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Lei de Improbidade Administrativa


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SOBRE O AUTOR 
 
Sou o José Braúna, apaixonado pelo saber, na verdade, um eterno 
aprendiz, procurando viver o evangelho genuíno de Jesus, o Cristo. Sou filho, 
marido e pai. 
Atuo como Professor de Direito Constitucional, Processo Penal e Leis 
Específicas, sendo Bacharel em Direito pelo Instituto Processus, Pós-graduado 
em Direito Constitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito Público – IDP e 
graduado em Segurança Pública, pela Universidade de Santa Catarina. 
Ao longo dos 16 anos de docência em curso de graduação, pós-
graduação, preparatório para OAB e concursos públicos, tive a oportunidade de 
trabalhar com várias disciplinas, dentre elas: Direito Constitucional, Direito 
Administrativo, Direito do Consumidor, Direito Penal Militar, Lei Orgânica do DF, 
Regimentos Internos de Tribunais e das Casas Legislativas. 
A experiência da docência me levou a ser convidado e participante de 
debates jurídicos na TV Justiça – Saber Direito – e na Rádio Justiça – no 
programa na Trilha da Vida. 
Aos 18 anos de idade fui aprovado no meu primeiro concurso público, 
tendo a honra de me formar Sargento pela Escola de Sargentos da Armas- 
EsSA- Exército Brasileiro- na turma de 2004. Posteriormente, fui aprovado na 
OAB no 7° semestre do curso de Direito. 
Atualmente, exerço o oficio de servidor público do Ministério Público da 
União-MPU, sendo o 4o colocado no concurso de 2008. 
 
Chega, vamos para o que realmente interessa... 
 
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LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
 
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 
 
Dispõe sobre as sanções aplicáveis 
aos agentes públicos nos casos de 
enriquecimento ilícito no exercício de 
mandato, cargo, emprego ou função na 
administração pública direta, indireta 
ou fundacional e dá outras 
providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte lei: 
CAPÍTULO I 
Das Disposições Gerais 
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, 
servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de 
entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com 
mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na 
forma desta lei. 
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de 
improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, 
benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas 
para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 
cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes 
casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos 
cofres públicos. 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que 
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou 
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no 
artigo anterior. 
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Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, 
mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato 
de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. 
Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados 
a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. 
Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa 
ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do 
dano. 
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou 
terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. 
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público 
ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa 
responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a 
indisponibilidade dos bens do indiciado. 
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo 
recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o 
acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. 
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se 
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor 
da herança. 
CAPÍTULO II 
Dos Atos de Improbidade Administrativa 
Seção I 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento 
Ilícito 
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando 
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida 
em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas 
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: 
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou 
qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, 
percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou 
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indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente 
das atribuições do agente público; 
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a 
aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de 
serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de 
mercado; 
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a 
alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por 
ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; 
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, 
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição 
de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho 
de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas 
entidades; 
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, 
para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de 
narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou 
aceitar promessa de tal vantagem; 
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, 
para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou 
qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou 
característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades 
mencionadas no art. 1º desta lei; 
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, 
emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja 
desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público; 
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou 
assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de 
ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do 
agente público, durante a atividade; 
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou 
aplicação de verba pública de qualquer natureza; 
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X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou 
indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja 
obrigado; 
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas 
ou valores integrantes doacervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 
1° desta lei; 
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes 
do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei. 
Seção II 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao 
erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou 
haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: 
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao 
patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou 
valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º 
desta lei; 
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize 
bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades 
mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou 
regulamentares aplicáveis à espécie; 
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, 
ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores 
do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem 
observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; 
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante 
do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda 
a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado; 
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço 
por preço superior ao de mercado; 
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e 
regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; 
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VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das 
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para 
celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los 
indevidamente; (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014) 
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou 
regulamento; 
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no 
que diz respeito à conservação do patrimônio público; 
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes 
ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular; 
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça 
ilicitamente; 
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, 
máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à 
disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem 
como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por 
essas entidades. 
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a 
prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as 
formalidades previstas na lei; 
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e 
prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei 
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao 
patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou 
valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas 
mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais 
ou regulamentares aplicáveis à espécie 
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada 
utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração 
pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a 
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à 
espécie; 
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XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas 
sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à 
espécie 
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das 
prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com 
entidades privadas; 
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública 
com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou 
influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. 
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com 
entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir 
de qualquer forma para a sua aplicação irregular. 
Seção II-A 
 
Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou 
Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário 
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou 
omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário 
contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 
116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
Seção III 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os 
Princípios da Administração Pública 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os 
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os 
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e 
notadamente: 
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso 
daquele previsto, na regra de competência; 
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; 
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das 
atribuições e que deva permanecer em segredo; 
IV - negar publicidade aos atos oficiais; 
V - frustrar a licitude de concurso público; 
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VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; 
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da 
respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de 
afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. 
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação 
de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades 
privadas 
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos 
na legislação. 
X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de 
serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou 
instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 
8.080, de 19 de setembro de 1990 
CAPÍTULO III 
Das Penas 
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas 
previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade 
sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: 
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente 
ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função 
pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa 
civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar 
com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, 
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja 
sócio majoritário, pelo prazo de dez anos; 
II - na hipótese do art. 10, ressarcimentointegral do dano, perda dos bens 
ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, 
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, 
pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de 
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica 
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; 
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III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda 
da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, 
pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida 
pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios 
ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três 
anos. 
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão 
dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes 
o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. 
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em 
conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido 
pelo agente. 
CAPÍTULO IV 
Da Declaração de Bens 
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à 
apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio 
privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. 
§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, 
títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, 
localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e 
valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas 
que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os 
objetos e utensílios de uso doméstico. 
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o 
agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função. 
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem 
prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar 
declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. 
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual 
de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da 
legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as 
necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° 
deste artigo . 
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CAPÍTULO V 
Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial 
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa 
competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática 
de ato de improbidade. 
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, 
conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua 
autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento. 
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho 
fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste 
artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos termos 
do art. 22 desta lei. 
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a 
imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será 
processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de 
dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os 
respectivos regulamentos disciplinares. 
Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e 
ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo 
para apurar a prática de ato de improbidade. 
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas 
poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o 
procedimento administrativo. 
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão 
representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira 
ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro 
que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. 
§ 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto 
nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil. 
§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o 
bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo 
indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. 
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Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo 
Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da 
efetivação da medida cautelar. 
§ 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de 
não persecução cível, nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações 
necessárias à complementação do ressarcimento do patrimônio público. 
§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, 
aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de 
junho de 1965. 
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará 
obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. 
§ 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as 
ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o 
mesmo objeto. 
§ 6o A ação será instruída com documentos ou justificação que 
contenham indícios suficientes da existência do ato de improbidade ou com 
razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas 
provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas 
nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil. 
§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e 
ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, 
que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de 
quinze dias. 
§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão 
fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de 
improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita 
§ 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar 
contestação. 
§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de 
instrumento. 
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§ 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as 
partes requerer ao juiz a interrupção do prazo para a contestação, por prazo 
não superior a 90 (noventa) dias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação 
de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito. 
§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos 
regidos por esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código de 
Processo Penal. 
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica 
interessada o ente tributante que figurar no polo ativo da obrigação tributária de 
que tratam o § 4º do art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de 
julho de 2003. 
Art. 17-A. (VETADO):(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano 
ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou 
a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada 
pelo ilícito. 
CAPÍTULO VI 
Das Disposições Penais 
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra 
agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe 
inocente. 
Pena: detenção de seis a dez meses e multa. 
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a 
indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver 
provocado. 
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só 
se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. 
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá 
determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou 
função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à 
instrução processual. 
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: 
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I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena 
de ressarcimento; 
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou 
pelo Tribunal ou Conselho de Contas. 
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, 
de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante 
representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar 
a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo. 
CAPÍTULO VII 
Da Prescrição 
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei 
podem ser propostas: 
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em 
comissão ou de função de confiança; 
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas 
disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de 
exercício de cargo efetivo ou emprego. 
III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da 
prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 
1o desta Lei. 
CAPÍTULO VIII 
Das Disposições Finais 
Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, 
e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais disposições em contrário. 
Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171° da Independência e 104° da 
República. 
FERNANDO COLLOR 
Célio Borja 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.6.1992. 
 
