board) – Junta de Princípios Contábeis; 
Foi criada em 1959 como réplica às críticas de Leonard Spacek, da Arthur 
Andersen & Company, em relação às falhas na educação do público sobre as limitações 
da contabilidade. Nisso a APB emitiu 31 Opiniões que lidavam com assuntos 
controversos entre 1959 e 1973. A American Accounting Association também participou 
do processo com várias pesquisas e tentativas de desenvolver um relatório de teoria 
básica de contabilidade. Nem todos os esforços tiveram sucesso e a APB foi 
extensamente criticada (RIAHI-BELKAOUI, 2004). 
Schmidt e Santos (2008) acrescentam que o CAP e a APB contribuíram 
respeitosamente ao progresso doutrinário e ao desenvolvimento dos Princípios de 
Contabilidade Geralmente Aceitos. Todavia, ambos receberam muitas críticas, dentre 
elas a de que as pesquisas eram insuficientes em relação à importância do AICPA entre 
os profissionais da área1. 
 
 FASB (Financial Accounting Standards Board) – Junta de Normas de 
Contabilidade Financeira; 
O Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (FASB), criado em 1973, 
caracteriza-se por ser uma entidade independente, cujos membros componentes devem 
ser totalmente desvinculados do mercado de capitais. Todavia, historicamente a maioria 
dos membros do conselho foi anteriormente auditores, funcionários de grandes 
corporações mundiais, servidores governamentais e membros da academia, porque, 
para o desempenho dessa função, é exigido conhecimento. 
 
 
1 Texto extraído de: www.contabilidade-financeira.com 
 
 
 
 
 SEC (Securities and Exchange Comission) – Comissão de Valores Mobiliários e 
Câmbio; 
Nos Estados Unidos da América, o formato e o conteúdo das demonstrações 
financeiras das companhias abertas são regulados pela SEC, que é a comissão de 
valores mobiliários norte-americanos. 
 
 IASC (Internacional Accounting Standard Committee) – Comissão Internacional de 
Padrões Contábeis2; 
O IASC - Comitê de Padrões de Contabilidade Internacional foi constituído no ano 
de 1973 através de um acordo feito entre organismos profissionais de Contabilidade da 
Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, México, Países Baixos, Reino Unido, 
Irlanda e Estados Unidos. 
Entre 1983 e 2001, os membros do IASC incluíram todas as entidades de 
profissionais contábeis que são membros da Federação Internacional de Contadores - 
IFAC. Em maio de 2000, uma nova constituição, em termos de estrutura organizacional, 
foi aprovada; nela o IASC foi estabelecido como uma entidade independente, comandada 
por 19 curadores. 
 
1.1 IFRS x BR GAAP x US GAAP: Sobre as BR GAAP 
As BRGAAP estão relacionadas com os Princípios Contábeis geralmente aceitos 
no Brasil. Em outras palavras, a denominação BR GAAP é dada ao conjunto de normas, 
leis e princípios que regem a ciência contábil aqui no nosso país. 
 
2 Texto extraído e adaptado de: www.metacontabil.wordpress.com 
 
 
 
 
Fonte de: www.treasy.com.br 
 
Quando falamos em GAAP é muito comum fazermos a associação com os 
Estados Unidos. Na verdade, se voltarmos no tempo veremos que por um bom período 
a contabilidade brasileira inspirou-se na norte-americana. 
Hoje o quadro mudou, mas para você entender melhor, pense que as BR GAAP 
são como o apelido do conjunto de normas contábeis em vigor no Brasil. Esse conjunto 
é formado por normas provenientes de diversos órgãos, como: 
 
 Lei 6404/76 (a Lei das Sociedades por Ações ou Lei das S/A.): principal lei 
que norteia a contabilidade em nosso país; 
 Leis 11.638/07 e 11.941/09: alterações da Lei acima; 
 Resoluções, Circulares, Comunicados e afins de órgãos como o Conselho 
Federal de Contabilidade (CFC); 
 Conselho Monetário Nacional (CMN); 
 Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); 
 Banco Central (BACEN); 
 Comissão de Valores Mobiliários (CVM); 
 Receita Federal do Brasil (RFB); 
 Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). 
 
