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Prévia do material em texto

Direito 
Ambiental
NATHALIA ELLEN SILVA BEZERRA
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
NATHALIA ELLEN SILVA BEZERRA
AUTORIA
Nathalia Ellen Silva Bezerra
Sou formada em Direito, com uma experiência técnico-profissional 
na área de Direito do Trabalho e Previdenciário. Além disso, atuo como 
conciliadora e advogada, tendo em vista a colocação em prática e a 
valorização dos meios alternativos de solução de conflitos. Ao longo da 
minha vida acadêmica, sempre demonstrei um grande interesse pela 
escrita, dessa forma espero que, por meio desse material e da experiência 
vivenciada, você consiga adquirir e ampliar os seus conhecimentos para 
que possa exercer uma vida profissional plena. Por isso fui convidada pela 
Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou 
muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. 
Conte conosco! 
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Tipos de Poluição ............................................................................................. 12
Aspectos Gerais sobre a Poluição ...................................................................................... 12
Os Principais Tipos de Poluição ...........................................................................................16
Poluição da Água ......................................................................................................... 17
Poluição do Ar ................................................................................................................ 17
Poluição Sonora ............................................................................................................18
Poluição Visual ............................................................................................................... 19
Poluição do Solo ........................................................................................................... 19
Poluição Atômica.......................................................................................................... 19
Impactos Ambientais e Crises no Meio Ambiente ............................ 21
Aspectos Gerais Acerca dos Impactos Ambientais ............................................... 21
Conceito e Tipos de Impactos Ambientais ...............................................23
Crise do Meio Ambiente .............................................................................................................26
Crimes e Infrações Ambientais ..................................................................29
Crimes Ambientais: Definição, Características e Legislação ...........................29
Tipos de Crimes Ambientais ...................................................................................................34
Crimes Contra a Fauna .............................................................................................34
Crimes Contra a Flora ...............................................................................................34
Poluição e Outros Crimes Ambientais ..........................................................35
Crimes Contra o Ordenamento Urbano e Patrimônio Cultural . 36
Crimes Contra a Administração Ambiental .............................................. 36
Infrações Ambientais ................................................................................................................... 36
Responsabilidade Civil Ambiental ...........................................................38
Aspectos Gerais da Responsabilidade civil ................................................................ 38
Responsabilidade Civil Objetiva e Subjetiva .............................................................. 40
Responsabilidade Civil no Âmbito do Direito Ambiental .................................... 41
9
UNIDADE
03
Direito Ambiental
10
INTRODUÇÃO
Você sabia que a área relativa ao Direito Ambiental está em constante 
avanço, sendo uma das pautas que gera maiores preocupações no 
âmbito mundial na atualidade? Diante disso, diversas leis são criadas no 
âmbito nacional e internacional com o intuito de assegurar e promover o 
bem-estar e a segurança dos recursos naturais, para que eles continuem 
possibilitando uma vida com índice de qualidade satisfatório, não só 
para as gerações atuais, como também para as futuras. Com base nisso, 
durante a presente unidade estudaremos quais são os principais impactos 
e crimes que podem ser gerados e que existem no mundo, tendo como 
foco principal o Brasil. Além disso, também passaremos a entender que 
os danos ambientais são passíveis de punição de acordo com as normas 
relativas à responsabilidade ambiental, que tem o intuito de tornar mais 
severa e obrigatória a proteção, a preservação e a restauração ambiental. 
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste 
universo!
Direito Ambiental
11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3 – Degradação ambiental: 
responsabilidade civil e criminal. Nosso objetivo é auxiliar você no 
desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término 
desta etapa de estudos:
1. Analisar quais são os tipos de poluição.
2. Averiguar os principais impactos ambientais e crises no meio 
ambiente.
3. Investigar os crimes e infrações ambientais.
4. Identificar os impactos relativos à responsabilidade ambiental no 
ordenamento jurídico brasileiro.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
Direito Ambiental
12
Tipos de Poluição
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de analisar 
cada um dos tipos de poluição, conseguindo ainda 
visualizar cada uma dessas tipologias na prática e entender 
de forma crítica os impactos que eles podem causar ao 
meio ambiente, e consequentemente, à saúde humana. 
Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. 
E então? Motivado para desenvolver essa competência? 
Então vamos lá. Avante!.
Aspectos Gerais sobre a Poluição
Querido aluno, até aqui e com base no seu conhecimento de 
mundo, podemos entender a importância que o meio ambiente exerce 
para a vida humana, assim como para os demais tipos e espécies de vida. 
Assim, além de precisarmos dele para sobreviver, nós o integramos.
Apesar das diversas leis que já estudamos até o momento serem 
responsáveis pela proteção do meio ambiente, estabelecendo formas 
de garantir a sua preservação e a sua proteção, ainda são vistos e 
promovidos, diariamente, inúmeros danos ao meio ambiente, alguns, 
inclusive, irreversíveis.
Nesse sentido, durante este capítulo vamos direcionar os nossos 
esforços não para o entendimento daquilo que deve proteger o meio 
ambiente, como viemos fazendo até o presentemomento, mas para 
alguns dos principais danos promovidos ao meio ambiente, para que 
possamos entender os prejuízos gerados, bem como formas de dirimir 
tais danos e prejuízos, já que alguns deles podem ser evitados de maneira 
simples. Quanto aos mais complexos, compreenderemos a importância 
do desenvolvimento de políticas e ações responsáveis por impor limites 
a essas ações nocivas.
Direito Ambiental
13
Mais uma vez, é importante esclarecer que proteger, preservar e 
defender o meio ambiente não significa frear a economia e/ou impedir 
o desenvolvimento dos países, mas sim uma nova forma de pensar e 
buscar essas finalidades sob um olhar ambientalista. Afinal, se destruirmos 
o meio ambiente, não sobrará mundo para que estejamos preocupados 
com desenvolvimento econômico!
Atualmente, a sociedade procura aliar métodos técnicos, científicos 
e tecnológicos na busca de promover a preservação ao meio ambiente, 
diminuindo os impactos e a produção da poluição em suas variadas 
tipologias, o esgotamento de recursos naturais e os desastres ecológicos.
Assim, antes de adentrarmos em uma análise mais detalhada 
acerca da poluição, primeiro vamos refletir um pouco. Imagine como seria 
o mundo sem os homens, ou melhor, sem os Homo sapiens. Responda 
às perguntas acerca desse mundo utópico: você consegue visualizar 
algum prédio? Escutar o barulho do motor de algum carro? Você sentiria 
dificuldades para respirar? Passaria muito tempo em engarrafamentos? 
Veria notícias na televisão acerca do desmatamento?
Não precisamos pensar muito antes de responder a essas 
perguntas, afinal o mundo sem o homem seria totalmente diferente. Claro 
que o Homo sapiens não foi responsável apenas por promover danos, 
já que os avanços propostos por nós também facilitam a nossa vida em 
proporções incalculáveis. Contudo somos uma raça egoísta e imediatista, 
por isso demoramos anos para demonstrar preocupação com o meio 
ambiente e, consequentemente, com gerações futuras e outras espécies, 
sejam essas animais ou vegetais. Ainda assim, mesmo que atualmente 
nós tenhamos várias preocupações ambientais, os danos não foram 
extintos, ainda existem, uns em proporção maior, outros em proporção 
menor, mas fazem-se presentes.