 
 
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QUESTÕES SEM GABARITOS E SEM COMENTÁRIOS TENDÊNCIA 
 
1. (2020/CESPE/TJ-PA/ Analista Judiciário – Programador) A Lei n.º 
8.429/1992 
I aplica-se apenas aos servidores públicos da administração pública direta e 
fundacional. 
II estabelece a necessidade de observância dos princípios da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade e da publicidade. 
III prevê a indisponibilidade de bens como medida para assegurar o integral 
ressarcimento do dano causado ao erário. 
IV excetua os atos omissivos como possíveis caracterizadores do ato de 
improbidade. 
 
Estão certos apenas os itens 
 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) I, III e IV. 
e) II, III e IV. 
2. (2020/CESPE/TJ-PA/ Oficial de Justiça) Em uma ação de improbidade 
administrativa ajuizada pelo Ministério Público, foi proferida sentença de 
procedência dos pedidos, com aplicação da sanção de perda da função pública 
ao réu, que é servidor público. 
 
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A respeito dessa situação hipotética, é correto afirmar que a imposição da 
referida sanção 
 
A) depende da comprovação de dano financeiro ao patrimônio público, 
sendo imprescindível, para aplicação da pena, aguardar o trânsito em 
julgado da sentença. 
B) depende da comprovação de efetivo dano financeiro ao patrimônio 
público, podendo a pena, por ter natureza política, ser efetivada antes do 
trânsito em julgado da sentença. 
C) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, 
sendo imprescindível, para a efetivação da pena, aguardar o trânsito em 
julgado da sentença. 
D) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, 
podendo a pena, por ter natureza administrativa, ser efetivada antes do 
trânsito em julgado da sentença. 
E) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, 
mas a pena, por ter natureza penal, só poderá ser efetivada após o 
trânsito em julgado da sentença. 
 
3. (2020/CESPE/TJ-PA/Auxiliar Judiciário) A Lei n.º 8.429/1992 
I aplica-se apenas aos servidores públicos da administração pública direta e 
fundacional. 
II estabelece a necessidade de observância dos princípios da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade e da publicidade. 
III prevê a indisponibilidade de bens como medida para assegurar o integral 
ressarcimento do dano causado ao erário. 
IV excetua os atos omissivos como possíveis caracterizadores do ato de 
improbidade. 
Estão certos apenas os itens 
A) I e II. 
B) I e IV. 
C) II e III. 
D) I, III e IV 
E) II, III e IV. 
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4. (2020/ CESPE/TJ-PA/Analista Judiciário/Área Administração) Acerca de 
improbidade administrativa, assinale a opção correta. 
A) A administração pública não pode demitir com base em ato de 
improbidade administrativo, salvo se o requerido já houver sido 
condenado judicialmente por ato de improbidade. 
B) Não é viável a condenação por ato de improbidade administrativa com 
base exclusivamente em culpa, mas tão somente em dolo. 
C) Ainda que determinado ato ímprobo tenha ocorrido no primeiro mandato, 
a prescrição contra agente político reeleito inicia-se somente com o fim do 
segundo mandato. 
D) Terceiro que não seja agente público, mas que concorra para a prática de 
ato de improbidade, responde somente civil e penalmente, não podendo 
ser réu em ação de improbidade administrativa. 
E) A perda da função pública, tal como a suspensão dos direitos políticos, 
opera-se a partir da condenação judicial em segunda instância. 
 
5. (2020/CESPE/TJ-PA/analista Judiciário/Área Administração) Julgue os 
itens a seguir, considerando as disposições da Lei n.º 8.429/1992. 
I A lei aplica-se a terceiro que, mesmo não sendo servidor público, induza ou 
concorra para a prática de ato de improbidade ou dele se beneficie. 
II Atos omissivos podem ser considerados para a configuração de lesão ao 
patrimônio público. 
III O Ministério Público deverá ser cientificado pela autoridade administrativa 
sobre os atos que ensejarem enriquecimento ilícito ou lesão ao patrimônio 
público. 
IV Constitui ato de improbidade administrativa revelar fato ou circunstância de 
que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo. 
 
