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apostila Embu-Guaçu

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MICHELE CURSOS PARA CONCURSOS
APOSTILA EMBU-GUAÇU
Apostila Legislação
Resumo da Lei de Diretrizes e Bases – LDB
Sentido amplo e Sentido Estrito
A LDB trata especificamente de educação, como já vimos. Porém, ela divide a educação em ampla e estrita, sendo que a primeira é de responsabilidade Da Família e a segunda do Estado.
A educação no sentido amplo, é tudo aquilo que acontece nos diversos ambientes formativos, ou seja, é o que se aprende em qualquer lugar ou espaço.
Já a educação no sentido estrito, é a que acontece em ambientes formais, ou seja, uma educação escolar, sendo essa a única que a LDB irá disciplinar.
Finalidades da Educação
Existem três finalidades descritas na LDB atualizada 2020 que precisam ser lembradas e executadas, sendo elas:
·         O pleno desenvolvimento do educando: o processo de desenvolver todas as capacidades do educando nas dimensões cognitiva, afetiva, social e motora.
·         Preparo para o exercício da cidadania: é o processo em que se prepara o educando para atuar ativamente em sociedade, a fim de se tornar um cidadão e exercer sua cidadania, convivendo em harmonia enquanto sujeito de direitos e deveres.
·         Qualificação para o trabalho: ao contrário do que muitos pensam, esse ponto vai além de formar técnicos para o mercado de trabalho. Trata-se, na verdade, da perspectiva de formação crítica a fim de preparar o indivíduo para o desafio da vida moderna.
Princípios da educação
Lembre-se de que eles diferem dos presentes na Constituição.  Aqui, são 13 princípios, enquanto na Constituição são 8 incisos, mas 9 princípios. Viu a diferença? Lembre-se de que a LDB atualizada 2020 não possui mudanças significativas desde o segundo semestre de 2019.
A fim de que os princípios pudessem reger toda a estrutura da educação nacional, os inicialmente 11 princípios, ganharam ao longo do tempo mais 2, totalizando assim os 13 princípios conhecidos hoje.
A base da educação, o que você precisa ter em mente
· Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
· Liberdade de aprender; ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
· Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
· Respeito à liberdade e apreço à tolerância
· Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
· Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
· Valorização do profissional da educação escolar;
· Gestão democrática do ensino público na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
· Garantia de padrão de qualidade;
· Valorização do ambiente escolar;
· Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;
· Consideração com a diversidade étnico-racial;
· Garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida.
Organização do Sistema Nacional de Educação
A educação nacional vai se organizar baseando-se em regime de colaboração mútua entre os entes federativos, para que atuem visando o objetivo comum, que já explicamos.
Conhecemos estes entes como: União, Estados, Municípios e Distrito Federal. Além dos entes federativos, a LDB atualizada inclui no sistema nacional de educação a escola e os professores.
·         União – em termos amplos, a União vai coordenar o sistema de ensino nacional de educação. Suas atribuições incluem assistência financeira, ação redistributiva, supletiva, assistência técnica, PNE (Projeto Nacional de Educação), avaliações de larga escala. É importante saber cada uma dessas competências, pois elas fazem parte do 9º artigo da LDB;
·         Estados – as atribuições dos Estados com relação a educação, estão dispostos no 10º artigo e são menores que as atribuições da União. Aqui as atribuições estão ligadas à execução; são responsáveis pela oferta dos ensinos fundamental e médio, tendo como prioridade o ensino médio;
·         Municípios – suas atribuições estão listadas no art. 11 e são bastante pontuais. Em suma, estão relacionadas a oferta da educação local; lembrando que os municípios devem ofertar educação infantil e ensino fundamental, tendo como prioridade o ensino fundamental;
·         Distrito Federal – por ser um ente híbrido, possui tanto as atribuições de um Estado quanto a de um Município;
·         Escola – suas atribuições estão dispostas no art.12. Em 2018, esse artigo foi alterado para acrescentar duas atribuições à escola que estão ligadas à violência, bullying e a cultura de pais, ficando no total 10 atribuições da escola;
·         Professores – as atribuições pertinentes aos professores estão no art.13.
Art. 12. ​Os estabelecimentos de ensino​, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, ​terão a incumbência de​: 
I - ​elaborar e executar ​sua ​proposta pedagógica​; 
II - a​dministrar​ seu ​pessoal e seus recursos ​materiais e financeiros; 
III - ​assegurar o cumprimento dos dias letivos​ e horas-aula estabelecidas; 
IV - ​velar​ pelo cumprimento do ​plano de trabalho de cada docente​; 
V - prover meios para a ​recuperação dos alunos de menor rendimento​; 
VI - articular-se com as f​amílias e a comunidade​, criando processos de ​integração da sociedade com a escola​; 
VII - informar ​pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a ​frequência e rendimento dos alunos​, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009) 
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município​, ao ​juiz ​competente da Comarca e ao respectivo ​representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de f​altas acima de 30 por cento ​do percentual permitido em lei. 
 
 Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: 
I - ​participar​ da elaboração da ​proposta pedagógica​ do estabelecimento de ensino; 
II - ​elaborar e cumprir plano de trabalho​, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; 
III - ​zelar​ pela ​aprendizagem dos alunos​; 
IV - ​estabelecer estratégias ​de ​recuperação​ para os ​alunos ​de ​menor rendimento​; 
V - ​ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos​, além de participar i​ntegralmente dos períodos dedicados ao planejamento​, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; 
VI -​ colaborar​ com as atividades de a​rticulação da escola com as famílias e a comunidade​. 
 Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da ​gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme ​os seguintes princípios:
I - ​participação dos profissionais da educação na ​elaboração do projeto pedagógico da escola​; 
II - ​participação das comunidades escolar e local ​em conselhos escolares ou equivalentes.
Composição dos sistemas de ensino
Educação Básica
Existem três etapas na educação básica: educação infantil, fundamental ou ensino médio, podendo ser ofertada e organizada de várias formas e todas as especificações estão no art. 23 da LDB atualizada.
Os critérios de organização segundo o art.23 são: séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos, grupos não seriados com base na idade, competência ou forma diversa, desde que o processo de aprendizagem assim o recomendar.
Calendário Escolar
O calendário escolar possui algumas peculiaridades, pois consegue ser rígido e flexível ao mesmo tempo.
Ele é rígido porque não é possível reduzir a carga horária em hipótese alguma. O mínimo a ser cumprido são 800h distribuídos em, no mínimo, 200 dias. Porém, esse requisito é diferente na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
A carga horária da educação infantil exige 200 dias de trabalho educacional, que é mais amplo. Já no ensino fundamental e médio, é exigido 200 dias de efetivo trabalho escolar, este ocorre dentro da sala de aula com professor e aluno separados por turmas e não inclui o período dos exames finais.
Mas e as mudanças no Ensino Médio? Atenção: No ensino médio, a carga horária de 800h vai ser progressivamente ampliada para 1400h/ano. Tendo início em 2017, a ideia é que em 5 anos sejam feitas 1000h/ano, e assim sucessivamenteaté alcançar as 1400h/ano.
Ou seja, se pensarmos em números como, 800h/200 dias chegaremos ao resultado de 4h por dia, que é o mínimo para o atendimento parcial dos estudantes. Agora, 1400/200 nos dá o resultado de 7h por dia que é o mínimo para o atendimento integral do aluno, o que nos permite deduzir que o novo ensino médio será integral abrangendo a educação comum e profissional do estudante.
É flexível no sentido de se adequar as peculiaridades locais, como em escolas do campo, por exemplo, em que o calendário se adequa ao plantio e a colheita; eventos nacionais e climáticos também se encaixam aqui.
Avaliação
Os critérios para avaliação estão dispostos no art.24 inc. 5 de a – e.