O ser humano é responsável por agravar diariamente os prejuízos 
ao meio ambiente, com rios, mares e lagos poluídos, florestas, em sua 
maioria, desmatadas, sendo esses impactos apenas alguns dos muitos 
promovidos pelos seres humanos. Torna-se necessário, ainda, destacar a 
agilidade com que impactos em escala mundial aconteceram.
Direito Ambiental
14
Um dos danos ambientais promovidos pelo mundo todo em grande 
escala é a poluição, responsável por atingir o meio ambiente. Assim, 
para que possamos entender o que é esse dano, primeiro precisamos 
relembrar que, em conformidade com a Política Nacional de Meio 
Ambiente, expressa pela Lei nº 6.938/1981, o meio ambiente é “o conjunto 
de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e 
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” 
(BRASIL, 1981).
Nesse sentido, tudo aquilo que for produzido por microrganismos 
ou for produzido pelo homem e que afete a natureza, por ultrapassar a 
sua capacidade de absorção, gerando modificações nas condições físicas 
e afetando as diversas espécies existentes nesses espaços naturais, será 
considerado como poluição. Desta feita, a Política Nacional do Meio 
Ambiente, em seu artigo 3º, III, define poluição como sendo
 III - poluição, a degradação da qualidade ambiental 
resultante de atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da 
população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e 
econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio 
ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os 
padrões ambientais estabelecidos. (BRASIL, 1981)
A partir desse entendimento, a poluição é produzida pelo homem 
e está em frequente avanço desde o período em que movimentos como 
a industrialização, a urbanização e a globalização ganharam cada vez 
mais força, levando em consideração que, no início desses processos, 
não havia uma preocupação ambiental e, muito menos, planejamentos 
e políticas voltadas para o crescimento sustentável. Assim, o artigo 3º 
da Política Nacional do Meio Ambiente, agora em seu inciso IV, define 
poluidor como sendo “a pessoa física ou jurídica, de direito público ou 
privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de 
degradação ambiental” (BRASIL, 1981).
Direito Ambiental
15
Um dos grandes problemas relacionados à poluição é que, além de 
ela em si ser considerada um dano ambiental, ainda é responsável pela 
promoção e/ou pela intensificação de outros problemas. Dessa maneira, 
a poluição pode ser geradora de alterações climáticas, pode promover a 
escassez da água, a desertificação, a perda da biodiversidade, o aumento 
do lixo, danos à qualidade do ar, pode aumentar os impactos do efeito 
estufa, promover a exaustão dos recursos naturais, entre tantos outros. 
Além disso, a maior parte dos problemas promovidos pela poluição é 
responsável por afetar a saúde humana seja de forma direta ou indireta.
Dessa maneira, a poluição está diretamente ligada ao estilo de 
vida que os seres humanos levam. Nas épocas em que a indústria está 
com um maior índice de produção, crescem os impactos ambientais; nos 
momentos em que as cidades estão mais cheias em razão de eventos 
turísticos ou de qualquer natureza, também conseguimos visualizar 
impactos como o aumento de lixo nas ruas e uma quantidade maior de 
emissão de gases em virtude do aumento de veículos. 
Por outro lado, quando as pessoas ficam em casa e as indústrias 
reduzem a sua produção, percebem-se efeitos positivos e a diminuição, 
quase que imediata, de efeitos gerados pela poluição torna-se visível. Um 
exemplo recente e atual é o acontecido por conta do isolamento social 
consequente do COVID-19.
SAIBA MAIS:
Assim, para entender melhor acerca da relação entre a 
redução da poluição e o isolamento social resultante da 
pandemia provocada pelo COVID-19, faça a leitura das 
seguintes notícias: “Poluição do ar em São Paulo diminuiu 
50% na primeira semana de quarentena”, neste link, e 
“Estudo de Harvard aponta relação entre a poluição do ar e 
taxa de mortalidade da COVID-19”, neste link.
Aluno, como vimos, a poluição não é responsável por atingir apenas 
um ponto específico do meio ambiente, sem causar danos aos demais, 
pois pode promover impactos à natureza de diversas maneiras. Diante 
disso, no tópico a seguir passaremos a compreender em detalhes os 
principais tipos de poluição.
Direito Ambiental
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/04/08/poluicao-do-ar-em-sao-paulo-diminui-50percent-na-primeira-semana-de-quarentena.ghtml
https://oglobo.globo.com/sociedade/estudo-de-harvard-aponta-relacao-entre-poluicao-do-ar-taxa-de-mortalidade-da-covid-19-24359145
16
Os Principais Tipos de Poluição
Antes que possamos ampliar os nossos conhecimentos sobre 
os tipos de poluição, pense no seu cotidiano e tente visualizar se no 
ambiente em que você está inserido existe poluição. Se a resposta para 
essa pergunta for “sim”, tente classificar as poluições do seu convívio e, 
ao longo dos tópicos seguintes, faça um comparativo entre o que você 
respondeu inicialmente e aquilo que responderá ao término do presente 
capítulo.
A classificação da poluição em tipos é feita com o intuito de 
promover uma maior didática sobre o assunto, assim como para facilitar 
o entendimento dos danos que podem ser causados e dos principais 
agentes causadores, tornando mais simples a tarefa de elaborar políticas, 
ações e métodos que visem reduzir os malefícios promovidos pela 
poluição nos diversos setores presentes na vida social. Observe a Figura 1.
Figura 1 – Principais tipos de poluiçãoFonte: Elaborado pela autora (2020).
Direito Ambiental
17
Poluição da Água
O desempenho de várias tarefas cotidianas pode gerar danos e 
prejuízos para a água, que podem ser visualizados no meio rural, porém 
são vistos com uma frequência maior nas regiões urbanas. A poluição 
da água pode ser promovida pelos esgotos domésticos, lixo, rejeitos 
industriais, irrigação inadequada, acidentes ecológicos, entre outros.
O planeta Terra é, em grande parte, composto por água, sendo que 
esse recurso faz-se presente no mar, nos rios, nos lagos e nos oceanos. 
Dessa maneira, a poluição causará impactos diversos a depender do 
aquífero que tenha sido atingido, pois, em razão de suas naturezas e 
peculiaridades, cada um pode se manifestar de forma distinta.
Entre os maiores desastres acontecidos no Brasil, responsáveis por 
danificar e poluir grandes porções de água, está o desastre de Mariana, 
onde a barragem conhecida como “barragem do Fundão”, pertencente 
à empresa Samarco, liberou mais de 40 milhões de metros cúbicos 
de resíduos contaminados, tendo promovido o desaparecimento de 
localidades como Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, segundo notícia 
veiculada pela página online do Estado de Minas. A lama contida na 
barragem foi responsável pela morte de 19 pessoas e por gerar impactos 
a 39 municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo, tendo percorrido 
mais de 600 km pelo rio Doce e os seus afluentes até chegar ao Oceano 
Atlântico. Durante todo o caminho, uma quantidade inestimável de fauna 
e flora foi prejudicada, danificada e devastada.
Poluição do Ar
A poluição promovida ao ar também é conhecida como poluição 
atmosférica, e ocorre por meio de gases tóxicos e partículas sólidas 
presentes no ar, em razão das produções industriais, do uso de veículos, 
de usinas térmicas, entre outros que também afetam a qualidade do ar. 
Esse tipo de poluição é responsável por promover diversos tipos 
de danos à saúde humana, já que podem gerar problemas respiratórios, 
asma, alergias, lesões degenerativas e até mesmo câncer nos principais 
órgãos do corpo humano, como, por exemplo, câncer pulmonar. Desta 
Direito Ambiental
18
feita, quanto maior for a cidade em que as pessoas estiverem inseridas, 
maiores tendem a ser os danos promovidos à saúde dos habitantes. 
