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BASES MOLECULARES DO CÂNCER AGRAVOS DA SAÚDE – AULA 25 E 26 QUAIS OS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DAS BASES MOLECULARES DO CÂNCER? Aqueles princípios que valem como regra quando pensamos em mecanismos carcinogênicos – câncer a nível de molécula. São quatro princípios fundamentais. ♥ “Dano genético NÃO letal encontra-se na cerne da carcinogênese.” O câncer é fruto de um dano genético NÃO letal. Para ter o câncer, teve que ter alguma alteração a nível de um material genético e ele não foi capaz de encaminhar essa célula para um processo de morte celular. Porque se esse dano genético tivesse resultado em um processo de morte, seja por apoptose ou necrose, não teria processo de origem do câncer. Hoje, é discutido a questão da epigenetica que está relacionada não diretamente as bases nitrogenadas do DNA. Ela fala, principalmente de alterações nas estonas que são proteínas, que servem de base pro enovelamento de DNA. ♥ “Um tumor é formado pela expansão clonal de uma única célula precursora que sofreu lesão genética. ” (Tumores são monoclonais). Os tumores são monoclonais, nesse caso estamos falando de câncer. Isso significa que foi uma única célula alterada que deu origem a toda aquela massa tumoral. Se um câncer é monoclonal, porque vemos células diferentes? Sendo que todas vieram de uma célula. Porque essa única célula alterada vai passando por mutações adicionais que resultam em alterações não só morfológicas como também funcionais e resultando em alterações em heterogeneidade. Por mais que classificamos as células de um câncer heterogêneo, essa massa tem origem monoclonal. ♥ O terceiro princípio fala que existe quatro classes de genes reguladores normais, mas que quando alterados vão participar do mecanismo carcinogênico. Ou seja, são quatro classes de genes que existem, estão presentes no nosso organismo em condições de normalidade, mas que quando alterados darão origem a câncer. Isso é descrito como os principais alvos do dano genético carcinogênico. Quem são eles? Os Proto-oncogenes, genes supressores de tumor, genes que regulam a morte celular programática (apoptose) e genes envolvidos no reparo do DNA. São esses que estão envolvidos em mecanismos fisiológicos no nosso organismo, participam do controle celular, qualidade do ciclo celular e quando alterados podem dar origem a câncer. ♥ A carcinogênese é um processo em múltiplas etapas, resultante do acumulo de múltiplas mutações. Essas múltiplas etapas levam a alterações genéticas e como consequência uma heterogeneidade fenotípica das células tumorais. Além do câncer ser monoclonal, esse câncer surge a partir de um processo de múltiplas etapas, onde as mutações vão se acumulando resultando em alterações genotípicas e fenotípicas. Isso justifica a heterogeneidade do câncer. Quando olhamos para o fenótipo é o comportamento dessas células diante das alterações genéticas como por exemplo: crescimento excessivo, capacidade de invadir localmente e também a capacidade de formar metástases. As células heterogênicas são alteradas morfologicamente e funcionalmente e vão necessitar menos de fatores de crescimento para se dividir, outras não vão ser antigênicas, outras vão ser bem invasivas e outras vão formar um conjunto de alterações que garantem o comportamento metastático. Portanto, a origem é monoclonal. Existem algumas alterações que são essenciais na transformação maligna. Quais? São consideras sete alterações-chave: → A célula adquire capacidade de autossuficiência nos sinais de crescimento. As células conseguem sofrer atividade mitótica independente dos sinais de crescimento, as vezes até consegue produzir esses sinais para estimular a taxa. → São insensíveis aos sinais de crescimento. Ou seja, não tem mais controle, vão se dividir independente de freios. → São células que tem a capacidade de resistir a apoptose – evasão da apoptose. → Tem uma capacidade de divisão, replicação celular ilimitado, principalmente as células tronco cancerígenas. → Capacidade de fazer angiogenese e manter. → Capacidade de invadir e metastatizar → São células que tem defeitos no reparo do DNA PROTO-ONCOGENE E ONCOGENES Essa imagem está bem representada. Podemos perceber o proto-oncogene tem a cara de um homem, simpático, bem apresentado. E está dessa forma porque todos nós temos o proto-oncogene e todos nós queremos que ele esteja formando em condições de normalidade. Porém, sabe-se que todos os proto-oncogene alterado vai se comportar como oncogenes e ele é a favor da carcinogênse, do surgimento de neoplasias malignas. Então, todos nós em condições de normalidade, temos genes que podem se transformar em oncogenes que são os proto-oncogene. Os oncogenes são genes que estimulam a divisão das células, estimulam a transformação maligna e o surgimento do câncer. A versão celular normal do oncogêne é chamad de proto- oncogene. E quando este sofre alteração (mutação, rearranjo cromossômico, amplicação gênica) vai se comportar como oncogênese e leva a transformação maligna. O proto-oncogênese sofre mutação e dá origem ao oncogenes. Se todos nós temos proto-oncogênese, qual a função dele no nosso organismo? É a mesma dos oncogenes, proliferação e divisão de uma célula. Só que dos proto- oncogenes a proliferação e divisão de células é em condições de normalidade, a partir de estímulos fisiológicos para isso. Eles sintetizam proteínas saudáveis que estimulam o processo de divisão celular. Os oncogenes vão proliferar e dividir SEM necessidade do organismo, sem demanda fisiológica. A ao invés de sintetizar proteínas saudáveis, vão sintetizar o que chamamos de oncoproteínas que são proteínas alteradas que estimulam o crescimento células nas células cancerígenas. A oncoproteina vai ter função semelhante a proteína sintetizada pelo proto-oncogênese a diferença que é ela é autossuficiente. Tem mecanismos, formas, maneiras de estimular a divisão celular mesmo sem demanda fisiológica para isso. Isso quer dizer que as oncoproteinas garantem para as células um mecanismo de autossuficiência no crescimento, estão ativas constitutivamente independente de não ter estimulo positivo pra isso. Os oncogenes são criados por mutações nos proto- oncogenes e se caracterizam pela capacidade de promover o crescimento celular, na ausência de sinais promotores de crescimento normais. DE QUE FORMA ESSAS ALTERAÇÕES GENÉTICAS LEVAM A ESSA AUTOSSUFICIÊNCIA? O primeiro fator é em relação aos FATORES DE CRESCIMENTO. Algumas células malignas que passam por essa alteração começam a trabalhar de uma forma que chamamos de ALÇA AUTÓCRINA. Alça autócrina: não tem no meio estimulo fisiológico positivo de crescimento e divisão celular para essa célula, porém essa célula alterada e maligna pode fazer? Produzir proteínas que vão funcionar como fatores de crescimento para esse receptor que ela tem. Ela mesmo produz o fator de crescimento que não existem no nosso organismo naquele momento já que não precisamos que essa célula inicie um processo de divisão e crescimento celular. Muitas neoplasias malignas produzem esse fator de crescimento. Além disso, podem produzir o próprio receptor para esse fator. Como é uma célula autossuficiente, não precisa de sinais externos para estimular a divisão celular, a célula mesmo pode fazer isso através de estimulação de fatores de crescimento no meio. Além desses fatores de crescimento estimularem a própria célula que o produziu, também pode estimular as células adjacentes, vizinhas e estimula uma rápida divisão e proliferação celular. A célula também pode codificar RECEPTORES DE FATORES DE CRESCIMENTO. Algumas vezes, esses receptores são produzidos de uma forma que eles simulam a presença do fator de crescimento. Como assim? Não necessariamente precisa ter o fator de crescimento