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Introdução a Anestesiologia Odontológica

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Introdução a Anestesiologia 
Odontológica 
. A capacidade de prevenir a dor sem 
induzir perda de consciência foi um 
dos principais passos no avanço da 
medicina e da odontologia; 
. A anestesia local impede a geração e 
a condução de um impulso nervoso. 
. Os anestésicos locais estabelecem um 
bloqueio de via química entre a origem 
do impulso (ex., a incisão do bisturi 
nos tecidos moles,) e o cérebro. 
Portanto, o impulso abortado impedido 
de chegar ao cérebro, não pode ser 
interpretado como dor pelo paciente. 
Revisão – Neurofisiologia: O neurônio é 
capaz de transmitir mensagens entre 
o SNC e todas as partes do corpo. Há 
dois tipos de neurônios: sensoriais 
(aferentes) e motores (eferentes). 
. Os neurônios sensoriais são capazes 
de transmitir a sensação de dor para 
SNC e consistem em três partes: O 
processo periférico (zona dendrítica) 
é o segmento mais distal do neurônio 
sensorial e é composto por uma 
arborização de terminações nervosas 
livres. Essas terminações respondem à 
estimulação produzida nos tecidos em 
que se encontram, provocando um 
impulso que é transmitido 
centralmente ao longo do axônio. O 
axônio é uma estrutura fina 
semelhante a um cabo. Em sua 
extremidade mesial há uma 
arborização semelhante àquela vista 
no processo periférico. Essa 
arborização faz sinapse com diversos 
núcleos do SNC para distribuir os 
impulsos nervosos que chegam em seus 
locais apropriados dentro do SNC para 
a interpretação. O corpo celular é a 
terceira parte do neurônio. No 
neurônio 
sensorial aqui 
descrito, o corpo 
celular está 
localizado em 
alguma 
distancia do 
axônio, a 
principal via de 
transmissão de 
impulsos nesse 
nervo. O corpo celular do nervo 
sensorial, portanto, não está 
envolvido no processo de transmissão 
de impulso, sendo sua função primaria 
proporcionar suporte metabólico vital 
para o neurônio inteiro. 
. As células nervosas que conduzem 
impulsos do SNC para a periferia 
(glândulas, músculos etc) são chamadas 
de neurônios motores e são 
estruturalmente diferentes dos 
neurônios sensoriais, pois seu corpo 
celular fica interposto entre o 
axônio e os dendritos. Nesses 
neurônios o corpo celular, além de 
proporcionar suporte metabólico para 
a célula, ele também é um componente 
integrante do sistema de transmissão 
de impulsos. Perto de sua terminação, 
o axônio se ramifica com cada ramo, 
finalizando como terminação bulbosa 
do axônio (ou botão). As terminações do 
axônio fazem sinapse com as células 
musculares. 
Axônio 
. Fibra nervosa única 
. Longo cilindro de citoplasma neural 
(axoplasma), envolto por uma bainha 
fina, a membrana nervosa ou axolema. 
. O axoplasma, uma substancia 
gelatinosa, é separado dos líquidos 
extracelulares por uma membrana 
nervosa contínua. A própria membrana 
é coberta por uma camada isolante de 
mielina rica em lipídeos. 
. O corpo celular e o axoplasma não 
são essenciais para a condução 
nervosa, mas são importantes. 
. A membrana celular nervosa bloqueia 
a difusão de moléculas solúveis em 
água, para ser seletivamente 
permeável a determinadas moléculas 
através de poros ou canais 
especializados e para transduzir 
informações por receptores proteicos 
responsivos à estimulação química ou 
física por neuro transmissores ou 
hormônios. 
. O potencial de repouso da 
membrana 
O potencial da membrana é a diferença 
de potencial elétrico ou voltagem 
entre fora e dentro dela. 
A membrana celular do neurônio 
contém milhares de pequenas 
moléculas conhecidas como canais. 
Estes canais permitem a passagem de 
íons de sódio ou potássio. 