Assinale a opção correta. 
A) Apenas os itens I, II e III estão certos. 
B) Apenas os itens I, II e IV estão certos. 
C) Apenas os itens I, III e IV estão certos. 
D) Apenas os itens II, III e IV estão certos. 
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E) Todos os itens estão certos. 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA PÚBLICA – CARREIRA POLICIAL 
(eu incluí a ABIN somente por ter sido o cespe, mas não ela é integrante da 
Segurança Pública) 
 
6. (2018/CESPE/ABIN/ Oficial Técnico de Inteligência) Valdemar, empresário 
do setor de frigoríficos, emprega estratégias, como a utilização de produtos 
químicos, para disfarçar o estado de putrefaçãode carnes que vende fora do 
prazo de validade. Ele garante uma mesada a Odair, empregado de agência 
reguladora do setor e encarregado de elaborar os registros de fiscalização, em 
troca de ser avisado de qualquer ação não programada do órgão. De posse 
desse tipo de informação, Valdemar toma providências para que os fiscais não 
encontrem a carne de má qualidade. Durante a investigação de um caso 
referente a uma pessoa que sofrera prejuízo à saúde em razão do consumo de 
carne estragada, escuta telefônica autorizada gera as provas da existência do 
esquema. A respeito da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. 
Valdemar cometeu o crime de corrupção ativa, mas, como não é servidor público, 
a ele não se aplica a Lei n.º 8.429/1992. 
Certo/Errado 
 
7. (2018/CESPE/ ABIN/ Agente de Inteligência) Acerca dos direitos políticos, 
julgue o item que se segue. A condenação pela prática de ato de improbidade 
administrativa é hipótese de que resulta perda dos direitos políticos. 
Certo/ Errado 
 
8. (2018/CESPE/ABIN - Agente de Inteligência) Julgue o item que se segue, a 
respeito do regime jurídico dos servidores públicos, da Lei de Responsabilidade 
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Fiscal, da Lei de Improbidade Administrativa e da garantia empregatícia de 
servidores efetivos e vitalícios. 
Cometerá ato de improbidade administrativa, violando o dever da imparcialidade, 
legalidade, lealdade às instituições, o servidor público que, em consequência de 
desafeição com determinado cidadão, negar publicidade de um ato oficial. 
 
Certo/Errado 
 
9. (2018/CESPE/PC-MA/ Médico Legista) A Lei de Improbidade Administrativa 
elenca as penas aplicáveis àqueles que praticarem atos de improbidade. O 
agente público que, atentando contra os princípios da administração pública, for 
condenado em ação de improbidade por ter deixado de praticar, indevidamente, 
ato de ofício, estará sujeito à pena de 
A) suspensão dos direitos políticos pelo período de oito a dez anos. 
B) suspensão da função pública pelo período de cinco a oito anos. 
C) ressarcimento integral do dano, ainda que este seja presumido. 
D) proibição de contratar com o poder público pelo prazo de três anos. 
E) multa, limitada a vinte vezes o valor da sua remuneração. 
 
10. (2018/ CESPE/ PC-MA/Investigador de Polícia) À luz da CF, os atos de 
improbidade administrativa poderão acarretar o(a) 
A) suspensão dos direitos políticos. 
B) disponibilidade dos bens. 
C) cassação de direitos políticos. 
D) suspensão da função pública. 
E) ressarcimento ao erário, o que inviabiliza a persecução penal. 
 
11. (2018/CESPE/PC-MA/Investigador de Polícia) À luz da Lei de Improbidade 
Administrativa — Lei n.º 8.429/1992 —, julgue os itens a seguir. 
I Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente 
para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de 
improbidade. 
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II A representação, por carecer de formalismo, será escrita ou reduzida a termo 
e assinada, devendo conter somente a qualificação do representante e as 
informações sobre o fato. 
III Comissão processante poderá representar ao Ministério Público para que este 
requeira ao juízo competente a decretação do sequestro dos bens do agente ou 
de terceiro que tenha enriquecido ilicitamente. 
IV A rejeição da representação pela autoridade administrativa impede a 
representação ao Ministério Público no mesmo caso. 
Estão certos apenas os itens 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) III e IV. 
D) I, II e IV. 
E) II, III e IV. 
 
12. (2018/CESPE/PC-MA/Investigador de Polícia) Representa ato de 
improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito, segundo a Lei n.º 
8.429/1992, 
A) permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente. 
B) usar, em proveito próprio, bens integrantes do patrimônio das entidades 
públicas. 
C) ordenar a realização de despesas não autorizadas. 
D) frustrar a licitude de concurso público. 
E) deixar de prestar contas quando obrigado a fazê-lo. 
 
 
QUESTÕES DELEGADO DE POLÍCIA 
13. (2018/CESPE/ PC-SE/ Delegado de Polícia) Em fevereiro de 2018, o 
delegado de polícia de uma cidade determinou a realização de diligências para 
apurar delito de furto em uma padaria do local. Sem mandado judicial, os agentes 
de polícia conduziram um suspeito à delegacia. Interrogado pelos próprios 
agentes, o suspeito negou a autoria do crime e, sem que lhe fosse permitido se 
comunicar com parentes, foi trancafiado em uma cela da delegacia. A ação dos 
agentes foi levada ao conhecimento do delegado, que determinou a abertura de 
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processo administrativo disciplinar contra eles para se apurar a suposta ilicitude 
nos atos praticados. 
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
De acordo com o entendimento jurisprudencial do STJ, eventual punição dos 
agentes de polícia no âmbito administrativo não impedirá a aplicação a eles das 
penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa. 
 
Certo/ Errado 
 
 
 
14. (2018/CESPE/ PC-SE/ Delegado de Polícia) Em fevereiro de 2018, o 
delegado de polícia de uma cidade determinou a realização de diligências para 
apurar delito de furto em uma padaria do local. Sem mandado judicial, os agentes 
de polícia conduziram um suspeito à delegacia. Interrogado pelos próprios 
agentes, o suspeito negou a autoria do crime e, sem que lhe fosse permitido se 
comunicar com parentes, foi trancafiado em uma cela da delegacia. A ação dos 
agentes foi levada ao conhecimento do delegado, que determinou a abertura de 
processo administrativo disciplinar contra eles para se apurar a suposta ilicitude 
nos atos praticados. 
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
A prisão ilegal do suspeito, por caracterizar ato praticado contra particular, não 
configurou a prática de ato ímprobo, que é aquele praticado em prejuízo da 
administração pública. 
 
Certo/Errado 
 
15. (2018/CESPE/ Polícia Federal/Delegado de Polícia Federal) Com base 
nas disposições da Lei de Improbidade Administrativa e na jurisprudência do STJ 
acerca dos aspectos processuais da ação civil pública de responsabilização por 
atos de improbidade, julgue o item a seguir. 
Situação hipotética: Em uma ação de improbidade administrativa com pedido 
cumulado de ressarcimento ao erário, foi decretada a indisponibilidade de bens. 
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Por ocasião da sentença, o juiz reconheceu a prescrição da pretensão de impor 
sanções decorrentes dos atos de improbidade. 
Assertiva: Nessa situação, a medida de indisponibilidade de bens deverá ser 
revogada. 
Certo/ Errado 
 
16. (2018/CESPE/Polícia Federal/Delegado de Polícia Federal) João, servidor 
público responsável pelo setor financeiro de uma autarquia federal, sem 
observar as formalidades legais necessárias, facilitou a incorporação, ao 
patrimônio particular de entidade privada sem fins lucrativos, de valores a ela 
repassados mediante a celebração de parceria. 
Nessa situação hipotética, conforme a legislação e a doutrina a respeito de 
improbidade administrativa e regime disciplinar do servidor público federal, a 
responsabilidade de João é objetiva, independentemente da demonstração de 
culpa ou dolo. 
Certo/Errado 
 
17. (2018/CESPE/PC-MA/Escrivão de Polícia Civil) De acordo com a Lei de 
Improbidade — Lei n.º 8.429/1992 —, o servidor público que comprovadamente 
tiver causado lesão ao patrimônio público estará sujeito 
A) a detenção de cinco a oito anos. 
B) à perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. 
C) ao ressarcimento correspondente ao dobro do valorintegral do dano. 
D) ao pagamento de multa civil em valor igual ao do acréscimo patrimonial. 
E) a suspensão dos direitos políticos por dez anos. 
 