mesmo que produzido pela célula, as vezes ela produz um receptor quemesmo na ausencia do FC, ele fica o tempo todo ativo como se tivesse a presença de um FC. A célula vai responder a uma ativação constitucional desse receptor e assim, se divide, prolifera e aumenta a taxa mitótica. Os receptores mutantes alterados foram codificados pela própria célula e liberam sinais mitogênicos contínuos para a célula. Outra coisa muito importante que pode estar alterado quando um proto-oncogene muda para oncogene: PROTEINAS TRANSDUTORAS DE SINAIS. Em condições fisiológicas, quando o receptor se liga ao seu ligante (FC) para poder acontecer o processo de divisão, como o núcleo vai saber que aconteceu essa união e já que ele é o responsável pela divisão? Porque acoplado em uma região perto do receptor existem as proteínas trandutoras de sinais que captam através da alteração do receptor que houve ligação do FC e elas se descolam e leva essa informação pra o núcleo, são mensageiras. Quando tem mutação, muitas vezes não tem o FC, a célula fica dividindo, algumas vezes ela mesmo produz o FC e o receptor e outras vezes produziu um receptor que fica o tempo todo com uma alteração conformacional, uma ação constitutiva fazendo com que as proteínas transdutoras de sinais levem mensagem para o nucleo de divisão celular mas também pode acontecer do gene que produz essa proteína estar alterado. Então, essa proteína fica o tempo inteiro simulando a função. As oncoproteinas mimetizam a função de proteínas plasmáticas transdutoras de sinais. Mesmo na ausência de estimulo fisiológico, essa proteína transdutora fica levando informações para o núcleo de que tem estimulo positivo para a divisão celular mesmo na sua ausência. ONCOGENES RAS Tem um papel muito importante na carcinogênese. Em condição de normalidade, ele é o proto-oncogenese RAS. Eles estimulam e favorecem a mitogênese de uma forma autossuficiente. Ele precisa de um estimulo real do organismo para a divisão. Quando ele está mutado, o oncogene RAS produzindo sua oncoproteina ele estimula sua mitogenese porém sem necessidade fisiológica para isso. Nessa imagem estamos vendo uma bicamada lipídica que tem a presença de um receptor para fatores de crescimento, então essa célula precisa iniciar um processo de divisão celular e essa informação chega no núcleo através de proteínas trandutoras de sinais. Em condições de normalidade, (RAS) está inativa Ligada a GDP. A proteína recebe a informação que houve a ligação e fazendo com que RAS se torne ativa. Elas se tornam ativa porque é fosforilada, sai da condição de GDP e torna GTP e a RAS leva informação pra o núcleo de divisão celular. Quando não temos mais o fator de crescimento, ocorre a inativação de RAS. Sai da forma ativa e volta para inativa e isso acontece porque ele perde o fosfato. Temos a inativação porque tem uma hidrolise liberando uma molécula de fosfato. E a célula vai parar de dividir. O problema é quando RAS está mutado e vai se comportar como uma oncoproteina e não vai permitir a sua inativação e liberação do fosfato. Vai ficar o tempo inteiro fosforilada mandando mensagem constitutiva para o núcleo de divisão celular. Oncogenes RAS: a mutação pontual da família de genes RAS é a anormalidade isolada mais comum dos proto- oncogeneses nos tumores humanos. Aproximadamente 15 a 20% de todos os tumores humanos contem versos mutadas das proteínas RAS. Como o RAS está frequentemente mutado nos tumores humanos, muitos esforços têm sido feitos para desenvolver modalidades anti-RAS de terapia-alvo. Infelizmente, até agora nenhuma dessas estratégias se mostrou bem-sucedida a ponto de ser usada. 