Geralmente os canais no neurônio são 
fechados. Neste estado a carga do 
interior da membrana celular é mais 
negativa do que a carga que se 
encontra no exterior. 
Na maioria, o interior do neurônio 
está -70 milivolts em relação ao 
exterior do neurônio (em repouso). 
A membrana celular de um neurônio é 
polarizada por causa dessa diferença 
elétrica através da membrana. 
Os neurônios geram sinais elétricos 
por meio de breves e controladas 
mudanças na permeabilidade de suas 
membranas celulares a íons 
específicos (Na+ e K+). 
Um impulso nervoso começa quando a 
pressão ou outros sensores entram e 
desequilibram a membrana plasmática 
do neurônio, a tal ponto que o 
potencial de diferença atinja uma 
tensão limite de cerca de 55 milivolts 
negativos. Isso faz com que centenas 
de canais de sódio nessa região da 
membrana se abram rapidamente, 
permitindo a entrada de sódios com 
carga positiva para dentro da 
membrana da célula. O interior da 
membrana ficará temporariamente mais 
positivo em relação ao exterior, 
fazendo com que a tensão suba. 
Se o potencial da membrana se torna 
mais positivo do que está no potencial 
de repouso, então a membrana é 
despolarizada. 
Com o impulso, passa a começar a abrir 
canais de potássio carregado 
positivamente, permitindo o fluxo de 
íons potássio, o que faz com que o 
interior do axônio retorne às suas 
cargas negativas. 
Posteriormente a voltagem irá cair, e 
a membrana ficará repolarizada, pois 
tem agora em seu interior, cargas 
negativas, e no exterior, cargas 
positivas. 
Este processo de despolarização e 
repolarização da membrana do 
neurônio é chamado de potencial de 
ação. 
Potencial de ação é apenas um outro 
nome utilizado para um impulso 
nervoso. 
Depois de um impulso nervoso alguns 
canais de potássio permanecem abertos 
um pouco mais do que o necessário 
para trazer a membrana de volta ao 
potencial de repouso; 
- Se o potencial da membrana se torna 
mais negativo do que estava no 
potencial de repouso, a membrana é 
hiperpolarizada. 
Neste estágio o neurônio é incapaz de 
conduzir um impulso nervoso e entra 
no período refratário. o período 
refratário é muito curto onde a bomba 
de sódio e potássio continuam a 
retornar íons de sódio para fora e os 
íons de potássio para o dentro do 
axônio, retornando assim o neurônio 
ao potencial de repouso. 
 
. Algumas fibras nervosas são cobertas 
por uma camada lipídica isolante de 
mielina. As fibras mielinizadas estão 
confinadas em camadas de bainhas 
lipoproteicas de mielina enroladas em 
forma de espiral, as quais na 
realidade continuem uma forma 
especializada de célula de Schwann. 
As propriedades isolantes da bainha 
de mielina possibilitam que um nervo 
mielinizado conduza impulsos de 
maneira muito mais rápida que num 
nervo não mielinizado de tamanho 
igual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anestesia Local 
. Devido à dor, muitos procedimentos 
odontológicos seriam impraticáveis 
caso não existisse o recurso da 
anestesia local. 
. São fármacos seguros. 
. Para obter uma anestesia local 
segura e com profundidade e duração 
adequadas, o cirurgião-dentista deve 
conhecer a farmacologia e a toxidade 
dos anestésicos locais e dos 
vasoconstritores. 
Como agem os anestésicos locais 
. Os anestésicos locais são fármacos 
que suprimem a condução do estímulo 
nervoso de forma reversível, 
promovendo a insensibilidade de uma 
determinada região. 
. O estimulo doloroso é transmitido 
pelas fibras nervosas (axônio) desde 
sua origem (polpa dental, periósteo, 
etc.) até o cérebro na forma de 
potenciais de ação, que são propagados 
por despolarização transitórias das 
células nervosas, devido a entrada de 
íons de sódio (Na+) através dos canais 
de sódio. 