 
 
 
 
Seguindo a partir do mesmo raciocínio que as BR GAAP, já entendemos que 
as US GAAP são os Princípios Contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos, ou 
seja, o padrão contábil adotado pelos EUA (mais precisamente pela SEC – Securities 
and Exchange Commission – Comissão de Valores Mobiliários). 
O órgão que emite tais normas e princípios e que também é responsável pela 
regulamentação das práticas contábeis na terra do Tio Sam é a FASB (Financial 
Accounting Standards Board). Todas as empresas de outros países que forem negociar 
com alguma organização dos EUA devem utilizar as US GAAP. 
As GAAP são as legislações contábeis de cada país (sempre haverá duas letras 
antes de “GAAP” que identificará a que país a norma se refere). 
2 A CONTABILIDADE INTERNACIONAL EM PEQUENAS EMPRESAS 
Em 2001, o IASB deu início a um projeto que visava desenvolver padrões 
Contábeis adequados para as PMEs. 
Em julho de 2009, a IASB publicou então o IFRS para Pequenas e Médias 
Empresas (IFRS for PMEs). 
Segundo o Banco Mundial (Deloitte, 2011) o IFRS para PMEs “é um excelente 
modelo de prestação de contas para entidades menores, por ser mais adaptável ao porte 
de operações e a estrutura societária das PMEs, e isso deve facilitar o acesso das 
pequenas e médias empresas a fontes de financiamento”. 
Nas mesmas perspectivas (Deloitte, 2011), a Federação Internacional de 
Contadores afirmou que o padrão melhorará a comparabilidade e qualidade das 
declarações financeiras, o que auxiliará na captação de financiamento. Conjuntamente 
com as empresas, os usuários da informação contábil e os clientes também serão 
beneficiados com o novo modelo. 
 
 
 
 
2.1 Caracterização das pequenas e médias empresas 
As pequenas e médias empresas possuem grande importância para a economia 
bem como para as relações empresariais e contábeis. 
Conforme informações de pesquisa da Deloitte (2011), em quase todos os países 
independentemente do tamanho da economia, mais de 99% das empresas possuem 
menos de 50 colaboradores e logo são classificadas como PMEs. Segundo mesma 
pesquisa na União Europeia há 28 milhões de PMEs, nos Estados Unidos 20 milhões e 
no Brasil são 6 milhões. 
Neste aspecto, nota-se a grande importância da conversão das práticas contábeis 
para o padrão internacional para as PMEs. Cumpre então verificarquais empresas 
realmente estão enquadradas na classificação de PMEs. É importante salientar que há 
diversas terminologias, tais como: pequenas e médias empresas, microempresas, 
pequenas empresas e empresas de pequeno porte (EPP). 
No que tange as definições e terminologias para as Pequenas e Médias Empresas, 
segundo o IASB (2010a), muitas jurisdições desenvolvem suas próprias classificações, 
como a prescrição de obrigações de relatório financeiro, critérios quantitativos baseados 
em receita, ativos, empregados e outros fatores que auxiliam na definição do termo para 
determinadas empresas. 
 
O termo PME, conforme Deloitte (2011, p. 5), é definido como: 
 
as sociedades por ações fechadas (sem negociação de suas ações ou outros 
instrumentos patrimoniais ou de dívida no mercado e que não possuam ativos 
em condição fiduciária perante um amplo grupo de terceiros), mesmo que 
obrigadas à publicação de suas demonstrações financeiras, são tidas, para fins 
deste Pronunciamento, como pequenas e médias empresas, desde que não 
enquadradas pela Lei nº 11.638/07 como sociedades de grande porte 
(sociedades ou conjunto de sociedades sob controle comum que, no exercício 
social anterior, apresentem ativo total superior a R$240 milhões ou receita bruta 
anual superior a R$300 milhões). 
 