Além disso, as metrópoles são envoltas em redomas atmosféricas que 
aprisionam o ar quente e dificultam a dispersão dos gases poluentes, 
aumentando ainda mais os prejuízos ao ar e à saúde humana.
SAIBA MAIS:
O índice de poluição do ar é tão intenso em algumas 
localidades do mundo, que esse fator acaba por gerar 
oportunidades econômicas. Exemplo disso foi a criação de 
um bar que vende doses de oxigênio na Índia. Para entender 
melhor essa ideia, realize a leitura da notícia intitulada “O 
bar que vende doses de oxigênio em Nova Déli, cidade 
tomada pela poluição”, neste link.
Poluição Sonora
A poluição sonora pode ser compreendida como as alterações 
promovidas nas propriedades físicas do meio ambiente e que são 
resultantes das emissões de som, sejam essas em níveis regulados ou 
não pela legislação vigente, pois o que deve ser levado em conta é a 
existência e o grau dos danos que podem ser promovidos, de forma direta 
ou indireta, à saúde do ser humano. 
A poluição sonora também é responsável por danificar a saúde 
humana, podendo resultar em surdez temporária, permanente, total ou 
parcial, dores de cabeça, tontura, estresse, ansiedade, fadiga, redução 
de produtividade, instabilidade emocional, irritação, aumento da pressão 
sanguínea, elevação do ritmo cardíaco, aumento na produção de 
adrenalina, e até mesmo distúrbios do sono, entre tantos outros danos.
Direito Ambiental
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/11/27/o-bar-que-vende-doses-de-oxigenio-em-nova-deli-cidade-tomada-pela-poluicao.ghtml
19
Poluição Visual
Por sua vez, a poluição visual é a responsável por promover danos 
e incômodos por meio de impactos visuais, que podem ser causados por 
pichações, excesso de luminosidade e telões, lixo, letreiros, entre outros. 
Assim, como os demais tipos de poluição apresentados até o momento, a 
poluição visual também é capaz de produzir malefícios à saúde humana, 
promovendo, por exemplo, o estresse, a fadiga e a ansiedade. Além disso, 
também afeta a estética e as condições sanitárias dos locais em que se 
fazem presentes.
Poluição do Solo
Assim como o ar e água podem ser atingidos pela poluição, o solo 
também pode ser poluído, promovendo uma intensificação ou o surgimento 
de processos como a erosão e a desertificação. Na maioria dos casos, 
a poluição do solo ocorre por meio do uso de componentes químicos, 
práticas inadequadas de conservação, devastação e desmatamento de 
florestas, queimadas, descarte inadequado de lixo, entre outros fatores.
Poluição Atômica
A poluição atômica é aquela promovida pela utilização de elementos 
radioativos e resultantes da exploração de energia nuclear. Os danos 
promovidos por esse tipo de poluição são catastróficos, tanto ao meio 
ambiente, como à saúde humana, sendo vistos durante várias gerações, 
já que podem promover deformações e alterações genéticas.
Um dos grandes problemas existentes quanto a esse tipo de 
poluição, em âmbito mundial, faz referência às formas adequadas de 
descarte dos lixos atômicos produzidos pelas usinas nucleares, já que 
diversas dificuldades apresentam-se quanto ao armazenamento e 
tratamento desses materiais.
Direito Ambiental
20
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que diversos danos ambientais podem ser gerados com 
base nas ações cotidianas dos indivíduos. Entre os principais 
danos e prejuízos resultantes da atividade humana, pode ser 
citada a poluição, que, além de gerar prejuízos ao ambiente 
por si só, ainda é capaz de intensificar outros, promovendo 
modificações climáticas e alterações na biodiversidade. 
Além disso, também passamos a compreender que a 
poluição, em razão de sua amplitude, divide-se em tipos, 
sendo os mais importantes a poluição do ar, a poluição 
da água, a poluição do solo, a poluição sonora, a poluição 
visual e a poluição atômica.
Direito Ambiental
21
Impactos Ambientais e Crises no Meio 
Ambiente
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
quais são os principais impactos causados ao meio 
ambiente, dando ênfase ainda ao entendimento relativo às 
crises do meio ambiente e as suas principais consequências 
para a qualidade da vida humana. Isso será fundamental 
para o exercício de sua profissão e para a sua formação 
como cidadão, tendo em vista que o meio ambiente 
também faz parte dos seus direitos. E então? Motivado para 
desenvolver essa competência? Então vamos lá. Avante!
Aspectos Gerais Acerca dos Impactos 
Ambientais
É da natureza humana ser imprevisível e mutável. Práticas hoje 
consideradas como corriqueiras e normais, há trinta, vinte, dez anos 
não eram visualizadas dessa maneira. Nesse mesmo sentido, podemos 
analisar as alterações presentes no modo de vida dos seres humanos. 
Em um passado não tão distante, a vida, predominantemente, ocorria nos 
espaços rurais, contudo, atualmente, ainda que o campo exerça um papel 
fundamental para o bem-estar humano no que se refere à agricultura e a 
outras atividades, o desenvolvimento e a maior parte populacional não se 
encontram nesses ambientes.
O meio urbano é o local em que as principais mudanças e evoluções 
são vistas, pois é o centro do desenvolvimento econômico, político e 
social. Desta feita, muitos passos foram dados em caminho ao progresso 
desde que o processo de urbanização ocorreu, porém, assim como tudo 
apresenta um lado bom e outro ruim, no cenário urbano não poderia ser 
diferente. A criação e a constante ampliação das cidades são responsáveispor intensificar os impactos ambientais.
Direito Ambiental
22
Nas cidades, principalmente nas metrópoles, aspectos culturais, 
costumeiros e habituais acabam trazendo impactos e interferências ao 
meio ambiente, já que, infelizmente, muitas das práticas e ensinamentos 
presentes no Brasil vão de encontro a ações que protejam o meio 
ambiente e. Sendo assim, por mais que já existam leis e projetos que 
visem promover a reeducação ambiental da população, os problemas 
relativos a esse assunto são complexos e até de difícil resolução, já que 
hábitos e costumes não são aspectos fáceis de serem modificados e 
práticas enraizadas na nossa cultura levam anos para que sejam alteradas. 
Para que tais mudanças e avanços sejam feitos, é necessário que os 
primeiros passam sejam dados, afinal não há como começar pelo fim, 
ou simplesmente mudar tais fatores de forma repentina. Com pequenos 
avanços, somos capazes de promover grandes mudanças para o cenário 
ambiental.
Uma conscientização voltada para aspectos como, por exemplo, 
a realização da coleta de lixo pela população e a sua efetivação pelos 
governantes, o consumo moderado da água e até mesmo a simples 
prática de não jogar papel no chão, já são capazes de trazer mudanças 
significativas desde que a população em geral esteja disposta a adotar 
novos hábitos. Por outro lado, outros fenômenos responsáveis por 
promover impactos ambientais de alto índice são mais difíceis de serem 
reparados, tendo em vista que o uso da água e a produção de resíduos 
gerado pela indústria de consumo de bens matérias promovem impactos 
significativos ao meio ambiente.
