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Alvos e receptores farmacológicos - Farmacodinâmica

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Helena Victória 
219-A / UFF Farmacodinâmica 
 
Alvos e receptores farmacológicos 
 
I. Introdução:I. Introdução:I. Introdução:I. Introdução: 
 
» Farmacodinâmica: 
 Foca no estudo das ações do fármacoações do fármacoações do fármacoações do fármaco sobre o 
corpo humano 
 Estuda o mecanismo de açãomecanismo de açãomecanismo de açãomecanismo de ação dos fármacos e seus 
respectivos efeitos farmacológicos 
� Bem como os usos clínicosusos clínicosusos clínicosusos clínicos e contracontracontracontra----indicaçõesindicaçõesindicaçõesindicações das 
substâncias 
 Abrange a discussão de interações medicamentosasinterações medicamentosasinterações medicamentosasinterações medicamentosas 
que decorrem do mecanismo de ação dos fármacos 
 
II. Alvos e receptores farmacológicosII. Alvos e receptores farmacológicosII. Alvos e receptores farmacológicosII. Alvos e receptores farmacológicos:::: 
 
» Ação dos fármacos: 
 Decorre da ligaçãoligaçãoligaçãoligação dos fármacos à seus alvosalvosalvosalvos 
farmacológicos 
 Mediante essa interação, mudanças bioquímicasmudanças bioquímicasmudanças bioquímicasmudanças bioquímicas e 
fisiológicasfisiológicasfisiológicasfisiológicas que alteram a função dos função dos função dos função dos tecidostecidostecidostecidos 
corporais são deflagradas = resposta biológicaresposta biológicaresposta biológicaresposta biológica 
 
» Receptores farmacológicos: 
 É um conceito mais amploamploamploamplo em relação ao conceito 
de receptor fisiológico 
� Receptor fisiológico = uma macromolécula se liga à 
ele e medeia a ação de substâncias endógenas 
 Qualquer macromoléculamacromoléculamacromoléculamacromolécula que o fármaco se liga para 
produzir efeito biológico 
 Abrangem componentes celulares como DNADNADNADNA, RNARNARNARNA 
e, principalmente, proteínasproteínasproteínasproteínas 
� Abrangem, ainda, enzimasenzimasenzimasenzimas, canais iônicoscanais iônicoscanais iônicoscanais iônicos e 
proteínas transportadorasproteínas transportadorasproteínas transportadorasproteínas transportadoras (ex: canal de Na+, 
enzima acetilcolinesterase, bomba de Na+K+, 
receptor fisiológico do tipo beta) 
 
 
» Alvos X Receptores farmacológicos: 
 Todo receptor farmacológico é um alvo, mas nem 
todo alvo é um receptor farmacológico 
� Receptor farmacológico = macromoléculamacromoléculamacromoléculamacromolécula em que 
um fármaco se liga para produzir efeito biológico 
� Alvo farmacológico = local em que fármaco vai se 
ligar para produzir seu efeito biológico (ex: íons) 
 
Obs:Obs:Obs:Obs: Há estudiosos que afirmam que a maioria dos 
fármacos precisam, necessariamente, se ligar aos 
receptores farmacológicosreceptores farmacológicosreceptores farmacológicosreceptores farmacológicos para deflagrarem efeito 
biológico 
 Existem também fármacos que determinam suas 
ações sem se ligarem sem se ligarem sem se ligarem sem se ligarem a receptores farmacológicos 
� Ex: antiácidosantiácidosantiácidosantiácidos (como hidróxido de magnésio e 
hidróxido de alumínio) são moléculas inorgânicas 
capazes de se dissociar, liberando íons hidroxila 
(OH-) que se combinam com prótons (H+), devido ao 
seu caráter básico, gerando água. A redução dos 
íons H+ livres decorrentes dessa neutralização, 
favorece a elevação do pH local, de modo que esses 
fármacos são usados para redução da acidez 
gástrica. Próton não é uma molécula = é o alvoalvoalvoalvo mas 
não um receptornão um receptornão um receptornão um receptor farmacológico dos antiácidos 
� Ex: Diuréticos osmóticosDiuréticos osmóticosDiuréticos osmóticosDiuréticos osmóticos (como a glicerina) são 
substâncias livremente filtradas no glomérulo, ela 
não é reabsorvida passivamente. Devido ao aumento 
da pressão osmótica graças ao confinamento do 
diurético osmótico, a água do interstício é arrastada 
para o lúmen do túbulo renal, aumentando, assim, o 
fluxo urinário - sem se ligarem a nenhum receptornenhum receptornenhum receptornenhum receptor 
ou mesmo alvoalvoalvoalvo, farmacológico 
 
