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HEMODIALISE

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Universidade Estácio de Sá
Programa de Pós-graduação Lato Sensu
Enfermagem em Nefrologia
Enf. Ms. Greice Petronilho Prata Carvalho
Doutoranda Saúde Pública USP/SP
E-mail: greicepprata@msn.com
Hemodiálise
Hemodiálise
* É o método de substituição da função renal mais utilizado.
* No início era utilizada exclusivamente para o tratamento
da IRA.
* A HD empregada no tratamento da uremia crônica se deu
a partir da década de 60.
* Aprimoramento das máquinas, dialisadores, confecção do
acesso vascular permanente.
* Milhões de pessoas são mantidas vivas no mundo graças
à este método.
* O tratamento crônico permite a preparação dos pacientes
para serem submetidos ao transplante renal.
Histórico
• Romanos: Remoção da uréia por difusão (banhos quentes);
• Tomas Graham – Primeiras experiências de movimento de
vários solutos através de diversas membranas;
• 1854 – Thomas Graham criou o termo “diálise” para a separação das
substâncias tóxicas;
• 1900 - Primeira membrana;
• 1925 – George Haas realizou a primeira sessão em humanos;
• 1940 - Hemodiálise como tratamento de humanos / Kolff PRIMEIRO
RIM ARTIFICIAL;
• 1949 – Dr. Tito Ribeiro realiza a primeira sessão de HD no Brasil(SP);
• 1960 – Scribner e Quinton criam o shunt arteriovenoso;
• 1966 – Cimino e Brescia idealizam a fístula arteriovenosa primária;
• 1973 – Aprovada a lei que permitia o livre aceso de todo cidadão
americano à diálise;
1955
Desembarca no RJ o
1º Rim Artificial do
modelo Kolff-Brighom,
no Hospital Pedro
Ernesto (RJ).
1960 - SHUNT ARTÉRIO VENOSO
1966 - FÍSTULA ARTÉRIO VENOSA
1950
1970
1990
1960
2000
Evolução das máquinas de 
Hemodiálise
MÁQUINA GENIUS
2007
Fresenius 4008S V10
• Analisa de forma online a eficiência e a
dose de diálise prescrita (OCM);
• Possui solução de diálise ultrapura
(DIASAFE plus);
• Monitor de Pressão Arterial (BMP) é
totalmente integrado ao equipamento;
• Novo conector do bibag (bicarbonato em
pó);
• Sistema Adapted Flow otimiza o consumo
de água, energia e concentrados para a
diálise, além de permitir uma economia de
20% no consumo de concentrados e água
tratada para hemodiálise.
• https://www.youtube.c
om/watch?v=_HMGh
MQq9QI
Indicações da HD
Urgência
a) Hiperpotassemia ou hipercalemia
A elevação dos níveis séricos de potássio deve
chamar a atenção dos profissionais de saúde, pelo
risco elevado de lesão cardíaca (IAM) e arritmias
cardíacas.
Valor normal: concentrações séricas de 3,5 - 5 mEq / L
Hormônios reguladores: ADH e Aldosterona
Caso 1 (s/ acompanhamento)
TFG – 20 ml/min
Uso de I-ECA e B-bloq
K+ 6,8 mEq/l
Sem orientação nutricional
Caso 2 (com acompanhamento)
TFG – 8 ml/min
Bloq. can. Cálcio e diuréticos
K+ 6,3 mEq/l
Seguia orientações nutricionais
Indicações da HD
Urgência
b) Hipervolemia – decorre da expansão do volume extracelular do
paciente urêmico. Graus de expansão não suficientes para serem notados
clinicamente ocorrem com frequência e repercutem sobre o sistema
circulatório e sobre o pulmão, além de contribuir para o aparecimento de
hipertensão arterial. Assim, pode aparecer insuficiência cardíaca na
ausência de cardiopatia prévia e, edema pulmonar que pode ocorrer em
consequência da incapacidade do ventrículo esquerdo em vencer a pós-
carga.
O início da HD, com a ultrafiltração, reverte prontamente os sintomas
decorrentes da hipervolemia. Eventualmente, quando os sintomas ainda
são incipientes, apenas com desconforto ao decúbito, o aumento da dose
de diuréticos ou o melhor controle da pressão arterial podem atenuar este
quadro.