. Teoria do receptor especifico: Os 
anestésicos locais, na sua forma não 
ionizada, atravessam a membrana do 
axônio e penetram na célula nervosa. 
No interior da célula nervosa, as 
moléculas ionizadas de anestésico 
local se ligam a receptores 
específicos nos canais de sódio, 
reduzindo ou impedindo a entra do íon 
na célula. 
Características gerais dos 
anestésicos locais 
. São bases fracas, pouco solúveis em 
água e instáveis quando exposto ao ar. 
. Parauso clínico, são adicionados ao 
ácido clorídrico, formando um sal: 
cloridrato. 
. Os anestésicos locais exibem três 
porções bem definidas em sua 
estrutura: 
1. Porção hidrofílica, que permite 
sua injeção nos tecidos. 
2. Porção lipofílica, responsável 
pela difusão do anestésico 
através da bainha nervosa. 
3. Cadeia intermediaria, que une as 
porções hidrofílica e lipofílica. E 
permite classificar os anestésicos 
em ésteres ou amidas. 
. Os ésteres foram os primeiros 
anestésicos a serem sintetizados, 
tendo como precursor a cocaína. A 
benzocaína é o único emprego 
atualmente em odontologia, apenas 
como anestésico de superfície em 
mucosas, na forma de pomadas e géis. 
. As amidas surgiram a partir de 1948, 
com a síntese de lidocaína. 
 - Menor capacidade de produzir 
reações alérgicas. 
- Além da lidocaína, fazem parte 
desse grupo: prilocaína, 
mepivacaína, articaína, 
bupivacaína, ropivacaína e 
etidocaína. 
Lidocaína: 2% com ou sem vasoconstritor 
. É o anestésico mais empregado em todo 
o mundo. 
. Tempo de início (latência): 2-4min. 
- A duração de anestesia pulpar, sem 
vasoconstritor, é limitada apenas 5-10 
min. Mas quando associada a um 
vasoconstritor, proporciona 40-60min. 
- Em tecido mole: 120-150min (com 
vasoconstritor) 
- Metabolizada no fígado e eliminada 
pelos rins. 
- Meia-vida plasmática: 1,6h 
- A sobredosagem promove a 
estimulação inicial do SNC, seguida de 
depressão, convulsão e coma. 
-Em geral, os medicamentos depressores 
do SNC, como narcóticos, quando 
empregados em conjunto com os 
anestésicos locais, levam à 
potencialização das ações 
cardiorrespiratórias dos anestésicos 
locais. 
Mepivacaína: 2% com vasoconstritor, 3% 
forma pura 
. Início de ação entre 1,5-2min. 
. Empregada em forma pura (na 
concentração de 3%), promove 
anestesia pulpar mais duradora do 
que a lidocaína (20 min técnica 
infiltrativa e 40 min técnica de 
bloqueio regional). 
. Duração de 3 a 5 horas em tecidos 
moles 
. Sofre metabolização hepática, sendo 
eliminada pelos rins. 
. Meia vida plasmática: 1,9h 
. Uso clínico: Prótese, exodontia, 
periodontia 
Prilocaína 3% com felipressina 
. Inicio de ação: 2-4min 
. Pode ser usada sem vasoconstritor, na 
concentração de 4%, mas no brasil não 
é comercializado de forma pura. 
. Metabolizada no fígado e nos pulmões 
. Eliminada pelos rins. 
. Meia-vida: 1,6h. 
. A sobredosagem produz aumento dos 
níveis de metemoglobina no sangue. 
Portanto, é recomendado maior cuidado 
em pacientes com deficiência de 
oxigenação (portadores de anemias, 
alterações respiratórias ou 
cardiovasculares). 
. Tempo de efeito: 60-90min em polpa, e 
3-8 horas em tecidos moles. 
. Uso clínico: exodontia e endodontia 
Bupivacaína 0,5% com ou sem 
vasoconstritor 
. Sua cardiotoxidade é 4 vezes maior 
em relação a lidocaína, por isso é 
utilizada na concentração de 0,5%. 
