Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
10.08 Analgésicos- São inibidores específicos das vias de dor, agem em receptores específicos nos nociceptores primários e no SNC. Ex: Tramal, morfina Anestésicos locais- São inibidores específicos para vias sensoriais periféricas (incluindo dor) motoras e autônomas. Agem inibindo a condução de potenciais de ação em todas as fibras nervosas aferentes e eferentes. Fármacos possuem efeitos desejáveis e indesejáveis Porção lipossolúvel- Penetração no nervo Porção ionizável- Determina a velocidade de ação do AL~ Ésteres- Procaína, propoxicaína, benzocaína, tetracaína, diclonina Amidas- Lidocaína, etidocaína, mepivacaína, bupivacaína, prilocaína, articaína Composição dos anestésicos locais Anestubo (1,8ml) -Sal anestésico -Vasoconstritor ou não -Bissulfito de sódio- Preservativo do vasoconstritor/oxidação do anestésico -Cloreto de sódio -Ácido clorídrico- Anestésico base fraca+HCl= Sal hidrossolúvel -Água destilada- veículo -Metilparabeno- conservante/bacteriostático Obs: Validade 18 a 24 meses Desinfecção com gaze e álcool etílico 70% Propriedades físico-químicas do AL Lipossolubilidade- Determina o grau de penetração na membrana de mielina, a potência e a duração do efeito do AL (parte lipossolúvel) Maior toxicidade e menor margem de segurança. Ligação proteica- Relação com o tempo de ação dos AL (duração da atividade); as proteínas plasmáticas funcionam como reservatório da droga, se a finalidade de ligação é alta, a duração do efeito é maior. Também é relacionada à toxicidade porque os AL podem se ligar a proteínas plasmáticas, e se a ligação for mais forte, menor quantidade de droga chega ao cérebro e ao coração Grau de ionização (pKa)- A velocidade de ação guarda relação inversa ao seu grau de ionização, que por sua vez depende do pka do fármaco e do ph tecidual Por exemplo, a lidocaína, cujo pka é 7,9 tem, no ph fisiológico (7,4) maior concentração de forma não ionizada (RN-sem íons H+- Lipossolúvel) que a bupivacaína, cujo pka é 8,1. Assim sendo, a instalação do bloqueio com a lidocaína é mais rápida. Início e duração- Tem relação direta com o grau de ligação à proteína plasmática. Quanto mais afinidade por proteínas tem o fármaco, menor será a sua fração livre no plasma. Neurofisiologia Parte neural do sistema nervoso central. Transmite da periferia até o centro. Gânglio trigeminal está dentro do cérebro, perto da região do mesencéfalo e da ponte, ele emite 3 ramos: o ramo oftálmico que vai pro terço superior da face, o ramo maxilar que vai pro terço médio da face e o ramo mandibular que vai pro terço inferior da face, na cirurgia o ramo maxilar (totalmente sensitivo) e mandibular(nervo misto) são os mais importantes. Nervo trigêmeo (V par craniano) 3 ramos: oftálmico(v1), maxilar(v2 inerva todos os dentes superiores) e mandibular(v3 parte sensitiva da inervação dos dentes inferiores, tábua óssea externa e interna, mucosa jugal,) Nervo facial (VII par craniano) Responsável pela mímica da face, emite o nervo corda do tímpano (é outro ramo sensitivo do facial), é responsável por captar a sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua e veicular fibras secretomotoras para as glândulas sublingual e submandibular. Nervo glossofaríngeo(IX par craniano) Nervo importante pela captação da sensibilidade gustativa do terço posterior da língua e veicular fibras secretomotoras para as glândulas parótidas Nervo hipoglosso(XII par craniano) Exclusivamente motor, responsável pela motricidade da língua Sistema nervoso Função: Integração e coordenação-> Transmissão/transdução/percepção Partes do corpo e o corpo->Meio ambiente-> Estímulos sensoriais ->Resposta Funcionamento do SNC • Estímulo recebido por alguma estrutura sensorial, que consiste em porções dos neurônios sensoriais ou aferentes. • Envio da informação sensorial para o SNC • Processamento da informação pelo SNC: A informação é recebida, interpretada, e ocorre a elaboração da resposta • Execução da resposta: a informação é enviada do SNC para um órgão ou estrutura efetora via neurônios motores ou eferentes O neurônio é a unidade estrutural do sistema nervoso, transmite mensagens entre o SNC e todas as partes do corpo. 1-sensorial ou aferente 2-motor ou eferente Neurônio sensorial É capaz de transmitir a sensação de dor Partes: Corpo celular, axônio e processo periférico ou zona dendrítica Transmissão da dor: Os axônios transmitem a informação ao longo do neurônio a partir do corpo celular ou de terminações livres para os dendritos, que fazem sinapses com outros neurônios. Axônio Em alguns neurônios o axônio é envolvido pela bainha de mielina. A bainha de mielina acelera a propagação do impulso nervoso. Taxa de propagação: Não mielinizadas- 1 a 2 m/s Mielinizadas-14,8 a 120m/s Dependendo da intensidade do impulso elétrico pode saltar um ou mais nodos. Sendo assim, é preciso que o anestésico local cubra no mínimo 8 a 10mm de nervo para de obter um bloqueio total. Nos nodos a membrana do meio está diretamente exposta ao meio extracelular. Transmissão da sensação de dor Dependendo do diâmetro dos axônios e de seu estado de mielinização, os axônios são classificados em fibras A,B e C A e B- mielinizadas C- não mielinizadas Classificação dos nervos periféricos Dor • Fibras A delta sensibilidade dolorosa vai ser mais forte • Fibras C gama C menos forte Anestésicos locais Sequência de bloqueio: Dor, frio, calor, tato e compressão profunda, função motora. Os AL são definidos como drogas que tem por função bloquear temporariamente a condução nervosa em parte do corpo, determinando perda das sensações sem ter perda de consciência. Mielina É uma estrutura formada por uma membrana lipídica(bicamada de fosfolipídios) que envolve muitas vezes os axônios, formando uma bainha de isolamento elétrico, que aumenta acentuadamente a velocidade de transmissão dos impulsos. Fisiologia dos nervos periféricos Despolarização- A membrana se torna extremamente permeável ao Na Repolarização- Fechamento dos canais de Na e abertura dos canais de K Eletrofisiologia da condução nervosa Um nervo possui um potencial em repouso. Este é um potencial elétrico