É importante ressaltar que hipervolemia pode cursar com franca anasarca
sem sintomas respiratórios e que o contrário também pode acontecer. Vale
ressaltar que o edema pulmonar é decisivo na indicação HD.
Indicações da HD
Urgência
c) Pericardite urêmica – Pelo elevado risco de derrame
pericárdico e tamponamento cardíaco.
O paciente queixa-se de desconforto precordial, às vezes
acompanhado de febre, e o diagnóstico clínico dar-se pela
constatação de atrito pericárdico à ausculta.
Caracteristicamente não ocorre elevação do segmento ST ao
eletrocardiograma, o que é útil no diagnóstico diferencial com
outras formas de pericardite.
Este quadro é rapidamente revertido à medida que o tratamento
dialítico é iniciado. Pelo risco de precipitar ou aumentar efusão
hemorrágica no espaço pericárdico, deve-se evitar o uso de
heparina durante a hemodiálise.
d) Sinais e sintomas urêmicos – Desorientação, redução do
nível de consciência, soluços persistentes, anorexia, náuseas e
vômitos, caracterizam o doença renal em seu estágio terminal.
Não apenas estes sinais e sintomas são, por si só, indicações
da diálise, como também, nesta fase, torna-se provável o
surgimento de outras complicações potencialmente fatais,
como hiperpotassemia, pericardite e complicações
hemorrágicas.
Indicações da HD
Urgência
Indicações da HD
Eletivas
Em que momento indicar o início da TRS, sem o surgimento de 
sinais e sintomas??? São analisados 03 critérios
a) Taxa de filtração gromelurar – Não é interessante permitir que
os sinais urêmicos se agravem muito, sendo mais prudente
programar o início da diálise antes que surjam comorbidades
associadas a um maior risco de mortalidade após o início do
tratamento, principalmente a desnutrição.
TFG – 10 ml/min/1,73 m2
Diabéticos e idade inferior à 18 anos - TFG for < 15mL/min/1,73m2. 
Atenção! Considerar parâmetros clínicos!!!
Indicações da HD
Eletivas
b) Estado nutricional – A piora do estado nutricional dos pacientes
também deve ser um fator bastante considerado para a indicação
do início da terapia substitutiva.
É bastante comum encontrar pacientes com acentuada
perda da função renal já bastante desnutridos. O estado
nutricional ao início da diálise é um dos mais importantes
determinantes da evolução clínica.
Uma dieta com cerca de 0,6 a 0,75 g/kg/dia de proteína parece
ser o suficiente para evitar uma desnutrição energético-protéica
importante antes do início da diálise.
Indicações da HD
Eletivas
c) Quadro Clínico – É sempre muito importante considerar a
relação risco/benefício para indicar o início de uma TRS para um
paciente em DRC em fase terminal. Isso nem sempre é uma
tarefa muito fácil, porém exige bom senso e uma capacidade de
comunicar-se bem com o paciente.
* O momento para se iniciar a TRS é geralmente
determinado pelas avaliações da taxa de filtração
glomerular e do estado nutricional.Pontos 
Críticos * Desnutrição energético-protéica, refratária à dieta,
pode ser uma indicação para se iniciar a diálise,
quando a TFG ainda estiver acima de 10 ml/min.
Antes do início da TRS é recomendado que o paciente assine um termo
de consentimento livre e esclarecido (TCLE) sobre a modalidade
escolhida e esse termo deve ser anexado ao prontuário.
Cada unidade pode ter o seu texto próprio, entretanto as informações
mínimas que devem conter nesse documento são:
I - Normas e Rotinas do serviço de diálise incluindo os direitos e deveres do
paciente renal crônico.
II - Tipos de tratamentos disponíveis na rede de assistência à saúde:
hemodiálise, diálise peritoneal e transplante, bem como seus benefícios e
riscos.
III - A doença renal crônica, os cuidados com o acesso dialítico (fístulas e
cateteres), as possíveis intercorrências, alimentação e como proceder em
viagens.
IV - Telefones para denúncia, endereços das associações de usuários e da
vigilância sanitária.
V - Condições para entrada e como acompanhar sua situação na fila de
transplante.