As entidades classificadas como PME deverão elaborar suas demonstrações 
contábeis em conformidade com as IFRS para PME, orientadas no Brasil pelos CPC para 
PME. O objetivo destas demonstrações contábeis é informar os usuários sobre a posição 
 
 
 
 
financeira, o desempenho e os fluxos de caixa da entidade, com vistas a auxiliá-los no 
processo de tomada de decisões. 
2.2 A importância da adequação das IFRS para PME 
Em termos de benefícios, de acordo com o artigo 179 da Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988, as micro e pequenas empresas deliberadas por lei, devem 
receber tratamento jurídico diferenciado, com o objetivo de apoiá-las na facilitação, ou 
redução de suas obrigações. 
Neste prisma, verifica-se então que as IFRS direcionadas às empresas de 
pequeno porte cumprem não somente os objetivos do IASB, mas também ao que desde 
1988 é disposto na Constituição Federal. Este dispositivo por sua vez, prioriza a questão 
de simplificar os tratamentos jurídicos, às obrigações tributárias, administrativas e 
creditícias para as entidades classificadas como PME, de forma que estas possam ser 
melhores atendidas, uma vez que em muitos casos estas empresas não possuem a 
mesma estrutura em sistemas e capacitação em comparação às entidades de grande 
porte. 
Segundo IASB (2010a), a publicação do IFRS para PME marcou um grande 
avanço para as companhias no mundo, pois poderá ser aplicável para grande parte das 
companhias ao redor do mundo, passo identificado como importante, pois conforme o 
mesmo órgão havia-se uma carência dessa versão das normas internacionais para 
pequenas e médias empresas. 
 Em se tratando ainda dos benefícios trazidos pelo CPC-PME em conformidade 
com as IFRS para PME, a Price Waterhouse Coopers (2010) apresentou uma pesquisa 
elencando os seguintes motivos e benefícios de se adotar o novo padrão contábil para 
as pequenas e médias empresas: 
• A partir de 2010, a adoção destes CPCs na contabilidade brasileira passa a ser 
obrigatória; 
• Os novos CPCs impactam a mensuração e contabilização das transações; 
• Por sua vez, a nova mensuração e contabilização das transações impactam nas 
apurações das obrigações fiscais (não contempladas pelo Regime Tributário Transitório) 
 
 
 
 
e nos relatórios e informações preparadas para clientes e fornecedores, bancos, 
seguradoras; 
• CPC PMEs concedem diversas simplificações na mensuração e contabilização 
de transações e na apresentação das demonstrações financeiras; 
• Facilita o processo de adoção das novas normas contábeis brasileiras 
convergentes com IFRS e os CPCs plenos; 
• Facilita acesso aos investidores (privados ou mercado de capitais); 
• Facilita acesso e negociação com bancos, por meio da alta qualidade de 
divulgações e demonstrações financeiras obtendo potencial redução em taxa de juros; 
• Adoção encorajada pelo BNDES e outras entidades governamentais; e 
• Demonstra boa governança corporativa, transparência e atende padrões da 
contabilidade brasileira; 
Segundo a mesma pesquisa mostra, embora o CPC para PMEs tenha seus 
benefícios, trás também alguns desafios. Para esta adoção são necessários controles 
internos, treinamento interno, mudanças nos sistemas e divulgações em bases 
recorrentes (PWC, 2010). 
 
 
Fonte de: www.jrmcoaching.com.br 
 
 
 
 
Em termos de prejuízos para quem não adotar, segundo o CRC SP (2011), os 
empresários podem sofrer sanções do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento 
Econômico e Social) que somente aceitará balanços nos padrões IFRS. 
 Embora o CPC para PME reduza as exigências de divulgação das normas 
completas, consideradas onerosas, as empresas precisam considerar outras questões 
também como as necessidades dos usuários, os aspectos fiscais, exigências legais e 
regulatórias para o setor. 
Questionamentos são levantados acerca dos aspectos fiscais, que por sua vez, 
acredita-se que com as IFRS para PME as entidades que adotarem o pronunciamento 
do CPC para PME não sofrerão impacto fiscal, uma vez que já estarão sujeitas às regras 
do RTT – Regime Tributário de Transição. Entretanto atenção deverá ser despendida a 
respeito de implicações nos controles internos e na adaptação destes necessários para 
o cumprimento de suas obrigações fiscais e acessórias, com as autoridades fiscais, e na 
determinação do lucro base para distribuição aos sócios. 
Contudo, apesar das normas para pequenas e médias empresas serem 
simplificadas, no geral resgatam o que é disposto nas normas completas, visando 
proporcionar qualidade à informação e por sua vez utilizar uma linguagem comum e 
aparato para uma melhor comparabilidade, podendo potencializar o fluxo de capitais e a 
atratividades de investidores3. 
 
