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1 Página 1 SOBRE O AUTOR Sou o José Braúna, apaixonado pelo saber, na verdade, um eterno aprendiz, procurando viver o evangelho genuíno de Jesus, o Cristo. Sou filho, marido e pai. Atuo como Professor de Direito Constitucional, Processo Penal e Leis Específicas, sendo Bacharel em Direito pelo Instituto Processus, Pós-graduado em Direito Constitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito Público – IDP e graduado em Segurança Pública, pela Universidade de Santa Catarina. Ao longo dos 16 anos de docência em curso de graduação, pós- graduação, preparatório para OAB e concursos públicos, tive a oportunidade de trabalhar com várias disciplinas, dentre elas: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito do Consumidor, Direito Penal Militar, Lei Orgânica do DF, Regimentos Internos de Tribunais e das Casas Legislativas. A experiência da docência me levou a ser convidado e participante de debates jurídicos na TV Justiça – Saber Direito – e na Rádio Justiça – no programa na Trilha da Vida. Aos 18 anos de idade fui aprovado no meu primeiro concurso público, tendo a honra de me formar Sargento pela Escola de Sargentos da Armas- EsSA- Exército Brasileiro- na turma de 2004. Posteriormente, fui aprovado na OAB no 7° semestre do curso de Direito. Atualmente, exerço o oficio de servidor público do Ministério Público da União-MPU, sendo o 4o colocado no concurso de 2008. Chega, vamos para o que realmente interessa... Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 2 Página 2 LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: CAPÍTULO I Das Disposições Gerais Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 3 Página 3 Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança. CAPÍTULO II Dos Atos de Improbidade Administrativa Seção I Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 4 Página 4 indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público; II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado; III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades; V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público; VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade; IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza; Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 5 Página 5 X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes doacervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei; XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei. Seção II Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado; V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado; VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 6 Página 6 VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014) IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público; XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular; XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades. XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 7 Página 7 XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas; XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. Seção II-A Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) Seção III Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; IV - negar publicidade aos atos oficiais; V - frustrar a licitude de concurso público; Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 8 Página 8 VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação. X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 CAPÍTULO III Das Penas Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos; II - na hipótese do art. 10, ressarcimentointegral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 9 Página 9 III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente. CAPÍTULO IV Da Declaração de Bens Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. § 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. § 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função. § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. § 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo . Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 10 Página 10 CAPÍTULO V Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. § 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento. § 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei. § 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares. Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade. Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo. Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. § 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil. § 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 11 Página 11 Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar. § 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do ressarcimento do patrimônio público. § 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. § 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. § 6o A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil. § 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias. § 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita § 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação. § 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 12 Página 12 § 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes requerer ao juiz a interrupção do prazo para a contestação, por prazo não superior a 90 (noventa) dias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito. § 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código de Processo Penal. § 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica interessada o ente tributante que figurar no polo ativo da obrigação tributária de que tratam o § 4º do art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. Art. 17-A. (VETADO):(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito. CAPÍTULO VI Das Disposições Penais Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente. Pena: detenção de seis a dez meses e multa. Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado. Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual. Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 13 Página 13 I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento; II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas. Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo. CAPÍTULO VII Da Prescrição Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança; II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei. CAPÍTULO VIII Das Disposições Finais Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais disposições em contrário. Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171° da Independência e 104° da República. FERNANDO COLLOR Célio Borja Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.6.1992. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 14 Página 14 QUESTÕES SEM GABARITOS E SEM COMENTÁRIOS TENDÊNCIA 1. (2020/CESPE/TJ-PA/ Analista Judiciário – Programador) A Lei n.º 8.429/1992 I aplica-se apenas aos servidores públicos da administração pública direta e fundacional. II estabelece a necessidade de observância dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade. III prevê a indisponibilidade de bens como medida para assegurar o integral ressarcimento do dano causado ao erário. IV excetua os atos omissivos como possíveis caracterizadores do ato de improbidade. Estão certos apenas os itens a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 2. (2020/CESPE/TJ-PA/ Oficial de Justiça) Em uma ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público, foi proferida sentença de procedência dos pedidos, com aplicação da sanção de perda da função pública ao réu, que é servidor público. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 15 Página 15 A respeito dessa situação hipotética, é correto afirmar que a imposição da referida sanção A) depende da comprovação de dano financeiro ao patrimônio público, sendo imprescindível, para aplicação da pena, aguardar o trânsito em julgado da sentença. B) depende da comprovação de efetivo dano financeiro ao patrimônio público, podendo a pena, por ter natureza política, ser efetivada antes do trânsito em julgado da sentença. C) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, sendo imprescindível, para a efetivação da pena, aguardar o trânsito em julgado da sentença. D) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, podendo a pena, por ter natureza administrativa, ser efetivada antes do trânsito em julgado da sentença. E) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, mas a pena, por ter natureza penal, só poderá ser efetivada após o trânsito em julgado da sentença. 3. (2020/CESPE/TJ-PA/Auxiliar Judiciário) A Lei n.º 8.429/1992 I aplica-se apenas aos servidores públicos da administração pública direta e fundacional. II estabelece a necessidade de observância dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade. III prevê a indisponibilidade de bens como medida para assegurar o integral ressarcimento do dano causado ao erário. IV excetua os atos omissivos como possíveis caracterizadores do ato de improbidade. Estão certos apenas os itens A) I e II. B) I e IV. C) II e III. D) I, III e IV E) II, III e IV. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 16 Página 16 4. (2020/ CESPE/TJ-PA/Analista Judiciário/Área Administração) Acerca de improbidade administrativa, assinale a opção correta. A) A administração pública não pode demitir com base em ato de improbidade administrativo, salvo se o requerido já houver sido condenado judicialmente por ato de improbidade. B) Não é viável a condenação por ato de improbidade administrativa com base exclusivamente em culpa, mas tão somente em dolo. C) Ainda que determinado ato ímprobo tenha ocorrido no primeiro mandato, a prescrição contra agente político reeleito inicia-se somente com o fim do segundo mandato. D) Terceiro que não seja agente público, mas que concorra para a prática de ato de improbidade, responde somente civil e penalmente, não podendo ser réu em ação de improbidade administrativa. E) A perda da função pública, tal como a suspensão dos direitos políticos, opera-se a partir da condenação judicial em segunda instância. 5. (2020/CESPE/TJ-PA/analista Judiciário/Área Administração) Julgue os itens a seguir, considerando as disposições da Lei n.º 8.429/1992. I A lei aplica-se a terceiro que, mesmo não sendo servidor público, induza ou concorra para a prática de ato de improbidade ou dele se beneficie. II Atos omissivos podem ser considerados para a configuração de lesão ao patrimônio público. III O Ministério Público deverá ser cientificado pela autoridade administrativa sobre os atos que ensejarem enriquecimento ilícito ou lesão ao patrimônio público. IV Constitui ato de improbidade administrativa revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo. Assinale a opção correta. A) Apenas os itens I, II e III estão certos. B) Apenas os itens I, II e IV estão certos. C) Apenas os itens I, III e IV estão certos. D) Apenas os itens II, III e IV estão certos. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 17 Página 17 E) Todos os itens estão certos. SEGURANÇA PÚBLICA – CARREIRA POLICIAL (eu incluí a ABIN somente por ter sido o cespe, mas não ela é integrante da Segurança Pública) 6. (2018/CESPE/ABIN/ Oficial Técnico de Inteligência) Valdemar, empresário do setor de frigoríficos, emprega estratégias, como a utilização de produtos químicos, para disfarçar o estado de putrefaçãode carnes que vende fora do prazo de validade. Ele garante uma mesada a Odair, empregado de agência reguladora do setor e encarregado de elaborar os registros de fiscalização, em troca de ser avisado de qualquer ação não programada do órgão. De posse desse tipo de informação, Valdemar toma providências para que os fiscais não encontrem a carne de má qualidade. Durante a investigação de um caso referente a uma pessoa que sofrera prejuízo à saúde em razão do consumo de carne estragada, escuta telefônica autorizada gera as provas da existência do esquema. A respeito da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. Valdemar cometeu o crime de corrupção ativa, mas, como não é servidor público, a ele não se aplica a Lei n.