Está recomendado para todos os pacientes estágio 5-D: 
1. Diminuir a ingestão de sódio (menor que 2 g/dia)
correspondente a 5 g de cloreto de sódio, em adultos, a não
ser se contra indicado;
2. Atividade física compatível com a saúde cardiovascular e
tolerância: caminhada de 30 minutos 5x por semana para
manter IMC < 25;
3. Abandono do tabagismo;
4. Correção da dose de medicações como antibióticos e antivirais
de acordocom a modalidade de diálise;
5. Adequação da ingesta de proteínas de acordo com o estado
nutricional, avaliação da hiperfosfatemia e da adequação da
diálise;
6. Para o controle da hipertensão o alvo deve ser PA < 140/90
mmHg
7. Para pacientes diabéticos, deve-se manter a hemoglobina
glicada em torno de 7%.
Princípios fisiológicos e Modelo da Cinética da Ureia
Diálise
É um processo em que a composição de soluto em uma
solução A está alterada pela exposição dessa solução a uma
segunda solução B, através de uma membrana semi-
permeável.
Princípios fisiológicos e Modelo da Cinética 
da Uréia
No entanto, solutos maiores
(como as proteínas) não podem
passar através da barreira
semipermeável, e as quantidades de
solutos de alto peso molecular de
cada lado da membrana vão
permanecer inalteradas.
Membrana semi-permeável pode ser considerada como
uma folha perfurada por orifícios ou poros. Moléculas de água
e solutos de baixo peso molecular nas duas soluções podem
passar através dos poros da membrana e misturar-se.
Princípios fisiológicos e Modelo da Cinética 
da Uréia
http://webbed.com.br/geisy/?p=171
Princípios fisiológicos e Modelo da Cinética 
da Uréia
Mecanismos de transporte de solutos - DIFUSÃO
O movimento de solutos por difusão é o resultado de
uma movimentação molecular aleatória. Ao colidir com a
membrana e encontrar um poro de tamanho suficiente, ela
passará da membrana para a solução contígua.
Esse mecanismo pode ser influenciado por:
a) Gradiente de concentração
b) Peso molecular (velocidade e tamanho)
c) Resistência da membrana (espessamento, número de 
poros, membrana de líquidos)
Duas soluções 
com concentração 
diferentes 
separadas por 
uma membrana 
semipermeável.
Moléculas 
pequenas passam 
para menor 
concentração por 
difusão.
Já as moléculas 
maiores por 
convecção.
Princípios fisiológicos e Modelo da Cinética 
da Uréia
Mecanismos de transporte de solutos - ULTRAFILTRAÇÃO
Apesar de estar diretamente ligada ao transporte de
solvente, a ultrafiltração também influencia o movimento de
soluto de um lado ao outro da membrana semipermeável.
Isso se dá devido à forças convectivas relacionadas ao
transporte de substâncias de baixo peso molecular.
Solutos maiores, especialmente aqueles maiores que
os poros da membrana, são mantidos. Para tal soluto grande,
a membrana atua de forma semelhante à uma peneira, de
forma seletiva e saturável.
Princípios fisiológicos e Modelo da Cinética 
da Uréia
Mecanismos de transporte de solutos - ULTRAFILTRAÇÃO
Durante a hemodiálise, a água move-se do sangue
para o dialisato no dialisador como resultado de um gradiente
de pressão hidrostática entre os compartimentos de sangue e
do dialisato. O ritmo de ultrafiltração vai depender da
diferença total de pressão através da membrana (conhecida
como pressão transmembrana → mmHg).
Pressão compartimento 
de sangue
- Pressão compartimento 
do dialisato
PTM =
Princípios fisiológicos e Modelo da Cinética 
da Uréia
Mecanismos de transporte de solutos - ULTRAFILTRAÇÃO
A permeabilidade das membranas dos dialisadores à
água, ainda que alta, pode variar consideravelmente e é
função da espessura da membrana e do tamanho dos poros.
A permeabilidade da membrana à água é indicada pelo seu
coeficiente de ultrafiltração (Kuf).
O Kuf é definido como o número de mililitros de líquido 
por hora que pode ser transferido através da membrana 
por mmHg de gradiente de pressão transmembrana.
Atentar para as especificações do fabricante!
Kuf → 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0
Princípios fisiológicos e Modelo da Cinética 
da Uréia
Mecanismos de transporte de solutos - ULTRAFILTRAÇÃO
A ultrafiltração durante a diálise é realizada com a
finalidade de remover a água acumulada tanto pela ingestão
de líquidos como pelo metabolismo de alimentos no intervalo
inter-dialítico. Tipicamente, um paciente sendo dialisado três
vezes por semana vai ganhar 1 – 4 kg de peso entre os
tratamentos, que vai necessitar de remoção durante 3 – 4
horas do período de diálise. Pacientes com sobrecarga aguda
de líquidos podem necessitar de uma remoção mais rápida.