São elas: possibilidade de avanço nos cursos e séries, avaliação contínua e cumulativa com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, possibilidade de aceleração de estudo para os alunos em atraso escolar, aproveitamento de estudos concluídos com êxito e obrigatoriedade de recuperação preferencialmente paralela ao processo.
Educação Infantil
O ensino na educação infantil vai de 0 – 5 anos divididos em duas fases:
· Creche: é pensada para a crianças de 0 – 3 anos;
· Pré-escola: é para alunos dos 4 – 5 anos.
Seu objetivo é o desenvolvimento integral da criança que vai perpassar pelas múltiplas dimensões sendo elas: aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, ou seja, todas as dimensões da criança.
A educação infantil complementa as ações pensadas pela família e da comunidade, visando seu adequado desenvolvimento.
Características
Existem cinco características atribuídas à educação infantil que precisam ser aprendidas, segundo a LDB atualizada. São elas:
· Avaliação: não tem finalidade de promoção, mesmo para o ensino fundamental, ou seja, não há possibilidade de reprovação;
· Carga horária: o mínimo exigido é 800h em, no mínimo, 200 dias de trabalho educacional;
· Atendimento: aqui existem duas modalidades: a parcial e a integral. No atendimento parcial é exigido um mínimo de 4h diárias. Já na jornada integral, são 7h diárias;
· Controle de frequência: na educação básica (ensino fundamental e médio) a frequência mínima exigida é de 75%, mas na pré-escola é de 60%;
· Registro de desenvolvimento: é a documentação que pode atestar os processos de desenvolvimento e de aprendizagem da criança. Em muitos Estados é feito através de um relatório.
Ensino Fundamental
O ensino fundamental é a etapa de formação básica dos indivíduos, mas você sabe qual é a idade para ingresso no ensino fundamental ou qual a sua
duração?
Até 2013, o ensino fundamental era a única etapa obrigatória. Agora, com a LDB atualizada, a
obrigatoriedade se estende também às demais, desde a pré-escola até o
ensino médio.
Se a pré-escola é parte da primeira etapa da educação básica e o ensino
médio a última, então o ensino fundamental é a segunda etapa? Não, é a etapa de formação básica dos indivíduos, essa descrição está no art.32.
Sua duração é de, exatamente 9 anos e não de no mínimo 9 anos, cuidado
para não se confundir. A duração do ensino fundamental não muda, independente de quantos anos o indivíduo leve para terminá-lo.
O indivíduo deve começar a cursar o ensino fundamental aos 6 anos e terminar aos 14, se estiver em idade própria.
Fases do ensino fundamental
Esta etapa da educação básica se divide em duas fases: anos iniciais e anos finais.
· Anos iniciais: começam aos 6 e se estendem até os 10 anos de idade. São 5 anos de duração e quem faz o atendimento é o professor generalista. Aqui no DF nós chamamos de atividades, mas nos demais Estados é o professor pedagogo que pode, inclusive como magistério, ministrar aulas para o ensino fundamental anos iniciais.
Essa é uma característica que está nos profissionais da educação: ainda é admitido ministrar aulas só com o magistério na educação infantil até os anos iniciais do ensino fundamental.
· Anos finais: Têm duração de 4 anos (6º, 7º, 8º e 9º ano). Aqui temos professores de linguagens específicas atendendo a cada uma das especificidades como português, matemática, ciências sociais e naturais etc.
Objetivos
É preciso ter cuidado ao observar o texto da lei no art.32 da LDB atualizada, quando ela trata dos quatro objetivos desta etapa do ensino básico. São eles:
· I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
· II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
· III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
· IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Ensino religioso, tema transversal, ECA e considerações finais
Ensino religioso: é ou não conteúdo obrigatório? Não! Segundo a LDB atualizada, ele é componente curricular obrigatório, o que é diferente de conteúdo. Sua matrícula é facultativa, então o aluno pode escolher se quer ou não assistir a essas aulas.
Essa medida visa evitar o proselitismo e o Estado deve ofertar um ensino
religioso que é laico. Segundo decisão de 2017 do STF, essa disciplina pode
ser ministrada por um líder religioso, padre, pastor ou monge, por exemplo.
Conhecidos como símbolos religiosos, o tema transversal é o trabalho feito
com a bandeira e seu desenho, sentido e significado, interpretação e o canto
do hino nacional, selo de armas etc. Ou seja, a apresentação dos símbolos
nacionais para que se tenha uma educação moral e cívica.
É conteúdo obrigatório do ensino fundamental na LDB atualizada: ECA. Ou seja, é preciso estar atento aos direitos da criança e do adolescente.
Para finalizar, progressivamente o ensino fundamental será ofertado em ensino integral. Ou seja, o mínimo de 800h e 200 dias resultando em um atendimento parcial 4h que é cobrado hoje passara a ser 7h.
O ensino deve ser ofertado em língua portuguesa, respeitando a língua materna e os processos próprios de aprendizagem do aluno.
Ensino Médio segundo LDB atualizada
É a última etapa da educação básica. Na idade própria o aluno deve estar entre os 15 e os 17 anos e sua duração é de, no mínimo 3 anos. Essa é a única modalidade que tem a duração mínima estipulada.
É nessa etapa que os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental são ampliados e aprofundados a fim de que o aluno evolua. Essa é uma das características do ensino médio descrita no art. 35, 35-A e 36 da LDB atualizada:
O currículo do ensino médio difere do apresentado no ensino fundamental. Ele se divide em:
Base Comum e Parte diversificada: são focadas na formação para a vida;
Itinerários Formativos: focado na formação profissional.
Áreas do conhecimento
Segundo a Parte Diversificada e a Base Comum, existem quatro áreas de conhecimento que precisam ser observados. Para os Itinerários Formativos¹, mais uma é acrescentada. São elas:
· Linguagens e suas tecnologias: língua portuguesa, linguagem artística, linguagem corporal (educação física) e língua estrangeira seja inglês ou espanhol;
· Matemática e suas tecnologias: matemática;
· Ciências da natureza e suas tecnologias: biologia, química e física;
· Ciências humanas e sociais aplicadas: história, geografia, estudos de filosofia e sociologia;
· ¹Formação técnica e profissional: compõe a nova mudança no ensino médio, trazendo para o estudante algumas áreas que ele vai optar para que possa complementar sua formação, que aqui é profissional. Ou seja, de acordo com a especificidade de cada escola e de cada estudante, vai haver a escolha do destino profissional que o aluno irá assumir.
Considerações gerais
Português e matemática são as únicas disciplinas que precisam estar obrigatoriamente nos três anos do ensino médio, pois as demais podem ser condensadas nesse percurso.
Isso se deve à carga horária máxima da Base Nacional Comum no ensino médio que é de no máximo 1800h. O restante é dividido entre a parte diversificadae o itinerário formativo.
É preciso estar atento à língua obrigatória que deve ser ofertada: a língua inglesa. Caso haja outra deve-se dar preferência a língua espanhola.
Outra observação importante é que as disciplinas de sociologia e filosofia não são obrigatórias, mas seu conteúdo deve ser estudado dentro das ciências humanas bem como sua prática.
Mas, o sistema de ensino as mantém como disciplinas, o que ocorre é a mudança na prática. Por isso é importante saber a diferença entre componente curricular e conteúdo curricular.
Já o itinerário formativo, é escolha do sistema de ensino e será organizado a partir do catálogo nacional dos cursos profissionais. Se o curso não estiver catalogado, tem até três anos para ingressar o processo de autorização e até cinco anos para ter validade nacional e estar disponibilizado no catálogo.
O certificado do ensino médio é válido para dar continuidade aos estudos, ou seja, ingressar na educação superior. O certificado é, inclusive, requisito para o ingresso, seja ele obtido no EJA, ensino regular ou médio-técnico.
Modalidades de Ensino
Existem dois níveis na educação, três etapas na educação básica, quatro cursos na educação superior… Quantas são as modalidades de ensino?