 
3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS 
 
 Da mesma forma como os negócios de uma unidade econômica (uma sociedade 
de capitais, uma sociedade de pessoas, uma firma individual, uma sociedade de 
economia mista, ou um segmento-filial, divisão, ou departamento de um desses 
organismos) não se confundem com os dos proprietários, ou dos administradores dessas 
unidades econômicas, não se confundem as demonstrações contábeis consolidadas de 
 
3 Texto extraído de: www.congressousp.fipecafi.org 
 
 
 
 
um grupo de empresas sob controle acionário comum, com as demonstrações contábeis 
de cada uma dessas empresas. 
A consolidação enseja o aparecimento de uma entidade distinta das entidades 
consolidadas e não se confunde com a matriz ou qualquer uma das subsidiárias 
aglomeradas na consolidação. 
Fonte de: www.udemy.com 
 
Demonstrações contábeis consolidadas são aquelas produzidas pela agregação 
das demonstrações contábeis de uma ou mais controladas, linha por linha (isto é, 
somando os ativos, passivos, receitas e despesas semelhantes) com as demonstrações 
contábeis da controladora, depois de eliminados os saldos e transações entre as 
companhias, e feita uma provisão para os interesses de minoritários nas controladas. 
 Demonstrações contábeis consolidadas são o reconhecimento de que as 
entidades legais, separadamente, são componentes de uma unidade econômica distinta 
da controladora e das controladas. Assim, as demonstrações contábeis consolidadas 
devem refletir as operações da controladora e de suas controladas-consolidadas, no país 
ou no exterior, a partir da data de aquisição destas4. 
 
4 Texto extraído de: www.portaldecontabilidade.com.br 
 
 
 
 
As características da informação contábil referem-se às qualidades que ela possui 
para que seja útil, não só doponto de vista dos usuários internos, mas também dos 
usuários externos (principalmente os investidores). 
Apesar dos usuários serem diferentes, pois alguns exigem informações mais 
complexas do que outros, todos desejam informações oportunas em tempo hábil. As 
informações contábeis devem possuir um alto nível de compreensibilidade para facilitar 
a sua análise e interpretação por parte dos usuários que a utilizam. 
Fonte de: www.savere.com.br 
 
 
É razoável dizer que as demonstrações contábeis devam ainda apontar os 
resultados e responsabilidades da administração pelos recursos a ela confiados, o que 
se faz através das notas explicativas tratadas em capítulo específico. 
As características qualificativas das informações contábeis já haviam sido 
previstas na NBC T 1 - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das 
Demonstrações Contábeis, aprovada pela Resolução CFC 1.121/2008. 
 
 
 
 
 
 
 
1. Compreensibilidade 
Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações 
contábeis é que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. 
Para esse fim, presume-se que os usuários tenham um conhecimento razoável 
dos negócios, da atividade econômica da empresa e também de contabilidade. Estes 
conhecimentos devem se complementar ainda pela disposição de estudar as 
informações com razoável diligência, ou seja, os informes contábeis não precisam ser 
feitos para que qualquer leigo entenda, mas sim visam facilitar o entendimento de 
pessoas com um conhecimento que o capacite a interpretar os valores. 
No entanto, não devem ser excluídas em nenhuma hipótese, informações sobre 
assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis por causa 
da sua relevância no processo de tomada de decisão pelos usuários, mesmo com o 
pretexto de que tal informação seria de difícil entendimento para certos usuários. 
 