Assim, a necessidade clínica para ultrafiltração geralmente
varia entre 0,5 a 1,5 litro/hora.
OBS.: Estimativa de peso seco!
Pontos-chave!
Em hemodiálise:
a) Difusão movimenta solutos principalmente na
dependência de um gradiente de concentração;
b) Convecção movimenta água e solutos sem alterar sua
concentração; seu principal determinante é um
gradiente de pressão hidráulica;
c) Adsorção retirar moléculas maiores mas é um
mecanismo saturável, a menos que se substitua o
dialisador.
Princípios fisiológicos e Modelo da Cinética 
da Uréia
Aplicações clínicas da difusão e ultrafiltração na remoção 
de solutos a partir da perspectiva do dialisador
O dialisador é um compartimento que possui, de um
lado, sangue, e do outro, a solução de diálise. Esta solução
consiste de uma água altamente purificada, acrescida de
sódio, potássio, cálcio, cloreto, bicarbonato e dextrose.
Quando o sangue urêmico entra em contato com esta
solução, se inicia o transporte de solutos, num fluxo muito
mais alto do que o fluxo retrógrado do dialisato para o
sangue. Durante a hemodiálise, a concentração de equilíbrio
é prevenida e o gradiente de concentração prevenida pelo
preenchimento constante da solução de diálise.
O dialisador
No interior do dialisador existe um feixe de milhares de
pequenas fibras capilares por cujo interior o sangue flui durante a
sessão de hemodiálise. O dialisador é desenhado de forma que o
sangue flua pelas fibras e a solução de diálise flua ao seu redor, pelo
lado de fora.
Solução 
de Diálise
DialisatoDialisado
Expurgo
Sangue 
Sangue 
PACIENTE
Banho de 
Diálise
Expurgo
Normalmente, a direção
do fluxo de solução de diálise é
oposto à direção do fluxo de
sangue (fluxo em contra-
corrente).
Isso é feito com o
propósito de maximizar a
diferença da concentração de
produtos catabólicos entre o
sangue e o dialisato em todas
as partes do dialisador.
Funcionamento do 
Dialisador
http://lauralahoz.blogspot.com/
O fluxo de sangue e dialisato devem passar em direção 
contraria para manter a diferença de gradiente de 
concentração e remover o máximo de solutos através da 
membrana semipermeável.
Sangue LIMPO 
com reduzidos 
níveis de uréia, 
creatinina,etc ...
Dialisato NOVO
contendo os 
eletrólitos 
essenciais
Dialisado USADO
com uréia,creatinina,
etc...
Sangue
Dialisato
Sangue UREMICO
com níveis elevados 
de creatinina, 
potássio, uréia, 
sódio, etc...
Fluxo em Contra Corrente
Exterior das fibras capilares
Interior do lúmen das
fibras capilares
Clearance de uréia
Clearance (C) é a capacidade do dialisador de ‘limpar’ uma
quantidade de sangue de um determinado soluto (ureia) por unidade
de tempo [ml/min].
QB=200 ml/min
UF=0
Fatores que influenciam: tamanho do soluto, permeabilidade da membrana,
área de superfície, fluxo de sangue, fluxo de dialisato, taxa de ultrafiltração,
parâmetros de sangue do paciente, ...
Na fabricação os dados são medidos in-vitro com um marcador de moléculas
conforme as características do dialisador.
QD=500 ml/min
C.uréia=180 ml/min
Uréia não depurada=20ml
Fatores que afetam a depuração da uréia da porção 
aquosa do sangue (KW)
a) Velocidade do fluxo de sangue* → À medida que o fluxo de
sangue aumenta, o dialisador torna-se incapaz de remover a
uréia no mesmo grau de eficiência.
Exemplo de cálculo de depuração da uréia:
Fluxo de sangue: 200 ml/min
Uréia no plasma (entrada): 100 mg/dl
Uréia no plasma (saída): 25 mg/dl
200 x (100 – 25)
100
= 150 
ml/min
Fluxo de sangue: 400 ml/min
Uréia no plasma (entrada): 100 mg/dl
Uréia no plasma (saída): 50 mg/dl
400 x (100 – 50)
100
= 200 
ml/min
* A recomendação é de que as bombas de sangue sejam ajustadas para taxas 
entre 200 a 500 ml/min na diálise de adultos.