. Quando associada à epinefrina, 
apresenta, em técnica de bloqueio do 
nervo alveolar inferior, tempo de 
latência variando de 10-16min na 
região de molares e pré-molares. 
. Possui longa duração de ação. No 
bloqueio dos nervos alveolares 
inferior e lingual, produz anestesia 
pulpar por 4horas e em tecidos moles, 
até 12 horas. 
. vida plasmática 2,7 horas. 
. Indicada para procedimentos muito 
demorados e controle prolongado de 
dor nos pós-operatório 
. Não é recomendada para pacientes <12 
anos, pelo maior risco de lesões por 
mordedura no lábio em razão da longa 
duração tem tecidos moles 
Articaína 4% com ou sem vasoconstritor 
. Inicio de ação, entre 1-2min. 
. Potencia 1,5 vezes maior que a 
lidocaína. 
. Sua meia vida plasmática é a mais 
curta (~40min). 
. A articaína reúne as condições 
ideais de ser o anestésico rotineiro 
em adultos, idosos e pacientes 
portadores de disfunção hepática. Res 
. Duração de 60-75 min na polpa, e 3-6 
horas em tecidos moles. 
. Indicada para técnicas infiltrativa, 
mesmo na mandíbula. 
Benzocaína único anestésico do grupo 
éster disponível para uso 
odontológico no Brasil. 
. Anestésico tópico ou de superfície 
. Não deve ser empregada em indivíduos 
com história de hipersensibilidade 
aos ésteres. 
. Na concentração de 20%, a benzocaína, 
após a aplicação por 2min, promove 
anestesia da mucosa superficial, 
diminuindo ou eliminando a dor à 
punção da agulha, especialmente em 
região vestibular. 
. Na palatina essa ação é menos eficaz, 
da mesma forma que no local de punção 
para o bloqueio dos nervos alveolar 
inferior e lingual. 
Vasoconstritores 
Propriedades gerais 
Todos os sais anestésicos possuem 
ação vasodilatadora. Portanto, quando 
são depositados próximos das fibras 
ou dos troncos nervosos que se 
pretende anestesiar, a dilatação dos 
capilares sanguíneos da região 
promove sua rápida absorção para 
acorrente sanguínea, limitando em 
muito tempo de duração a anestesia. 
. O risco de toxidade é aumentado 
quando se empregam grandes volumes 
da solução ou quando ocorre uma 
injeção intravascular acidental, 
especialmente em relação ao SNC. 
. A associação dos vasos constritores 
aos sais anestésicos produz uma 
interação farmacológica desejável, 
pois essa ação vasoconstritora faz 
que o sal anestésico fique por mais 
tempo em contato com as fibras 
nervosas, prolongando a duração do 
anestésico e reduzindo o risco de 
toxidade sistêmica. 
. Outro efeito é a hemostasia, ou seja, 
a redução da perda de sangue nos 
procedimentos que envolvem 
sangramento. 
Classificação 
. No Brasil, usa-se soluções 
anestésicas locais de dois tipos: 
aminas simpatomiméticas ou 
felipressina. 
. As aminas simpatomiméticas: podem 
apresentar ou não um núcleo catecol, 
daí serem chamadas de catecolaminas 
ou não catecolaminas. 
. Catecolaminas: epinefrina, 
norepinefrina e corbadrina 
(sinônimos de adrenalina, 
noradrenalina e lavonordefrina). 
. Não catecolaminas: fenilefrina. 
. As aminas simpatomiméticas agem 
sobre receptores adrenérgicos, 
encontrados na maioria dos tecidos do 
organismo. Esses receptores são de 
tipo: alfa(α) com subtipos α1, e α2, ou 
beta(β), com subtipos β1, β2 e β3. A ação 
vasoconstritora é exercida pela 
interação com receptores α. 
Epinefrina: É o vasoconstritor mais 
utilizado. 