Além do processo relativo à urbanização ter sido uma das causas 
para o aumento dos problemas ambientais, o crescimento populacional 
verificado, não só no Brasil, mas no mundo como um todo, tem 
demonstrado ser também um dos fatores relacionados ao aumento 
da promoção dos impactos negativo, principalmente nos cenários que 
envolvem os países em desenvolvimento e as regiões marcadas por altos 
índices de pobreza, pois esses fatores favorecem as aglomerações em 
periferias, tornando o número de favelas ainda maiores. Além disso, como 
nesses espaços há pouca assistência, os danos promovidos ao meio 
ambiente acabam sendo ainda maiores, pois construções são feitas em 
Direito Ambiental
23
locais irregulares e sem a devida autorização, sendo esse apenas um dos 
fenômenos gerados pela marginalização presente nos centros urbanos.
Outro fato facilmente identificável é que, independentemente da 
classe social a que o indivíduo pertença, há um desejo de melhorar, 
de ascender. Nesse sentido, o que todos parecem ter em comum é a 
vontade de ter seus direitos garantidos, englobando aqueles relativo à 
vida saudável e a um ambiente saudável, responsáveis por fornecer uma 
melhor qualidade de vida. Assim, aspectos como ar puro, água pura e 
outros fatores considerados essenciais para uma vida digna, estável e de 
qualidade elevada. Porém, esse não é o cenário observado na maior parte 
das cidades, já que, como mencionado no capítulo anterior, existem bares 
que, por conta da qualidade do ar, já comercializam oxigênio, como uma 
forma de aliviar e fornecer uma respiração de maior qualidade para os 
seus clientes nem que seja por poucos segundos.
Conceito e Tipos de Impactos Ambientais
Nesse sentido, para que possamos entender um pouco melhor 
o que são os impactos ambientais, é preciso que entendamos a sua 
definição. Diante disso, em conformidade com a resolução do Conama nº 
001 de janeiro de 1986, o artigo 1º determina que
Artigo 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se 
impacto ambiental qualquer alteração das propriedades 
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada 
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das 
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais. (BRASIL, 1986)
Desta feita, todas as ações promovidas pelos homens são 
responsáveis por gerar impactos ao meio ambiente. Contudo cabe a nós 
analisarmos se todo o impacto ambiental é negativo. Assim, com base 
nos conhecimentos que você já possui sobre a temática, reflita um pouco 
antes de prosseguir.
Direito Ambiental
24
Se durante a sua reflexão você tiver chegado à conclusão de que 
os impactos ambientais podem ser positivos e negativos a depender 
dos resultados gerados por eles, então você está alinhado com os 
ensinamentos apresentados até o momento. Mas, se você ficou confuso 
e acabou chegando à conclusão de que os impactos só podem ser 
negativos, não se preocupe, vamos entender melhor o assunto.
Mesmo que impactos positivos também possam ser gerados, 
infelizmente a maior parte dos impactos ambientais são negativos, tendo 
em vista que apresentam como resultados danos ao meio ambiente, 
promovendo a sua degradação e poluição. Nesse sentido, como já 
aprendemos, os impactos negativos estão relacionados ao aumento do 
número de cidades, à ampliação das zonas urbanas, ao uso cada vez mais 
maior de automóveis, à utilização indevida e inconsequente dos recursos 
naturais, sem haver uma preocupação com a sua reposição, ao consumo 
exagerado e inconsciente de bens e serviços e à produção de lixo sem 
que haja uma preocupação com a sustentabilidade ou com a utilização de 
materiais degradáveis. 
Assim, o comportamento e as influências promovidas pelo âmbito 
empresarial também são responsáveis por gerar os impactos negativos, 
mas não podem, de maneira nenhuma, ser compreendidos como os 
únicos responsáveis, tendo em vista que a sociedade, a população, ou 
seja, você, meu querido aluno, com pequenas atitudes, também promove 
impactos ambientais negativos em suas práticas diárias.
Tabela 1 – Consequências dos impactos ambientais
IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS IMPACTOS AMBIENTAIS POSITIVOS
Extinção de espécies Campanhas de plantio de árvores
Poluição Coleta seletiva
Inundações Uso de sacolas biodegradáveis
Intensificação do efeito estufa Limpar praias
Mudanças climáticas Uso de energia solar
Diminuição da qualidade de vida Obras de revitalização
Erosões Criação de espaços verdes em centros 
urbanos
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
Direito Ambiental
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A Tabela 1 apresenta alguns dos principais impactos que podem 
ser gerados ao meio ambiente, dividindo-os em positivos e negativos. 
Ainda que existam variados empecilhos para a execução de propostas 
que promovam os impactos ambientais positivos, esses ainda acontecem 
e cada vez mais atenção tem sido destinada a essas propostas. Desta 
feita, os impactos ambientais positivos relacionam-se a técnicas, métodos 
e programas destinados à preservação do meio ambiente, englobando 
ainda ações que se refiram a sua manutenção, recuperação, defesa e/
ou proteção.
Além disso, os impactos ambientais também podem ser promovidos 
como resultado da mineração, fontes de energia, da agricultura, pelo 
consumo, pela geração de lixo e pela agropecuária.
Levando em consideração que o número de impactos negativos 
gerados é muito maior do que a quantidade de impactos positivos, as 
legislações presentes no território nacional estabelecem medidas que 
visam equilibrar esse cenário, como apresentado na figura 2.
Figura 2 – Medidas resultantes de impactos ambientais negativos
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
As medidas denominadas como mitigadoras são empregadas em 
conjunto com a execução da ação. Em outras palavras, tenta-se diminuir 
os impactos ambientais negativos desde o momento de seu surgimento. 
Podemos citar como exemplo uma obra da construção civil que, ainda 
no momento de construção de determinado edifício, opta pela utilização 
de materiais recicláveis, adotando um projeto consciente e com a menor 
quantidade de danos ao meio ambientepossível. 
Direito Ambiental
26
Já as medidas compensatórias são adotadas nos momentos em 
que há a possibilidade de dirimir os impactos ambientais negativos ainda 
quando se encontram em sua fonte causadora. O termo “compensatória” 
está ligado ao verbo “compensar”. Dessa maneira, é preciso que seja 
implementada uma outra medida com o intuito de remediar os danos 
causados, por meio de ações benéficas ao meio ambiente, ou seja, essas 
medidas serão utilizadas quando os danos já tiverem se concretizado 
e houver a intenção de amenizá-los. Como exemplo, pode-se citar o 
reflorestamento, que tem como intenção balancear os danos causados 
pelo desmatamento.
Crise do Meio Ambiente
Na sua opinião, atualmente enfrentamos uma situação de crise? 
Como você diria que ela acontece? Quais foram as causas que provocaram 
o surgimento dessa crise? As condições ambientais estão piores ou do 
mesmo jeito?
Para que possamos entender esse contexto, é primeiro primordial 
que entendamos o conceito de crise. Dessa forma, conforme Wagner 
da Luz, a palavra crise é utilizada em situações referentes a doenças, a 
distúrbios funcionais e a momentos que envolvam mudanças bruscas e 
repentinas na realidade em que estamos inseridos. O termo “crise” pode 
ser utilizado para alertar estados críticos de saúde, bem como para 
destacar momentos de dificuldade mundial, como, por exemplo, a crise 
econômica de 1929.