 
 
 
Helena Victória 
219-A / UFF Farmacodinâmica 
 
IIIIIIIII. Propriedades dos fármacosI. Propriedades dos fármacosI. Propriedades dos fármacosI. Propriedades dos fármacos:::: 
 
» Propriedades: 
 AFINIDADE = um fármaco precisa apresentar a 
capacidade de se ligarcapacidade de se ligarcapacidade de se ligarcapacidade de se ligar a um sítiosítiosítiosítio no receptor 
farmacológico, podendo ser chamado de liganteliganteliganteligante 
desse receptor 
� É a propriedade que o fármaco necessariamente 
precisa apresentar frente ao seu receptor 
� Depende da estrutura químicaestrutura químicaestrutura químicaestrutura química do fármaco 
� Para que uma macromolécula constitua um receptor 
farmacológico, é preciso que o fármaco tenha 
afinidadeafinidadeafinidadeafinidade para um sítio presente nessa molécula, 
sendo capaz de se ligar à mesma 
 EFICÁCIA / ATIVIDADE INTRÍNSECA = quando os 
fármacos, ao se ligarem aos seus receptores, são 
capazes de deflagrar mecanismos de transduçãodeflagrar mecanismos de transduçãodeflagrar mecanismos de transduçãodeflagrar mecanismos de transdução 
de sinal intracelular, diz-se que possuem eficácia 
intrínseca 
� Depende da estrutura químicaestrutura químicaestrutura químicaestrutura química dos fármacos 
 AGONISTAS = fármacos que possuem afinidade e 
eficácia intrínseca, mimetizandomimetizandomimetizandomimetizando a ação de 
mediadores químicos endógenos, ao se ligarem em 
seus receptores 
 ANTAGONISTAS = fármacos que, ao se ligarem em 
seus respectivos receptores, não deflagramnão deflagramnão deflagramnão deflagram 
nenhum mecanismo de transdução de sinal 
(possuem a afinidade mas não a atividade intrínseca) 
� Eles são utilizados como forma de reduzir a açãoreduzir a açãoreduzir a açãoreduzir a ação 
dos agonistas 
� Tanto agonistas quanto antagonistas possuem 
afinidade mas apenas os agonistas possuem 
atividade intrínseca = a eficácia intrínseca dos 
antagonistas é considerada nulanulanulanula 
 
Obs:Obs:Obs:Obs: É possível notar a íntima relação entre a estrutura estrutura estrutura estrutura 
do fármacodo fármacodo fármacodo fármaco e sua atividade biológicaatividade biológicaatividade biológicaatividade biológica 
 Aspectos como tamanho, formato, polaridade e 
carga são determinantes na interação com os 
receptores 
 Modificações pequenas podem causar alterações 
significativas em suas propriedades devido a 
mudança na afinidade / eficácia por um ou mais 
receptores 
 
IVIVIVIV. Relação estrutura. Relação estrutura. Relação estrutura. Relação estrutura----atividade e seletividadeatividade e seletividadeatividade e seletividadeatividade e seletividade:::: 
 
» Seletividade: 
 Dependendo da estrutura química do fármaco, ele 
pode ser seletivo ou não para receptores 
farmacológicos presentes em células apenas do 
tecido alvo 
� A ligação do fármaco em receptores de seu tecido-
alvo vai determinar a promoção de seus efeitos 
desejados 
� O fármaco pode, também, se ligar a receptores de 
tecidos não-alvo, provocando, assim, efeitos 
indesejados = efeitos colaterais 
 Os usos clínicosusos clínicosusos clínicosusos clínicos dos fármacos tem relação com 
seus efeitos desejados, enquanto suas contracontracontracontra----
indicaçõesindicaçõesindicaçõesindicações guardam relação direta com os efeitos 
colaterais provocados pelos mesmos 
� Podem explicar, também, a maior ou menos adesão 
à terapia 
� Faz-se, assim, uma análise da relação risco-
benefício para avaliar o potencial uso clínico de um 
fármaco 
� Há fármacos, também, cuja seletividade é baixa, 
mas que circulam no mercado pois o uso de vias de vias de vias de vias de 
administração que limitamadministração que limitamadministração que limitamadministração que limitam a chegada do fármaco 
nos tecidos não-alvo reduz seu potencial de 
provocar efeitos colaterais demasiados 
 
Obs:Obs:Obs:Obs: Receptores "órfãos"Receptores"órfãos"Receptores "órfãos"Receptores "órfãos" = seus ligantes são 
desconhecidos 
 Podem se mostrar úteis para o desenvolvimento de 
novos fármacos

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