 
18. (2017/CESPE/PC-GO/ Delegado de Polícia Substituto) Em relação à 
improbidade administrativa, assinale a opção correta. 
A) A ação de improbidade administrativa apresenta prazo de proposição 
decenal, qualquer que seja a tipicidade do ilícito praticado pelo agente 
público. 
B) Se servidor público estável for condenado em ação de improbidade 
administrativa por uso de maquinário da administração em seu sítio 
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particular, poderá ser-lhe aplicada pena de suspensão dos direitos 
políticos por período de cinco a oito anos. 
C) O particular que praticar ato que enseje desvio de verbas públicas, 
sozinho ou em conluio com agente público, responderá, nos termos da 
Lei de Improbidade Administrativa, desde que tenha obtido alguma 
vantagem pessoal. 
D) Enriquecimento ilícito configura ato de improbidade administrativa se o 
autor auferir vantagem patrimonial indevida em razão do cargo, mandato, 
função, emprego ou atividade, mesmo que de forma culposa. 
E) Caso um servidor público federal estável, de forma deliberada, sem 
justificativa e reiterada, deixar de praticar ato de ofício, poderá ser-lhe 
aplicada multa civil de até cem vezes o valor da sua remuneração, 
conforme a gravidade do fato. 
 
19. (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia Substituto) Se uma pessoa, 
maior e capaz, representar contra um delegado de polícia por ato de improbidade 
sabendo que ele é inocente, a sua conduta poderá ser considerada, conforme o 
disposto na Lei n.º 8.429/1992, 
A) crime, estando essa pessoa sujeita a detenção e multa. 
B) ilícito administrativo, por atipicidade penal da conduta. 
C) contravenção penal. 
D) crime, estando essa pessoa sujeita apenas a multa. 
E) crime, estando essa pessoa sujeita a reclusão e multa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COM GABARITOS E COM COMENTÁRIOS TENDÊNCIA 
 
1. (2020/CESPE/TJ-PA/ Analista Judiciário – Programador) A Lei n.º 
8.429/1992 
I aplica-se apenas aos servidores públicos da administração pública direta e 
fundacional. 
II estabelece a necessidade de observância dos princípios da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade e da publicidade. 
III prevê a indisponibilidade de bens como medida para assegurar o integral 
ressarcimento do dano causado ao erário. 
IV excetua os atos omissivos como possíveis caracterizadores do ato de 
improbidade. 
 
Estão certos apenas os itens 
 
A) I e II. 
B) I e IV. 
C) II e III. 
D) I, III e IV. 
E) II, III e IV. 
 
GABARITO LETRA C. 
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ITEM I. ERRADO. Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente 
público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional 
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de 
entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com 
mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na 
forma desta lei. 
ITEM II. CERTO. Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são 
obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são 
afetos. 
ITEM III. CERTO. De acordo com o art. 7°, quando o ato de improbidade 
causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, 
caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao 
Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. Ademais, esse 
medida deve assegurar o integral ressarcimento do dano causado ao erário. 
Para que seja decretada uma medida cautelar é necessário que se prove o 
fumus boni iuris e o periculum in mora. Porém, na cautelar de indisponibilidade 
de bens, é desnecessária a prova do periculum in mora (perigo da demora) 
concreto, ou seja, de que os réus estejam dilapidando seu patrimônio, ou na 
iminência de fazê-lo, exigindo-se apenas a demonstração de fumus boni iuris, 
consistente em fundados indícios da prática de atos de improbidade. A medida 
cautelar de indisponibilidade de bens consiste em uma tutela de evidência 
(seria uma proteção para que a decisão final seja cumprida), de forma que 
basta a comprovação da verossimilhança (é o que tudo leva a crer que é 
verdade) das alegações, em virtude da natureza do bem protegido (REsp 
1366721/BA). 
ITEM IV. ERRADO. Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que 
causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que 
enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação 
dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1o desta lei, e 
notadamente... 
 
 
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2. (2020/CESPE/TJ-PA/ Oficial de Justiça) Em uma ação de improbidade 
administrativa ajuizada pelo Ministério Público, foi proferida sentença de 
procedência dos pedidos, com aplicação da sanção de perda da função pública 
ao réu, que é servidor público. 
 
A respeito dessa situação hipotética, é correto afirmar que a imposição da 
referida sanção 
 
A) depende da comprovação de dano financeiro ao patrimônio público, 
sendo imprescindível, para aplicação da pena, aguardar o trânsito em 
julgado da sentença. 
B) depende da comprovação de efetivo dano financeiro ao patrimônio 
público, podendo a pena, por ter natureza política, ser efetivada antes do 
trânsito em julgado da sentença. 
C) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, 
sendo imprescindível, para a efetivação da pena, aguardar o trânsito em 
julgado da sentença. 
D) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, 
podendo a pena, por ter natureza administrativa, ser efetivada antes do 
trânsito em julgado da sentença. 
E) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, 
mas a pena, por ter natureza penal, só poderá ser efetivada após o 
trânsito em julgado da sentença. 
 
GABARITO LETRA C 
a) ERRADO. Conforme art. 21, inciso I, da lei 8.429/92, a única pena que 
depende da comprovação de dano financeiro ao patrimônio público para ser 
aplicada é a de ressarcimento.. 
b) ERRADO. Conforme art. 21, inciso I, da lei 8.429/92, a única pena que 
depende da comprovação de dano financeiro ao patrimônio público para ser 
aplicada é a de ressarcimento.. 
c) CERTO. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se 
efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória e a única sanção 
que depende da comprovação do dano financeiro é a de ressarcimento.. 
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d) ERRADO. Conforme art. 20, da lei 8.429/92, a perda da função pública e a 
suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da 
sentença condenatória. Logo, para ser aplicada depende do trânsito em julgado 
da sentença.. 
e) ERRADO. Entendo que a sanção tenha natureza administrativa, pois um ato 
de improbidade administrativa não é um crime, logo, a sanção não teria natureza 
penal. 
 