Nesse sentido, a crise ambiental, em conformidade com Wagner da 
Luz, pode ser compreendida da seguinte forma:
A crise ambiental, em sua dupla articulação com a 
dimensão social, é resultado direto de um modelo de 
desenvolvimento, de base capitalista, que se baseia 
na ideia de crescimento infinito, que acaba gerando 
concentração das riquezas e exclusão social. Além disso, 
gera-se também riscos socioambientais de todos os tipos, 
a fragilização das instituições democráticas e um padrão 
ético individualista, competitivo e utilitarista. Este modelo 
se estende por todo o globo e pouco importa a localidade 
em questão, existe uma tendência a uma uniformização do 
pensamento. (LUZ, 2018)
Direito Ambiental
27
As crises ambientais presentes em todo o mundo são reflexos 
das atitudes humanas e da ausência de preocupação suficiente com 
a diminuição das imprudências e das agressões provocadas ao meio 
ambiente, sejam elas derivadas de atitudes diretas ou indiretas, assim 
como causadas por pessoas físicas ou por pessoas jurídicas. Dessa 
maneira, a crise ambiental é uma reação natural do meio ambiente às 
ações e aos danos que vêm atingindo a natureza há tantos anos. Nesse 
sentido, a crise ambiental não se faz presente apenas em uma localidade, 
não é uma realidade restrita do Brasil, mas, sim, do mundo como um 
conjunto. Dessa forma, todos sentem os efeitos promovidos pelas ações 
humanas no meio ambiente.
É fato que a crise ambiental já está instaurada e também é fato 
que muitos dos prejuízos gerados não podem ser restaurados ou 
solucionados, afinal as espécies que entraram em extinção não podem 
mais ser retomadas. Porém, mesmo que os danos sejam incalculáveis, 
nem tudo está perdido, ainda há tempo para nos reerguermos em busca 
de um ambiente equilibrado ecologicamente, ainda está em tempo de 
estabelecermos lutas protetivas ao meio ambiente. Contudo as discussões 
e as medidas a serem tomadas precisam ser feitas agora, não há mais 
tempo para esperar, por isso precisamos sair de nossas zonas de conforto 
e tomar as atitudes corretas a favor das causas ambientais.
SAIBA MAIS:
Levando em consideração a crise ambiental instaurada no 
mundo, as organizações e as entidades governamentais 
pronunciam-se acerca dessa temática. Um desses 
pronunciamentos pode ser conferido na notícia a seguir: 
“ONU afirma que crise ambiental no planeta é grave, mas 
tem solução”. Link: 
Dessa forma, as questões ambientais fazem parte do cotidiano 
humano, principalmente quando são levados em conta os contextos 
urbanos e os problemas ambientais vistos todos os dias nas cidades, e 
que afetam de forma mais severa aqueles que se encontram em situação 
crítica e marginalizada.
Direito Ambiental
http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/onu-crise-ambiental-no-planeta-e-grave-mas-tem-solucao.html
28
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que todos os atos promovidos pelo ser humano devem 
ser enquadrados como impactos ambientais, contudo 
esses podem manifestar-se de forma positiva ou de 
maneira negativa, dependendo dos resultados que serão 
obtidos e refletidos no cenário ambiental. Dessa maneira, 
os impactos negativos materializam-se por meio da 
urbanização e do aumento populacional, assim como pelas 
ações decorrentes desse fenômeno. Ainda que seja mais 
raro de se verem, os impactos positivos também podem 
ser constatados. Por fim, analisamos os efeitos promovidos 
pela crise ambiental que se instaura, não só no Brasil, mas 
no mundo como um todo, sendo necessário que decisões 
sejam tomadas com o intuito de evitar que ainda mais 
danos ocorram.
Direito Ambiental
29
Crimes e Infrações Ambientais
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de analisar 
quais são os principais crimes e infrações ambientais 
presentes no ordenamento jurídico brasileiro, bem como 
as consequências de tais crimes e infrações. Isso será 
fundamental para o exercício de sua profissão. E então? 
Motivado para desenvolver essa competência? Então 
vamos lá. Avante!.
Crimes Ambientais: Definição, 
Características e Legislação
Já aprendemos até aqui inúmeros motivos que justificam a 
importância e a imprescindibilidade do meio ambiente para a vida 
humana, assim como para a saúde e a manutenção do mundo como 
um todo, afinal nós fazemos parte do planeta e dependemos dele para 
sobreviver. Já o contrário, isto é, a dependência do planeta em relação 
a nós, não pode ser dito, por isso, além de ser um direito de todos, a 
proteção e a defesa ambiental são também dever de toda a população, 
em conformidade com o expresso pelo texto constitucional brasileiro.
Assim como as outras áreas do direito, as legislações específicas 
do Direito Ambiental são de suma importância para a regulação desse 
campo, contudo nem sempre são obedecidas, assim como nem sempre 
conseguem frear os impactos ambientais negativos que acarretam 
danos para o meio ambiente. Diante disso, há a necessidade de que 
se estabeleçam normas de teor punitivo, mas, além disso, legislações 
incumbidas de estabelecer o que deve ser tipificado como crime e 
infração perante o Direito Ambiental, sendo essa mais uma tentativa de 
impedir que prejuízos sejam gerados ao meio ambiente por meio do 
sistema punitivo, das multas e restrições de liberdade em casos mais 
severos.
Direito Ambiental
30
Querido aluno, assim como outros conceitos, aquilo que pode ser 
entendido como crime também passou por diversas modificações ao 
longo do tempo, tendo em vista que a definição destinada a esse termo não 
pode ser considerada imutável, estática ou única, independentemente do 
contexto social. Sendo assim, o crime pode ser conceituado de diversas 
maneiras, a depender da escola que se deseje seguir, bem como do ramo 
jurídico do qual se esteja falando. Porém, de forma singela, crime pode 
ser considerado como violações diferidas contra o direito.
Nesse sentido, levando em consideração a realidade ambiental, 
o crime presente nesse âmbito jurídico pode ser compreendido como 
qualquer dano ou prejuízo causado ao meio ambiente em geral, seja aquele 
destinado a uma grande extensão espaço ambiental, seja destinado a 
um elemento ou recurso específico, podendo englobar a flora, a fauna, a 
biodiversidade e qualquer outro recurso advindo da natureza.
No direito brasileiro, todo crime deve ser punido e correspondea uma sanção determinada por instrumento legal. Desta feita, a Lei nº 
9.605 de 12 de fevereiro de 1998 também é conhecida como Lei de 
Crimes Ambientais, pois é a responsável por dispor acerca das sanções 
penais e administrativas decorrentes de condutas e atividades lesivas ao 
meio ambiente, dando ainda outras providências acerca da temática em 
questão.
A Lei de Crimes Ambientais foi a responsável por assegurar uma 
maior efetividade à proteção ambiental, já que, antes da sua existência, já 
se via a presença de alguns instrumentos legais, inclusive a Constituição 
da República Federativa de 1988, que destinavam atenção às temáticas 
ambientais, contudo faltava modos de punir aqueles que não a cumprissem, 
pois as leis presentes até o momento eram amplas e de difícil aplicação, 
não conseguindo abranger situações práticas responsáveis por violar o 
meio ambiente. Observava-se que não adiantava apenas fornecer acesso 
aos recursos naturais e mencionar na lei que todos merecem usufruir 
de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, se não existissem 
punições para aqueles que afrontavam e danificavam o meio ambiente. 
Direito Ambiental
31
Além disso, antes dessa lei, não havia um consenso sobre os atos 
que merecessem ou não ser punidos. Dessa forma, conforme Frederico 
Pereira (2014), matar um animal silvestre era considerado crime inafiançável, 
mesmo que fosse para consumo alimentício, na medida em que maltratar 
animais e promover o desmatamento não eram tipificados da mesma 
maneira, sendo considerados simples contravenções punidas com 
multa. Assim, a legislação apresentava falta de equilíbrio, apresentando 
punições severas demais para algumas situações e praticamente punição 
nenhuma para outras consideradas tão ou até mesmo mais graves.