As sete modalidades de ensino
Há sete modalidades de ensino, mas elas não estão assim descritas na LDB. Apenas três modalidades estão descritas:
1. EJA art. 37 e 38;
2. Educação Profissional art.39 a 42;
3. Educação Especial art. 58, 59, 59-A e 60
As demais serão citadas de forma esporádica na LDB, mas estão descritas na DCN:
1. Educação do Campo/Rural;
2. Educação Indígena;
3. Educação Quilombola e
4. EaD
EJA
Essa modalidade se aplica para quem não teve acesso ou por algum motivo não conseguiu concluir o ensino fundamental ou o ensino médio. Para cursar essa modalidade de ensino é preciso estar fora da idade adequada, mínimo de 15 anos para o ensino fundamental e 18 anos para ensino médio.
A EJA pode se organizar em:
Cursos: podem ser presenciais ou online. De acordo com as novas diretrizes, o curso pode ter até 80% de sua carga horária ofertada de forma online, mesclando as duas formas.
Exames certificadores/exames supletivos: Nos exames supletivos, é onde se reconhece os conhecimentos adquiridos ao longo da vida, os chamados conhecimentos tácitos.
Mundo do Trabalho
A modalidade de educação profissional pode lhe ajudar a se preparar para o mundo do trabalho. Por isso há a ideia de preparação, formação e fazer com que o estudante esteja apto para desenvolver suas habilidades produtivas.
Educação Profissional
Para conseguir acertar as questões de LDB sobre esse assunto, é preciso saber distinguir suas três formas de oferta:
· Formação inicial e continuada:
A formação inicial é o primeiro contato do aluno com o aspecto formativo. Porém, não é possível se ater apenas a uma informação engessada, já que os conteúdos vão sendo atualizados ao longo do tempo e, essa é a importância da formação continuada.
· Técnica de nível médio – está disposta no art. 36 – A – B – C – E, e possui duas divisões:
Articulada: ocorre quando o ensino técnico é feio junto com o ensino médio. Ou seja, é integrada e concomitante.
Nessas duas divisões, há quatro subdivisões:
Integrada: 1 escola – 1 matrícula – 1 diploma – 1 PPP;
Concomitante: 1 feita na mesma escola – 2 matrículas – 2 diplomas – 2 PPP´s;
2 escolas – 2 matrículas – 2 certificados – 2 PPP´s;
2 escolas – 2 matrículas – 2 certificados – 1 PPP com intercomplementariedade.
Subsequente: ocorre quando o ensino técnico é feito depois do ensino médio.
· Tecnológica de graduação e pós-graduação
Educação Especial segundo a LDB atualizada
Já parou para pensar que as pessoas com deficiência precisam de um atendimento diferenciado? Você sabe qual o conceito de inclusão?
Incluir, é mais que apenas deixar os alunos no mesmo espaço. É preciso estar atento às especificidades dessa modalidade, pois é bastante cobrado em certames não só para professor, mas também para monitor e outros cargos dentro dos sistemas de ensino do nosso país.
Definições gerais
É importante destacar que pessoa com deficiência é aquela que possui alteração de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que ao se confrontar com as barreiras que são impostas pela sociedade é impedido de viver de forma plena.
Este conceito atualizado está disposto no Estatuto da Pessoa com Deficiência, não na LDB, visto ser um normativo geral que rege os sistemas de ensino. Aqui no DF, por exemplo, há uma resolução que fala sobre educação especial com o conceito de estudante com deficiência atualizado e outras nomenclaturas dispostas no estatuto.
Essa modalidade é transversal a todos os níveis, etapas e demais modalidades, ou seja, onde houver educação, haverá educação especial.
Seu público alvo são estudantes com deficiência, estudantes com Transtorno Global de Desenvolvimento (TGD) ou que possuem altas habilidades ou superdotação. Esses estudantes devem ser atendidos preferencialmente na rede regular de ensino, segundo a LDB atualizada.
Educação especial: classificações e características
O Estatuto da Pessoa com Deficiência também é chamado de Lei Brasileira da Inclusão e incluir é trazer todos para o mesmo espaço e garantir o tratamento diferenciado. Para ser aluno da educação especial é preciso pertencer a uma das seguintes classificações:
· TGD: segundo a legislação são considerados síndrome de Reich, Asperger, transtornos degenerativos da infância, autismo clássico ou psicose infantil;
· Super dotados e altas habilidades: em resumo, são pessoas que têm enriquecimento curricular, isto é, estão além daquilo que é oferecido pelo currículo escolar.
A educação especial tem início na educação infantil, a partir dos 0 anos e é estendida ao longo da vida. É preciso estar atento, pois o texto foi alterado em 2018, antes, a oferta dessa modalidade se estendia até os 6 anos.
Apesar do atendimento ser preferencialmente ofertado na rede regular de ensino, há outra possibilidade de atendimento para esses alunos, que inclusive é um dever do Estado, o AEE (Atendimento Educacional Especializado).
Em caso de necessidade devido às condições do aluno, a escola deve ofertar o AEE e este pode ainda ser matriculado na rede especial de ensino. Lembrando que a preferência é pelo ensino regular.
Existem algumas características que precisam ser pontuadas nessa modalidade:
· Currículo adaptado também chamado de currículo funcional: é preciso adequar currículos, técnicas, métodos avaliações, tudo o que for necessário para que o aluno tenha acesso ao conhecimento;
· Terminalidade específica: trata-se do momento em que o aluno não tem mais condições de evoluir na construção do conhecimento, assim, é ofertado a ele a conclusão apenas do ensino fundamental. A decisão é tomada a partir de avaliação da equipe multidisciplinar e a medida é aplicada em casos de deficiência intelectual grave, para que o aluno possa dar seguimento à sua trajetória, seja EJA ou ensino Profissional;
· Aceleração de estudos: é ofertada aos superdotados e alto habilitados. Esses alunos são atendidos por um professor especialista, diferente dos professores capacitados que atendem aos demais alunos dessa modalidade;
· Os programas suplementares da educação básica também se estendem a educação especial;
· É preciso ofertar também educação especial para o trabalho.
Recursos Financeiros segundo a LDB atualizada
Você já se perguntou de onde vem o dinheiro da educação ou com o quê você pode gastar o dinheiro a ela destinado?
Fontes de recursos
Há cinco fontes de recursos originárias expressas na LDB atualizada e passo a passo. São elas:
1. Impostos: próprios da União, Estados, Distrito Federal e Municípios;
2. Transferências: constitucionais e outras transferências;
3. Salário – educação e outras contribuições sociais;
4. Incentivos fiscais e
5. Outros recursos previstos em Lei, como por exemplo, o recurso da Loteria Federal.
Além de identificar as fontes, é importante saber também a alíquota ofertada por cada um dos entes:
· União: no mínimo, 18%;
· Estados, DF e Municípios:no mínimo 25%;
Atenção: a alíquota da União é menor que a dos Estados em questão numérica, mas é maior em questão de proporção.
Os valores só podem ser gastos ao que é relacionado ao ensino. A descrição está no art. 70, mas é preciso ter cuidado, pois este é um artigo exemplificativo e não taxativo.
Ou seja, se estiver ligado ao ensino, pode ser usado prioritariamente no ensino público, posteriormente no ensino básico e, por último no ensino obrigatório. Essas são as prioridades para a aplicação dos recursos públicos.
Eles podem, inclusive, ser utilizados na educação superior e em rede de ensino privada sem fins lucrativos (Escolas Filantrópicas Comunitárias e Confessionais), desde que se comprove sua finalidade e atuação na prestação de contas e em caso de fechamento seja declarado o patrimônio.
Falamos de fontes de recursos para educação que estão presentes na LDB, mas na Constituição Federal, foram descritas apenas três fontes. São elas: transferência constitucional, impostos e salário educação – este último é visto pela Constituição como fonte adicional.