º 8.429/1992. Certo/Errado 7. (2018/CESPE/ ABIN/ Agente de Inteligência) Acerca dos direitos políticos, julgue o item que se segue. A condenação pela prática de ato de improbidade administrativa é hipótese de que resulta perda dos direitos políticos. Certo/ Errado 8. (2018/CESPE/ABIN - Agente de Inteligência) Julgue o item que se segue, a respeito do regime jurídico dos servidores públicos, da Lei de Responsabilidade Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 18 Página 18 Fiscal, da Lei de Improbidade Administrativa e da garantia empregatícia de servidores efetivos e vitalícios. Cometerá ato de improbidade administrativa, violando o dever da imparcialidade, legalidade, lealdade às instituições, o servidor público que, em consequência de desafeição com determinado cidadão, negar publicidade de um ato oficial. Certo/Errado 9. (2018/CESPE/PC-MA/ Médico Legista) A Lei de Improbidade Administrativa elenca as penas aplicáveis àqueles que praticarem atos de improbidade. O agente público que, atentando contra os princípios da administração pública, for condenado em ação de improbidade por ter deixado de praticar, indevidamente, ato de ofício, estará sujeito à pena de A) suspensão dos direitos políticos pelo período de oito a dez anos. B) suspensão da função pública pelo período de cinco a oito anos. C) ressarcimento integral do dano, ainda que este seja presumido. D) proibição de contratar com o poder público pelo prazo de três anos. E) multa, limitada a vinte vezes o valor da sua remuneração. 10. (2018/ CESPE/ PC-MA/Investigador de Polícia) À luz da CF, os atos de improbidade administrativa poderão acarretar o(a) A) suspensão dos direitos políticos. B) disponibilidade dos bens. C) cassação de direitos políticos. D) suspensão da função pública. E) ressarcimento ao erário, o que inviabiliza a persecução penal. 11. (2018/CESPE/PC-MA/Investigador de Polícia) À luz da Lei de Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992 —, julgue os itens a seguir. I Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 19 Página 19 II A representação, por carecer de formalismo, será escrita ou reduzida a termo e assinada, devendo conter somente a qualificação do representante e as informações sobre o fato. III Comissão processante poderá representar ao Ministério Público para que este requeira ao juízo competente a decretação do sequestro dos bens do agente ou de terceiro que tenha enriquecido ilicitamente. IV A rejeição da representação pela autoridade administrativa impede a representação ao Ministério Público no mesmo caso. Estão certos apenas os itens A) I e II. B) I e III. C) III e IV. D) I, II e IV. E) II, III e IV. 12. (2018/CESPE/PC-MA/Investigador de Polícia) Representa ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito, segundo a Lei n.º 8.429/1992, A) permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente. B) usar, em proveito próprio, bens integrantes do patrimônio das entidades públicas. C) ordenar a realização de despesas não autorizadas. D) frustrar a licitude de concurso público. E) deixar de prestar contas quando obrigado a fazê-lo. QUESTÕES DELEGADO DE POLÍCIA 13. (2018/CESPE/ PC-SE/ Delegado de Polícia) Em fevereiro de 2018, o delegado de polícia de uma cidade determinou a realização de diligências para apurar delito de furto em uma padaria do local. Sem mandado judicial, os agentes de polícia conduziram um suspeito à delegacia. Interrogado pelos próprios agentes, o suspeito negou a autoria do crime e, sem que lhe fosse permitido se comunicar com parentes, foi trancafiado em uma cela da delegacia. A ação dos agentes foi levada ao conhecimento do delegado, que determinou a abertura de Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 20 Página 20 processo administrativo disciplinar contra eles para se apurar a suposta ilicitude nos atos praticados. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item seguinte. De acordo com o entendimento jurisprudencial do STJ, eventual punição dos agentes de polícia no âmbito administrativo não impedirá a aplicação a eles das penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa. Certo/ Errado 14. (2018/CESPE/ PC-SE/ Delegado de Polícia) Em fevereiro de 2018, o delegado de polícia de uma cidade determinou a realização de diligências para apurar delito de furto em uma padaria do local. Sem mandado judicial, os agentes de polícia conduziram um suspeito à delegacia. Interrogado pelos próprios agentes, o suspeito negou a autoria do crime e, sem que lhe fosse permitido se comunicar com parentes, foi trancafiado em uma cela da delegacia. A ação dos agentes foi levada ao conhecimento do delegado, que determinou a abertura de processo administrativo disciplinar contra eles para se apurar a suposta ilicitude nos atos praticados. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item seguinte. A prisão ilegal do suspeito, por caracterizar ato praticado contra particular, não configurou a prática de ato ímprobo, que é aquele praticado em prejuízo da administração pública. Certo/Errado 15. (2018/CESPE/ Polícia Federal/Delegado de Polícia Federal) Com base nas disposições da Lei de Improbidade Administrativa e na jurisprudência do STJ acerca dos aspectos processuais da ação civil pública de responsabilização por atos de improbidade, julgue o item a seguir. Situação hipotética: Em uma ação de improbidade administrativa com pedido cumulado de ressarcimento ao erário, foi decretada a indisponibilidade de bens. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 21 Página 21 Por ocasião da sentença, o juiz reconheceu a prescrição da pretensão de impor sanções decorrentes dos atos de improbidade. Assertiva: Nessa situação, a medida de indisponibilidade de bens deverá ser revogada. Certo/ Errado 16. (2018/CESPE/Polícia Federal/Delegado de Polícia Federal) João, servidor público responsável pelo setor financeiro de uma autarquia federal, sem observar as formalidades legais necessárias, facilitou a incorporação, ao patrimônio particular de entidade privada sem fins lucrativos, de valores a ela repassados mediante a celebração de parceria. Nessa situação hipotética, conforme a legislação e a doutrina a respeito de improbidade administrativa e regime disciplinar do servidor público federal, a responsabilidade de João é objetiva, independentemente da demonstração de culpa ou dolo. Certo/Errado 17. (2018/CESPE/PC-MA/Escrivão de Polícia Civil) De acordo com a Lei de Improbidade — Lei n.