 
 
 
3. (2020/CESPE/TJ-PA/Auxiliar Judiciário) A Lei n.º 8.429/1992 
I aplica-se apenas aos servidores públicos da administração pública direta e 
fundacional. 
II estabelece a necessidade de observância dos princípios da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade e da publicidade. 
III prevê a indisponibilidade de bens como medida para assegurar o integralressarcimento do dano causado ao erário. 
IV excetua os atos omissivos como possíveis caracterizadores do ato de 
improbidade. 
Estão certos apenas os itens 
A) I e II. 
B) I e IV. 
C) II e III. 
D) I, III e IV 
E) II, III e IV. 
 
GABARITO LETRA C 
ITEM I. ERRADO. Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer 
agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou 
fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios, de Território (...) 
ITEM II. CERTO. Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são 
obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, 
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impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são 
afetos. 
ITEM III. CERTO. Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao 
patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade 
administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para 
a indisponibilidade dos bens do indiciado. 
ITEM IV. ERRADO. Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou 
omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral 
ressarcimento do dano. 
 
 
 
4. (2020/ CESPE/TJ-PA/Analista Judiciário/Área Administração) Acerca de 
improbidade administrativa, assinale a opção correta. 
A) A administração pública não pode demitir com base em ato de 
improbidade administrativo, salvo se o requerido já houver sido 
condenado judicialmente por ato de improbidade. 
B) Não é viável a condenação por ato de improbidade administrativa com 
base exclusivamente em culpa, mas tão somente em dolo. 
C) Ainda que determinado ato ímprobo tenha ocorrido no primeiro mandato, 
a prescrição contra agente político reeleito inicia-se somente com o fim do 
segundo mandato. 
D) Terceiro que não seja agente público, mas que concorra para a prática de 
ato de improbidade, responde somente civil e penalmente, não podendo 
ser réu em ação de improbidade administrativa. 
E) A perda da função pública, tal como a suspensão dos direitos políticos, 
opera-se a partir da condenação judicial em segunda instância. 
 
GABARITO LETRA C. 
A) ERRADO- A administração pública PODE demitir com base em ato de 
improbidade administrativo. 
Um agente público pode, pela mesma conduta, cometer um crime previsto na 
esfera penal; ser responsabilizado civilmente pelo dano causado ao erário ; e ser 
punido com pena de demissão do serviço público na esfera administrativa. 
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É possível a aplicação de pena de demissão de servidor público por ato de 
improbidade administrativa, em processo administrativo disciplinar, mesmo sem 
decisão judicial prévia. Nessa linha, o STJ entendeu, com base na 
independência das instâncias administrativa e instância judicial civil e penal, que 
é possível que servidor seja demitido, com fundamento no art. 132, IV11, da 
Lei 8.112/1990, independentemente de processo judicial prévio. 
B) ERRADO. É VIÁVEL a condenação por ato de improbidade administrativa 
com base exclusivamente em culpa, mas tão somente em dolo. 
A modalidade de Prejuízo ao Erário admite a conduta culposa. Art. 10. 
Qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, 
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das 
entidades referidas. 
C) CERTO. Art. 23. As ações que levam as sanções previstas nesta lei podem 
ser propostas: I - até cinco Anos após o término do exercício de mandato, 
de cargo em comissão ou de função de confiança; 
D) ERRADO. O terceiro PODE ser réu na ação de improbidade administrativa. 
Tanto o agente quanto o particular que agem em concurso são considerados 
sujeitos ativos. Ademais, tem-se a Improbidade administrativa própria, o agente 
público age sozinho, e a Improbidade administrativa imprópria, aquela em que o 
agente público age em conjunto com o particular 
E) ERRADO. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só 
se efetivam com trânsito em julgado de sentença condenatória. Ou seja, em 
regra, quando não houver a possibilidade de recursos. 
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se 
efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 
 
5. (2020/CESPE/TJ-PA/analista Judiciário/Área Administração) Julgue os 
itens a seguir, considerando as disposições da Lei n.º 8.429/1992. 
I A lei aplica-se a terceiro que, mesmo não sendo servidor público, induza ou 
concorra para a prática de ato de improbidade ou dele se beneficie. 
II Atos omissivos podem ser considerados para a configuração de lesão ao 
patrimônio público. 
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III O Ministério Público deverá ser cientificado pela autoridade administrativa 
sobre os atos que ensejarem enriquecimento ilícito ou lesão ao patrimônio 
público. 
IV Constitui ato de improbidade administrativa revelar fato ou circunstância de 
que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo. 
 
Assinale a opção correta. 
A) Apenas os itens I, II e III estão certos. 
B) Apenas os itens I, II e IV estão certos. 
C) Apenas os itens I, III e IV estão certos. 
D) Apenas os itens II, III e IV estão certos. 
E) Todos os itens estão certos. 
 
GABARITO LETRA E 
I) CERTO. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele 
que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do 
ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. 
 
II) CERTO. Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão 
ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou 
haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: 
 
III) CERTO. Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio 
público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa 
responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a 
indisponibilidade dos bens do indiciado. 
 
IV) CERTO. Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta 
contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que 
viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às 
instituições, e notadamente: III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência 
em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; 
 
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SEGURANÇA PÚBLICA – CAREIRA POLICIAL 
(eu incluí a ABIN somente por ter sido o cespe, mas não ela é integrante da 
Segurança Pública) 
 
6. (2018/CESPE/ABIN/ Oficial Técnico de Inteligência) Valdemar, empresário 
do setor de frigoríficos, emprega estratégias, como a utilização de produtos 
químicos, para disfarçar o estado de putrefação de carnes que vende fora do 
prazo de validade. Ele garante uma mesada a Odair, empregado de agência 
reguladora do setor e encarregado de elaborar os registros de fiscalização, em 
troca de ser avisado de qualquer ação não programada do órgão. De posse 
desse tipo de informação, Valdemar toma providências para que os fiscais não 
encontrem a carne de má qualidade. Durante a investigação de um caso 
referente a uma pessoa que sofrera prejuízo à saúde em razão do consumo de 
carne estragada, escuta telefônica autorizada gera as provas da existência do 
esquema. A respeito da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. 
Valdemar cometeu o crime de corrupção ativa, mas, como não é servidor público, 
a ele não se aplica a Lei n.º 8.429/1992. 
Certo/ErradoGABARITO ERRADO. 
Lei 8.429/92. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, 
àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a 
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prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta 
ou indireta. 
 
O empresário Valdemar não é servidor, mas concorreu para a prática de um ato 
de improbidade com um servidor público e se beneficiou desse ato (lembrando 
que é necessário, para o ajuizamento da ação de improbidade administrativa, 
que haja agente público no polo passivo da demanda, não sendo possível que o 
particular figure sozinho - info 535 do STJ). 
 