negativo de-70mV que existe através da membrana sendo produzido por diferentes concentrações de íons em cada lado da membrana. O exterior do nervo é mais positivo em relação ao interior dele. Bomba de sódio- potássio As proteínas canais são consideradas poros contínuos através das membranas permitindo o fluxo passivo de alguns íons(Na,K e Ca) A membrana nervosa separa concentrações iônicas muito diferentes no interior do axônio daquelas do exterior A membrana nervosa é positiva por fora e menos positiva por dentro quando em repouso Se há o estimulo há um aumento da condutividade de íons sódio para o interior da membrana e potássio para o exterior da membrana É o movimento destes íons que proporciona fonte de energia imediata para a condução do impulso nervoso. Propagação do impulso nervoso Quando um estímulo químico, mecânico ou elétrico chega ao neurônio há uma alteração da permeabilidade de membrana Grande entrada de Na+ na célula e pequena quantidade de saída de K+, inversão das cargas ao redor dessa membrana Despolarizada, gera um potencial de ação, despolarização propaga-se pelo neurônio(impulso nervoso) Modo de ação dos anestésicos locais Possibilidades: Alterando o potencial de repouso da membrana do nervo; Alterando o potencial de limiar(nível de descarga); Diminuindo a taxa de despolarização; Prolongando a taxa de repolarização Onde agem os anestésicos locais? Na membrana nervosa, mas como? Teorias: 1-da Acetilcolina: Afirmava que a acetilcolina estava envolvida na conduçãonervosa, além de seu papel como neurotransmissor, no entanto, não há evidências que a acetilcolina esteja envolvida na transmissão neural ao longo do corpo do neurônio. 2-Do deslocamento do cálcio: Já foi popular. O bloqueio nervoso dos AL seria produzido pelo deslocamento de cálcio. Evidências: A variação da concentração de íons cálcio banhando um nervo não afetaria a potência dos AL. 3-Das cargas de superfície(repulsão): Propunha que os AL atuassem por ligação à membrana nervosa e mudança de potencial elétrico na superfície da membrana. AL aumentariam o potencial de superfície da membrana tornando-o mais, diminuindo a excitabilidade do nervo. Evidências mostram que o potencial de repouso não é alterado pelos AL e AL convencionais agem dentro dos canais e não na superfície desta. Não consegue explicas as atividades das moléculas anestésicas sem carga para bloquear impulsos nervosos (benzocaína) 4- Da expansão da membrana: Os AL que são altamente lipossolúveis podem penetrar facilmente na parte lipídica da membrana celular, produzindo alteração na configuração da matriz lipoproteica da membrana do nervo. Isso resulta em diminuição do diâmetro dos canais de sódio, acarretando inibição da condutância do sódio e da excitação neural. Funciona como uma possível explicação para a atividade local de uma droga como a benzocaína, que não existe na forma catiônica( não ionizável), embora ainda exista atividade anestésica tópica potente. 5- Do receptor específico: É a mais aceita hoje em dia, propõe que os AL agem ligando-se a receptores específicos nos canais de sódio A ação da droga é direta, não mediada por alguma alteração nas propriedades gerais da membrana celular Estudo bioquímicos e extra fisiológicos têm indicado que existe um receptor específico para os AL no canal de sódio da superfície eterna ou na axoplásmica interna, assim a permeabilidade aos íons Na+ é diminuída ou eliminada e a condução nervosa é interrompida. Deslocamento de íons Ca++ do sitio receptor dos canais de Na+, o que permite... A ligação da molécula de Al a esse sitio receptor, o que produz bloqueio do canal de Na+, e uma diminuição na condutância de Na+, o que leva à depressão d taxa de despolarização elétrica e a falha em obter o nível do potencial de limiar, juntamente com uma falta de desenvolvimento dos potenciais de ação propagados, o que é chamado de bloqueio da condução nervosa. Anestésico solução e tópico Injeção nas áreas onde estão as fibras nervosas que desejamos anestesiar. Anestésico tópico é depositado na mucosa. Conceitos básicos de cirurgia Anestesia- Ato realizado utilizando os anestésicos locais que impede a transmissão do impulso nervoso. Exodontia- Ato de remoção de um dente do alvéolo ósseo. Alveolite- Complicação dolorosa que acomete um alvéolo ósseo após uma exodontia. Hemostasia- Série de eventos fisiológicos responsáveis pela coagulação sanguínea. Farmacologia- fármacos utilizados em cirurgia bucal. 17.08 Anestésicos tópicos e injetáveis Anestésico tópico traz um conforto muito grande para o paciente “A dor está fortemente vinculada à odontologia e, na maioria das vezes é motivo de busca por tratamento odontológico” Tópicos solúveis: Cocaína, Diclonina, EMLA, Tetracaína Tópicos insolúveis em H20: Benzocaína, Lidocaína Injetáveis de baixa potência: Procaína, propoxicaína Injetáveis de média potência e duração: Articaína, lidocaína, mepivacaína, prilocaína Injetáveis de alta potência e duração: Bupivacaína, tetracaína, ropivacaína. Anestésicos para aplicação tópica Componente importante para uma anestesia atraumática Os AL convencionais tópicos não são capazes de penetrar em pele íntegra, mas conseguem se difundir efetivamente através da pele escoriada (ex: queimadura de sol) ou através de qualquer mucosa. A concentração dos anestésicos tópicos>AL> risco, alguns não contém vasoconstritores. PLIAGLIS: Primeiro e único anestésico tópico com as concentrações mais altas aprovadas de lidocaína e tretacaína em associação. Apresentação:30g Mais rápido: Procedimento de fácil aplicação e remoção, com início de ação em até 20 minutos. Mais preciso: Perfil de segurança (baixa exposição sistêmica e eventos adversos) Mais simples: Formulação exclusiva auto-oclusiva para aplicação mesmo em superfícies irregulares. Muitos AL com eficácia por injeção são ineficazes, quando usados topicamente, são necessárias concentrações muito elevadas: cloridrato de articaína, de mepivacaína, de prilocaína, procaína- > superdosagem e toxicidade tecidual local. Dentipach- Adesivo anestésico a base de lidocaína Benzocaína- anestésico tópico Baixa solubilidade em h2o, pouca absorção pelo SCV, reações