É importante salientar que o responsável pelos recursos da educação não fizer as transferências de forma correta, pode responder civil, penal e administrativamente. Afinal a educação é um direito social e por isso é preciso ter zelo.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, LEI Nº 8069/90:
LIVRO I – Parte Geral TÍTULO I – Das Disposições Preliminares
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
Art. 2o Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
Art. 3o A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, con dição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.
Art. 4o É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: 
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; 
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; 
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
Art. 5o Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Art. 6o Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
CAPÍTULO II – Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: 
I – ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; 
II – opinião e expressão;
III – crença e culto religioso; 
IV – brincar, praticar esportes e divertir-se; 
V – participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; 
VI – participar da vida política, na forma da lei; VII – buscar refúgio, auxílio e orientação.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:
I – castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em: a) sofrimento físico; ou b) lesão; 
II – tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que:
a) humilhe; ou 
b) ameace gravemente; ou 
c) ridicularize.
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: 
I – encaminhamento a programa oficial ou
comunitário de proteção à família; 
II – encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
III – encaminhamento a cursos ou programas de orientação; 
IV – obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; 
V – advertência. Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais.
TÍTULO V – Do Conselho Tutelar CAPÍTULO I – Disposições Gerais
CAPÍTULO II – Das Atribuições do Conselho
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: 
I – atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII; 
II – atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII; 
III – promover a execução de suas decisões, podendo para tanto: 
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança; 
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações; 
IV – encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente; 
V – encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; 
VI – providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional; 
VII – expedir notificações; 
VIII – requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário;
IX – assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programasde atendimento dos direitos da criança e do adolescente; 
X – representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3o , inciso II, da Constituição Federal; 
XI – representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural; 
XII – promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus- tratos em crianças e adolescentes. Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinentio fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família.
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse.
Parecer CNE/CBE n.º 17 / 2001 - Diretrizes Curriculares para a Educação Especial na Educação Básica. 
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Educação especial:
Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a proposta pedagógica da escola, definindo como seu público-alvo os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos.
Consideram-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. 
Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. 
Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse.
A educação especial perpassa todos os níveis e modalidades de ensino;
Todos os professores são considerados capacitados para trabalhar com a inclusão;
Os professores que queiram ser especializados em educação especial devem possuir o curso de licenciatura na área, ou pós-graduação.
LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. 
Diretrizes do PNE: 
I − erradicação do analfabetismo; 
II − universalização do atendimento escolar;
III − superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; 
IV − melhoria da qualidade da educação; 
V − formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; 
VI − promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; 
VII − promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país; 
VIII − estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; 
IX − valorização dos(as) profissionais da educação; 
X − promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental. 
As 20 metas:
1 - Educação Infantil
Até 2016, todas as crianças de 4 a 5 anos de idade devem estar matriculadas na pré-escola. A meta estabelece, também, a oferta de Educação Infantil em creches deve ser ampliada de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos até o final da vigência deste PNE.
2 - Ensino Fundamental
Até o último ano de vigência do PNE, toda a população de 6 a 14 anos deve ser matriculada no Ensino Fundamental de 9 anos, e pelo menos 95% dos alunos devem concluir essa etapa na idade recomendada.
3 - Ensino Médio
Até 2016, o atendimento escolar deve ser universalizado para toda a população de 15 a 17 anos. A meta é também elevar, até o final da vigência do PNE, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 85%.
4 - Educação Especial/Inclusiva
Toda a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação deve ter acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, de preferência na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.
5 - Alfabetização
Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental. Atualmente, segundo dados de 2012, a porcentagem de crianças do 3º ano do Ensino Fundamental com aprendizagem adequada em leitura é de 44,5%. Em escrita, 30,1% delas estão aptas, e apenas 33,3% têm aprendizagem adequada em matemática.
6 - Educação integral
Até o fim da vigência do PNE, oferecer Educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos(as) alunos(as) da Educação Básica.
7 - Aprendizado adequado na idade certa
Estimular a qualidade da educação básica em todas etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 para os primeiros anos do ensino fundamental; 5,5 para os anos finais do ensino fundamental; e 5,2 para o ensino médio.
8 - Escolaridade média
Elevar, até 2013, a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar no mínimo 12 anos de estudo no último ano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
9 - Alfabetização e alfabetismo de jovens e adultos Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência do PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
10 - EJA integrada à Educação Profissional
Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. Os dados de 2012 apontam que apenas 0,7% dos alunos do EJA de Ensino Fundamental têm esta integração. No Ensino Médio, a porcentagem sobe para 2,7%.
11 - Educação Profissional
Triplicar as matrículas da Educação Profissional Técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público. Em 2012, houve 1.362.200 matrículas nesta modalidade de ensino. A meta é atingir o número de 4.086.600 de alunos matriculados.
12 - Educação Superior
Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público.
13 - Titulação de professores da Educação Superior
Elevar a qualidade da Educação Superior pela ampliação da proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de Educação Superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% doutores.
14 - Pós-graduação
Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e25 mil doutores.
15 - Formação de professores
Garantir, em regime de colaboração entre a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 ano de vigência do  PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação, assegurando que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
16 - Formação continuada e pós-graduação de professores Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da Educação Básica, até o último ano de vigência do PNE, e garantir a todos os(as) profissionais da Educação Básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.
17 - Valorização do professor
Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas da Educação Básica, a fim de equiparar o rendimento médio dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do 6º ano da vigência do PNE.
18 - Plano de carreira docente
Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da Educação Básica e Superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos(as) profissionais da Educação Básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido na Constituição Federal.
19 - Gestão democrática
Assegurar condições, no prazo de dois anos, para a efetivação da gestão democrática da Educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.
20 - Financiamento da Educação
Ampliar o investimento público em Educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País no quinto ano de vigência da lei do PNE e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio.
Lei 11497/07, Regulamentação do FUNDEB
*Nos termos do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais transitórias, fica instituído o FUNDEB – Fundo de Manutenção da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.
* Mesmo assim cada Estado, município ou Distrito Federal deve continuar aplicando no mínimo 25% de sua receita arrecadada com seus impostos.
* A cesta do Fundeb é composto por vários impostos: 
- Imposto sobre transmissão causa mortis;
- Doação de quaisquer bens ou direitos;
- Imposto sobre à circulação de mercadoria e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
-Imposto sobre a propriedade de veículos automotores.
- Parcela do produto da arrecadação do imposto que a União eventualmente instituir.
- Parcela do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade rural.
- Parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza e do imposto sobre produtos industrializados devida ao Fundo de Participação dos Estados e Distrito Federal e no Sistema tributário Nacional.
- receitas da dívida ativa tributária relativa aos impostos previstos neste artigo, e seus juros e multa.
- Neste cálculo estão inclusos o montante de recursos financeiros transferidos pela União aos Estados e Municípios.
* A União poderá complementar o Fundeb, sempre que o valor médio por aluno for menor que o valor estabelecido nacionalmente.
* Os recursos podem ser distribuídos para escolas filantrópicas ou confessionais, mas elas têm que comprovar que são sem fins lucrativos.
*Para essa distribuição são considerados o número efetivos de matriculas apurados pelo último censo.
*Da utilização dos Recursos: Até 5% poderá ser utilizados no primeiro trimestre do exercício imediatamente subseqüente, mediante abertura de crédito adicional. 
* 60% no mínimo devem ser aplicados no pagamento da remuneração dos profissionais do magistério em efetivo exercício em escolas públicas.
DIRETRIZES CURRICULARES - RESUMO DE TODAS
CONCEITO DE DIRETRIZES CURRICULARES
· DOCUMENTOS LEGAIS PARA A ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ESCOLAR DE FORMA GENÉRICA E DE FORMA ESPECÍFICA PARA CADA MODALIDADE DE ENSINO.
· SÃO NORMAS OBRIGATÓRIAS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
· LEIS DANDO AS METAS E OS OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.