Porém, com a implementação da atual Lei de Crimes ambientais, 
uma maior segurança jurídica passou a ser ofertada, assim como uma 
proteção ambiental mais centrada e focada em promover efeitos reais. 
Por isso houve uma uniformização penal, fazendo utilização de gradações 
adequadas e infrações claras e bem definidas, tornando mais difícil o 
acontecimento de dúvidas e, por conseguinte, a impunidade.
REFLITA:
Antes de avançar, é importante fazer uma breve crítica, 
tendo em vista que esse assunto será melhor discutido 
em unidade posterior. Apesar das legislações existentes 
e dos avanços referentes aos crimes e às infrações 
ambientais, verifica-se que, no território brasileiro, muitos 
crimes e infrações ambientais ainda são cometidos, sendo 
visualizadas situações em que a punição adequada não é 
efetuada, mesmo em casos graves e de ampla extensão, 
como os acontecidos nas cidades de Mariana e Brumadinho, 
ambas localizadas no estado de Minas Gerais e vítimas do 
rompimento de barragens de minério. Diante disso, muito 
ainda precisa ser feito no nível jurídico para que as leis e 
as punições sejam devidamente cumpridas, bem como no 
setor relativo à educação ambiental destinada à população 
como um todo para que essas temáticas passem a ter uma 
maior aplicabilidade na prática, afinal de nada adianta que o 
nosso país apresente leis bonitas e efetivas apenas no papel.
Direito Ambiental
32
Nesse sentido, algumas das leis ambientais foram flexibilizadas, na 
medida em que outras foram enrijecidas. Assim, ainda em conformidade 
com o apresentado por Frederico Pereira (2014), matar animais continuou 
sendo crime, porém, nas hipóteses em que os animais foram mortos com 
a finalidade de saciar a fome do agente ou de sua família, a tipificação não 
será aplicada. Por sua vez, maus-tratos e desmatamento não autorizado 
são crimes que podem ter como resultado a restrição da liberdade 
daquele que os praticaram. Salienta-se, ainda, que, a partir da legislação 
em estudo, as pessoas jurídicas também passaram a ser responsabilizadas 
criminalmente pelos prejuízos e danos que gerarem ao meio ambiente.
É importante destacar ainda que não serão apenas consideradas 
como crime aquelas condutas que tiverem como resultado a promoção 
de danos ao meio ambiente, sendo enquadrados dessa maneira também 
os atos que ignoram ou que vão de encontro ao estabelecido nas normas 
ambientais, mesmo que não sejam gerados prejuízos ao meio ambiente. 
Nesse sentido, o artigo 2º da Lei de Crimes Ambientais estabelece que
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática 
dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes 
cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o 
diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão 
técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de 
pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de 
outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir 
para evitá-la. (BRASIL, 1998)
Assim, como exemplo, pode-se apontar que as obras que forem 
realizadas sem a concessão da licença ambiental, ainda que não gerem 
prejuízo à natureza, serão configuradas como crime, pois a legislação 
ambiental determina que, para que tais obras sejam realizadas, há 
necessidade de permissão por meio de licença. Nesse caso, será aplicada 
a punição por meio de multa, com detenção nos casos mais severos.
A Lei de Crimes Ambientais não pune as pessoas que praticaram 
crimes menos graves e mais graves da mesma maneira, tendo em vista 
que as punições são fixadas em conformidade com o grau da infração 
cometida. Assim, a sanção poderá ir desde a privação de liberdade do 
agente até uma multa, estando presentes entre os dois extremos ainda as 
Direito Ambiental
33
possibilidades referentes a restrição de direitos, a serviços comunitários, a 
interdição temporária de direitos, a suspensão de atividades, a prestação 
de pecúnia e a recolhimento domiciliar.
É claro que nem todas as punições que podem ser aplicadas às 
pessoas físicas poderão ser destinadas da mesma maneira às pessoas 
jurídicas, contudo as empresas e empreendimentos responsáveis por 
agredir o meio ambiente também serão punidos, podendo a punição 
ocorrer por meio da aplicação de multas e restrições de direitos, como, 
por exemplo, a suspensão total ou parcial das atividades, interdição das 
atividades e proibição quanto ao estabelecimento de contratos e quanto 
ao recebimento de subsídios fornecidos pelo Poder Público, entre outras.
Nesse sentido, o artigo 6º da Lei de Crimes Ambientais estabelece 
aquilo que a autoridade competente deverá observar no momento de fixar 
a pena, sendo esses critérios utilizados tanto para as pessoas jurídicas 
quanto para as pessoas físicas.
Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a 
autoridade competente observará:
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da 
infração e suas consequências para a saúde pública e para 
o meio ambiente;
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da 
legislação de interesse ambiental;
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa. 
(BRASIL, 1998)
O texto da Constituição da República Federativa de 1988, em 
seu artigo 5º, LXXII, prevê que qualquer cidadão será parte legitima 
para ingressar com ação popular que tenha como intenção anular 
atos lesivos ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, responsável, entre outras coisas, por violar o meio ambiente. 
Por sua vez, a ação civil pública é o instrumento jurídico adequado para 
a proteção ambiental, sendo utilizado para solicitar a reparação dos 
danos ocorridos ao meio ambiente, podendo ser proposta pelo Ministério 
Público, Defensoria Pública, União, Estado, Município, empresas públicas, 
fundações, sociedades de economia mista e associações com finalidade 
de proteção ao meio ambiente, conforme expresso na Lei nº 7.347 de 1985.
Direito Ambiental
34
Tipos de Crimes Ambientais
Querido aluno, até o presente momento, já podemos compreender 
a amplitude do meio ambiente, tendo em vista que, ainda na unidade I, 
aprendemos quais são os seus tipos. Dessa maneira, é natural que os 
crimes praticadoscontra o meio ambiente também apresentem suas 
divisões, já que as áreas que compõem a natureza, mesmo que se 
relacionem entre si, funcionam de maneira distinta, em razão de suas 
características próprias e dos interesses que são capazes de gerar nos 
seres humanos. Desta feita, a Lei nº 9605/1998, ou seja, a Lei de Crimes 
Ambientais, apresenta em seu texto cinco tipos de crimes ambientais 
distintos, sendo cada um desses abordado de forma breve nos subtópicos 
a seguir.
Crimes Contra a Fauna
Os crimes contra a fauna estão previstos nos artigos 29 a 37, 
sendo compreendidos como agressões destinadas aos animais, sejam 
eles silvestres, nativos ou em rota migratória. Alguns exemplos de 
crimes enquadrados nessa categoria são: venda ilegal, impedimento 
da procriação, maus-tratos, transporte ilegal, manutenção em cativeiro, 
entres outros.
Crimes Contra a Flora
Por sua vez, os crimes praticados contra a flora estão localizados 
nos artigos 38 a 53, que enquadram nessa categoria qualquer tipo de 
destruição ou dano causado à vegetação, dando uma ênfase maior aos 
prejuízos gerados às áreas de preservação permanente ou às unidades 
de conservação. Dessa maneira, alguns casos relativos a esses tipos de 
crime estão associados, por exemplo, à provocação de incêndios em 
mata ou floresta, venda, transporte e soltura de balões, a atos de dificultar 
a regeneração vegetal, de destruir e desmatar sem a devida permissão e 
sem finalidade, entre outras situações presentes nos mencionados artigos 
da Lei de Crimes Ambientais.