º 8.429/1992 —, o servidor público que comprovadamente tiver causado lesão ao patrimônio público estará sujeito A) a detenção de cinco a oito anos. B) à perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. C) ao ressarcimento correspondente ao dobro do valorintegral do dano. D) ao pagamento de multa civil em valor igual ao do acréscimo patrimonial. E) a suspensão dos direitos políticos por dez anos. 18. (2017/CESPE/PC-GO/ Delegado de Polícia Substituto) Em relação à improbidade administrativa, assinale a opção correta. A) A ação de improbidade administrativa apresenta prazo de proposição decenal, qualquer que seja a tipicidade do ilícito praticado pelo agente público. B) Se servidor público estável for condenado em ação de improbidade administrativa por uso de maquinário da administração em seu sítio Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 22 Página 22 particular, poderá ser-lhe aplicada pena de suspensão dos direitos políticos por período de cinco a oito anos. C) O particular que praticar ato que enseje desvio de verbas públicas, sozinho ou em conluio com agente público, responderá, nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, desde que tenha obtido alguma vantagem pessoal. D) Enriquecimento ilícito configura ato de improbidade administrativa se o autor auferir vantagem patrimonial indevida em razão do cargo, mandato, função, emprego ou atividade, mesmo que de forma culposa. E) Caso um servidor público federal estável, de forma deliberada, sem justificativa e reiterada, deixar de praticar ato de ofício, poderá ser-lhe aplicada multa civil de até cem vezes o valor da sua remuneração, conforme a gravidade do fato. 19. (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia Substituto) Se uma pessoa, maior e capaz, representar contra um delegado de polícia por ato de improbidade sabendo que ele é inocente, a sua conduta poderá ser considerada, conforme o disposto na Lei n.º 8.429/1992, A) crime, estando essa pessoa sujeita a detenção e multa. B) ilícito administrativo, por atipicidade penal da conduta. C) contravenção penal. D) crime, estando essa pessoa sujeita apenas a multa. E) crime, estando essa pessoa sujeita a reclusão e multa. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 23 Página 23 QUESTÕES COM GABARITOS E COM COMENTÁRIOS TENDÊNCIA 1. (2020/CESPE/TJ-PA/ Analista Judiciário – Programador) A Lei n.º 8.429/1992 I aplica-se apenas aos servidores públicos da administração pública direta e fundacional. II estabelece a necessidade de observância dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade. III prevê a indisponibilidade de bens como medida para assegurar o integral ressarcimento do dano causado ao erário. IV excetua os atos omissivos como possíveis caracterizadores do ato de improbidade. Estão certos apenas os itens A) I e II. B) I e IV. C) II e III. D) I, III e IV. E) II, III e IV. GABARITO LETRA C. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 24 Página 24 ITEM I. ERRADO. Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. ITEM II. CERTO. Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. ITEM III. CERTO. De acordo com o art. 7°, quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. Ademais, esse medida deve assegurar o integral ressarcimento do dano causado ao erário. Para que seja decretada uma medida cautelar é necessário que se prove o fumus boni iuris e o periculum in mora. Porém, na cautelar de indisponibilidade de bens, é desnecessária a prova do periculum in mora (perigo da demora) concreto, ou seja, de que os réus estejam dilapidando seu patrimônio, ou na iminência de fazê-lo, exigindo-se apenas a demonstração de fumus boni iuris, consistente em fundados indícios da prática de atos de improbidade. A medida cautelar de indisponibilidade de bens consiste em uma tutela de evidência (seria uma proteção para que a decisão final seja cumprida), de forma que basta a comprovação da verossimilhança (é o que tudo leva a crer que é verdade) das alegações, em virtude da natureza do bem protegido (REsp 1366721/BA). ITEM IV. ERRADO. Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1o desta lei, e notadamente... Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 25 Página 25 2. (2020/CESPE/TJ-PA/ Oficial de Justiça) Em uma ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público, foi proferida sentença de procedência dos pedidos, com aplicação da sanção de perda da função pública ao réu, que é servidor público. A respeito dessa situação hipotética, é correto afirmar que a imposição da referida sanção A) depende da comprovação de dano financeiro ao patrimônio público, sendo imprescindível, para aplicação da pena, aguardar o trânsito em julgado da sentença. B) depende da comprovação de efetivo dano financeiro ao patrimônio público, podendo a pena, por ter natureza política, ser efetivada antes do trânsito em julgado da sentença. C) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, sendo imprescindível, para a efetivação da pena, aguardar o trânsito em julgado da sentença. D) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, podendo a pena, por ter natureza administrativa, ser efetivada antes do trânsito em julgado da sentença. E) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, mas a pena, por ter natureza penal, só poderá ser efetivada após o trânsito em julgado da sentença. GABARITO LETRA C a) ERRADO. Conforme art. 21, inciso I, da lei 8.429/92, a única pena que depende da comprovação de dano financeiro ao patrimônio público para ser aplicada é a de ressarcimento.. b) ERRADO. Conforme art. 21, inciso I, da lei 8.429/92, a única pena que depende da comprovação de dano financeiro ao patrimônio público para ser aplicada é a de ressarcimento.. c) CERTO. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória e a única sanção que depende da comprovação do dano financeiro é a de ressarcimento.. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 26 Página 26 d) ERRADO. Conforme art. 20, da lei 8.429/92, a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. Logo, para ser aplicada depende do trânsito em julgado da sentença.. e) ERRADO. Entendo que a sanção tenha natureza administrativa, pois um ato de improbidade administrativa não é um crime, logo, a sanção não teria natureza penal. 3. (2020/CESPE/TJ-PA/Auxiliar Judiciário) A Lei n.º 8.429/1992 I aplica-se apenas aos servidores públicos da administração pública direta e fundacional. II estabelece a necessidade de observância dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade. III prevê a indisponibilidade de bens como medida para assegurar o integralressarcimento do dano causado ao erário. IV excetua os atos omissivos como possíveis caracterizadores do ato de improbidade. Estão certos apenas os itens A) I e II. B) I e IV. C) II e III. D) I, III e IV E) II, III e IV. GABARITO LETRA C ITEM I. ERRADO. Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território (...) ITEM II. CERTO. Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 27 Página 27 impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. ITEM III. CERTO. Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. ITEM IV. ERRADO. Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. 4. (2020/ CESPE/TJ-PA/Analista Judiciário/Área Administração) Acerca de improbidade administrativa, assinale a opção correta. A) A administração pública não pode demitir com base em ato de improbidade administrativo, salvo se o requerido já houver sido condenado judicialmente por ato de improbidade. B) Não é viável a condenação por ato de improbidade administrativa com base exclusivamente em culpa, mas tão somente em dolo. C) Ainda que determinado ato ímprobo tenha ocorrido no primeiro mandato, a prescrição contra agente político reeleito inicia-se somente com o fim do segundo mandato. D) Terceiro que não seja agente público, mas que concorra para a prática de ato de improbidade, responde somente civil e penalmente, não podendo ser réu em ação de improbidade administrativa. E) A perda da função pública, tal como a suspensão dos direitos políticos, opera-se a partir da condenação judicial em segunda instância. GABARITO LETRA C. A) ERRADO- A administração pública PODE demitir com base em ato de improbidade administrativo. Um agente público pode, pela mesma conduta, cometer um crime previsto na esfera penal; ser responsabilizado civilmente pelo dano causado ao erário ; e ser punido com pena de demissão do serviço público na esfera administrativa. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 28 Página 28 É possível a aplicação de pena de demissão de servidor público por ato de improbidade administrativa, em processo administrativo disciplinar, mesmo sem decisão judicial prévia. Nessa linha, o STJ entendeu, com base na independência das instâncias administrativa e instância judicial civil e penal, que é possível que servidor seja demitido, com fundamento no art. 132, IV11, da Lei 8.112/1990, independentemente de processo judicial prévio. B) ERRADO. É VIÁVEL a condenação por ato de improbidade administrativa com base exclusivamente em culpa, mas tão somente em dolo. A modalidade de Prejuízo ao Erário admite a conduta culposa. Art. 10. Qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas. C) CERTO. Art. 23. As ações que levam as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: I - até cinco Anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança; D) ERRADO. O terceiro PODE ser réu na ação de improbidade administrativa. Tanto o agente quanto o particular que agem em concurso são considerados sujeitos ativos. Ademais, tem-se a Improbidade administrativa própria, o agente público age sozinho, e a Improbidade administrativa imprópria, aquela em que o agente público age em conjunto com o particular E) ERRADO. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com trânsito em julgado de sentença condenatória. Ou seja, em regra, quando não houver a possibilidade de recursos. Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. 5. (2020/CESPE/TJ-PA/analista Judiciário/Área Administração) Julgue os itens a seguir, considerando as disposições da Lei n.º 8.429/1992. I A lei aplica-se a terceiro que, mesmo não sendo servidor público, induza ou concorra para a prática de ato de improbidade ou dele se beneficie. II Atos omissivos podem ser considerados para a configuração de lesão ao patrimônio público. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 29 Página 29 III O Ministério Público deverá ser cientificado pela autoridade administrativa sobre os atos que ensejarem enriquecimento ilícito ou lesão ao patrimônio público. IV Constitui ato de improbidade administrativa revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo. Assinale a opção correta. A) Apenas os itens I, II e III estão certos. B) Apenas os itens I, II e IV estão certos. C) Apenas os itens I, III e IV estão certos. D) Apenas os itens II, III e IV estão certos. E) Todos os itens estão certos. GABARITO LETRA E I) CERTO. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. II) CERTO. Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: III) CERTO. Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. IV) CERTO. Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 30 Página 30 SEGURANÇA PÚBLICA – CAREIRA POLICIAL (eu incluí a ABIN somente por ter sido o cespe, mas não ela é integrante da Segurança Pública) 6. (2018/CESPE/ABIN/ Oficial Técnico de Inteligência) Valdemar, empresário do setor de frigoríficos, emprega estratégias, como a utilização de produtos químicos, para disfarçar o estado de putrefação de carnes que vende fora do prazo de validade. Ele garante uma mesada a Odair, empregado de agência reguladora do setor e encarregado de elaborar os registros de fiscalização, em troca de ser avisado de qualquer ação não programada do órgão. De posse desse tipo de informação, Valdemar toma providências para que os fiscais não encontrem a carne de má qualidade. Durante a investigação de um caso referente a uma pessoa que sofrera prejuízo à saúde em razão do consumo de carne estragada, escuta telefônica autorizada gera as provas da existência do esquema. A respeito da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. Valdemar cometeu o crime de corrupção ativa, mas, como não é servidor público, a ele não se aplica a Lei n.º 8.429/1992. Certo/ErradoGABARITO ERRADO. Lei 8.429/92. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 31 Página 31 prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. O empresário Valdemar não é servidor, mas concorreu para a prática de um ato de improbidade com um servidor público e se beneficiou desse ato (lembrando que é necessário, para o ajuizamento da ação de improbidade administrativa, que haja agente público no polo passivo da demanda, não sendo possível que o particular figure sozinho - info 535 do STJ). 