· LEIS	 NORTEADORAS DAS DIFERENTES ÁREAS CURRICULARES
· PRÍNCIPIOS OBRIGATÓRIOS DO PROCESSO EDUCATIVO
· LEIS QUE FIXAM A ESTRUTURA PELOS PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS DA INTERDISCIPLINARIDADE.
· PADRÕES DE QUALIDADE DAS ATIVIDADES ESSENCIAIS NAS ESCOLAS
PROPÓSITO: OBJETIVOS DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
· CONTEMPLAR ELEMENTOS DE FUNDAMENTAÇÃO ESSENCIAL EM CADA ÁREA DO CONHECIMENTO, VISANDO PROMOVER A CAPACIDADE DE DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E PROFISSIONAL AUTÔNOMO NO ESTUDANTE.
· AVALIAR A QUALIDADE DO ENSINO PÚBLICO
· E PRINCIPALMENTE UMA EDUCAÇÃO PAUTADA NO EXERCICÍO DA CIDADANIA – ESCOLA VOLTADA PARA A FORMAÇÃO DA CIDADANIA.
APONTAM DIRETRIZES DE ATUAÇÃO QUE:
· CENTRA O ENSINO-APRENDIZAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E HABILIDADES POR PARTE DO ALUNO (VALORES, ATITUDES E RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA).
· METODOLOGIAS VISAM O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA DO SUJEITO, CAPACITANDO-O A INTERVIR NA REALIDADE.
· CONFERE AS ESCOLAS (AUTONOMIA) RESPONSABILIDADE DE ELABORAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE SEU PROJETO EDUCATIVO.
· DESTACA A NECESSIDADE DE INTERAÇÃO E COOPERAÇÃO ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE – GESTÃO DEMOCRÁTICA.
· RESPEITO AS DIVERSIDADES REGIONAIS DO PAÍS.
O PAPEL DO PROFESSOR E DO ALUNO PASSA A SER REVISTO – CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO = FORMAÇÃO CONTINUADA.
· OS CONTEÚDOS ATUAM NÃO COMO FINS EM SI MESMOS, MAS COMO MEIOS PARA A AQUISIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES E COMPETÊNCIAS.
· EXPRESSA A NECESSIDADE DAS DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO (DISCIPLINAS) TRABALHAREM COM UMA BÁSE COMUM (INTERDISCIPLINAR) QUE CONTEMPLE A FORMAÇÃO DO ALUNO PARA A CIDADANIA.
· INCLUI NO CURRICULO A TRANSVERSALIDADE INTERLIGADO AS ÁREAS DOS CONHECIMENTOS ESPECIFICOS
· OS CONTEÚDOS ATUAM NÃO COMO FINS EM SI MESMOS, MAS COMO MEIOS PARA A AQUISIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES E COMPETÊNCIAS.
· Respeitar as crianças como seres históricos e de direitos que na interação (por meio de brincadeiras) se desenvolvem;
· Garantir os direitos fundamentais das crianças e adolescentes;
· Instituir as disciplinas que compõe a base nacional comum:
· Linguagens, matemática, ciências da natureza; ciências humanas; ens. de música no componente de Arte, mas não exclusivo; 
· Ensino Religioso de matrícula facultativa;
· Oferta de língua estrangeira moderna a partir do 6º ano, e de duas, sendo uma optativa no ens. Médio;
· Avaliação os aspectos qualitativos sobre os quantitativos (avaliação formativa);
· Ensino Fundamental com 9 anos de duração sendo 5 séries iniciais e 4 finais.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - PCN
· Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN - são referências de qualidade para os Ensinos Fundamental e Médio do país, elaboradas pelo Governo Federal 
OBJETIVOS
Propiciar subsídios à elaboração e reelaboração do currículo, tendo em vista um projeto pedagógico em função da cidadania do aluno e uma escola em que se aprende mais e melhor.
PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DOS
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
· Práticas educativas adequadas às necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais considerando o interesse e motivações dos alunos;
· Aprendizagens essenciais para a formação de sujeitos autônomos, críticos, participativos, capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade em que vivem;
O domínio da língua falada e escrita, os princípios da reflexão matemática, as coordenadas espaciais e temporais que organizam a percepção do mundo, os princípios da explicação científica, as condições de fruição da arte e das mensagens estéticas, domínios de saber tradicionalmente presentes nas diferentes concepções do papel da educação no mundo democrático, até outras tantas exigências que se impõem no mundo contemporâneo.
Aprender e ensinar, construir e interagir
· Construtivismo
· O conhecimento não construído de fora paradentro, mas sim uma construção histórica e social, na qual interferem fatores de ordem cultural e psicológica.
· O conhecimento é resultado de um complexo e intrincado processo de modificação, reorganização e construção, utilizado pelos alunos para assimilar e interpretar os conteúdos escolares.
· Aprendizagem significativa
· Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover a realização de aprendizagens com o maior grau de significado possível, uma vez que esta nunca é absoluta — sempre é possível estabelecer alguma relação entre o que se pretende conhecer e as possibilidades de observação, reflexão e informação que o sujeito já possui.
· Não é a aprendizagem que deve se ajustar ao ensino, mas sim o ensino que deve potencializar a aprendizagem
TEMAS TRANSVERSAIS
· Não constituem novas áreas, mas antes um conjunto de temas que aparecem transversalizados nas áreas definidas, isto é, permeando a concepção, os objetivos, os conteúdos e as orientações didáticas de cada área, no decorrer de toda a escolaridade obrigatória. 
· A transversalidade pressupõe um tratamento integrado das áreas e um compromisso das relações interpessoais e sociais escolares com as questões que estão envolvidas nos temas, a fim de que haja uma coerência entre os valores experimentados na vivência que a escola propicia aos alunos e o contato intelectual com tais valores.
· Ética, Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural e Orientação Sexual, eleitos por envolverem problemáticas sociais atuais e urgentes, consideradas de abrangência nacional e até mesmo de caráter universal.
Autonomia
· A autonomia refere-se à capacidade de posicionar-se, elaborar projetos pessoais e participar enunciativa e cooperativamente de projetos coletivos, ter discernimento, organizar-se em função de metas eleitas, governar-se, participar da gestão de ações coletivas, estabelecer critérios e eleger princípios éticos, etc. 
Diversidade
· A educação escolar deve considerar a diversidade dos alunos como elemento essencial a ser tratado para a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem.
AVALIAÇÃO
· Parte integrante e intrínseca ao processo educacional.
· Contínua e sistemática
· Função: alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. 
· Subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática.
· Criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos.
OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
· Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
· Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;
· Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País;
· Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;
· Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente;
· Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;
· Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
· Utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;
· Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
· Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.
AUTORES:
MÓDULO – ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO, LEITURA E ESCRITA
1. COLOMER, Tereza; CAMPOS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender.
2. DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita: elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona).
3. FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização.
4. GERALDI, João Wanderley. Linguagem e ensino: exercícios de militância e divulgação.
5. TEBEROSKY, Ana; COLOMER, Teresa. Aprender a ler e a escrever: uma proposta construtivista.
6. LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário.
7. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura.
8. TEBEROSKY, Ana; COLOMER, Teresa. Aprender a ler e a escrever: uma proposta construtivista.
9. WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem.
ALFABETIZAÇÃO E/OU LETRAMENTO?
· Alfabetização virou sinônimo de decodificação.
· Letramento passou a ser o estar em contato com distintos tipos de texto, o compreender o que se lê. Isso é um retrocesso. 
· Não dá para aceitar um período de decodificação prévio, àquele em que se passa a perceber a função social do texto.
· Acreditar nisso é dar razão à velha consciência fonológica.