Fatores que afetam a depuraçãoda uréia da porção 
aquosa do sangue (KW)
b) Velocidade do fluxo de solução de diálise → A remoção de
uréia depende também do fluxo de solução de diálise. A
velocidade usual de 500 ml/min. Uma velocidade maior pode
aumentar a eficácia da remoção de uréia.
Porém, um fluxo de solução de 800 ml/min, com fluxo de
bomba de sangue a 350 ml/min aumentará a eficácia em
apenas 12%, quando utilizado um dialisador de alto fluxo.
Fatores que afetam a depuração da uréia da porção 
aquosa do sangue (KW)
c) Eficiência do dialisador → Um dialisador de alta eficiência,
com membrana fina de grande área de superfície, poros
largos e arquitetura que maximize o contato entre o sangue e
o dialisato removerá maior percentagem de catabólitos.
O coeficiente de transferência de massa do dialisador (KoA)
reflete a eficiência da remoção de solutos em função da
velocidade de fluxo de sangue para um determinado
dialisador.
200 250 300 350 400 450 500
100
120
140
160
180
200
220
240
260
280
300
KoA (in Vitro)
320
300
400
600
800
1000
Velocidade de fluxo de sangue total (ml/min)
K
 (
C
le
a
ra
n
c
e
, 
m
l/
m
in
)
Fatores que afetam a depuração da uréia da porção 
aquosa do sangue (KW)
d) Efeito do peso molecular → Solutos de alto peso
molecular difundem-se pobremente através da membrana do
dialisador.
Solutos maiores, como a B2-microglobulina (PM = 11.800)
não podem passar através dos poros de uma membrana de
diálise padrão.
Entretanto, membranas de alto fluxo tem poros de tamanho
suficiente para que essa molécula passe.
A permeabilidade da membrana a água que pode variar muito
de um dialisador para outro depende de:
1. Espessura da membrana
2. Tamanho do poro
3. KUF (coeficiente de ultra filtração) – É definido com a quantidade de 
milímetros de água que é transferido através da membrana por hora, 
quando 1 mmHg de pressão (PTM) é aplicado
O que é área do dialisador?
É o tamanho do dialisador, ou seja, a quantidade de fibras do dialisador
medida em metros quadrados (m2)
O que é Priming?
É a quantidade de líquido necessário para preencher todas as fibras do 
dialisador.
COEFICIENTE DE ULTRA FILTRAÇÃO
• Confeccionada com material
biocompatível;
• É semipermeável;
• É responsável pela comunicação entre o
compartimento sanguíneo e o
compartimento dialítico;
• Permite o transporte de solutos e
solventes;
• As múltiplas fibras ocas dos dialisadores
são membranas semipermeáveis;
MEMBRANA DOS DIALISADORES
Ela é PERMEÁVEL, quando os poros do material permite a 
passagem de água e solutos, que é definido pelo seu peso 
molecular ou tamanho molecular. Se os solutos são maiores 
que o tamanho do poro, podemos dizer que a membrana é 
IMPERMEÁVEL
Corte Fibra do Dialisador
Membranas
Existem atualmente quatro tipo de membranas
frequentemente usados em dialisadores:
a) Celulose → Obtida através do algodão processado.
Membranas de celulose recebem vários nomes como:
celulose regenerada, celulose cuprophane, rayon
cyprammonium e celulose ester saponificada.
b) Celulose substituída → O polímero de celulose tem um
grande número de grupo hidroxila livre na sua superfície.
Nas membranas de acetato de celulose, de diacetato de
celulose e de triacetato de celulose, um número substancial
desses grupos está quimicamente ligado ao acetato.
D
c) Celulose sintética → um material sintético (um
componente de amino terciário) é adicionado à celulose
liquefeita durante a formação da membrana. Como resultado,
a superfície da membrana é alterada e a biocompatibilidade é
bastante aumentada. Esta membrana recebe os nomes
comerciais de Cellosyn ou Hemophan.
d) Sintéticas → Essas membranas não são baseadas em
celulose, e os materiais usados incluem poliacrilonitrila (PAN),
polissulfona, policarbonato, poliamida e polimetilmetacrilato
(PMMA).