90% dos adenocarcinomas pancreáticos contem uma mutação pontual de RAS. ONCOGENES MYC Em condições de normalidade, também é o proto- oncogenes. São proteínas que são rapidamente induzidas quando as células recebem o sinal para se dividir. Ela estimula a divisão de células, porem diferente do RAS que podemos descrever a nível molecular o que acontece, a massa molecular da função do MYC na replicação celular não está completamente esclarecida. Está expresso em praticamente todas as células eucarióticas. São rapidamente induzidos quando as células quiescentes recebem um sinal para se dividirem. Acredita-se que o MYC esteja envolvido na carcinogênese através da ativação de genes que estão envolvidos na proliferação celular. É comprovado que todas as vezes que temos alterações em MYC, essa neoplasia maligna tende a ter um prognostico ruim. Porque as células perdem muito a adesão celular, aumento da motilidade celular, aumento da síntese de proteínas e alterações no metabolismo celular que permitem uma alta taxa de divisão celular. Outro entendimento é quando olhamos para o oncogenes MYC especificamente no linfoma de Burkitt (tumor de células B). Porque nesse tumor observa-se alteração na produção de proteínas devido a translocação que ocorre no gene. No linfoma de Burkitt, os cromossomos 8 e 14 transcolam fragmentos do seu material genético, como braço do cromossomo e isso leva a um aumento da proteína MYC. SUPRESSORES TUMORAIS OS GENES SUPRESSORES DE TUMOR são aqueles que fazem o controle de uma forma geral da multiplicação e da diferenciação celular. São genes que atuam sobre o ciclo celular, na maioria das vezes, mas não é exclusiva. São genes são importantes pois evitam a reprodução descontroladas das células por isso são considerados capazes de aplicar freios no processo de divisão celular. Enquanto os proto-oncogenes eram aqueles que estimulam a divisão celular e proliferação e sua vertente alterada – oncogenes faz a mesma coisa, porém sem demanda fisiológica, os genes supressores de tumor fazem o contrário. Atuam como um sistema coordenado e eficaz que impede a proliferação celular desordenada após agressões. A atuação do oncogene em uma célula com sistema de genes supressores de tumor integro não resulta em proliferação celular aumentada e neoplasia. Os genes supressores de tumor íntegros inibem o crescimento celular. Formas de atuação: → Controlam diretamente o ciclo celular → Controlam Fatores de crescimento → Vias que ativam a apoptose. Os genes supressores levam as células com alta divisão para a apoptose para impedir a formação de tumor → Estimulam a diferenciação e inibem mitoses. Quanto maior a atividade mitótica, menor o nível de diferenciação. → Codificam proteínas que regulam a inter-relação do citoesqueleto com a Matriz extracelular. Em geral, os supressores de tumor têm um comportamento recessivo, ou seja, eles precisam ter dois alelos afetados para induzir o câncer independente se esse câncer ocorre de uma forma esporádica ou uma forma genética. OBS: os oncogenes tem um comportamento inverso, não são recessivos e sim dominantes. Ele manifesta sauas características e estimula a divisão de células através de uma cópia do gene ativo. PONTOS DE CHECAGEM DO CICLO CLEULAR (check-points). São pontos durante todo o ciclo celular em que é feito uma análise de como está acontecendo a divisão daquelas células, a qualidade, se está acontecendo corretamente, se o material genético está em condições adequadas para prosseguir o ciclo celular. Existem vários pontos e dentre eles dois que são importantes: G1/S: é a fase de síntese. É mediada principalmente por p53. O p53 não tem a responsabilidade de parar o ciclo celular mas tem de fazer uma análise da qualidade da divisão celular para saber se está acontecendo em condições de normalidade ou não. Ele não para o ciclo celular, ele induz o inibidor do ciclo celular p21 que só consegue inibir após o p53 detectar que tem alteração. Tem vários outros check points que utilizam o p53. Mas não é o único que controla o ciclo celular. G2/M: envolve mecanismos de checagem p53-dependentes quando independentes. ONCOGENES X GENES SUPRESSORES DE TUMOR Os