 			(FERREIRO, E. 2003, p. 30)
“Modelo Ideológico”
· Modelo que admite a pluralidade das práticas letradas, valorizando o seu significado cultural e contexto de produção. Rompendo definitivamente com a divisão entre o “momento de aprender” e o “momento de fazer uso da aprendizagem”
· Estudos lingüísticos:
1) “descobrir a escrita” (conhecimento de suas funções e formas de manifestação)
2)“aprender a escrita” (compreensão das regras e modos de funcionamento) 
3) “usar a escrita” (cultivo de suas práticas a partir de um referencial culturalmente significativo para o sujeito). 
ALFABETIZAÇÃO
É o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja: o domínio da tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer a arte e ciência da escrita.
EVOLUÇÃO DA LEITURA – Critérios de Legibilidade
Hipótese da quantidade mínima de letras- “com poucas letras não se pode ler.
Hipótese da variedade de caracteres- MMMM AAAAA = não pode ser lido, são as mesmas letras – MANTEIGA= é aceito pela criança, por ter letras diferentes, porém ainda não sabe ler.
 Diferenciação de elementos gráficos- verificar se a criança da nome aos diferentes contexto gráfico (icônicos ou escrito).
Relação entre letras e números- distinção entre icônico e a notação alfabética. Reconhecer letras ou números e nomeá-los.
Letras e sinas de pontuação- 1- conhecimento socialmente transmitidos, diferenciação porém assimilados às letras; 2- diferenciação nítida dos sinais de pontuação não mais assimilados às letras ou números, nomeados como sinais ou marcas
Orientação espacial da leitura - Lê da direita para esquerda; De cima para baixo; Manter a continuidade do olho; Relação entre páginas (primeira e segunda de cima para baixo).
Níveis da alfabetização Hipótese de escrita:
· Hipótese Pré-silábica: usa-se letra - não estabelece relação entre a fala e escrita: 
Grafismo (fases da garatuja) – primeira escrita espontânea 
Nível 1- escrita indiferenciadaNível 2- diferenciação da escrita
· Hipótese Silábica - estabelece relação entre contexto sonoro da linguagem e o contexto gráfico do registro - uma letra para cada som
Atribuir a cada letra ou marca escrita o registro de uma sílaba falada.
Nível 1- silábica sem valor sonoro – uma letra para cada som, mas não estabelece relação som – grafia.
Nível 2- silábica com valor sonoro 1 letra para cada som, estabelecendo algum tipo de relação com o som – relação grafema fonema.
· Hipótese Silábico-alfabética (Brasileiro) – começa a acrescentar mais de uma letra para cada som falado (ainda omite algumas letra) 
Aproxima-se do principio alfabético, em que os sons da fala são registrado pelo uso de mais de uma letra.
· Hipótese Alfabética – representa a fala no sistema alfabético de escrita
Realiza análise sonora dos fonemas das palavras que vai escrever
Alcance da legibilidade da escrita produzida – compreendida pelos adultos
Conteúdo a ser dominado: regras normativas ortográficas.
(Psicogênese da língua escrita – Emília Ferreiro e Ana Teberosky).
LETRAMENTO
Exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denomina-se Letramento que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos.
DIMENSÕES DO LETRAMENTO
· DIMENSÃO INDIVIDUAL:
	O letramento é visto como um atributo pessoal, posse individual das tecnologias mentais complementares de ler e escrever.
· DIMENSÃO SOCIAL:
	O letramento é visto como um fenômeno cultural, um conjunto de atividades sociais que envolver a língua escrita, e de exigências sociais de uso da língua escrita
As duas dimensões devem ser priorizadas.
Estratégias de Leitura
A LEITURA NA ESCOLA
· O objetivo da escola deve ser a formação de leitores competentes, que se tornem cidadãos capazes de ler tudo que circula socialmente e compreendê-los.
O ENSINO DE ESTRATÉGIAS DE COMPREENSÃO LEITORA
· As estratégias de leitura servem aos propósitos:
· 1. Compreender: O que/ Por que e Para que tenho que ler?
· 2. Ativar e aportar à leitura os conhecimentos prévios relevantes para o conteúdo em questão. Que sei sobre o conteúdo do texto?
· 3. Dirigir a atenção ao fundamental, em detrimento do que pode parecer mais trivial.
· 4. Avaliar a consistência interna do conteúdo expressado pelo texto e sua compatibilidade com o conhecimento prévio e com o “sentido comum”. Este texto tem sentido?
· 5. Comprovar continuamente se a compreensão ocorre mediante a revisão e a recapitulação periódica e a auto-interrogação. Qual é a ideia fundamental que extraio daqui.
· 6. Elaborar e provar inferências de diversos tipos, como interpretações, hipóteses e previsões e conclusões. Qual poderá ser o final deste romance?
PARA COMPREENDER... ANTES DA LEITURA
1. IDEIAS GERAIS
· Concepção que o professor tem sobre a leitura e que definirá sua forma de trabalhá-la:
· • ler é muito mais do que possuir um rico cabedal de estratégias e técnicas.
· • ler é um instrumento de aprendizagem, informação e deleite.
· • a leitura não deve ser considerada uma atividade competitiva.
· • quem não sente prazer pela leitura não conseguirá transmiti-lo aos demais.
· • a leitura para as crianças tem que ter uma finalidade que elas possam compreender e partilhar.
· • a complexidade da leitura e a capacidade que as crianças têm para enfrentá-la.
2. MOTIVAÇÃO PARA A LEITURA
3. OBJETIVOS DA LEITURA
· São os diferentes propósitos a que se destina a leitura:
· a) ler para obter uma informação precisa;
· b) ler para seguir instruções;
· c) ler para obter uma informação de caráter geral;
· d) ler para aprender;
· e) ler para revisar um escrito próprio;
· f) ler por prazer;
· g) ler para comunicar um texto a um auditório;
· h) ler para praticar a leitura em voz alta;
· i) ler para verificar o que se compreendeu.
4. REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO PRÉVIO
5. ESTABELECIMENTO DE PREVISÕES SOBRE O TEXTO
6. FORMULAÇÃO DE PERGUNTAS SOBRE ELE
CONSTRUINDO A COMPREENSÃO... DURANTE A LEITURA
Fazer resumos;
Leituras compartilhadas;
Leitura independente;
DEPOIS DA LEITURA: CONTINUAR COMPREENDENDO E APRENDENDO...
· Cabe ao professor organizar uma série de atividades que mostrem aos alunos o que significa a ideia principal do texto.
O ENSINO E A AVALIAÇÃO DA LEITURA
· Para falar da avaliação é importante, de antemão, apresentar as ideias que estão por trás do que se entende por ensino e aprendizagem da leitura:
· 1. Aprender a ler significa aprender a encontrar sentido e interesse na leitura.
· 2. Aprender a ler também significa aprender a ser ativo ante a leitura, ter objetivos para ela, se auto-interrogar sobre o conteúdo e sobre a própria compreensão.
· 3. Aprender a ler compreensivamente é uma condição necessária par poder aprender a partir dos textos escritos.
· 4. Aprender a ler requer que ensine a ler.
· 5. Ensinar a ler exige a observação dos alunos e da própria intervenção, como requisitos para estabelecer situações didáticas diferenciadas capazes de se adaptar à diversidade inevitável da sala de aula.
· 6. Ensinar a ler é uma questão de compartilhar. Compartilhar objetivos, compartilhar tarefas, compartilhar os significados construídos em torno deles.
· 7. Promover atividades significativas de leitura, para as quais tenha sentido - e os alunos possam vê-lo - o fato de ler, é uma condição necessária para conseguir o que nos propomos.
· 8. Refletir, planejar e avaliar a própria prática em torna da leitura constituem requisitos para otimizá-la, para modificá-la quando for necessário e no sentido conveniente.
· 9. Ensinar a leitura no sentido descrito é um assunto que transcende a cada professor individualmente.
MÓDULO: VYGOTSKY, PIAGET E WALLON
1. VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Formação social da mente.
2. LA TAILLE, Yves. DANTAS, Heloisa e OLIVEIRA, Marta Kohl de, Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão.
Os trabalhos de Vygostsky pertencem ao campo da psicologia genética – estudo da gênese, formação e evolução dos processos psíquicos superiores do ser humano.