tóxicas(superdosagem) desconhecidas, permanece mais tempo no local de aplicação, proporcionando duração de ação prolongada, inadequada para injeção, reações alérgicas raras mas podem ocorrer após uso prolongado ou repetido (éster), inibe ação antibactericida das sulfonamidas aerossol, gel, gel adesivo, pomada e solução. Em crianças deve se tomar cuidado, pois pode causar metemoglobunemia Cloridrato de cocaína- anestésico tópico Éster, uso exclusivo tópico, concentração 2 a 10% (mucosa bucal-4%), inicio muito rápido( menos de 1 minuto), duração de até 2 horas, meia vida de 42 min, metabolismo hepático e plasma, parte não metabolizada excretada na urina, único AL tópico com ação vasoconstritora, desnecessário o vasoconstritor. Uso repetido causa dependência química e tolerância; superdosagem não é incomum; manifestações clinicas_ euforia, excitação, inquietação, tremor, HAS, taquicardia e taquipneia; intoxicação- overdose- náuseas e vômitos, dores abdominais, exoftalmia e midríase, depressão SNC, PCR e óbito. Em odontologia não é recomendado; usada ocasionalmente em intubação nasal-endotraqueal com intuito de diminuir sangramento e dor. Cloridrato de diclonina- Anestésico tópico Derivado cetônico (não tem ligação éster nem amida) Eficaz e segura Soluções a 0,5 e 1% Não há sensibilidade cruzada com outros anestésicos Discretamente solúvel em água Potência igual à cocaína Início de ação lento (até 10 min), duração até 1h Toxicidade sistêmica é extremamente Não indicada para uso injetável, irritante para os tecidos no local de aplicação 0,5% são usada em odontologia. A dose máxima recomendada é de 200 mg (40ml de uma solução a 0,5%) Diclonina era disponível como solução a 0,5 de nome comercial Dyclone, cada 100 mL da solução continha 500 mg de cloridrato de diclonina, 300 mg de clorobutanol como conservante, mas foi retirado do mercado na América do Norte em 2001 EMLA (Mistura eutética de lidocaína e prilocaína) Creme (lidocaína a 2,5% e prilocaína a 2,5%) Anestesia superficial da pele intacta (outros anestésicos tópicos não produzem ação clínica sobre a pele íntegra, somente na pele com abrasões), procedimentos dolorosos, como punções venosas e outras inserções de agulhas, circuncisão, desbridamento de ulceras em MMII e procedimentos ginecológicos; uso pediátrico; acabou ganhando popularidade nos adultos fóbicos. Aplicado 1 hora antes do procedimento Contraindicações: metemoglobinemia congênita ou idiopática, crianças< 12 meses que estejam em tratamento com agentes que induzem a metemoglobinemia “A EMLA não é recomendada para uso em mucosas” Eficaz em remoção de imobilização maxilo- mandibular, procedimento clínicos pediátricos(tratamento endodôntico, exodontia de decíduo) Podendo, até certo ponto, eliminar a necessidade da agulha em procedimentos odontopediátricos. Lidocaína- anestésico tópico • Amida • Lidocaína base, pouco solúvel em água, concentração 5% indicada para tecidos lesionados • Cloridrato de lidocaína, preparado hidrossolúvel, concentração 2%- melhor penetraçãoque a forma base, > absorção e risco de toxicidade • Dose máxima tópica- 200mg • Lidocaína base 5%-aerossol, pomada, adesivo e solução em diferentes concentrações • Cloridrato de lidocaína 2%- solução tópica oral 20mg/ml (viscosa) e 40mg/ml(solução) Cloridrato de tetracaína- Anestésico tópico • Tipo éster de longa duração que pode ser injetado ou aplicado topicamente. • Altamente solúvel em água • Topicamente, é de 5 a 8 vezes mais potente que a cocaína • Início de ação lento • Duração de ação de aproximadamente 45min • Metabolizado no plasma e no fígado pela pseudocolinesterase em velocidade menor que a da procaína • Concentração de 0,15% para o uso injetável e a 2% para aplicação tópica. • Absorvido rapidamente pelas mucosas • Limitar uso a pequenas áreas para evitar a absorção rápido, grandes áreas usar outras substâncias que sejam absorvidas mais lentamente • DMR é 20 mg quando da aplicação tópica (1mL de uma solução a 2%) • Cautela por causa do grande potencial de toxicidade sistêmica • Disponibilidade (Canadá): Supracaíne aerossol: 0,7mg/ medida de spray • Tetracaína a 3% com o vasoconstritor oximetazolina- anestesia pulpar de dentes da maxila quando administrada por aerossol intranasal. • O uso de anestesia local intranasal para o controle de dores dentárias é discutido. ORAQIX- 2%=2g/100ml Amidas-Lidocaína • Sintetizada em 1943 por Nils Lofgren • Aprovação da FDA • Potência: 2(procaína=1) • “Padrão ouro” - Todos os outros anestésicos são comparados a ela • Toxicidade: 2 (em comparação com a procaína) • Metabolismo hepático • Excreção renal • DMR pela FDA: 7,0 mg/kg (adultos e crianças) • Dose máxima absoluta: 500mg • Propriedades vasodilatadoras:<procaína>prilocaína e mepivacaína • PKA 7,9/ pH tecidual 7,4 • Início de ação rápido, 3 a 5 min (procaína PKA 9,1- 6 a 10 min) • Concentração eficaz: 2% • Meia vida: 1,6h(90min) • Ação tópica • Classificação para a gravidez:B • Segurança na amamentação: S • Dose máxima recomedada: 7mg/kg= dose máxima 500mg para adulto Categorias dos medicamentos de acordo com o risco de teratogenicidade fetal A- Não há evidência de risco B- Os estudos realizados em animais não indicam que a substância oferece riscos para o feto, mas não há estudos controlados em humanos que mostrem efeitos adversos sobre o feto. Também se aplica aos medicamentos nos quais os estudos em animais mostraram efeitos adversos sobre o feto, mas os estudos controlados em humanos não demostraram riscos para o feto. Podemos considerar os medicamentos e substâncias incluídas nesta categoria de prescrição com cautela. C- Não há estudos em mulheres, mas em animais ocorreram efeitos colaterais no feto D- Há evidência de risco- Usar risco/ benefício E- Riscos maiores que benefícios Dose máxima recomendada: 7,0mg/kg de peso corporal • ASA I é utilizado para pessoas saudáveis, sem doenças crônicas ou graves e que não adotam comportamentos de risco, como fumar e consumir álcool em excesso • ASA II classifica indivíduos com patologias sistêmicas leves a moderadas • ASA III revela uma doença sistêmica grave, que envolve limitações, porém não incapacita o paciente • ASA IV assinala patologia grave e incapacitante • ASA V é usado para identificar um paciente que, provavelmente, não sobreviverá por mais de 24 horas sem que a cirurgia seja realizada • ASA VI indica a operação para uma pessoa que teve morte encefálica, e terá os órgãos retirados para doação • Já os procedimentos cirúrgicos de emergência devem ser marcados com a letra E. Por exemplo: ASA IIIE. Formação dos arcos faríngeos Dura da segunda à oitava semana de desenvolvimento intrauterino; Constituído por arcos faríngeos, bolsas faríngeas, sulcos faríngeos e membrana faríngea, estruturas embrionárias que, em conjunto, contribuem para a formação da cabeça e do pescoço. Este período caracteriza-se por ser a etapa de maior vulnerabilidade do desenvolvimento, já que a ação de qualquer agente teratogênico pode ocasionar danos irreversíveis a morfologia da região cervicocraniofacial do embrião. O grau de alteração dependerá da região e do período no qual o agente irá atuar, além da duração e intensidade que o embrião será exposto ao mesmo. Exatamente nessa fase de formação da cabeça é que temos os maiores riscos de má formação, principalmente pela utilização de agentes extrínsecos que podem interferir nessa formação, e nessa fase de formação dos arcos faríngeos que temos o desenho da formação da estrutura da cabeça e do pescoço a partir da formação de 4 arcos faríngeos principais, a partir do 1° arco surge a cabeça, do 2° arco surgem estruturas da cabeça e da região cervical, do 3° e 4° surge toda região cervical. TERATOGENICIDADE Refere-se à capacidade de um fármaco causar anormalidades fetais quando administrado à gestantes. Bases anestésicas Amidas- Mepivacaína • Sintetizada em 1957 por Ekenstam • Aprovação da FDA em abril de 1960 • Potência: 2 (Procaína=1; lidocaína=2) Quanto maior a potência, maior a toxicidade e efeitos indesejáveis • Metabolismo hepático • Excreção renal- 1 a 16% inalterados • Propriedades vasodilatadoras- Produz ligeira vasodilatação, anestesia pulpar sem vasoconstritor- duração de 20 a 40 min- 30min em média (lidocaína sem vasoconstritor 5 a 10 min) • Duração de ação moderada • Vasodilatação influencia no tempo de duração • Quanto mais vasodilatador for o anestésico menor vai ser o tempo de duração • Mepivacaína é a menos vasodilatadora de todos os anestésicos locais • pK 7,6/ pH tecidual 7,4 • Início de ação: Rápido 3 a 5 min (procaína- pKa 9,1- 6 a 10min) • Concentração eficaz, 2% com vasoconstritor e 3% sem vasoconstritor • Meia vida: 1,9h (quase 2 horas) • Ação tópica- Nenhuma em concentrações clinicamente aceitáveis • Classificação para a gravidez: C • Segurança na amamentação: s? • Dose máxima recomendada: 6,6 MG/Kg= dose máxima 400 MG • Mepivaína 2% com vasoconstritor e 3% sem vasoconstritor Gráficos aula: Primeiro: Via oral; Segundo: Via endovenosa, intravenosa ou intramuscular. Mepivacaína 2% com adrenalina Cada tubete de 1,8ml de mepivacaína a 2% tem 36 mg de sal anestésico. Dose máxima da mepivacaína a 2%= 6,6mg/Kg Paciente com 70kg- 70kg x 6,6 mg/kg= 462 mg Dose máxima recomendada=400mg Cada tubete= 36mg- 400g dividido por 36 mg= 11,11 tubetes Mepivacaína 3% sem vasoconstritor Dose máxima recomendada 6,6 mg/kg de peso corporal DMR- 400mg 3%= 3g/100ml = 3000mg/100ml= 30mg/ml 1ml...30mg 1,8ml...X X=54mg Cada tubete de 1,8ml tem 54mg de sal anestésico Dose máxima de mepivacaína a 3%=6,6mg/Kg Paciente com 70kg- 70kgx6,6mg/kg=462mg DMR 400mg Cada tubete =54mg-400g dividido por 54 mg= 7,4 tubetes, podemos usar então somente 7,4 tubetes Amidas- bupivacaína • Sintetizada em 1957 • Aprovada pelo FDA em outubro de 1972 • Potência 4 vezes mais que a lidocaína, mepivacaína e prilocaína • Toxicidade 4 vezes mais que a lidocaína e a mepivacaína • Metabolismo hepático • Excreção renal- 16% inalterados • Propriedades vasodilatadoras- Relativamente significativa, >lidocaína, prilocaína e mepivacaína, <procaína • Mais vasodilatadora de todos os anestésicos, isso é ruim para o tempo de duração • Muito lipossolúvel e alta ligação proteica (mais lipossolúvel de todos) aumentam tempo de ação • Para conseguir utilizar o poder de longa duração de ação da bupivacaína é preciso sempre utilizá-la como vasoconstritor • pKa 8,1/ pH tecidual 7,4 o meio é mais acido então o início de ação é maior, vai demorar mais para ter o efeito • Início de ação: Requer mais tempo de açõ (6 a 10min) • Concentração eficaz: 0,5% com vasoconstritor • Meia-vida: 2,7h • Ação tópica- Nenhuma em concentrações clinicamente aceitáveis • Classificação para a gravidez: C • Segurança na amamentação:S? • Dose máxima recomendada: Dose máxima no EUA- 90mg Canadá 2,0mg/Kg • Indicações: Procedimentos prolongados- anestesia mais profunda+90 minutos (cirurgias de implantes, terceiros molares inclusos, procedimentos periodontais extensos) • Controle da dor pós-operatória (cirurgia endodôntica, periodontal, pós-implante e cirurgia) • Diminui a necessidade de analgésicos opioides pós-operatório • Controle de dor pós-operatório em procedimentos cirúrgicos curtos (<30min- administrar no início do procedimento) • Procedimentos cirúrgicos mais longos- Administrar no final do procedimento) Contraindicações: Pacientes muito jovens, aqueles que apresentam grande risco de lesões pós-operatórias em tecidos moles por multilação-PNE; procedimentos de curta duração; procedimentos odontopediátricos. Bupivacaína 0,5% Dose máxima recomendada- 2,0mg/kg de peso corporal (Canadá) DMR- 90mg 0,5%= 5g/100ml = 500mg/100ml =5mg/ml 1ml-5mg 1,8ml-X X=9mg Cada tubete de 1,8ml tem 9mg de sal anestésico Dose máxima de bupivacaína a 0,5%=2,0mg/kg Paciente com 70kg- 70kgx2,0mg/kg=140mg Dose máxima recomendada 90mg Cada tubete=9mg-90mg dividido por 9mg=10 tubetes, podemos usar então somente 10 tubetes Bupivacaína 0,5% com adrenalina Esquema para controle da dor pós-operatória (reduz a necessidade de usar analgésicos opióides: • Anti-inflamatório esteroidal oral no pré- operatório até 1 hora antes do procedimento • AL adequado para controle da dor durante o procedimento • AL de longa duração imediatamente antes da alta do paciente • AINES conforme indicado no pós- tratamento Amidas- Prilocaína • Sintetizada em 1953 • Aprovação da FDA em novembro de 1965 • Potência: 2 (Procaína=1; lidocaína=2) • Toxicidade:1 (lidocaína=2) 40% menos tóxica que a lidocaína • Dose máxima recomendada: 8mg/kg= dose máxima de 600mg para adulto Prilocaína 3% Dose máxima recomendada:7,9 mg/kg de peso corporal para adultos 3%= 3g/100ml= 3000mg/100ml= 30mg/ml 1ml-30mg 1,8-x X=54mg Cada tubete de 1,8ml tem 54 mg de base anestésica Cada tubete de 1,8 ml de prilocaína a 3% tem 54 mg de sal anestésico Dose máxima de prilocaína a 3%=7,9mg/kg Paciente com 70kg- 70kg x 7,9mg/kg- 553mg Cada tubete= 54mg- 553 dividido por 54mg= 10 tubetes Metabolismo- hidrolisada pelas amidases hepáticas, e em menor grau, nos rins e pulmões • Pka 7,9 (ph tecidual 7,4) • Início de ação: Discretamente mais lento que a lidocaína- 3 a 5 minutos • Sofre metabolização mais rapida e completamente que a lidocaína. É considerada menos tóxica sistematicamente que os outros anestésicos do tipo amida, apresenta menor toxicidade absoluta que a lidocaína • Excreção: Principalmente pelos rins, depuração renal é mais rápida que a de outras amidas, resultand em remoção mais rápida da circulação • Meia-vida: 1,6h • Ação anestesica tópica- Mistura eutética de lidocaína e prilocaína (forma não ionizada) creme EMLA- Utilizada na pele íntegra • Classificação na gravidez- D (FDA) • Segurança na amamentação- desconhecida • É relativamente contraindicada: Metemoglobinemia idiopática ou congênita; hemoglobinopatias (anemia falciforme); anemia; insuficiência cardíaca, insuficiência respiratória (hipóxia); sob uso de acetaminofeno(paracetamol) ou de fenacetina. • Gestante- Felipressina é contra-indicada para uso em gestantes, pois esse vasoconstritor pode induzir a contrações uterinas. Amidas- Articaína 4% • Preparada por Rushing Et Al-1969 • Brasil- 1998- Malamed • Aprovação FDA: Abril de 2000 (EUA) • Sintetizada em 1969(carticaine) introduzida na Alemanha e Suiça em 1979, 1983 no Canadá, 1998 no Brasil e 2000 nos EUA (em 2011 era usada por 40% do mercado) • Molécula híbrida- Tem características tano de amida como de éster • É a única base que em um anel tiopental ou tiofênico, isso aumenta seu grau de difusão tecidual. Aventa-se, inclusive, possibilidade de extrações no arco superior apenas por injeção vestibular. • O mecanismo exato de sua eficácia elevada não é conhecido • Uma teoria relaciona a concentração de 4% da articaína versus 2% da lidocaína( Potocnick ET Al mostraram que tanto a 4% quanto a 2% ela foi superior à lidocaína a 2% no bloqueio da condição nervosa) • Potência: 1,5 a da lidocaína • Toxicidade semelhante à da lidocaína • Pka 7,8 (ph tecidual 7,4) • Início de ação: Articaína 1:200.000 infiltração: 1 a 2 min. Bloqueio mandibular :2 a 3 min. 1:100.000 infiltração: 1 a 2 min Bloqueio mandibular: 2 a 2.5 min Meia-vida: 2,7h • Metabolismo plasmático(hidrolisado pela esterase plasmática) e hepático (enzimas microssomais hepáticas) • Excreção renal (10% inalterada) • Principal metabólico: ácido articaínico • Concentração eficaz: 4% • Ação tópica: Inexistente em concentrações clinicamente aceitáveis • Dose máxima: 7,0mg/kg de peso corporal para pacientes adultos • 4%=4g/100ml= 4000mg/100ml= 40mg/ml 1ml-40mg 1,8ml-x X=72mg Cada tubete de 1,8ml possui 72mg de base anestésica Cada tubete de 1,8 ml de articaína a 4% tem 72mg de sal anestésico. Dose máxima da articaína a 4%=7,0mg/kg Paciente com 70kg- 70kg x 7,0mg/kg= 490mg Cada tubete= 72mg- 490mg dividido por 72 mg= 6,8 tubetes Contra-indicações: Pacientes sabidamente alérgicos locais do tipo amida (poucos ou nenhum) e aos sulfatos- metabissulfito de sódio- conservante do vasoconstritor adrenérgico (asmáticos com asma do tipo alérgica) Em alérgicos a medicamentos que contenha enxofre- (sulfa, por exemplo) devido ao anel tiopental. Em crianças menores de 4 anos. Utilizar com cautela: Doença hepática, gestação- classe c, amamentação (não se sabe se é excretada no leite), IC (depressora do miocárdio) Gestante e anestesia local Al são lipossolúveis, atravessam facilmente a placenta por meio de difusão passiva Fatores que determinam a quantidade e a velocidade de transferência placentária: Tamanho da molécula: a prilocaína atravessa a placenta mais rapidamente do que os demais anestésicos locais. Se doses excessivas- metemoglobinemia Grau de ligação às proteínas plasmáticas- Quanto maior for o grau de ligação proteica, maior o grau de proteção ao feto- Lidocaína, após absorção 64%, prilocaína 55%, bupivacaína 95% Bupivacaína- Seria o anestésico mais seguro para uso em gestantes, porém a sua longa duração de ação anestésica limita seu emprego em pacientes grávidas. Mepivacaína- Fígado do feto ainda não possui um sistema enzimático maduro- a metabolização dos anestésicos é 2-3 vezes mais lenta que a da lidocaína Articaína- Baixa lipossolubilidade, alta taxa de ligação proteica e rápida metabolização e eliminação renal, parece reunir as condições ideais de se tornar o anestésico de escolha para uso rotineiro em gestantes e lactantes, porém, faltam ainda evidências para confirmar tal assertiva. 24.08 Toxicidade ao anestésico local Inicialmente uma excitação e em seguida depressão do sistema nervoso central Ocorrendo: Convulsão; parada respiratória e parada cardíaca O que deve ser feito? Tratamento emergencial: Oxigenioterapia (6 a 7 litros de O2); colocar a cabeça do paciente mais baixa (espaço aula marcos) Instrumental em cirurgia bucal- Exodontias Exodontia- É a parte da cirurgia bucomaxilofacial referente a extração dentária. A palavra em si: Exo=fora/ Dontia=dente, então exodontia é a remoção do dente de seu alvéolo através de uma dilatação desse, e com rompimento das fibras periodontais que ligam o dente ao tecido ósseo. Terminologia: Extração dentária; exodontia (designada por George B. Winter 1913); avulsão dentária. Existem instrumentos específicos para cada passo desta intervenção O que devo saber para realizar uma exodontia? Anatomia; técnicas anestésicas; princípios cirúrgicos; fundamentos de física; semiologia; planejamento pré-operatório.Indicações da exodontia: Cáries extensas; necrose pulpar; doença periodontal avançada; raízes ou fragmentos