oncogenes coordenam a proliferação das células e os genes supressoresde tumor aplicam freio à proliferação celular. GENES SUPRESSORES DE TUMOR GENE TP53: a proteína produzida por esse gene é chamada P53. É o gene supressor de tumor mais comumente relacionado aos canceres humanos, é o mais importante. >50% dos tumores humanos possuem mutação nesse gene. Por isso ele foi considerado o Guardiã do genoma celular. É aquele que cuida do nosso material genético, DNA, analisa a qualidade do ciclo celular, da divisão celular e caso de necessidade ativa o p21 para pausar. Além disso, é considerado “Policial molecular” porque ao fazer a análise celular, ele evita a propagação de células geneticamente danificadas. A alteração do gene TP53 favorece a progressão tumoral pois são mais comuns em canceres avançados e/ou metástase. As mutações são de formas diferentes e diversificadas durante o desenvolvimento da doença. Para que tenha a expressão do fenótipo neoplásico precisa da perda dos dois alelos dos genes porque ele é recessivo. Independente se a alteração do DNA se deu de forma herdade ou adquirida. Isso é valido para todos os genes supressores tumorais, independente do PT53. OBS: o PT3 tem uma particularidade. Se temos dois alelos, um danificado e outro normal que vai produzir a proteína normal. Algumas vezes, a proteína p53 está alterada tem a capacidade de inibir a p53 saudável produzido pelo alelo normal. No ambiente, então, vai ter só a p53 mutada e pode ter fenótipo maligno. Então, mesmo tendo só um alelo alterado já é possível ter um fenótipo maligno manifestando. Isso é chamado de mutação dominante negativa. Falsa mutação dominante. Para ter o fenótipo neoplásico, na maioria das vezes, temos que ter alteração nos dois alelos dos genes. Quando falamos de p53, tanto de forma herdada quanto adquirida, é muito raro os individues herdarem um alelo p53 mutante, de pais para filhos mas pode acontecer e o exemplo disso é a SINDROME DE LI- FRAUMENI. Nesse caso, os indivíduos herdaram esse alelo TP53 defeituoso, mutado e alterado. É muito fácil, então deles terem um fenótipo maligno e tem uma predisposição para o surgimento do câncer. E isso aumenta com o aumento da idade, maior chance de desenvolver em tumor maligno aos 50 anos em 25x maior. Pergunta: o principal fator de risco para surgimento de câncer, de uma forma geral, é a idade. Porque? Ainda falando do gene TP53, como ele atua caso haja uma alteração do DNA? Isso se o TP53 estiver saudavel. O TP53 é um gene que produz a proteína P53. Houve uma lesão do DNA e o P53 vai detectar isso e vai ter que caminhar para uma interrupção do ciclo celular que é mediada por p21. Quando o DNA está em condições de normalidade, a p53 fica o tempo inteiro inibida, não pede interrupção do ciclo celular através da p21. E isso não quer dizer que ela não está fazendo a checagem necessária no ciclo celular, só não ativa sem necessidade. Quando tem lesão no DNA, a p53 solta do seu inibidor que é uma proteína chamada de mdm2. Automaticamente, tem-se a ativação de proteínas que inibem o ciclo celular como reposta a liberação da p53 e são ativas principalmente a p21. A p21 inibi o complexo ciclina/cdk que é um complexo que faz controle do ciclo celular e quando ele é inibido, a célula não consegue prosseguir para o ciclo celular, há uma interrupção e isso dá se um tempo para o reparto do DNA. A célula entra em repouso que é chamado quiessencia fora do ciclo celular, os genes que controlam os mecanismos de reparo são ativos para reparar esse DNA. Se não conseguiu reparar o DNA, não pode deixar, em condições de normalidade, voltar para o ciclo porque se voltar vai resultar em uma neoplasia. Se não foi possível fazer o reparo, é ativado os genes pró-apoptoticos e que favorecem os mecanismos apoptoticos e a célula defeituosa é eliminado por um mecanismo apoptotico. (bax). Na maioria das vezes isso está acontecendo em