Membranas
Membranas de Celulose Membranas Sintéticas
Celulose
Regenerada
Celulose
Modificada
Acetato de Celulose (CA)
Diacetato de Celulose
Triacetato de Celulose 
(CTA)
Hemophan (HE)
Poliamida (PA) 
Polisulfona (PSu)
Policarbonato (PC)
Ethil-vinil-álcool
copolimer (EVAL)
Polyacrylonitrila (PAN)
Polymethyl 
methacrylato (PMMA)
Cuprofane (CU)
Cupramonium
Resumo das membranas
DIFERENTES TIPOS DE MEMBRANAS
BIOCOMPATIBILIDADE
C
O
M
P
A
T
IB
IL
ID
A
D
E
D
O
S
A
N
G
U
E
PREÇO / QUALIDADE DO TRATAMENTO
Membranas de
celulose
Membranas de
Celulose Modificada
Membranas 
Sintéticas
Atenção!
Durante a diálise utilizando membranas feitas de celulose
não-substituída, os grupos livres de hidroxila na superfície da
membrana ativam o sistema complemento no sangue que
corre pelo dialisador.
Já a polisulfona é uma membrana capaz de reter a
endotoxina.
Reações Anafiláticas
Síndrome do “Primeiro Uso”
Interação entre Material (membrana) e Sangue
Adsorção proteínas do
plasma
(albumina & fibrinogênio)
Sangue Fluxo 
Ativação da Coagulação do Sangue
(via Fator XIIa)
Ativação de leucócitos
Ativação de Plaquetas
(Adesão / agregação)
Componentes
do circuito
extracorpóreo
Ativação da 
Cascata de 
complemento
C5a/ C3a
Relação do volume de sangue extracorpóreo com
o tamanho do dialisador:
O volume extracorpóreo não deve ultrapassar 10% da volemia, 
ideal entre 5 e 7,5%;
HF 60 70 80 100
VOL.INT. 82 98 110 138
VOL. 
EXTRA 
CORP. 262 278 290 318
PESO MAX 75 79 83 91
PESO MINIMO 37 40 41 46
Performance dos dialisadores
BAIXO FLUXO
ALTO FLUXO
Celulose Sintética
✓ Poros pequenos – 0,1nm;
✓ HD convencional;
✓ Pode ser usado em máquinas 
com ou sem controle 
volumétrico;
✓ Retira apenas moléculas 
pequenas;
✓ Coeficiente de UF máximo 
8ml/h/mmHg.
✓ Poros grandes – 0,3 nm;
✓ possibilidade de uso em HD, 
HDF ou HF;
✓ Pode ser usado apenas em 
máquinas com controle 
volumétrico;
✓ Retira moléculas pequenas e 
moléculas médias;
✓ Coeficiente de UF 
>10ml/h/mmHg.
Sintética
Celulose 
Modificada
Dados que devem ser observados na 
especificação do dialisador
a) Coeficiente de ultrafiltração (Kuf )
b) Clearance (Uréia in vitro) → úteis na comparação (KoA
500/700)
c) Área de superfície de membrana → 0,8 a 2,1 m2
d) Volume de priming (enchimento do sistema) → 60 a 120
ml
e) Comprimento e espessura das fibras
f) Método de esterilização → ETO, irradiação gama ou
autoclave com vapor.
As funções da solução são:
✓ Correção dos valores plasmáticos para valores normais;
✓ A composição é determinada principalmente pela
composição normal e do sangue urêmico;
✓ O dialisato é composto de água purificada e substâncias
dissolvidas;
O controle é realizado através:
✓ Condutividade: condução de cargas elétricas dos eletrólitos;
✓ Temperatura
O “banho” ou dialisato é composto por: 34 partes Água 
Tratada + Solução de diálise
CPHD - Concentrado Polieletrolítico para Hemodiálise Ácido e Básico
A produção da solução de diálise
Máquinas de diálise especialmente desenhadas misturam
os dois compenentes simultaneamente com água purificada para
fazer a solução de diálise produzida. A mistura de uma quantidade
da fração ácida com quantidade equivalente de bicarbonato gera
dióxido de carbono, formando o ácido carbônico e reduzindo o pH
da solução para algo na faixa 7,0 a 7,4. Nesta faixa de pH o cálcio
e o magnésio permanecem em solução.