2. Relevância 
Para serem úteis, as informações devem também ser relevantes à necessidade 
dos usuários na tomada de decisões. 
Desta forma, a informação pode ser considerada relevante quando em algum 
instante influencie nas decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o 
impacto de eventos passados, presentes ou futuros ou confirmando e corrigindo as suas 
avaliações anteriores. 
As funções de prever e confirmar dados são inter-relacionadas. As informações 
sobre o nível atual e a estrutura dos ativos têm valor para os usuários na tentativa de 
prever a capacidade que a entidade tenha de aproveitar as oportunidades e a sua 
capacidade de reagir a situações adversas. 
As mesmas informações têm o papel de confirmar as previsões passadas sobre, 
por exemplo, a forma na qual a entidade seria estruturada ou o resultado de operações 
planejadas. 
Informações sobre a posição patrimonial e financeira e o desempenho passado 
são frequentemente utilizadas como base para projetar a posição e o desempenho 
futuros, assim como outros assuntos nos quais os usuários estejam diretamente 
 
 
 
 
interessados, tais como pagamento de dividendos e salários, alterações no preço das 
ações e a capacidade que a entidade tenha de atender seus compromissos à medida 
que se tornem devidos. 
 
3. Materialidade 
A relevância das informações é afetada pela sua natureza e materialidade. 
Em alguns casos, a natureza das informações, por si só, é suficiente para 
determinar a sua relevância. Por exemplo, reportar um novo segmento em que a entidade 
tenha passado a operar pode afetar a avaliação dos riscos e oportunidades com que a 
entidade se depara, independentemente da materialidade dos resultados atingidos pelo 
novo segmento no período abrangido pelas demonstrações contábeis. 
Em outros casos, tanto a natureza quanto a materialidade são importantes; por 
exemplo: os valores dos estoques existentes em cada uma das suas principais classes, 
conforme a classificação apropriada ao negócio. 
Uma informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar as 
decisões econômicas dos usuários, tomadas com base nas demonstrações contábeis. 
 A materialidade depende do tamanho do item ou do erro, julgado nas 
circunstâncias específicas de sua omissão ou distorção. 
 
4. Confiabilidade 
Para ser útil, a informação deve ser confiável, ou seja, deve estar livre de erros, 
desvios substanciais ou vieses relevantes e representar adequadamente aquilo que se 
propõe a representar. 
 
 
 
 
 
 
Fonte de: www.blogdaqualidade.com.br 
Uma informação pode ser relevante, mas a tal ponto não confiável em sua 
natureza ou divulgação que o seu reconhecimento pode potencialmente distorcer as 
demonstrações contábeis. Por exemplo, se a validade legal e o valor de uma reclamação 
por danos em uma ação judicial movida contra a entidade são questionados, pode ser 
inadequado reconhecer o valor total da reclamação no balanço patrimonial, embora 
possa ser apropriado divulgar o valor e as circunstâncias da reclamação. 
Assim, para ser confiável, a informação deve representar adequadamente as 
transações e outros eventos que ela diz representar. 
O balanço patrimonial de determinada data, por exemplo, deve representar 
adequadamente as transações e outros eventos que resultam em ativos, passivos e 
patrimônio líquido da entidade e que atendam aos critérios de reconhecimento. 
 
5. Primazia da Essência sobre a Forma 
Talvez a mais importante de todas as características é valorizar a essência de 
cada operação ao invés do que está descrito em qualquer documento, nota fiscal ou 
contrato. 
Para que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos 
que ela se propõe a representar, é necessário que essas transações e eventos sejam 
contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, 
e não meramente sua forma legal. 
 
 
 
 
A essência das transações ou outros eventos nem sempre é consistente com o 
que aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente produzida. Por exemplo, 
uma entidade pode vender um ativo a um terceiro de tal maneira que a documentação 
indique a transferência legal da propriedade a esse terceiro; entretanto, poderão existir 
acordos que assegurem que a entidade continuará a usufruir os benefícios econômicos 
gerados pelo ativo e o recomprará depois de um certo tempo por um montante que se 
aproxima do valor original de venda acrescido de juros de mercado durante esse período. 
Em tais circunstâncias, reportar a venda não representaria adequadamente a transação 
formalizada. 
Outro exemplo bastante recorrente nas entidades é a realização de contratos de 
leasing, onde a verdadeira operação é um contrato de compra e venda (leasing 
operacional). 
Neste caso o bem deve ser ativado e os valores mensais devem ser reconhecidos 
como um financiamento. 
 