. O agente de escolha para a quase 
totalidade dos procedimentos 
odontológicos em pacientes saudáveis. 
. Promove a constrição dos vasos das 
redes arteriolar e venosa da área 
injetada por meio dos receptores α1. 
. Também interage com receptores β1 no 
coração, aumentando a frequência 
cardíaca, a força de contração e o 
consumo de oxigênio pelo miocárdio. 
. A dosagem de epinefrina deve ser 
minimizada para os pacientes com 
doenças cardiovasculares. 
. Concentrações BR: 1:50.000, 1:100.000 E 
1:200.000. A concentração 1:100.000 é a 
mais recomendável. 
. É eficaz na redução da perda de 
sangue durante os procedimentos 
cirúrgicos odontológicos 
Norepinefrina: Atua nos receptores alfa 
(90%) e receptores beta1 (10%). 
. A maioria dos relatos de reações 
adversas ao uso de vasoconstritores 
estão ligados a norepinefrina, como 
episódios de transitórios de 
hipertensão arterial. Por esse motivo, 
seu uso está sendo cada vez mais 
restrito ou até mesmo abolido. 
Corbadrina (levonordefrina): Atua por meio 
da estimulação direta dos receptores 
alfa (75%) e algumas atividades com 
beta (25%). Nenhuma vantagem em 
relação a epinefrina. 
Fenilefrina: Não apresenta qualquer 
vantagem em relação a epinefrina. 
Felipressina: Análogo sintético da 
vasopressina (hormônio antidiurético), 
está contida em soluções cujo sal 
anestésico é a prilocaína. 
. Concentração usada 0,03 Ul/mL. 
. Tem valor mínimo no controle de 
hemostasia, o que explica o maior 
sangramento observado durante os 
procedimentos cirúrgicos. 
Outros componentes das soluções 
anestésicas 
. Os anestésicos locaispodem conter: 
sal anestésico propriamente dito, 
vasoconstritor, um veículo (geralmente 
água bidestilada) e um antioxidante. 
. Nas soluções que contem 
vasoconstritor adrenérgico, é 
incorporado substâncias 
antioxidante, o bissulfito de sódio, 
que impede a biodegradação do 
vasoconstritor pelo oxigênio, que pode 
penetrar no interior do tubete. 
. O bissulfito de sódio reage com o 
oxigênio, antes que possa agir sobre o 
vasoconstritor. A importância disso é 
que o paciente pode sentir maior 
ardência ou queimação durante a 
injeção, quando se emprega um tubete 
mais “antigo” de anestésico com 
epinefrina ou similares, se comparado 
com um tubete novo. 
. Algumas soluções anestésicas podem 
conter ainda uma substancia 
bacteriostática, geralmente 
metilparabeno, para impedir a 
proliferação de microrganismos. Porém 
não é necessário, já que o tubete 
anestésico odontológico é de uso 
único. 
. O cloreto de sódio é eventualmente 
adicionado ao conteúdo de uma solução 
anestésica local para torna-la 
isotônica em relação aos tecidos dos 
organismos. 
. A água bidestilada é usada como 
diluente para aumentar o volume da 
solução. 
Efeitos adversos dos 
anestésicos locais 
 . A incidência de efeitos adversos é 
praticamente desprezível, porém podem 
ser fatais. 
. Todos os anestésicos locais 
atravessam facilmente a barreira 
hematocefálica. Por isso, a toxidade 
sistêmica dos anestésicos locais, após 
sua absorção para a corrente 
sanguínea, ocorre primeiramente pela 
pressão do SNC, mais sensível à ação 
desses fármacos. 
. Níveis elevados dos anestésicos 
podem ser provocados por: 
Injeções repetidas: Sobredosagem 
absoluta, ou seja, a injeção de um 
volume excessivo do anestésico; 
Injeção intravascular acidental: 
Sobredosagem relativa, quando o 
anestésico é administrado em doses 
adequadas, mas no interior de um vaso 
sanguíneo, atingindo concentrações 
muito superiores os habituais. 