A psicologia genética estuda a infância para tentar compreender a formação dos processos psíquicos complexos.
Diferente dos processos psicológicos elementares que são reações automáticas, reflexas e possuem associações simples de origem biológica.
Concepções do desenvolvimento:
Genética – procura compreender a origem e o desenvolvimento dos processos psicológicos.
Filogênese – desenvolvimento da espécie humana ex: coisas que somos capazes de fazer. Pegar em pinça, andamos, mas não voamos.
Ontogênese - O sujeito nasce, cresce, reproduz, morre (história do ser). O plano ontogenético do ser: a criança quando pequena fica deitada, depois sentada, depois em pé... a seqüência de seu desenvolvimento.
Sociogênese – história dos grupos sociais, história da cultura, onde o sujeito está inserido.Ex: Puberdade – há mudanças biológicas, que são compreendidas de forma diferente em cada cultura. 3ª idade – categoria criada nos últimos tempos, claramente social.
Microgênese – desenvolvimento de aspectos específicos do repertório psicológico; cada fenômeno psicológico tem uma história.Ex: saber algo e não saber algo como amarrar o sapato, antes o sujeito não sabia como fazê-lo, depois ele aprende (algo aconteceu). A história de como aprendeu a amarrar o sapato é a microgênese. 
Vygotsky se dedicou aos estudos: Funções psicológicas superiores – funcionamento psicológico tipicamente humano – capacidade de planejamento, memória voluntária, imaginação...
Mecanismos intencionais que se referem as ações conscientemente controladas, aos processos voluntários que dão ao indivíduo a possibilidade de independência em relação às características do momento e espaço presente.
Originam-se nas relações entre indivíduos humanos e se desenvolvem ao longo do processo de internalização de formas culturais de comportamento.
MEDIAÇÃO SIMBÓLICA
Mediação caracteriza a relação do homem com o mundo e com os outros homens. 
Dois elementos básicos responsáveis pela mediação:
Instrumento - que tem a função de regular as ações sobre os objetos
Signo – que revela asações sobre o psiquismo das pessoas (objeto, figura, forma, fenômeno, gesto ou som – representa algo diferente de si mesmo) Ex: no código de trânsito a cor vermelha significa parar...
Vygotsky afirma que a origem das atividades psicológicas devem ser procuradas nas relações sociais do indivíduo com o meio externo.
Mediação
Entende que o ser humano não é um produto de seu contexto social, mas também um agente ativo da criação desse contexto.
Os instrumentos (mediadores) são elaborados para a realização da atividade humana. 
O homem produz seus instrumentos para realização de tarefas específicas, são capazes de conservá-los para uso posterior, de preservar e transmitir sua função aos membros de seu grupo, de aperfeiçoar antigos instrumentos e de criar novos.
Signos – Instrumentos psicológicos – têm a função de auxiliar o homem nas suas atividades psíquicas.
Com o auxílio dos signos, o homem pode controlar voluntariamente sua atividade psicológica e ampliar sua capacidade de atenção, memória, como exemplo, pode anotar uma entrevista na agenda para não esquecer.
A questão da linguagem
A linguagem é entendida como um sistema simbólico fundamental em todos os grupos humanos, elaborado no curso da história social, que organiza os signos em estruturas complexas e desempenha um papel imprescindível na formação das características psicológicas humanas.
O surgimento da linguagem imprime três mudanças essenciais:
· 1ª A linguagem permite lidar com os objetos do mundo exterior mesmo quando eles estão ausentes.
· 2ª Processo de abstração e generalização – é possível analisar, abstrair e generalizar as características dos objetos, eventos e situações presentes na realidade. 
· 3ª Função de comunicação entre os homens - garante como conseqüência, a preservação, transmissão e assimilação de informações e experiências acumuladas pela humanidade ao longo da história.
· A linguagem é um sistema de signos que possibilita o intercâmbio social entre indivíduos que compartilhem desse sistema de representação da realidade.
Os sistemas simbólicos
· Os sistemas simbólicos (sistemas de representação da realidade), especialmente a linguagem, funcionam como elementos mediadores que permitem a comunicação entre indivíduos, estabelecendo os significados determinados pelos grupos culturais e situações do mundo circundante.
· Os processos de funcionamento mental do homem são fornecidos pela cultura, através da mediação simbólica.
Criança
· A criança incorpora ativamente as formas de comportamento já consolidadas na experiência humana, à partir de sua inserção num dado contexto cultural, sua interação com membros de seu grupo e sua participação em práticas historicamente construídas.
· Os membros da sociedade estão num constante movimento de recriação e reinterpretação de informações, conceitos e significados. 
O processo ensino – aprendizagem
· Para Vygotsky, as potencialidades do indivíduo devem ser levadas em conta durante o processo de ensino-aprendizagem. 
· A partir do contato com uma pessoa mais experiente juntamente com os aspectos histórico-culturais, as potencialidades do aprendiz são transformadas em situações que ativam esquemas processuais cognitivos ou comportamentais, e este convívio produz no indivíduo novas potencialidades, num processo dialético contínuo. 
· A escola tem um papel essencial na construção desse ser; ela deve dirigir o ensino para etapas ainda não alcançadas pelos alunos, funcionando como incentivadora de novas conquistas, do desenvolvimento potencial do aluno.
Teorias psicogenéticas em discussão
Piaget:
Inteligência e afetividade são diferentes em natureza, mas indissociáveis na conduta concreta da criança;
A afetividade interfere constantemente no funcionamento da inteligência, estimulando-o ou perturbando-o, acelerando-o ou retardando-o;
A afetividade não modifica as estruturas da inteligência, sendo somente o elemento enérgico das condutas.
Vygotsky:
“As emoções são organizadas, concebidas e nomeadas de forma absolutamente diversa em diferentes grupos culturais”
“Por meio do modelo vygotskyano, é possível concluir que as funções psíquicas humanas estão intimamente vinculadas ao aprendizado, à apropriação (por intermédio da linguagem) do legado cultural de seu grupo. O longo caminho do desenvolvimento humano segue do social para o individual”.
Wallon:
Foco: motricidade
Visão não fragmentada: motor, afetividade, inteligência e relações com o meio;
“A inteligência e afetividade se constroem reciprocamente, numa complexa relação de interdependência”
MÓDULO MATEMÁTICA
LERNER, Delia. O sistema de numeração: um problema didático.
Este capítulo é resultado de uma pesquisa, na qual se tinha por objetivo compreender o acesso das crianças ao sistema de numeração nos diversos agrupamentos (base 10 e outras).
A autora fez uma pesquisa com crianças.
· Dessa forma, as crianças elaboram critérios próprios para produzir representações e a construção da notação convencional não segue a ordem da sequencia numérica.
· Por exemplo: o número 108 é o 10 e o 8 juntos, então setecentos e vinte cinco, torna-se 70025.
· A autora critica o enfoque adotado para ensinar o sistema de numeração, por exemplo: Escreva o número de 1 a 100. 
· Ela propõe: Do uso à reflexão e da reflexão à busca da regularidade. Buscar soluções, pois isso leva a estabelecer novas relações; trabalhar desde o começo e simultaneamente com diferentes intervalos da sequencia numérica; desafiar as crianças, ou seja, propor desafios.
· Na aula devemos criar situações que permitam mostrar a própria organização do sistema;
· Trabalhar os eixos das situações didáticas propostas: operar, ordenar, produzir e interpretar.
Educação Matemática: conversas com professores dos anos iniciais. PIRES, Célia Maria Carolino.
· Na pesquisa do Mestrado em Educação, busco investigar as práticas estatísticas de professoras que atuam nos Anos Iniciais.
· Iniciei com um levantamento da Realidade feita através de um questionário respondido por professoras, do município de Santa Rosa RS.