 
 
7. (2018/CESPE/ ABIN/ Agente de Inteligência) Acerca dos direitos políticos, 
julgue o item que se segue. A condenação pela prática de ato de improbidade 
administrativa é hipótese de que resulta perda dos direitos políticos. 
Certo/ Errado 
 
GABARITO ERRADO: 
CF/88 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão 
só se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; (perda) 
II - incapacidade civil absoluta; (suspensão) 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus 
efeitos (suspensão) 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos 
termos do art. 5º, VIII; (Para o CESPE é perda) 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. (suspensão) 
 
 
8. (2018/CESPE/ABIN - Agente de Inteligência) Julgue o item que se segue, a 
respeito do regime jurídico dos servidores públicos, da Lei de Responsabilidade 
Fiscal, da Lei de Improbidade Administrativa e da garantia empregatícia de 
servidores efetivos e vitalícios. 
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Cometerá ato de improbidade administrativa, violando o dever da imparcialidade, 
legalidade, lealdade às instituições, o servidor público que, em consequência de 
desafeição com determinado cidadão, negar publicidade de um ato oficial. 
 
Certo/Errado 
 
GABARITO CERTO 
 Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os 
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole 
os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às 
instituições, e notadamente: 
 IV - negar publicidade aos atos oficiais; 
Se liga: 
Dos Atos de Improbidade Administrativa: 
- Enriquecimento Ilícito (Art. 9°) 
- Prejuízo ao Erário (Art. 10) 
- Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário (Art. 
10-A) 
- Contra os Princípios da Administração Pública (Art. 11) 
 
9. (2018/CESPE/PC-MA/ Médico Legista) A Lei de Improbidade Administrativa 
elenca as penas aplicáveis àqueles que praticarem atos de improbidade. O 
agente público que, atentando contra os princípios da administração pública, for 
condenado em ação de improbidade por ter deixado de praticar, indevidamente, 
ato de ofício, estará sujeito à pena de 
A) suspensão dos direitos políticos pelo período de oito a dez anos. 
B) suspensão da função pública pelo período de cinco a oito anos. 
C) ressarcimento integral do dano, ainda que este seja presumido. 
D) proibição de contratar com o poder público pelo prazo de três anos. 
E) multa, limitada a vinte vezes o valor da sua remuneração. 
 
GABARITO LETRA D 
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A) Errado – a suspensão dos direitos políticos na hipótese do art. 11 é de 5 a 3 
anos 
B) Errado – ocorrerá a PERDA da função pública (e não a suspensão) 
C) Errado - ressarcimento integral, se houver 
D) CORRETA – proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 
3 anos 
E) Errado, a multa será em até 100x o valor da sua remuneração 
 
10. (2018/ CESPE/ PC-MA/Investigador de Polícia) À luz da CF, os atos de 
improbidade administrativa poderão acarretar o(a) 
A) suspensão dos direitos políticos. 
B) disponibilidade dos bens. 
C) cassação de direitos políticos. 
D) suspensão da função pública. 
E) ressarcimento ao erário, o que inviabiliza a persecução penal. 
 
GABARITO LETRA A 
CF. Art. 37 § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão 
dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e 
o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo 
da ação penal cabível. 
 
 
11. (2018/CESPE/PC-MA/Investigador de Polícia) À luz da Lei de Improbidade 
Administrativa — Lei n.º 8.429/1992 —, julgue os itens a seguir. 
I Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente 
para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de 
improbidade. 
II A representação, por carecer de formalismo, será escrita ou reduzida a termo 
e assinada, devendo conter somente a qualificação do representante e as 
informações sobre o fato. 
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III Comissão processante poderá representar ao Ministério Público para que este 
requeira ao juízo competente a decretação do sequestro dos bens do agente ou 
de terceiro que tenha enriquecido ilicitamente. 
IV A rejeição da representação pela autoridade administrativa impede a 
representação ao Ministério Público no mesmo caso. 
Estão certos apenas os itens 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) III e IV. 
D) I, II e IV. 
E) II, III e IV. 
GABARITO B 
I) CORRETA . Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade 
administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a 
apurar a prática de ato de improbidade. 
II) ERRADA . § 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e 
assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o 
fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento. 
III) CORRETA . Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao 
Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de 
procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade. 
IV) ERRADA . Art.14, § 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, 
em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas 
no § 1º deste artigo. A rejeição NÃO IMPEDE a representação ao Ministério 
Público, nos termos do art. 22 desta lei. 
 
12. (2018/CESPE/PC-MA/Investigador de Polícia) Representa ato de 
improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito, segundo a Lei n.º 
8.429/1992, 
A) permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente. 
B) usar, em proveito próprio, bens integrantes do patrimônio das entidades 
públicas. 
C) ordenar a realização de despesas não autorizadas. 
D) frustrar a licitude de concurso público. 
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E) deixar de prestar contas quando obrigado a fazê-lo. 
 
Gabarito B 
a) ERRADO. Permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente 
é causa de Lesão ao erário art. 10. 
b) CERTO. Usar, em proveito próprio, bens integrantes do patrimônio das entidades 
públicas é causa de enriquecimento ilícito, conforme o art. 9°. 
c) ERRADO. Ordenar a realização de despesas não autorizadas é causa de lesão ao 
erário, conforme art. 10 
d) ERRADO. Frustrar a licitude de concurso público atenta contra os princípios da 
administração publica, conforme art. 10. 
e) ERRADO. Deixar de prestar contas quando obrigado a fazê-lo atenta contra os 
princípios da administração pública. 
QUESTÕES DELEGADO DE POLÍCIA 
13. (2018/CESPE/ PC-SE/ Delegado de Polícia) Em fevereiro de 2018, o 
delegado de polícia de uma cidade determinou a realização de diligências para 
apurar delito de furto em uma padaria do local. Sem mandado judicial,os agentes 
de polícia conduziram um suspeito à delegacia. Interrogado pelos próprios 
agentes, o suspeito negou a autoria do crime e, sem que lhe fosse permitido se 
comunicar com parentes, foi trancafiado em uma cela da delegacia. A ação dos 
agentes foi levada ao conhecimento do delegado, que determinou a abertura de 
processo administrativo disciplinar contra eles para se apurar a suposta ilicitude 
nos atos praticados. 
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
De acordo com o entendimento jurisprudencial do STJ, eventual punição dos 
agentes de polícia no âmbito administrativo não impedirá a aplicação a eles das 
penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa. 
 