. É imperativo que a injeção de uma 
solução anestésico local seja feita 
somente após a aspiração negativa e 
de forma lenta, na razão de 1mL/Min, 
ou seja, para cada tubete anestésico 
(1,8mL), o tempo de administração deve 
ser de ~90seg. 
Doses máximas de sal anestésico 
e vasoconstritor 
. O dentista deve considerar que, ao 
usar doses próximas das máximas, 
mesmo pacientes com bom estado de 
saúde geral (ASA I) podem exibir 
reações de toxidade. 
. Alguns pacientes podem apresentar 
sinais de toxidade mesmo com doses 
inferiores às máximas. Ao optar pelas 
doses máximas deve se considerar que 
o atendimento odontológico seja feito 
em nível ambulatorial e normalmente 
o cirurgião-dentista não dispõe de 
suporte técnico adequado para 
atender as intercorrências 
associadas às reações de toxidade. 
Como calcular o volume máximo da 
solução anestésico local 
- Três parâmetros: concentração do 
anestésico, doses máximas 
recomendadas e peso corporal do 
paciente. 
- Concentração: uma solução de 2%, 
independente de qual seja o 
anestésico, contém 2g do sal em 100ml, 
o que significa 20mg/mL. Como no 
Brasil, os tubetes vem com solução de 
1,8ml, as soluções 0,5%, 2%, 3% e 4% 
deverão conter, respectivamente, a 
quantidade de 9, 36, 54 e 72mg do sal 
anestésico. 
Anestesia local de pacientes 
com comprometimento sistêmico 
. Paciente ASA III não pode ser 
atendido no consultório – Fazer 
abordagem inicial e encaminhar para 
o hospital. 
. Articaína e prilocaína: não podem ser 
usados em gestantes (a lidocaína é 
recomendável). 
. ASA II recomenda-se o mínimo possível 
de tubetes = 2 tubetes. 
Contraindicações do uso de 
epinefrina 
Recomenda-se que as soluções 
anestésicas locais com epinefrina (ou 
qualquer outro vasoconstritor 
adrenérgico) não sejam empregadas em 
pacientes nas seguintes condições: 
- Hipertensos; 
- História de infarto agudo do 
miocárdio; 
- Período de < 6 meses após acidente 
vascular encefálico; 
- Cirurgia recente de ponte de artéria 
coronária; 
- Hipertireoidismo não controlado* 
- Arritmas cardíacas; 
- Feocromocitoma; 
- História de alergia a sulfitos (maior 
prevalência em asmáticos) * 
- Pacientes que fazem uso de derivados 
das anfetaminas 
- Usuários de drogas ilícitas 
* Em pacientes com Hipertireoidismo 
controlado, as soluções com 
epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 são 
permitidas, respeitando-se o limite 
máximo de 2 tubetes. 
* Pacientes asmáticos, principalmente 
os que dependem de corticosteroides, 
podem possuir alergia aos sulfitos. 
 - As opções para pacientes 
alérgicos ao bissulfito de sódio são a 
prilocaína 3% com felipressina 0,03 
UI/ML e a mepivacaína 3% sem 
vasoconstritor. 
- Pacientes em condições adversas não 
controladas, os procedimentos que 
necessitam de anestésicos devem ser 
postergados. 
- Nas urgências odontológicas é 
imprescindível, sem que tempo hábil 
para referenciar o paciente ao médico 
ou aguardar o tempo mais favorável 
para atendê-lo. 
- Hipertensão Arterial: Usar 
vasoconstritor felipressina 0,03 UI/ml, 
juntamente com a prilocaína 3%, os 
quais não produzem alterações no 
sistema cardiovascular. Em tratamento 
de urgência de paciente com pressão 
arterial descompensada recomenda-se 
utilizar anestésico sem 
vasoconstritor mepivacaína 3%. 