Direito Ambiental
35
Poluição e Outros Crimes Ambientais
Querido aluno, durante o primeiro capítulo desta unidade, nós 
pudemos compreender a poluição em detalhes, já que estudamos a sua 
definição, características e tipologias principais. Nesse sentido, fica claro 
compreender os motivos pelos quais a poluição é considerada como um 
crime pela Lei de Crimes Ambientais, já que é um fenômeno resultante de 
alterações promovidas pelas atividades humanas e que causa impactos 
graves não só ao meio ambiente, mas também para a saúde humana e 
para a biodiversidade em geral.
Quanto aos outros crimes ambientais, os artigos 55 e 56, caputs, 
da Lei nº 9.605/1988, determinam que poderão ser enquadrados dessa 
maneira os seguintes atos:
Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos 
minerais sem a competente autorização, permissão, 
concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, 
comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, 
ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, 
perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, 
em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou 
nos seus regulamentos:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (BRASIL, 
1988)
Nesse sentido, a poluição e os outros crimes ambientais serão 
abordados pelos artigos 54 a 61 da Lei de Crimes Ambientais.
Direito Ambiental
36
Crimes Contra o Ordenamento Urbano e Patrimônio 
Cultural
Como já foi discutido anteriormente, o conceito dado ao meio 
ambiente é amplo. Assim, verifica-se uma interação entre os elementos 
presentes no meio ambiente natural, artificial e cultural. Isso faz com que 
a violação visualizada nesse campo não se relacione apenas aos danos 
promovidos aos aspectos naturais, levando em consideração, também, 
os danos praticados em desfavor da ordem urbana e/ou cultural.
Crimes Contra a Administração Ambiental
Os crimes relacionados à administração ambiental estão presentes 
nos artigos de 66 a 69 da Lei de Crimes Ambientais, sendo enquadrados 
nessa categoria condutas que obstaculizam o exercício das funções 
pertencentes ao Poder Público, seja nos casos em que essas são efetuadas 
por particulares ou até mesmo por profissionais do Poder Público em si.
Infrações Ambientais
As infrações ambientais administrativas podem ser compreendidas 
como as ações ou as omissões responsáveis por violar as regras jurídicas 
que estão sendo utilizadas, promovidas, protegidas e recuperadas em 
relação ao meio ambiente. Nesse sentido, a Lei de Crimes Ambientais 
também apresenta em seu texto disposições acerca dessas infrações, 
estando essas alocadas nos artigos 70 a 76 da mencionada legislação.
SAIBA MAIS:
Levando em consideração a amplitude e a importância 
exercida pela Lei de Crimes Ambientais e para entender a 
punição destinada a cada crime e infração, bem como as 
regras mais específicas e detalhadas acerca dos incisos e 
alíneas abrigadas por essa legislação, faça a leitura da Lei 
nº 9.605/98, disponível neste link.
Direito Ambiental
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm
37
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido que, assim como em outras áreas do direito, o 
descumprimento das normas presentes nas legislações 
ambientais apresenta como resultado punições e sanções, 
sendo essas aplicadas tanto às pessoas físicas quanto às 
pessoas jurídicas, levando em consideração a natureza e as 
características de cada um desses agentes. Dessa forma, 
a Lei nº 9.605/1998 tem como responsabilidade dispor 
acerca dos crimes e infrações ambientais, sendo por isso 
denominadas como Lei de Crimes Ambientais. Em seguida, 
abordamos os tipos de crimes presentes na mencionada 
legislação, sendo essas relativas aos crimes da fauna, 
flora, contra a administração, poluição e outros crimes 
ambientais contra o ordenamento urbano e cultural. Por 
fim, abordamos a temática relativa às infrações ambientais 
administrativas ao apresentar seu conceito.
Direito Ambiental
38
Responsabilidade Civil Ambiental
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
identificar quais são os impactos proporcionados pela 
responsabilidade ambiental presente no ordenamento 
jurídico brasileiro. Isso será fundamental para o exercício 
de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver essa 
competência? Então vamos lá. Avante!.
Aspectos Gerais da Responsabilidade civil
A responsabilidade civil apresenta como um dos seus focos 
principais o comportamento humano, dando ênfase para a prática 
de ações que resultem em danos e prejuízos para outro indivíduo ou 
para a sociedade em conjunto. Nesse sentido, querido aluno, para que 
possamos entender quais são os contornos relativos à responsabilidade 
civil ambiental, é primeiro necessário que tenhamos entendimento 
sobre a responsabilidade civil e os seus aspectos gerais, levando em 
consideração fatores como a ação ou a omissão, os danos, o nexo de 
causalidade e a presença ou a ausência de culpa.
Assim, a ideia referente à responsabilização civil está ligada aos 
momentos em que determinadas pessoas devem responder pelos atos 
praticados, sejam pessoas físicas ou jurídicas, sofrendo as consequências 
dos danos e prejuízos que proporcionaram. Diante disso, o conhecido 
civilista Flávio Tartuce (2013, p. 423) afirma que” a responsabilidade civil 
surge em face do descumprimento obrigacional, pela desobediência 
de uma regra estabelecida em um contrato, ou por deixar determinada 
pessoa de observar um preceito normativo que regula a vida”. Ainda nesse 
sentido, Maria Helena Diniz (2006) conceitua a responsabilidade civil 
como sendo a
Aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar 
dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão 
de ato por ela mesma praticado, por pessoa por quem 
ela responde, por alguma coisa a ela pertencente ou de 
simples imposição legal. (DINIZ, 2006, p. 32)
Direito Ambiental
39
Por sua vez, a responsabilidade civil pode ser classificada como 
contratual ou negocial, assim como extracontratual ou aquiliana. Desta feita, 
a responsabilidade civil contratual, também conhecida como negocial, 
decorre da ausênciade cumprimento das obrigações que derivam de 
contratos ou negócios jurídicos. Os critérios de responsabilização são 
fixados no próprio texto contratual, tendo como base o estabelecimento 
de cláusulas penais relativas, ainda, à indenização e/ou perdas e danos. 
Por sua vez, a responsabilidade civil extracontratual ou aquiliana possui 
uma ligação mais direta com os aspectos legais, já que possui como 
base os fundamentos expostos pelo CC/2020. Assim, esse documento 
apresenta como base os atos ilícitos e o abuso de direito, levando em 
consideração as definições apresentadas pelos artigos 186 e 187 do 
Código Civil de 2002, respectivamente, como pode ser visto a seguir
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano 
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato 
ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito 
que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites 
impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé 
ou pelos bons costumes. (BRASIL, 2002)
Salienta-se, ainda, que a responsabilidade civil apresenta três 
requisitos principais, sendo esses a antijuridicidade, a imputabilidade 
e o nexo causal. Nesse sentido, a antijuridicidade relaciona-se ao ato 
cometido, já que, para que seja objeto de responsabilização, o ato 
precisa ser contrário ao determinado por uma norma jurídica. Já quanto 
à imputabilidade, o agente responsável deve ser capaz, para que assim 
possa responder pelo dano que cometeu, levando em consideração que 
os incapazes e os prejuízos derivados de caso fortuito ou força maior 
não são passíveis de indenização. Por fim, o nexo causal estabelece um 
vínculo entre a conduta praticada pelo agente e o dano que foi gerado, só 
devendo haver a responsabilização quanto à indenização nos casos em 
que o agente de fato tiver sido responsável pelo prejuízo proporcionado.