Certo/ Errado 
 
GABARITO LETRA CERTO 
"Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas 
previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade 
sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou 
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cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (...)" 
- Lembrar: Independência das instâncias. 
STJ (REsp 1.081.743-MG). "Conforme orientação jurisprudencial do STJ, 
eventual punição administrativa do servidor faltoso não impede a aplicação das 
penas da Lei de Improbidade Administrativa, porque os escopos de ambas as 
esferas são diversos; e as penalidades dispostas na Lei 8.429/1992, mais 
amplas." 
Ademais, tortura configura ato de improbidade administrativa 
A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui ato de 
improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração 
pública. (STJ. 1ª Seção. REsp 1.177.910-SE, Rel. Min. Herman Benjamin, 
julgado em 26/8/2015 (Info 577). 
 
 
14. (2018/CESPE/ PC-SE/ Delegado de Polícia) Em fevereiro de 2018, o 
delegado de polícia de uma cidade determinou a realização de diligências para 
apurar delito de furto em uma padaria do local. Sem mandado judicial, os agentes 
de polícia conduziram um suspeito à delegacia. Interrogado pelos próprios 
agentes, o suspeito negou a autoria do crime e, sem que lhe fosse permitido se 
comunicar com parentes, foi trancafiado em uma cela da delegacia. A ação dos 
agentes foi levada ao conhecimento do delegado, que determinou a abertura de 
processo administrativo disciplinar contra eles para se apurar a suposta ilicitude 
nos atos praticados. 
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
A prisão ilegal do suspeito, por caracterizar ato praticado contra particular, não 
configurou a prática de ato ímprobo, que é aquele praticado em prejuízo da 
administração pública. 
 
Certo/Errado 
GABARITO LETRA ERRADO 
Houve, sim, a prática de ato de improbidade, pois violência policial arbitrária é 
ato que viola frontalmente os mais elementares princípios da 
Administração Pública. 
Lei nº 8.429/92 
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Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os 
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os 
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e 
notadamente: (...) 
STJ (REsp 1.081.743-MG) 
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA. POLICIAIS CIVIS. PRISÕES ILEGAIS. OFENSA AOS 
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS. INTERESSE PROCESSUAL DO 
MINISTÉRIO PÚBLICO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. O Ministério 
Público do Estado de Minas Gerais ajuizou Ação Civil Pública de improbidade 
administrativa contra policiais civis que efetuaram prisões ilegais, sem o 
respectivo mandado judicial, e mantiveram as vítimas detidas por várias 
horas, desrespeitando suas garantias constitucionais. (...) 11. O legislador, 
ao prever, no art. 11 da Lei 8.429/1992, que constitui ato de improbidade 
administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer 
ação ou omissão que viole os deveres de lealdade às instituições, findou 
por tornar de interesse público, e da própria Administração, a proteção da 
legitimidade social, da imagem e das atribuições dos entes/entidades 
estatais. Daí resulta que atividade que atente a esses bens imateriais 
gravemente tem a potencialidade de ser considerada improbidade 
administrativa. (...) 13. Na hipótese dos autos, o ato ímprobo está 
caracterizado quando se constata que as vítimas foram, ilegalmente, 
privadas de sua liberdade, com uso de viaturas policiais e em instalações 
públicas. (...) 14. A violência policial arbitrária não é ato apenas contra o 
particular-vítima, mas sim contra a própria Administração Pública, ferindo suas 
bases de legitimidade e respeitabilidade 
 
 
15. (2018/CESPE/ Polícia Federal/Delegado de Polícia Federal) Com base 
nas disposições da Lei de Improbidade Administrativa e na jurisprudência do STJ 
acerca dos aspectos processuais da ação civil pública de responsabilização por 
atos de improbidade, julgue o item a seguir. 
Situação hipotética: Em uma ação de improbidade administrativa com pedido 
cumulado de ressarcimento ao erário, foi decretada a indisponibilidade de bens. 
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Por ocasião da sentença, o juiz reconheceu a prescrição da pretensão de impor 
sanções decorrentes dos atos de improbidade. 
Assertiva: Nessa situação, a medida de indisponibilidade de bens deverá ser 
revogada. 
Certo/ Errado 
GABARITO: ERRADO 
CUIDADO. O erro está na hipótese e não na assertiva. 
O STF entendeu que a ação de ressarcimento decorrente de ato doloso de 
improbidade é imprescritível. 
 ''São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na 
prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa. 
STF. Plenário. RE 852475/SP, Rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, Rel. para 
acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 08/08/2018.'' 
 
16. (2018/CESPE/Polícia Federal/Delegado de Polícia Federal) João, servidor 
público responsável pelo setor financeiro de uma autarquia federal, sem 
observar as formalidades legais necessárias, facilitou a incorporação, ao 
patrimônio particular de entidade privada sem fins lucrativos, de valores a ela 
repassados mediante a celebração de parceria. 
Nessa situação hipotética, conforme a legislação e a doutrina a respeito de 
improbidade administrativa e regime disciplinar do servidor público federal, a 
responsabilidade de João é objetiva, independentemente da demonstração de 
culpa ou dolo. 
Certo/Errado 
GABARITO LETRA ERRADO 
A responsabilidade do agente público é subjetiva, ou seja, depende da 
comprovação de dolo ou culpa. 
No caso da questão, como João praticou ato que causa prejuízo ao erário, sua 
responsabilidade vai depender, ao menos, da comprovação de que ele tenha 
agido com culpa. 
STJ. "A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça é no sentido de que não 
se pode confundir improbidade com simples ilegalidade. A improbidade é a 
ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo da conduta do 
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agente. Assim, para a tipificação das condutas descritas nos artigos 9º e 11 da 
Lei 8.429/92 é indispensável, para a caracterização de improbidade, que o 
agente tenha agido dolosamente e, ao menos, culposamente, nas hipóteses do 
artigo 10." (AgRg no REsp 1500812/SE,Rel. Ministro MAURO CAMPBELL 
MARQUES, SEGUNDA TURMA,Julgado em 21/05/2015,DJE 28/05/2015) 
 
17. (2018/CESPE/PC-MA/Escrivão de Polícia Civil) De acordo com a Lei de 
Improbidade — Lei n.º 8.429/1992 —, o servidor público que comprovadamente 
tiver causado lesão ao patrimônio público estará sujeito 
A) a detenção de cinco a oito anos. 
B) à perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. 
C) ao ressarcimento correspondenteao dobro do valor integral do dano. 
D) ao pagamento de multa civil em valor igual ao do acréscimo patrimonial. 
E) a suspensão dos direitos políticos por dez anos. 
 
GABARITO LETRA B 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao 
erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou 
haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: 
 
Art. 12, II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos 
bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta 
circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco 
a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e 
proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos 
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de 
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos. 
 