G1. O p53 quando ativa os inibidores do ciclo celular como p21 e inibem complexos que fazem parte do controle do ciclo celular como ciclina e cdk, também interfere como proteínas RB que também são supressores tumorais. Se os mecanismos de reparos e apoptoticos falharem, podem ter um surgimento de um câncer. Podemos ver um DNA saudavel que foi exposto a agentes carcinogênicos, radiação, agente químico.. e isso levou a mutação e alteração do DNA. A p53 vai fazer a checagem, viu que tem erro, se liberado do receptor e ativa p21 que inibe as proteínas ciclinas e cdk, essa inibição leva a interrupção da divisão celular porque houve uma redução da fosforilação da proteína RB. Quando há essa parada do ciclo celular, temos duas opções. A célula entra em estado de quiessencia e esse DNA corrigido e a célula volte a se dividir. Ou o reparo for ineficaz e a célula entrar em processo de apoptose. Se esses mecanismos falharem, a célula pode voltar pra o ciclo celular e dar origem as células filhas com mutações. De uma forma geral, a p53 impede a transformação neoplásica por meio de três mecanismos integrados: Ativação da interrupção temporária do ciclo celular (quiescencia). Indução da interrupção permanente do ciclo celular (senescência). Ativação da morte celular programada (apoptose). A célula em divisão celular sofreu um estresse genotóxico que é capaz de sofrer mutação no seu DNA, dá origem a uma célula mtada em divisão celular que se completar, dá origem a duas células filhas também mutadas e aí, essas células entram em divisão celular e dao origem ao um conjunto de celular, com mutações que vão se somando e surge a neoplasia com células heterogênicas. Uma outra condição: uma célula saudável sofreu o mesmo estresse genotóxico no DNA que alterou a célula e entrou em divisão celular. Se elas de novo entram em ciclo celular e completar, dá origem a células filhas alteradas. E é aqui que o supressor de tumor atua, eles não deixam que uma célula com alteração de tumor no DNA complete o ciclo celular como por exemplo o p53 que já foi explicado o mecanismo. Entra no primeiro estado chamado de quiescÊncia que é a interrupção temporária para que os genes reparem o DNA. Se o reparo do DNA não acontecer, há uma interrupção definitiva e permanente do ciclo celular que chamamos de Senescência e então, tem que pegar essa célula alterada e eliminar através de apoptose. Em um caso que a célula também foi exposta e o p53 está alterado, não é possível detectar erros, não houve indução do ciclo celular, não houve tentativa de reparo, não há senescência. Então essas células vão resultas em células filhas também mutadas, passando cada vez mais pelo ciclo celular, acumulando, promove uma expansão = tumor maligno. P53 X ANGIOGÊNESE: Já sabemos que as células tumorais que tem capacidade de angiogenese são células mais agressivas, com resistência maior, liberam com felicidade VEGF, vão receber mais oxigenação, nutrição. Essa capacidade angiogênica tem relação com o p53 porque, em condições de normalidade, o p53 estimula a expressão de moléculas anti-angiogênicas e dificulta o mecanismo angiogênico. No surgimento de um câncer em que o p53 não está alterado, o mecanismo de angiogênese vai ser mais difícil do que aquele que o p53 está alterado porque estimula as moléculas anti- angiogênicas e reprime a expressão de moléculas pró- angiogênicas. Quando também tem alteração da p53 nas células malignas, tem um ambiente mais favorável para a angiogenese porque não tem uma barreira, um obstáculo para uns mecanismos de angiogenese. P53 X TRATAMENTO: A p53 estar ou não alterada também, em determinados câncer, tem relação com o tratamento. Porque o efeito da radio e quimioterapia se dá por reduçao da massa tumoral. Como regride? Por causa da eliminação de células malignas e isso é possível porque a radio e quimio começa a provocar alteração do DNA dessas células, estimulando