Para controlar o problema da precipitação
de carbonato de cálcio e de magnésio, o sistema
de geração do dialisato com base em bicarbonato
utiliza dois componentes do concentrado, um
componente “bicarbonato” e um componente
“ácido”.
http://www.farmace.com.br/cphd.asp
Solução de Diálise (solução de troca)
Uma composição típica de solução de diálise contendo
bicarbonato inclui:
Componente mEq/Litro
Sódio 135 – 145
Potássio 0 – 4,0
Cálcio 2,5 – 3,5
Magnésio 0,5 – 0,75
Cloreto 98 – 124
Acetato 2 – 4
Bicarbonato 30 – 40
Dextrose 11
PH 7,1 – 7,3
SÓDIO: Ocorre uma suficiente remoção de sódio por 
difusão e convecção
Na+
✓ Principal cátion do fluido extracelular;
✓ Relacionado coma hidratação do corpo;
✓ Em geral a concentração de sódio no dialisato deve ser a mesma 
do plasma sanguíneo;
PLASMA DIALISATO
135 – 145 mmol/L 130 – 145 mmol/L
BAIXA CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO NO DIALISATO
câimbras musculares, cefaléia, náuseas e vômitos
ALTA CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO NO DIALISATO
sede, hipertensão, hipertrofia ventricular, e aumento da 
mortalidade
OBJETIVO: Balanço do sódio NEUTRO!!!
CÁLCIO
✓ 99% do cálcio está no tecido ósseo e 1% no extracelular;
✓ Cálcio plasmático – 2,2 a 2,7 mmol/L;
✓ Responsável pela mineralização óssea, regula paratormônio e
vitamina D;
✓ Cálcio é indispensável a concentração muscular;
✓ Hipocalcemia
Cálcio sérico < 2,2 mmol/L
Sintoma: Tetania
Risco de osteodistrofia
✓ Hipercalcemia
Cálcio sérico > 2,7 mmol/L
Sintoma: Poliúria, polidipsia, náusea, vomito, fraqueza muscular,
distúrbio na frequência cardíaca
Risco de calcificação de tecidos moles
Ca++
✓ Principal cátion do fluido intracelular (98%);
✓ Transmissão de sinal/ estimulação nervosa;
✓ 90% eliminação renal e 10% enteral.
✓ Hipercalemia: É comum em IRC devido a falência de
controle de excreção de K;
Níveis sérios: K > 5.0 mmol/L
Sintomas: Arritmias, fraqueza MMII, dormência peri labial, PCR.
✓ Hipocalemia:
Níveis séricas: K<3,6 mmol/L
Sintomas: Parestesia, extra sístole e alcalose
POTÁSSIO: junto com o sódio é responsável pelo
transporte através da membrana.
K+
IMPORTÂNCIA DA GLICOSE NO DIALISATO
✓ Prevenção de efeitos negativos durante a diálise –
Hipoglicemia principalmente em pacientes diabéticos; 
✓ Agente osmótico ativo – Facilita a ultrafiltração pela 
remoção do excesso de água;
BALANÇO ÁCIDO BÁSICO
✓ As células do corpo humano em seu meio ambiente tem 
uma necessidade interna específica: PH entre 6.8 a 7.6 (ideal 
7.4)
✓ Processos metabólicos (metabolismo de alimentos) em 
nosso corpo produzem ácidos e bases em diferentes locais e 
momentos.
✓ Para manter o PH estável é necessário neutralizar os 
ácidos: Tampões, respiração (elimina CO2), regulação renal 
(elimina H+);
GLICOSE: soluções ácidas podem ser acrescidas de glicose
Aparelho de Hemodiálise
A máquina de hemodiálise é um
aparelho automatizado que conduz o
sangue do paciente por meio da
circulação extra-corpórea a fim de que o
mesmo seja “dialisado” por meio de um
filtro artificial.
//upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fc/Hemodialysismachine.jpg
A hemodiálise é um método de substituição da função
renal que se utiliza de um acesso vascular para promover a
circulação extra-corpórea que conduzirá o sangue do paciente
até o dialisador onde o sangue será depurado.
Para promover a diferença
de potencial que remove as toxinas
urêmicas e a água excedente, são
utilizadas duas soluções, que
misturadas forma a solução de
diálise (ou banho de diálise).