6. Prudência 
Os contabilistas se deparam com incertezas que inevitavelmente envolvem certos 
eventos e circunstâncias, tais como a possibilidade de recebimento de contas a receber 
de liquidação duvidosa, a vida útil provável das máquinas e equipamentos e o número de 
reclamações cobertas por garantias que possam ocorrer. 
 
Fonte de: expressoilustrado.com.br 
 
 
 
 
Tais incertezas são reconhecidas pela divulgação da sua natureza e extensão e 
pelo exercício de prudência na preparação das demonstrações contábeis. 
Assim a prudência consiste no emprego de um certo grau de precaução no 
exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, 
no sentido de que ativos ou receitas não sejam superestimados e que passivos ou 
despesas não sejam subestimados. 
Entretanto, o exercício da prudência não permite, por exemplo, a criação de 
reservas ocultas ou provisões excessivas, a subavaliação deliberada de ativos ou 
receitas, a superavaliação deliberada de passivos ou despesas, pois as demonstrações 
contábeis deixariam de ser neutras e perderiam a confiabilidade. 
 
7. Integralidade 
Para serconfiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser 
completa, dentro dos limites de materialidade e custo. Salienta-se que uma omissão pode 
tornar a informação falsa ou distorcida e, portanto, não-confiável e deficiente em termos 
de sua relevância. 
 
8. Comparabilidade 
Os usuários devem poder comparar as informações contábeis de uma entidade ao 
longo do tempo, a fim de identificar tendências na sua posição patrimonial e financeira e 
no seu desempenho. 
Os usuários devem também ser capazes de comparar os dados contábeis de 
diferentes entidades a fim de avaliar, em termos relativos, a sua posição patrimonial e 
financeira, o desempenho e as mutações na posição financeira. 
Uma importante implicação da característica qualitativa da comparabilidade é que 
os usuários devem ser informados das práticas contábeis seguidas na elaboração das 
demonstrações contábeis, de quaisquer mudanças nessas práticas e também o efeito de 
tais mudanças. Os usuários precisam ter informações suficientes que lhes permitam 
identificar diferenças entre as práticas contábeis aplicadas a transações e eventos 
semelhantes, usadas pela mesma entidade de um período a outro e por diferentes 
entidades. 
 
 
 
 
A necessidade de comparabilidade não deve ser confundida com mera 
uniformidade e não se deve permitir que se torne um impedimento à introdução de 
normas contábeis aperfeiçoadas. 
Tendo em vista que os usuários desejam comparar a posição patrimonial e 
financeira, o desempenho e as mutações na posição financeira ao longo do tempo, é 
importante que as demonstrações contábeis apresentem as correspondentes 
informações de períodos anteriores. 
 
9. Tempestividade 
Tempestividade envolve oferecer a informação confiável dentro do tempo de 
execução da decisão. Quando há demora indevida na divulgação de uma informação, é 
possível que ela perca a relevância. 
Para fornecer uma informação na época oportuna pode ser necessário divulgá-la 
antes que todos os aspectos de uma transação ou evento sejam conhecidos, 
prejudicando assim a sua confiabilidade. Por outro lado, se para divulgar a informação a 
entidade aguardar até que todos os aspectos se tornem conhecidos, a informação pode 
ser altamente confiável, porém de pouca utilidade para os usuários que tenham tido 
necessidade de tomar decisões nesse ínterim. 
Para atingir o adequado equilíbrio entre a relevância e a confiabilidade, o princípio 
básico consiste em identificar qual a melhor forma para satisfazer as necessidades do 
processo de decisão econômica dos usuários.

Mais conteúdos dessa disciplina