7. (2018/CESPE/ ABIN/ Agente de Inteligência) Acerca dos direitos políticos, julgue o item que se segue. A condenação pela prática de ato de improbidade administrativa é hipótese de que resulta perda dos direitos políticos. Certo/ Errado GABARITO ERRADO: CF/88 Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; (perda) II - incapacidade civil absoluta; (suspensão) III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos (suspensão) IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; (Para o CESPE é perda) V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. (suspensão) 8. (2018/CESPE/ABIN - Agente de Inteligência) Julgue o item que se segue, a respeito do regime jurídico dos servidores públicos, da Lei de Responsabilidade Fiscal, da Lei de Improbidade Administrativa e da garantia empregatícia de servidores efetivos e vitalícios. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 32 Página 32 Cometerá ato de improbidade administrativa, violando o dever da imparcialidade, legalidade, lealdade às instituições, o servidor público que, em consequência de desafeição com determinado cidadão, negar publicidade de um ato oficial. Certo/Errado GABARITO CERTO Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: IV - negar publicidade aos atos oficiais; Se liga: Dos Atos de Improbidade Administrativa: - Enriquecimento Ilícito (Art. 9°) - Prejuízo ao Erário (Art. 10) - Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário (Art. 10-A) - Contra os Princípios da Administração Pública (Art. 11) 9. (2018/CESPE/PC-MA/ Médico Legista) A Lei de Improbidade Administrativa elenca as penas aplicáveis àqueles que praticarem atos de improbidade. O agente público que, atentando contra os princípios da administração pública, for condenado em ação de improbidade por ter deixado de praticar, indevidamente, ato de ofício, estará sujeito à pena de A) suspensão dos direitos políticos pelo período de oito a dez anos. B) suspensão da função pública pelo período de cinco a oito anos. C) ressarcimento integral do dano, ainda que este seja presumido. D) proibição de contratar com o poder público pelo prazo de três anos. E) multa, limitada a vinte vezes o valor da sua remuneração. GABARITO LETRA D Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 33 Página 33 A) Errado – a suspensão dos direitos políticos na hipótese do art. 11 é de 5 a 3 anos B) Errado – ocorrerá a PERDA da função pública (e não a suspensão) C) Errado - ressarcimento integral, se houver D) CORRETA – proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 3 anos E) Errado, a multa será em até 100x o valor da sua remuneração 10. (2018/ CESPE/ PC-MA/Investigador de Polícia) À luz da CF, os atos de improbidade administrativa poderão acarretar o(a) A) suspensão dos direitos políticos. B) disponibilidade dos bens. C) cassação de direitos políticos. D) suspensão da função pública. E) ressarcimento ao erário, o que inviabiliza a persecução penal. GABARITO LETRA A CF. Art. 37 § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 11. (2018/CESPE/PC-MA/Investigador de Polícia) À luz da Lei de Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992 —, julgue os itens a seguir. I Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. II A representação, por carecer de formalismo, será escrita ou reduzida a termo e assinada, devendo conter somente a qualificação do representante e as informações sobre o fato. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 34 Página 34 III Comissão processante poderá representar ao Ministério Público para que este requeira ao juízo competente a decretação do sequestro dos bens do agente ou de terceiro que tenha enriquecido ilicitamente. IV A rejeição da representação pela autoridade administrativa impede a representação ao Ministério Público no mesmo caso. Estão certos apenas os itens A) I e II. B) I e III. C) III e IV. D) I, II e IV. E) II, III e IV. GABARITO B I) CORRETA . Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. II) ERRADA . § 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento. III) CORRETA . Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade. IV) ERRADA . Art.14, § 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição NÃO IMPEDE a representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei. 12. (2018/CESPE/PC-MA/Investigador de Polícia) Representa ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito, segundo a Lei n.º 8.429/1992, A) permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente. B) usar, em proveito próprio, bens integrantes do patrimônio das entidades públicas. C) ordenar a realização de despesas não autorizadas. D) frustrar a licitude de concurso público. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 35 Página 35 E) deixar de prestar contas quando obrigado a fazê-lo. Gabarito B a) ERRADO. Permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente é causa de Lesão ao erário art. 10. b) CERTO. Usar, em proveito próprio, bens integrantes do patrimônio das entidades públicas é causa de enriquecimento ilícito, conforme o art. 9°. c) ERRADO. Ordenar a realização de despesas não autorizadas é causa de lesão ao erário, conforme art. 10 d) ERRADO. Frustrar a licitude de concurso público atenta contra os princípios da administração publica, conforme art. 10. e) ERRADO. Deixar de prestar contas quando obrigado a fazê-lo atenta contra os princípios da administração pública. QUESTÕES DELEGADO DE POLÍCIA 13. (2018/CESPE/ PC-SE/ Delegado de Polícia) Em fevereiro de 2018, o delegado de polícia de uma cidade determinou a realização de diligências para apurar delito de furto em uma padaria do local. Sem mandado judicial,os agentes de polícia conduziram um suspeito à delegacia. Interrogado pelos próprios agentes, o suspeito negou a autoria do crime e, sem que lhe fosse permitido se comunicar com parentes, foi trancafiado em uma cela da delegacia. A ação dos agentes foi levada ao conhecimento do delegado, que determinou a abertura de processo administrativo disciplinar contra eles para se apurar a suposta ilicitude nos atos praticados. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item seguinte. De acordo com o entendimento jurisprudencial do STJ, eventual punição dos agentes de polícia no âmbito administrativo não impedirá a aplicação a eles das penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa. Certo/ Errado GABARITO LETRA CERTO "Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 36 Página 36 cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (...)" - Lembrar: Independência das instâncias. STJ (REsp 1.081.743-MG). "Conforme orientação jurisprudencial do STJ, eventual punição administrativa do servidor faltoso não impede a aplicação das penas da Lei de Improbidade Administrativa, porque os escopos de ambas as esferas são diversos; e as penalidades dispostas na Lei 8.429/1992, mais amplas." Ademais, tortura configura ato de improbidade administrativa A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública. (STJ. 1ª Seção. REsp 1.177.910-SE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 26/8/2015 (Info 577). 