Após ser retirado do paciente e filtrado pelo dialisador, o
sangue é então devolvido ao paciente pelo acesso vascular.
http://www.keywordpicture.com/keyword/hemodialise/
H2O
Câmara 
de 
Mistura
Expurgo
Representação esquemática de uma
máquina de proporção. Riella, 2003.
Paciente
Máquina de Diálise
Os equipamentos de hemodiálise atuais contam com
uma bomba de sangue, um sistema de liberação de solução de
diálise e monitores de segurança de processo.
a) Bomba de sangue → Move o sangue do local de
acesso passando pelo dialisador e de volta para o paciente. O
fluxo habitual para adultos é de 350 a 500 ml/minuto.
b) Sistema de liberação de solução de diálise → Pode
ser de proporção individual ou central. No sistema central toda
a solução usada na unidade de diálise é produzida por uma
única máquina e bombeada para cada máquina de diálise. O
sistema individual proporciona sua própria solução de diálise
com água purificada.
b) Sistema de liberação de solução de diálise → O
equipamento deverá ainda realizar o aquecimento da solução
de diálise (35 a 37ºC) e remover as bolhas provenientes do ar
dissolvido na solução.
As máquinas de diálise são lavadas rotineiramente após
cada uso e geralmente são desinfetadas no final do dia. A
desinfecção pode ser feita usando calor ou detergente, e
freqüentemente é precedida por uma lavagem com solução
ácida para remover a incrustação de carbonato e a obstrução
nas passagens dos tudos. É importante atentar para o tipo de
solução utilizada, bem como sua concentração.
c) Dispositivos de monitoramento – Circuito sangüíneo
* Monitores de pressão → Vários pontos de
monitoramento da pressão interna do sistema de diálise podem
ser instalados. Geralmente encontra-se um tubo para sensor
próximo à bomba de sangue e logo após o dialisador. Os
sensores podem ser ajustados para alarmar e/ou para
desarmar a bomba de sangue.
* Detector de ar e cata-bolha venoso → Localizados
logo após o monitor da pressão venosa. Às vezes um filtro
também é instalado. O objetivo desse cata-bolhas é prevenir
que o ar seja enviado para o paciente no retorno do sangue
após sua passagem pelo dialisador. Caso isso aconteça, um
detector de ar trava o sistema e pára a bomba de sangue.
c) Dispositivos de monitoramento – Circuito da solução
* Sistema de condutividade da solução → Caso haja
alguma irregularidade na composição da solução de diálise, o
sistema detecta e dispara um alarme, de forma prevenir que o
sangue do paciente fique exposto à uma solução inadequada.
* Temperatura da solução de diálise → O funcionamento
inadequado do elemento de aquecimento pode proporcionar
uma solução de diálise excessivamente quente ou fria. O uso
de solução fria poderá causa hipotermia e uma solução acima
de 42º C poderá levar à hemólise.
* Válvula bypass → Desvia a solução de diálise para
fora do dialisador caso a temperatura ou a condutividade
estejam inadequadas, preservando o paciente.
c) Dispositivos de monitoramento – Circuito da solução
* Detector de perda sanguínea → Instalado na linha de
retorno do dialisado. Se esse detector percebe a presença
sangue, como ocorre quando uma perda desenvolve-se
através da membrana do dialisador, um alarme apropriado é
ativado.
* Monitor de pressão de drenagem do dialisato → Em
máquinas que não têm bombas especiais e circuitos para
controlar diretamente a velocidade de ultrafiltração, a pressão
nesse local pode ser usada juntamente com a pressão na
linha de retorno de sangue para calcular a TMP e, portanto,
estimar o ritmo de ultrafiltração.
d) Dispositivos opcionais:
* Bomba de heparina
* Ajuste de bicarbonato
* Ajuste de sódio
* Ultrafiltração controlada
* Ultrafiltração programável
* Sensor de uréia no dialisato (KtV online)
* Controle da temperatura corporal
* Medição da recirculação do acesso ou fluxo do acesso
* Monitores de volume sangüíneo
e) Dispositivos de via única de sangue (agulha única) →
A maioria dos tratamentos de hemodiálise é realizada usando
duas vias separadas de sangue: uma para obter sangue do
paciente e outra para retornar o sangue para o paciente.
Vários sistemas permitem que a diálise seja realizada
utilizando uma via de sangue única, sob a forma de Y.

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