dentários; razões ortodônticas; dentes mal posicionados; fraturas dentárias; razões protéticas; dentes supranumerários; dentes inclusos; dentes associados a lesões patológicas; dentes em áreas que irão sofrer radioterapia; dentes envolvidos em trações de fratura; fatores socioeconômicos. Obs: Os efeitos estocásticos são aqueles em que a probabilidade de ocorrência é proporcional à dose de radiação recebida, sem a existência de limiar. Contra-indicações relativas locais: Danos excessivos a estruturas vizinhas; áreas submetidas a radioterapia; dentes associados a lesões malignas; inflamação aguda- pericoronarite grave; infecções- trismo severo; tratamento osteoporose- bifosfonatos. Contra-indicações relativas sistêmicas: • Doenças metabólicas não controladas: Diabetes mellitus, doença cardiovascular, discrasias sanguíneas, doença hepática • Gestantes • Uso de medicamentes Avaliação clínica: • Trismo • Posição • Localização • Mobilidade de dente: Anquilose (união entre cemente e tecido ósseo); doença periodontal • Condições da coroa: Cáries extensas; restaurações extensas de amálgama; coroas protéticas. Exame radiográfico Observar: Configuração das raízes; espaço do ligamento periodontal-anquilose; relação com estruturas adjacentes (canal mandibular, seio maxilar); presença de lesões patológicas; dentes decíduos- relação com o permanente Classificação das técnicas exodônticas Graziani, 1968 • Técnica primeira- Fórceps • Técnica segunda- Elevadores • Técnica terceira- Retalho Preparo da cirurgia Posicionamento do profissional-paciente: Maxilar- Plano oclusal superior em 45° a 60° com o solo Comissura labial no mesmo nível do cotovelo do cirurgião Mandíbula- Plano oclusal paralelo ao solo Comissura labial no mesmo nível do cotovelo do cirurgião Exodontia via alveolar- Exodontia rompimento das fibras do ligamento periodontal, dilatação das paredes do alvéolo, ostectomia/ odontosecção, remoção do dente por meio de uma via de saída. Campo operatório adequado- Iluminação, afastamento, sindesmotomia Antissepsia da cavidade bucal- clorexidina 0,12% Antissepsia da face- enrolar a gaze na pinça com solução 2% Fases cirúrgicas de uma exodontia 1 Anestesia: A anestesia local possibilita o bloqueio da transmissão num ponto específico do nervo. Seu objetivo é inibir de forma reversível a condução nervosa em determinadas regiões da cavidade bucal. 2-Sindesmotomia: Seccionamento das fibras gengivais marginais, com um sindesmótomo. Objetivos: Reduzir o trauma gengival durante a exodontia(durante a pega com o mordente do fórceps na região do cemento) ; permitir adaptação do fórceps o mais apical possível sem lacerar a gengiva; afrouxar levemente a ligação do dente às estruturas adjacentes. Sindesmótomos ou descoladores(Molt, Free, Mead, etc) 3-Luxação: É o deslocamento do elemento dentário em seu próprio alvéolo, o que na verdade alarga ligeiramento o alvéolo. Expansão e dilatação do alvéolo; rompimento do ligamento periodontal; Fórceps, elevadores Seldin D e E, reto ponto de lança ou reto goiva. O apoio do elevador dentário deve ser no elemento dentário a ser extraído para evitar danos a elementos vizinhos. 4-Apreensão/ intrusão- Ponta ativa nas faces V e L ou P; mordentes do fórceps paralelos ao longo eixo do dente; posicionar primeiro por L ou P; os mordentes do fórceps devem ser aplicados o mais apicalmente possível sobre o cemento dentário, promovendo a intrusão apical do elemento dentário a ser extraído; movimentos de luxação. 5-Avulsão/odontosecção- Remoção propriamente dita do elemento dentário. Papel da mão oposta: Percepção sensorial, expansão da tábua óssea; estabilização da maxila/ mandíbula 6-Irrigação 7-Curetagem 8-Alveolotomia 9-Sutura 10-Recomendações Princípios do uso de elevadores Empunhadura digito-palmar Dedo indicador sobre a haste Indicações do uso de elevadores • Luxação inicial do dente • Falta apoio para o fórceps • Restos radiculares • Dentes com grande destruição da coroa Fórceps Partes do fórceps- Cabo:Varia a forma; Mordentes: Varia a forma de acordo com a anatomia dentária; Articulação: Sempre a mesma Número dos fórceps e suas indicações 150- Pré a pré-molares superiores 151- Pré a pré-molares inferiores 16- Molares inferiores com furca 17- Molares inferiores 18L- Molares superiores esquerdo 18R- Molares superiores direito 65 e 69- Raízes Tipos de movimentos do fórceps Intrusão- Pressão apical. melhora a adaptação do mordente do fórceps ao dente, desloca o centro de rotação do dente para apical, melhorando a transmissão da força, Lateralidade: Causa expansão das tábuas ósseas do alvéolo, realizado de forma lenta e gradual, aumento progressivo da força, ampliando o movimento, deslocar mais para o lado da tábua óssea mais fina. Vestibular- molares superiores Lingual-Molares inferiores Rotação: Promove pouca dilatação das paredes do alvéolo, rompimento das fibras do ligamento periodontal Indicação: Dentes unirradiculares, raízes cônicas, sem dilacerações apicais. OBS: Não fazer rotação em dentes multirradiculares e nos incisivos laterais superiores e incisivos inferiores. *primeiros pré- molares superiores *molares Tração Cuidados com o alvéolo Inspeção do alvéolo com a cureta, não ficar raspando as partes do alvéolo e remover fibras do ligamento periodontal; curetagem de lesões periapicais e/ou periodontais; regularização de espículas ósseas com lima para osso ou pinça goiva; remoção do tecido mole em excesso/ papilas. Manobra de Chompret- Compressão digital das paredes do alvéolo dilatadas. OBS: Não comprimir demasiadamente- perda de largura óssea- devido à importância de manter a largura óssea para instalação de implantes. Curetagem: Remoção de espículas ósseas, remoção de lesões periapicais, promover sangramento em alvéolo ósseo Irrigação: Com soro fisiológico 0,9% ESTÉRIL gelado Seringa de 20ml Agulha 40/12 (rosa) Transofix Sutura Promove a estabilização do coágulo/ hemostasia Fio de seda ou nylon 3-0/4-0 Remover após 5 a 7 dias Remoção: Cortar o fio próximo a superfície da mucosa para não haver contaminação interna com biofilme; kit de remoção: tesoura íris, pinça clínica e espelho, luva de procedimento. Biossegurança