14. (2018/CESPE/ PC-SE/ Delegado de Polícia) Em fevereiro de 2018, o delegado de polícia de uma cidade determinou a realização de diligências para apurar delito de furto em uma padaria do local. Sem mandado judicial, os agentes de polícia conduziram um suspeito à delegacia. Interrogado pelos próprios agentes, o suspeito negou a autoria do crime e, sem que lhe fosse permitido se comunicar com parentes, foi trancafiado em uma cela da delegacia. A ação dos agentes foi levada ao conhecimento do delegado, que determinou a abertura de processo administrativo disciplinar contra eles para se apurar a suposta ilicitude nos atos praticados. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item seguinte. A prisão ilegal do suspeito, por caracterizar ato praticado contra particular, não configurou a prática de ato ímprobo, que é aquele praticado em prejuízo da administração pública. Certo/Errado GABARITO LETRA ERRADO Houve, sim, a prática de ato de improbidade, pois violência policial arbitrária é ato que viola frontalmente os mais elementares princípios da Administração Pública. Lei nº 8.429/92 Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 37 Página 37 Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: (...) STJ (REsp 1.081.743-MG) ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. POLICIAIS CIVIS. PRISÕES ILEGAIS. OFENSA AOS PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS. INTERESSE PROCESSUAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. O Ministério Público do Estado de Minas Gerais ajuizou Ação Civil Pública de improbidade administrativa contra policiais civis que efetuaram prisões ilegais, sem o respectivo mandado judicial, e mantiveram as vítimas detidas por várias horas, desrespeitando suas garantias constitucionais. (...) 11. O legislador, ao prever, no art. 11 da Lei 8.429/1992, que constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de lealdade às instituições, findou por tornar de interesse público, e da própria Administração, a proteção da legitimidade social, da imagem e das atribuições dos entes/entidades estatais. Daí resulta que atividade que atente a esses bens imateriais gravemente tem a potencialidade de ser considerada improbidade administrativa. (...) 13. Na hipótese dos autos, o ato ímprobo está caracterizado quando se constata que as vítimas foram, ilegalmente, privadas de sua liberdade, com uso de viaturas policiais e em instalações públicas. (...) 14. A violência policial arbitrária não é ato apenas contra o particular-vítima, mas sim contra a própria Administração Pública, ferindo suas bases de legitimidade e respeitabilidade 15. (2018/CESPE/ Polícia Federal/Delegado de Polícia Federal) Com base nas disposições da Lei de Improbidade Administrativa e na jurisprudência do STJ acerca dos aspectos processuais da ação civil pública de responsabilização por atos de improbidade, julgue o item a seguir. Situação hipotética: Em uma ação de improbidade administrativa com pedido cumulado de ressarcimento ao erário, foi decretada a indisponibilidade de bens. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 38 Página 38 Por ocasião da sentença, o juiz reconheceu a prescrição da pretensão de impor sanções decorrentes dos atos de improbidade. Assertiva: Nessa situação, a medida de indisponibilidade de bens deverá ser revogada. Certo/ Errado GABARITO: ERRADO CUIDADO. O erro está na hipótese e não na assertiva. O STF entendeu que a ação de ressarcimento decorrente de ato doloso de improbidade é imprescritível. ''São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa. STF. Plenário. RE 852475/SP, Rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, Rel. para acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 08/08/2018.'' 16. (2018/CESPE/Polícia Federal/Delegado de Polícia Federal) João, servidor público responsável pelo setor financeiro de uma autarquia federal, sem observar as formalidades legais necessárias, facilitou a incorporação, ao patrimônio particular de entidade privada sem fins lucrativos, de valores a ela repassados mediante a celebração de parceria. Nessa situação hipotética, conforme a legislação e a doutrina a respeito de improbidade administrativa e regime disciplinar do servidor público federal, a responsabilidade de João é objetiva, independentemente da demonstração de culpa ou dolo. Certo/Errado GABARITO LETRA ERRADO A responsabilidade do agente público é subjetiva, ou seja, depende da comprovação de dolo ou culpa. No caso da questão, como João praticou ato que causa prejuízo ao erário, sua responsabilidade vai depender, ao menos, da comprovação de que ele tenha agido com culpa. STJ. "A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça é no sentido de que não se pode confundir improbidade com simples ilegalidade. A improbidade é a ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo da conduta do Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 39 Página 39 agente. Assim, para a tipificação das condutas descritas nos artigos 9º e 11 da Lei 8.429/92 é indispensável, para a caracterização de improbidade, que o agente tenha agido dolosamente e, ao menos, culposamente, nas hipóteses do artigo 10." (AgRg no REsp 1500812/SE,Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,Julgado em 21/05/2015,DJE 28/05/2015) 17. (2018/CESPE/PC-MA/Escrivão de Polícia Civil) De acordo com a Lei de Improbidade — Lei n.º 8.429/1992 —, o servidor público que comprovadamente tiver causado lesão ao patrimônio público estará sujeito A) a detenção de cinco a oito anos. B) à perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. C) ao ressarcimento correspondenteao dobro do valor integral do dano. D) ao pagamento de multa civil em valor igual ao do acréscimo patrimonial. E) a suspensão dos direitos políticos por dez anos. GABARITO LETRA B Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: Art. 12, II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos. 18. (2017/CESPE/PC-GO/ Delegado de Polícia Substituto) Em relação à improbidade administrativa, assinale a opção correta. Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 40 Página 40 A) A ação de improbidade administrativa apresenta prazo de proposição decenal, qualquer que seja a tipicidade do ilícito praticado pelo agente público. B) Se servidor público estável for condenado em ação de improbidade administrativa por uso de maquinário da administração em seu sítio particular, poderá ser-lhe aplicada pena de suspensão dos direitos políticos por período de cinco a oito anos. C) O particular que praticar ato que enseje desvio de verbas públicas, sozinho ou em conluio com agente público, responderá, nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, desde que tenha obtido alguma vantagem pessoal. D) Enriquecimento ilícito configura ato de improbidade administrativa se o autor auferir vantagem patrimonial indevida em razão do cargo, mandato, função, emprego ou atividade, mesmo que de forma culposa. E) Caso um servidor público federal estável, de forma deliberada, sem justificativa e reiterada, deixar de praticar ato de ofício, poderá ser-lhe aplicada multa civil de até cem vezes o valor da sua remuneração, conforme a gravidade do fato. GABARITO LETRA E a) ERRADO. Ao contrário do afirmado, o prazo para ajuizamento da prescrição não é de dez anos, e sim, como regra geral, de cinco anos, a teor do art. 23 da Lei 8.429/92. b) ERRADO. A conduta descrita nesta alternativa poderia ser enquadrada, em tese, nos incisos IV ou XII do art. 9º da Lei 8.429/92, que trata dos atos de improbidade que geram enriquecimento ilícito, estando sujeitos, pois, às sanções elencadas no art. 12, I, do mesmo diploma, sendo que a suspensão dos direitos políticos, neste caso, está cominada de oito a dez anos. Incorreta, portanto, no ponto, a presente assertiva. c) ERRADO. Nos termos do art. 3º da Lei 8.429/92, para o particular ser enquadrado como sujeito ativo de atos de improbidade, é necessário que ele concorra, induza ou se beneficie do ato ímprobo. Seja qual for a hipótese, será sempre necessário que haja a participação de agente público, o que se extrai da própria literalidade da norma. Afinal, quem concorre, não pratica o ato sozinho. Quem induz, não pratica, apenas fomenta a prática de outrem. E quem se Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 41 Página 41 beneficia também não pratica o ato, mas apenas colhe os frutos. De tal forma, está errada a assertiva ao admitir que o particular possa, sozinho, praticar atos ímprobos. Além disso, não é necessário que obtenha alguma vantagem. Basta que concorra ou induza a prática do ato. Duplamente errada, pois, a presente assertiva. d) ERRADO. Não se admite enriquecimento ilícito na modalidade culposa. É necessário que a conduta seja dolosa. Os únicos atos ímprobos que admitem forma culposa são aqueles descritos no art. 10 da Lei 8.429/92, ou seja, os que causam danos ao erário. e) CERTO. A conduta descrita está prevista no art. 11, II, da Lei 8.429/92, tratando-se, pois, de ato violador dos princípios da Administração Pública. Assim sendo, as penas cominadas são aquelas descritas no art. 12, III, dentre as quais, de fato, consta a multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente. Escorreita, portanto, está afirmativa. 19. (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia Substituto) Se uma pessoa, maior e capaz, representar contra um delegado de polícia por ato de improbidade sabendo que ele é inocente, a sua conduta poderá ser considerada, conforme o disposto na Lei n.º 8.429/1992, A) crime, estando essa pessoa sujeita a detenção e multa. B) ilícito administrativo, por atipicidade penal da conduta. C) contravenção penal. D) crime, estando essa pessoa sujeita apenas a multa. E) crime, estando essa pessoa sujeita a reclusão e multa. GABARITO LETRA A Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente. Pena: detenção de seis a dez meses e multa Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 42 Página 42 Aí, algumas coisas que você precisa saber sobre atos de improbidade administrativo RESUMO GERAL DA LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 1 - o agente não comete crime de improbidade e sim ato de improbidade; 2 - a responsabilidade de quem comete o ato de improbidade administrativa é subjetiva e não objetiva; 3 - não existe TAC (transação, acordo, conciliação) nos atos de improbidade administrativa; 4 - não existe foro privilegiado para quem comete o ato de improbidade administrativa; 5 - nos atos de improbidade administrativa tanto o agente público quanto o particular que agem em concurso são considerados sujeitos ativos; 6 - improbidade administrativa própria: o agente público age sozinho; 7- improbidade administrativa imprópria: o agente público age em conjunto com o particular (*particular sozinho não comete ato de Improbidade Adm.); 8 - Os atos de improbidade administrativa são exemplificativos e não taxativos; Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 43 Página 43 Art. 09-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário. 10 - Não são todos os agentes Políticos que estão sujeitos a essa lei. Exemplo: o Presidente da República não está, mas o vereador, o governador e os membros do Ministério Público estão. 11. Com o pacote anticrime, a LEI DE IMPROBIDADE ADMITE A CELEBRAÇÃO DE ACORDOS. ANTES DA LEI 13964/19 - Art. 17. § 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação. DEPOIS DA LEI 13964/19 - Art. 17. § 1º As ações de que trata este artigo ADMITEM A CELEBRAÇÃO DE ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO CÍVEL, nos termos desta Lei. § 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes requerer ao juiz a interrupção do prazo para a contestação, por prazo não superior a 90 dias. #MACETE# ENRIQUECIMENTO ILÍCITO - Falou em VANTAGEM ECONÔMICA, o RIP late AUAU RECEBER INCORPORAR PERCEBER ADQUIRIR – UTILIZAR ACEITAR USAR para CAUSAR PREJUÍZO AO ERÁRIO, FRALDO 3CPF FACILITAR REALIZAR AGIR LIBERAR DOAR ORDENAR Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com 44 Página 44 CONCEDER CONCORRER CELEBRAR PERMITIR FRUSTRAR CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - RE PEDE PRA FRU RENEGAR REVELAR PERMITIR DEIXAR PRATICAR FRUSTRAR RETARDAR NEGAR Licensed to Thiago gomes de oliveira - tgomesdeoliveira@gmail.com