mecanismos apoptoticos. Se te tumores com alteração em p53, as células sofremmenos apoptose, evadem a apoptose e respondem menos a esses tratamentos. GENES SUPRESSORES DE TUMOR: como alguns vírus, especificamente o HPV tem uma capacidade carcinogênica? Alguns tipos de vírus produzem proteínas que tem capacidade de estimular a divisão celular de alguma forma, no caso do HPV, esse vírus produz uma proteína muito agressiva a p53 – proteína E6. Essa proteína se liga ao p53 e destrói o principal supressor tumoral, favorece o surgimento de câncer. GENE RB: tem esse nome porque é relacionado a doença Retinoblastoma que pode acontecer de forma esporatica ou de forma hereditária. Essa imagem representa a supressão dos supressores tumorais sobre o comportamento recessivo. Um câncer, nesse caso o retinoblastoma, ele vai surgir nesse primeiro paciente sem nenhuma característica hereditária, ou seja, forma esporádica. Isso quer dizer que tem as células somáticas dos pais e as células germinaticas dos pais em condições de normalidade e a criança nasce com células normais também, com alelo da mae e do pai. E na retina, também temos células normais. Qual o problema? Com o tempo, por algum fator ambiental, ocorre a primeira mutação em um alelo. Nesse caso, a criança não tem o fenótipo neoplásico. A célula vai se dividindo e precisa que outra alteração aconteça para que os dois alelos fiquem alterados e tenha a manifestação da doença. É um comportamento recessivo. E a forma familiar do retinoblastomas, onde tem as células somáticas e germinativas e nesse caso, gene RB mutante do pai. A criança já nasce com um alelo mutado e basta agora só uma mutação para o surgimento da doença. O acumulo de células neoplásicas pode resultar: tanto da ativação de oncogenes (promoteres do crescimento), associados a inativação de genes supressores de tumor (suprimem o crescimento), mutações nos genes que regulam a apoptose e mutações nos genes que regulam o mecanismo de reparo do DNA. GENES DA APOPTOSE → Bcl- (anti-apoptótico) → Bax (pró-apoptótico) O p53 é muito importante gene pró-apoptotico que induz a apoptose em células que não são capazes de reparar o dano do DNA. É uma forma direta de ativação de bax no mecanismo pró apoptico, favorecendo morte celular programa das células. TELÔMEROS Formas as extremadas dos cromossomos, em condições de normalidades. Não é codificante. Vai ficando cada vez mais curta conforme as células vão se dividindo, sendo considerada velha e vai acontecer morte celular. A maioria das células humanas normais possuem uma capacidade de 60-70 duplicações celulares. Depois perdem sua habilidade em dividir e se tornam senescentes. Fenômeno relacionado ao encurtamento progressivo dos telomeros nas extremidades dos cromossomos. Interrupção do ciclo celular mediada por p53 e rb. Alguns tipos de câncer tem uma alteração na telomerase que é uma enzima que tem função adicionar sequencias especificas e repetitivas de DNA à extremidade 3’ dos cromossomos, onde se encontra o telomero. A telomerase geralmente está ausente ou expressa em níveis muitos baixos na maioria das célula somáticas. A manutenção do telomero é observada em virtualmente todos os tipos de canceres. E não permite o encurtamento dos telomeros. ANGIOGENESE Os tumores sólidos não são capazes de crescer além de 1 a 2 mm sem vascularização. Células cancerosas são capazes de: Angiogenese: novos vasos brotam a partir dos capilares previamentes existentes. Vasculogênese: células endoteliais são recrutadas da medula óssea. A vasculatura tumoral é anormal. Os vasos vazam e são dilatados e possuem um padrão de conexão aleatório. proto-oncogene e oncogenes ONCOGENES RAS oncogenes myc supressores tumorais pontos de checagem do ciclo cleular oncogenes x genes supressores de tumor genes supressores de tumor genes da apoptose telômeros angiogenese
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