18. (2017/CESPE/PC-GO/ Delegado de Polícia Substituto) Em relação à 
improbidade administrativa, assinale a opção correta. 
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A) A ação de improbidade administrativa apresenta prazo de proposição 
decenal, qualquer que seja a tipicidade do ilícito praticado pelo agente 
público. 
B) Se servidor público estável for condenado em ação de improbidade 
administrativa por uso de maquinário da administração em seu sítio 
particular, poderá ser-lhe aplicada pena de suspensão dos direitos 
políticos por período de cinco a oito anos. 
C) O particular que praticar ato que enseje desvio de verbas públicas, 
sozinho ou em conluio com agente público, responderá, nos termos da 
Lei de Improbidade Administrativa, desde que tenha obtido alguma 
vantagem pessoal. 
D) Enriquecimento ilícito configura ato de improbidade administrativa se o 
autor auferir vantagem patrimonial indevida em razão do cargo, mandato, 
função, emprego ou atividade, mesmo que de forma culposa. 
E) Caso um servidor público federal estável, de forma deliberada, sem 
justificativa e reiterada, deixar de praticar ato de ofício, poderá ser-lhe 
aplicada multa civil de até cem vezes o valor da sua remuneração, 
conforme a gravidade do fato. 
GABARITO LETRA E 
a) ERRADO. Ao contrário do afirmado, o prazo para ajuizamento da prescrição 
não é de dez anos, e sim, como regra geral, de cinco anos, a teor do art. 23 da 
Lei 8.429/92. 
b) ERRADO. A conduta descrita nesta alternativa poderia ser enquadrada, em 
tese, nos incisos IV ou XII do art. 9º da Lei 8.429/92, que trata dos atos de 
improbidade que geram enriquecimento ilícito, estando sujeitos, pois, às sanções 
elencadas no art. 12, I, do mesmo diploma, sendo que a suspensão dos direitos 
políticos, neste caso, está cominada de oito a dez anos. Incorreta, portanto, no 
ponto, a presente assertiva. 
c) ERRADO. Nos termos do art. 3º da Lei 8.429/92, para o particular ser 
enquadrado como sujeito ativo de atos de improbidade, é necessário que ele 
concorra, induza ou se beneficie do ato ímprobo. Seja qual for a hipótese, será 
sempre necessário que haja a participação de agente público, o que se extrai da 
própria literalidade da norma. Afinal, quem concorre, não pratica o ato sozinho. 
Quem induz, não pratica, apenas fomenta a prática de outrem. E quem se 
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beneficia também não pratica o ato, mas apenas colhe os frutos. De tal forma, 
está errada a assertiva ao admitir que o particular possa, sozinho, praticar atos 
ímprobos. Além disso, não é necessário que obtenha alguma vantagem. Basta 
que concorra ou induza a prática do ato. Duplamente errada, pois, a presente 
assertiva. 
d) ERRADO. Não se admite enriquecimento ilícito na modalidade culposa. É 
necessário que a conduta seja dolosa. Os únicos atos ímprobos que admitem 
forma culposa são aqueles descritos no art. 10 da Lei 8.429/92, ou seja, os que 
causam danos ao erário. 
e) CERTO. A conduta descrita está prevista no art. 11, II, da Lei 8.429/92, 
tratando-se, pois, de ato violador dos princípios da Administração Pública. Assim 
sendo, as penas cominadas são aquelas descritas no art. 12, III, dentre as quais, 
de fato, consta a multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida 
pelo agente. Escorreita, portanto, está afirmativa. 
 
19. (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia Substituto) Se uma pessoa, 
maior e capaz, representar contra um delegado de polícia por ato de improbidade 
sabendo que ele é inocente, a sua conduta poderá ser considerada, conforme o 
disposto na Lei n.º 8.429/1992, 
A) crime, estando essa pessoa sujeita a detenção e multa. 
B) ilícito administrativo, por atipicidade penal da conduta. 
C) contravenção penal. 
D) crime, estando essa pessoa sujeita apenas a multa. 
E) crime, estando essa pessoa sujeita a reclusão e multa. 
 
GABARITO LETRA A 
 Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente 
público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente. 
Pena: detenção de seis a dez meses e multa 
 
 
 
 
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Aí, algumas coisas que você precisa saber sobre atos de improbidade 
administrativo 
 
RESUMO GERAL DA LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
1 - o agente não comete crime de improbidade e sim ato de improbidade; 
2 - a responsabilidade de quem comete o ato de improbidade administrativa 
é subjetiva e não objetiva; 
3 - não existe TAC (transação, acordo, conciliação) nos atos de improbidade 
administrativa; 
4 - não existe foro privilegiado para quem comete o ato de improbidade 
administrativa; 
5 - nos atos de improbidade administrativa tanto o agente público quanto o 
particular que agem em concurso são considerados sujeitos ativos; 
6 - improbidade administrativa própria: o agente público age sozinho; 
7- improbidade administrativa imprópria: o agente público age em 
conjunto com o particular (*particular sozinho não comete ato de 
Improbidade Adm.); 
8 - Os atos de improbidade administrativa são exemplificativos e não taxativos; 
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Art. 09-A. Constitui ato de improbidade administrativa 
qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro 
ou tributário. 
10 - Não são todos os agentes Políticos que estão sujeitos a essa lei. 
 Exemplo: o Presidente da República não está, mas o vereador, o governador e 
os membros do Ministério Público estão. 
11. Com o pacote anticrime, a LEI DE IMPROBIDADE ADMITE A CELEBRAÇÃO 
DE ACORDOS. ANTES DA LEI 13964/19 - Art. 17. § 1º É vedada a transação, 
acordo ou conciliação. DEPOIS DA LEI 13964/19 - Art. 17. § 1º As ações de que 
trata este artigo ADMITEM A CELEBRAÇÃO DE ACORDO DE NÃO 
PERSECUÇÃO CÍVEL, nos termos desta Lei. 
§ 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes 
requerer ao juiz a interrupção do prazo para a contestação, por prazo não 
superior a 90 dias. 
 
 
#MACETE# 
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO - Falou em VANTAGEM ECONÔMICA, 
o RIP late AUAU 
RECEBER 
INCORPORAR 
PERCEBER 
 
ADQUIRIR – 
UTILIZAR 
ACEITAR 
USAR 
 para CAUSAR PREJUÍZO AO ERÁRIO, FRALDO 3CPF 
FACILITAR 
REALIZAR 
AGIR 
LIBERAR 
DOAR 
ORDENAR 
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Página 44 
 
CONCEDER 
CONCORRER 
CELEBRAR 
PERMITIR 
FRUSTRAR 
 CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - RE PEDE PRA 
FRU RENEGAR 
 REVELAR 
 PERMITIR 
DEIXAR 
PRATICAR 
FRUSTRAR 
 
RETARDAR 
NEGAR 
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