· As entrevistas realizadas com as professoras de anos iniciais confirmam alguns aspectos já recorrentes em pesquisas que investigam a docência.
· A fala P4 explicita este entendimento “[...]naquele tempo, professor era algo muito valorizado, quando minha mãe chegava nos lugares diziam: A Professora chegou..., eu queria ter uma profissão em que eu me sentisse valorizada”.
Conclusões:
· A análise da primeira entrevista nos indica que a escolha da profissão docente foi influenciada pelo vínculo familiar e pelo reconhecimento profissional.
· A trajetória escolar vivenciada mostra uma relação de indiferença em relação a matemática.
· Há constatação de que metodologia de trabalho vivenciada não levou-as a significar o que aprenderam durante o Ensino Fundamental.
· No Ensino Médio Normal os registros são opostos: a vivência de um ensino baseado no “como fazer” através de jogos e brincadeiras é elogiado por todas.
· Não havendo compreensão dos conceitos básicos no Ensino Fundamental e com um Ensino Médio centrado em processos metodológicos o que se percebe é uma restrição do trabalho desenvolvido apenas em um aspecto da matemática: números e operações.
· Conforme os PCN(BRASIL, 1997) a matemática escolar se organiza a partir de quatro blocos de conhecimento: Números e Operações, Espaço e Forma, Grandezas e Medidas e Tratamento de Informações.
· As práticas estatísticas problematizadas em nossa pesquisa são reconhecidas como legítimas, mas não têm sido potencializadas, devido especialmente as limitações conceituais vivenciadas ao longo da trajetória estudantil no componente de matemática e podendo ser reflexo do processo de formação inicial e continuada.
MÓDULO EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
1. Rosita Edler Carvalho
2. Plano Nacional de Ed. Especial na Perspectiva de Ed. Inclusiva
Para incluir um aluno com características diferenciadas numa turma dita comum, há necessidade de se criarem mecanismos que permitam que ele se integre social, educacional e emocionalmente com seus colegas e professores ecom os objetos do conhecimento e da cultura.
Não consiste somente na permanência física desses alunos, mas o propósito de rever concepções e paradigmas, respeitando e valorizando a diversidade desses alunos, exigindo assim que a escola defina a responsabilidade criando espaços inclusivos. 
O despreparo dos professores para atuar com a educação inclusiva, gera grandes equívocos por parte dos profissionais. Muitos entendem educação inclusiva como uma proposta apenas para deficientes, e desconsidera a integração dos inclusos não acreditando em sua aprendizagem.
Todo o trabalho da escola deve-se pautar em dar condições para que todos participem do processo de aprendizagem, assim esta deve promover eventos que desenvolvam a cultura, promovam a participação de toda comunidade dentre outras medidas que permitam a inclusão de fato.
Para isso devemos incluir: alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
Para garantir: acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino; 
transversalidade da modalidade de educação especial desde a educação infantil até a educação superior; 
oferta do atendimento educacional especializado; formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão; 
participação da família e da comunidade; acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e informação; 
e articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.
Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a proposta pedagógica da escola, definindo como seu público-alvo os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos.
Consideram-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. 
Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. 
Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. 
Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros.
A educação especial perpassa todos os níveis e modalidades de ensino;
Todos os professores são considerados capacitados para trabalhar com a inclusão;
Os professores que queiram ser especializados em educação especial devem possuir o curso de licenciatura na área, ou pós-graduação;
O atendimento educacional especializado identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas.
TODOS OS AUTORES SEGUEM A LINHA DO CONSTRUTIVISMO: COLL, GASPARIAN, ZABALA, FERREIRO, TEBEROSKY, SAVIANI:
Conceitos:
Aprendizagem significativa;
Construção ativa do conhecimento;
Aluno ativo como centro da aprendizagem;
Papel do professor: mediador, orientador, provocador de desafios, criador de situações de aprendizagem;
Devemos trabalhar: Rotinas estáveis; sequencias didáticas e projetos.
Os projetos devem levar em conta os desejos e necessidades dos alunos;
O professor tem o dever de saber planejar e executar as situações de aprendizagem.
Avaliação: Diagnóstica, cumulativa, processual, mediadora, formativa.
Teoria Crítica da Educação.
Escola autônoma
Leitura e Escrita:
FERREIRO: Analisando a evolução da escrita infantil reconhece quatro períodos, que denomina como: período pré-silábico, período silábico, período silábico-alfabético e período alfabético.
Devemos fazer uma revolução conceitual sobre a alfabetização.
AUTONOMIA
AZANHA: Compreende a autonomia da escola como um requisito político. Acredita que a boa escola é aquela que, levando à radicalidade seu potencial de autonomia, elabora sólido projeto pedagógico, envolvendo os protagonistas da vida escolar. 
Por essa mesma razão, a elaboração da proposta e do projeto pedagógico de cada escola constitui ato estratégico mediante o qual se torna possível estabelecer negociações, acordos e coordenadas de ação capazes de planejar, estruturar, organizar e conferir diretrizes às práticas curriculares em seus diferentes níveis.
FRACASSO ESCOLAR
PATO: enumera três causas para a dificuldade de aprendizagem, a primeira as condições de vida do aluno, a segunda a inadequação da escola pública em lidar com esse aluno, e em terceiro por parte do professor, a falta da sensibilidade e de conhecimento da realidade vivida pelos seus alunos, por causa da distância entre a cultura de ambas as partes. 
INCLUSÃO
SASSAKI: As pessoas que possuem necessidades especiais, além dessas necessidades, elas também possuem as necessidades inerentes a qualquer ser humano, todavia, existem muitas barreiras para que possam tomar parte ativa na sociedade.
Sua proposta: Na verdadeira inclusão social, segundo Sassaki (1997), é a sociedade que deve ser modificada para incluir todas as pessoas. Ela precisa ser capaz de atender às necessidades de seus membros.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar – O que é? Por quê? Como fazer? Ed. Moderna, 2003. MANTOAN EGLER, Maria Teresa, SANTOS DOS TEIXEIRA, Maria Terezinha. Atendimento Educacional Especializado: Políticas Públicas e Gestão nos Municípios. São Paulo. Ed Moderna, n/d
· INCLUSÃO ESCOLAR O QUE É?
· A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, porque não atinge apenas os alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. 
· A reorganização das escolas depende de um encadeamento de ações centradas no projeto político-pedagógico. 
· A ATUAÇÃO DO PROFESSOR
· O professor inclusivo não procura eliminar a diferença em favor de uma suposta igualdade do alunado – tão almejada pelos que apregoam a homogeneidade das salas de aula. Ele está atento aos diferentes tons das vozes que compõem a turma, promovendo a harmonia, o diálogo, contrapondo-as, complementando-as.
· Formar o professor na perspectiva da educação inclusiva implica ressignificar o seu papel, o da escola, o da educação e o das práticas pedagógicas usuais do contexto excludente do nosso ensino, em todos os níveis.
· TRABALHO COLETIVO
· UMA PEDAGOGIA DA DIFERENÇA
· PEDAGOGIA DA DIVERSIDADE
· (ela se destina a etnias, religiões, gêneros, minorias em geral que buscam afirmação social)
≠
· PEDAGOGIA DA DIFERENÇA
· (construída no entendimento pleno da inclusão e destinada a alunos que não se repetem)
GARDNER: O ensino para a compreensão, ou seja: o que os alunos aprendem precisa ser internalizado e depois utilizado em diversas e variadas circunstâncias, dentro e fora da escola, sendo a base para um aprendizado contínuo, prolongado e repleto de possibilidades.
Segundo Vito Perrone, uma pedagogia da compreensão deve ser suficientemente atraente e flexível para servir a todos os alunos, funcionar em todos os níveis de capacidade e rendimento acadêmicos, engajar a total variedade de possibilidades intelectuais, de modo a aflorar os talentos dos alunos e ser adaptável

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