Proteção do profissional, paciente, ambiente e para os que trabalham junto Amaurose- cegueira por trauma Necessidade dos óculos de proteção Auxiliar deve verificar tudo e também usar EPI Quebra da cadeia asséptica- Paciente se contaminar durante a cirurgia. Não devemos negligenciar pequenas cirurgias! Manter biossegurança em todos os procedimentos Objetivos: Conhecer os métodos de proteção individual; aprender a manter uma cadeia asséptica; aprender a preparar um ambiente cirúrgico Processo de infecção: Qual o primeiro momento que a infecção acontece? Bactéria entrando em contato com o indivíduo. Incisão cirúrgica- ferida. Bactéria atravessa pele e mucosa. Material contaminado causa infecção Trombose do seio cavernoso- Trombose do seio cavernoso é uma doença muito rara na qual um coágulo sanguíneo (trombose) se forma no seio cavernoso (uma veia grande na base do crânio). A trombose do seio cavernoso é geralmente causada pela disseminação de bactérias de infecções da face e órbita (incluindo a pele do nariz), órbita ou seio nasal. Infecção (direta ou cruzada) A infecção direta é aquela que ocorre de um organismo para o outro, sem necessidade de um veículo para o agente infeccioso. A transmissão direta pode acontecer, por exemplo, por contato físico direto, ou ainda por contato com secreção de outro indivíduo. Infecção cruzada: Na verdade, trata-se da transferência de microrganismos de uma pessoa, superfície ou objeto para outra pessoa, resultando na transmissão de algum vírus ou bactéria.Essa contaminação pode ocorrer de diversas maneiras, como através do contato com itens infectados e até por meio das mãos de trabalhadores da área da saúde, que podem estar “carregando” uma bactéria sem saber. Além disso, vale destacar que as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) acolhem pacientes com casos mais graves. Desse modo, nestes locais são realizados procedimentos mais invasivos. Portanto, existe maior possibilidade de entrada de bactérias e vírus. Para que haja transmissão de M.O., alguns aspectos são de vital importância: A virulência e a quantidade do agente; o estado imunológico do hospedeiro; e a suscetibilidade do local (solução de continuidade em pele e mucosa) Métodos adequados de biossegurança- Zerar inoculação Consigo entender o estado imunológico do meu paciente? Sim, através de exames pré-operatórios. Dentro do hemograma consigo avaliar toda a série branca, quantidade de linfócitos, leucócitos... Medidas de precaução padrão: Anamnese; imunizações; lavagem das mãos. As mãos devem ser lavadas: Antes e após o atendimento de cada paciente; antes de calçar as luvas e imediatamente após a sua retirada; e quando forem contaminados em caso de acidente. Importância da lavagem de mãos: Controle da infecção cruzada, redução da microflora (50%- 6min) Flora residente e flora transitória Flora residente: Microorganismos que vivem e se multiplicam na pele, não são facilmente removidos por escovação. Entretanto, podem ser inativados por antissépticos. Flora transitória: Adquirida através do contato com objetos contaminados. De fácil remoção por estarem aderidos a gordura e sujidades da pele. Alcóol 70% e clorexidina são os antissépticos mais eficientes. Características do antisséptico local: Estável por longo período, ativo em baixa concentração, amplo espectro de ação, solúvel em água, não manchar a pele e vestuário, eficaz a temperatura ambiente, ação bactericida e bacteriostática, efeito residual prolongado, ausência de toxicidade para o homem, baixo custo. EPI’s Gorro, máscara, óculos, luvas, jaleco e capote cirúrgico Luva (cirúrgica, de procedimento e de borracha (para lavar materiais) As roupas complementares: Campo cirúrgico da mesa; campo fenestrado ou campo do paciente, revestimentos para o equipamento Montagem dos kits 2 toalhas de mão; 1 campo de mesa; 2 capotes cirúrgicos, 1 campo de cobertura; 1 campo fenestrado, 1 odonto protetor (foco) e 2 protetores de cabo (motor e sugador) O sugador pode ser substituído por um tubo de látex. Preparo pré-clínico Retirar brincos, relógio, cordão, pulseira, etc. Lavar e secar as mãos (primeira lavagem) Primeira paramentação= Óculos, gorro, máscara e jaleco. Preparo cirúrgico Colocar máscara Paramentação do cirurgião Preparo do campo cirúrgico Preparo do paciente Paramentação do auxiliar Paramentação do cirurgião Degermação das mãos Secagem das mãos Colocação do capote cirúrgico Enluvamento Preparo do campo cirúrgico Montagem da mesa cirúrgica (cuidados especiais com fio de sutura, lâmina de bisturi, tubetes anestésicos e agulhas) Preparo do paciente Colocação de óculos de proteção e gorro Antissepsia intra e extra-oral Colocação do campo fenestrado Antissepsia intra-oral: Bochechos com antissépticos de 1 a 3 min. Embricação da mucosa e dentes com gaze embebidas em solução antisseptica. Antissepsia extra-oral: • Circular(centrífuga)- Do centro para a periferia, sem voltar aos lugares que já se fez o movimento. • Varredura- Abordagem de cima para baixo e do centro para periferia *Descartar a pinça usada. Colocação do campo fenestrado Deixar apenas a área onde foi realizada antissepsia exposta Paramentação do auxiliar (seguir mesma sequência do cirurgião) Preparo do campo cirúrgico Colocação dos odonto protetores; (foco, motor e sugador) Preparo do ambiente cirúrgico 24.08 Toxicidade ao anestésico local Inicialmente uma excitação e em seguida depressão do SNC Ocorrendo: Convulsão, parada respiratória, parada cardíaca. O SNC precisa de oxigênio e de glicose para funcionar, se ocorre alterações é preciso aumentar a oxigenação cerebral e colocar a cabeça do paciente mais baixa. Aumentar o aporte sanguíneo para a cabeça, a oxigenação. Muito importante saber lidar com quadros de hipersensibilidade, intoxicação anestésico, hipoglicemia... Escolha do anestésico local Período durante o qual é necessário controlar a dor A necessidade de controlar a dor depois do tratamento Hemostasia Estado físico do paciente Vasoconstritores Ligação com a proteína de membrana Vascularização do local Calibre da fibra nervosa, quanto mais calibroso maior a duração e mais demorado será o início de ação