- Diabetes Mellitus: Está 
contraindicado o uso de anestésicos 
com vasoconstritor do tipo adrenalina 
nestes pacientes, porque este hormônio 
irá provocar quebra de glicogênio em 
glicose, podendo resultar em 
hiperglicemia. Por isso tende-se a 
escolher a prilocaína com 
felipressina, por este vasoconstritor 
não causar alteração na pressão 
arterial. A felipressina pode ser 
usada em pacientes com diabete tipo I 
e II 
• Gestantes: O anestésico mais seguro 
para gestantes é a lidocaína a 2%, 
pois tem a adrenalina 1:100.000, no 
máximo 2 tubetes por atendimento (14). 
• Crianças: O anestésico seguro para 
utilizar em crianças é a lidocaína 2% 
com adrenalina 1:200.000. A dose máxima 
com ou sem vasoconstritor pode ser 
dada, em 1 anestub para cada 9,09 Kg. 
Técnicas básicas de injeção 
. Antes de iniciar qualquer 
procedimento odontológico é 
recomendável aplicar um antisséptico 
tópico, para diminuir o risco de 
introdução de materiais sépticos nos 
tecidos moles, produzindo inflamação 
ou infecção. 
. Seque o tecido: Secar o tecido no local 
da penetração para remover detritos e 
retrair os tecidos para que haja 
visibilidade adequada. 
. Aplique um anestésico tópico: deve 
ser aplicada em pequena quantidade 
somente no local de penetração da 
agulha, entre 2 e 3. 
. Comunique-se com o paciente: durante 
a aplicação do anestésico tópico é 
importante que o operador converse 
com o paciente a respeito das razões 
para seu uso. 
. Estabeleça um apoio firme para a mão: 
Depois de o algodão com anestésico 
tópico ser removido do tecido, deve-se 
pegar a seringa de anestésico local 
preparada. 
- O apoio da mão varia de acordo com 
as preferencias e capacidade física 
do profissional – digito palmar ou 
digito digital. 
- Palma da mão para cima: melhor 
controle sobre a seringa, por estar 
apoiada pelo punho. 
Algumas técnicas para estabilização 
das mãos 
. Uso do tórax do paciente para 
estabilização da seringa durante 
anestesia (círculo); 
. Uso do queixo como apoio para o dedo, 
com o corpo da seringa estabilizado 
pelo lábio do paciente; 
. Caso necessário, a estabilização pode 
ser aumentada puxando-se o braço do 
administrador contra seu tórax. 
Ex.: Estabilização da seringa para 
bloqueio do nervo alveolar superior 
posterior direito: corpo da seringa 
sobre o lábio do paciente, um dedo 
apoiado no queixo e um no corpo da 
seringa, parte superior do branco 
mantida próximo do tórax do 
administrador para estabilidade 
máxima. 
. Não apoiar a seringa no braço ou 
ombro do paciente. 
. Deixe o tecido bem esticado: Os tecidosno local de penetração da agulha 
devem ser esticados antes da inserção 
da agulha. 
. O bisél da agulha sempre voltado 
para o osso. 
. Técnicas de distração: alguns 
profissionais sacodem o lábio quando 
a agulha é inserida para provocar 
uma distração no paciente. Conversar 
também é uma boa técnica. 
. Mantenha a seringa fora da linha de 
visão do paciente 
. Sempre observe o paciente e se 
comunique com ele. 
. Faça a agulha avançar lentamente 
até o alvo. 
. Deposite algumas gotas do anestésico 
antes de tocar o periósteo, pois ele é 
ricamente inervado. 
. A profundidade de penetração dos 
tecidos moles em qualquer local de 
injeção varia de um paciente para o 
outro. 
. Aspire / obtenha o refluxo: sempre 
antes de depositar um volume de 
anestésico local em qualquer área. 
. Objetivo: determinar onde está 
situada a extremidade da ponta da 
agulha (num vaso sanguíneo ou fora 
dele). 
. Muitas reações adversas ocorrem 
entre 5 e 10 minutos após a injeção 
anestésica. NUNCA DEIXE O PACIENTE 
SOZINHO!

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