Concentração do anestésico Presença de vasoconstritor Fatores que afetam a profundidade e a duração da ação de um anestésico: -Uso de vasoconstritor -Tipo de vasoconstritor Vasoconstritor: Drogas que contraem os vasos sanguíneos e, assim, controlam a perfusão do tecido Importância dos vasoconstritores Anestésicos locais->vasoconstritores 1. Maior velocidade de absorção do AL para o SVC 2. Elevados níveis plasmócitos com elevado risco de toxicidade do anestésico 3. Menor duração de ação 4. Maior sangramento no local Vasoconstritores 1. Redução do fluxo sanguíneo local 2. Retardo da absorção do AL para o SCV 3. Menor risco de toxicidade 4. Permanência de maior volume do AL no local (aumento da duração de ação) Minimizam a perda sanguínea, mantém campo operatório limpo, aumentam duração do anestésico, diminuem risco de toxicidade sistêmica, diminuem dose necessária. Uso inadequado: Injeções intravasculares; concentrações elevadas; aplicações rápidas; grandes volumes =intoxicação relativa Agentes químicos que compõem vasoconstritores Aminas simpaticomiméticas (agentes adrenérgicos); Vasoconstrição arterial 1-Catecolaminas (anel catecol+ amina) - Adrenalina ou epinefrina (mais usada); noradrenalina ou norepinefrina (1/4 da potência da adrenalina) 2- Não catecolaminas- Fenilefrina (20x menos potente que a adrenalina) Análogos da vasopressina- Vasoconstrição venosa 1-Felipressina- Quando em grande quantidade Receptores adrenérgicos Os receptores adrenérgicos são encontrados na maioria dos tecidos do corpo A ativação dos receptores a por um agente simpaticomimético comumente produz uma resposta que inclui a contração do músculo liso dos vasos sanguíneos (vasoconstrição) Ação: Alfa 1 e 2- Vasoconstrição Beta 1- Aumento frequência cardíaca e força de contração Beta 2- Vasodilatação e broncodilatação Final da ação e eliminação: -Recaptação pelos nervos adrenérgicos; -Inativação pelas enzimas: Catecol-O-metiltransferase (COMT); Monoamino oxidase (MAO). Adrenalina ou epinefrina Alfa e beta: Os efeitos betas predominam • Receptores beta são ativados em concentrações menores (efeito rebote) • Concentrações usualmente encontradas -1:50.000 (não existe mais) -1:100.000 -1:200.000 Adrenalina e epinefrina Estresse-> Aumento da liberação endógena de adrenalina, um paciente que apresenta algum distúrbio cardiovascular mediante a um procedimento cirúrgico ou anestésico é muito mais devido à alta liberação endógena de adrenalina do que a concentração de adrenalina presente no tubete de anéstesico. Mesmo em pacientes idosos e /ou com cardiopatias estáveis, a utilização de soluções com adrenalina 1:100.000 ou 1:200.000 não provocam alteração significativa nos batimentos cardíacos ou na pressão arterial média, sempre quando as doses recomendadas foram observadas” Complicações-> Superdosagem Efeitos colaterais: 1-Estimuação do SNC (ansiedade, tensão ,agitação,cefaleia pulsátil, tremor, palidez) 2-Arritmias frequentes 3-Maior pressão diastólica esistólica Dose máxima: 0,2mg->20ml de solução 1:100.000 Pacientes com doença cardíaca: 0,04mg-> 4 ml de solução 1:100.000 Noradrenalina ou norepinefrina Alfa- 90% (vasoconstrição muito severa e beta- 10%) Um quarto da potência de adrenalina Maior risco de necrose tecidual (palato) se ela é menos potente, porque tenho risco de necrose com a noradrenalina e não tenho com adrenalina? Porque a noradrenalina tem predileção por receptor alfa Maior vasoconstrição com maior risco de lesão tecidual. Potência reduzida em relação à adrenalina Necrose e descamação das mucosas-> Palato Deve ser evitada com a finalidade hemostática -Concentrações usualmente encontradas: 1:30.000 Dose máxima: 0,34 mg-> 10ml de solução 1:30.000 Pacientes cardiopatas: 0,14mg-> 4 ml de solução 1:30.000 Fenilefrina -Alfa -O mais estável e fraco vasoconstritor -Pouco utilizada -Produz menor efeito de hemostasia que a adrenalina (5%), porém com uma duração maior -Não produz efeito rebote -Concentrações usualmente encontradas: 1:2.500 -Potência: 20 vezes menos potente que a adrenalina Dose máxima: 4,0mg->10ml de solução 1:25:000 Pacientes cardiopatas: 1,6mg-> 4 ml de solução 1:25.000 Levonordefrina -Alfa: 75% e Beta: 10% -Apresenta 15% da potência vasopressora da adrenalina Efeitos cardiovasculares bastante assemelhados aos da adrenalina -Concentrações usualmente encontradas: 1:20.000 -Potência: 1/6 da adrenalina Dose máxima 1,0mg-> 20 ml de solução de 1:20.000 Felipressina (octopressin) -Derivado da vasopressina (antidiurético) -Atua estimulando diretamente o músculo liso da parede dos vasos (leito venoso) -Vasoconstrição apenas local com menor aparecimento de efeitos sistêmicos -Pouco efeito hemostático já que atua mais sobre a circulação venosa. Contraindicações ao vasoconstritor adrenérgico -Feocromocitoma (Desenvolvimento de uma neoplasia na glândula suprarrenal fazendo com que a glândula promova alta liberação sistêmica de adrenalina) -IMAO -Antidepressivos tricíclicos -Anestesia geral com composto halogenado -Usuários de cocaína e crack -Alergia aos sulfitos (qualquer anestésico que contenha vasoconstritor) O bissulfito de sódio é comumente adicionado às soluções de vasoconstritor para retardar sua deterioração. 1- Tempo de validade de um tubete anestésico. -Com vasoconstritor-18 meses -Sem vasoconstritor- 36 meses -P.A: 200x115 mmHg -Hipertireoidismo não controlado -6 meses de infarto do miocárdio -6 meses de AVC -Episódios diários de angina pectoris -Arritmias cardíacas apesar de tratamento adequado Ação sistêmica Miocárdio: A adrenalina estimula os receptores b1 do miocárdio; há um efeito ianotrópico (força de contração) positivo; há um efeito cronotrópico (frequência de contração) positivo; débito e a freqência cardíaca aumentam. Dinâmica cardiovascular: Aumento das presões sistólica e diastólica; aumento do débito cardíaco; aumento do volume sistólico; aumento da frequência cardíaca; aumento da força de contração; aumento do consumo miocárdio de oxigênio. Paciente sexo M, 70kgs, saudável. Quantos tubetes de lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000 posso utilizar? Lidocaína 2%- 7mg/kg-500mg Adrenalina 1:100.000-0,2mg
Compartilhar