Direito Ambiental
40
Dessa forma, a responsabilidade e o dever de indenizar, para que 
possam ser aplicados, devem levar em conta a conduta, o dano, o nexo 
de causalidade e a culpa do agente, não podendo tais fatores serem 
ignorados para a determinação da responsabilização civil.
Nesse caso, a culpa estará presente nos casos em que houve a 
intenção de provocar o dano, sendo esse conceito no Código Penal 
pertencente ao dolo, que também se aplica aos casos em que o prejuízo 
for gerado em decorrência de negligência, imprudência e imperícia. 
Cabe esclarecer que a negligência estará caracterizada quando a pessoa 
possuir conhecimento sobre a atitude que deve tomar e, ainda assim, 
não faz aquilo entendido como necessário e até mesmo como legal; a 
imprudência, por sua vez, ocorrerá nos casos em que as pessoas não 
observaram as regras que seriam capazes de impedir o acontecimento do 
fato, agindo assim sem a devida cautela; por fim, a imperícia caracteriza-
se pela falta de qualificação, também estando presente nos casos em que 
a pessoa pratica ato para o qual deve possuir certo conhecimento prévio, 
técnico e/ou profissional sem efetivamente possuí-los.
Responsabilidade Civil Objetiva e 
Subjetiva
Querido aluno, considerando a jornada que você vem trilhando 
pelos caminhos acadêmicos, como você definiria e distinguiria a 
responsabilidade civil objetiva e responsabilidade civil subjetiva? Surgiram 
dúvidas quanto a esse questionamento? Então vamos esclarecer.
É muito difícil que mencionemos o assunto da responsabilidade 
civil sem tocarmos na necessidade de diferenciar os seus tipos, já que 
existem campos jurídicos que se apoiam na responsabilidade civil para 
determinar o sistema punitivo que será adotado, possuindo como base o 
ponto de vista objetivo, o subjetivo ou ainda ambos. 
Nesse sentido, a responsabilidade civil subjetiva apresenta como 
critérios para a sua caracterização os elementos relativos à conduta, ao 
dano, ao nexo causal e à culpa do agente. Dessa forma, a responsabilidade 
subjetiva é aquela que leva em consideração a presença da culpa, só 
sendo caracterizada quando ela existir. 
Direito Ambiental
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Assim, será preciso que a culpa seja comprovada, pois sem essa 
comprovação, a responsabilidade não poderá ser fixada. Diante disso, a 
responsabilidade em regra deverá seguir os critérios da subjetividade, 
porém algumas legislações apresentam em seu texto determinações 
que deixam clara a escolha pela responsabilidade civil objetiva. Em 
outras palavras, a responsabilidade civil subjetiva é a regra, mas existem 
exceções que podem ser aplicadas a essa determinação.
Por outro lado, a responsabilidade objetiva, para ser caracterizada, 
também deverá levar em consideração a conduta, o dano promovido e o 
nexo causal existente entre os dois critérios, porém a culpa não precisa 
ser comprovada para que essa responsabilidade seja fixada. Assim, o 
artigo 927 do Código Civil determina que
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (Artigos 186 e 187), 
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, 
independentemente de culpa, nos casos especificados 
em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida 
pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os 
direitos de outrem. (BRASIL, 2002, grifo nosso)
Dessa maneira, a grande distinção entre as duas responsabilidades 
diz respeito à culpa, tendo em vista que a responsabilidade civil objetiva 
não precisa dessa comprovação e na medida em que a responsabilidade 
civil subjetiva só será posta em prática quando houver elementos que 
comprovem a presença da culpa.
Responsabilidade Civil no Âmbito do 
Direito Ambiental
Agora que já entendemos quais são os critérios gerais responsáveis 
por definir e caracterizar a responsabilidade civil, podemos aplicar esse 
conceito ao nosso objeto de estudo, o Direito Ambiental, e ao presente 
capítulo, referente à presença da responsabilidade civil no âmbito do 
Direito Ambiental.
Direito Ambiental
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A responsabilidade civil ambiental está orientada em conformidade 
com um regime jurídico próprio, ou seja, que se adapta aos casos 
específicos relativos ao meio ambiente, tendo como base o exposto no 
texto do artigo 225 da Constituição da República Federativa de 1988, 
assim como pelo disposto no artigo 14, parágrafo 1º, da Lei nº 6.938/1991, 
que, como sabemos, é a legislação que institui a Política Nacional do Meio 
Ambiente. Essas leis serão melhor abordadas posteriormente, mas ainda 
neste capítulo. Levando em consideração as semelhanças presentes 
entre o Direito Ambiental, o Direito Administrativo e o Direito Civil, ficam 
claros os motivos pelos quais a responsabilidade presente nesse último 
é aplicada no jurídico ambiental, já que é um campo de ampla aplicação 
e efetividade.
Como aprendemos no tópico anterior, a responsabilidade civil pode 
ser subjetiva e objetiva, e mesmo que a regra consista na subjetividade, 
perante o ramo do Direito Ambiental bem como das legislações presentes 
nessa área, a responsabilidade utilizada é a objetiva, ou seja, aquela que 
independe de culpa.
Dessa maneira, a responsabilidade civil objetiva é adotada como 
o melhor modelo a ser seguido no âmbito ambiental, pois garante uma 
proteção mais ampla à vítima, que, nesse caso, é tanto o meio ambiente 
quanto a coletividade, já que o meio ambiente, além de ser um dever 
de todos, também é considerado como um direito não só das gerações 
atuais, mas também das futuras gerações. 
Um exemplo que pode ser utilizado para esclarecer esse fato é 
imaginar os atos poluentes praticados por uma pessoa jurídica X, pois 
mesmo que nessa atividade não se comprove a presença da culpa, a 
entidade assumiu os riscos pelos danos que poderiam ser promovidos em 
razão da poluição causada por ela. Dessa maneira, ela deverá assumir a 
responsabilidade pelos prejuízos que possam decorrer das suas atitudes. 
Desta feita, é importante destacar o termo “possam”, já que mesmonas situações em que os danos não forem de fato gerados, ainda assim 
será necessário que exista uma responsabilização, já que o agente assumiu 
o risco de chegar a promover algum dano ao meio ambiente, mesmo 
que esse dano não tenha sido concretizado. Silvana Colombo (2006) 
Direito Ambiental
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denomina tal fenômeno de teoria do risco criado. Nesse sentido, dando 
ainda mais ênfase aos pontos destacados, na teoria da responsabilização 
civil objetiva ambiental
Não se aprecia subjetivamente a conduta do poluidor, 
mas a ocorrência do resultado é prejudicial ao homem 
e seu ambiente. A atividade poluente acaba sendo uma 
apropriação pelo poluidor dos direitos de outrem, pois na 
realidade a emissão poluente representa um confisco do 
direito de alguém respirar ar puro, beber água saudável e 
viver com tranquilidade. (MACHADO, 2000, p. 273)
É importante destacar que a ideia de ressarcimento ligado à 
responsabilidade civil ambiental só poderá efetivar-se nos casos em que 
o dano existir, já que não se pode reparar aquilo que não foi danificado. 
Nos casos em que não houver o dano, mas apenas o risco, as decisões 
que serão adotadas não serão ressarcitórias, mas, sim, preventivas.
Quanto ao texto constitucional, salienta-se ainda que, no artigo 
destinado ao meio ambiente, ao falar-se em responsabilização, fica 
determinado que a reparação do dano ambiental será observada sobre três 
tipos de responsabilidades, quais sejam: a penal, a civil e a administrativa, 
que serão independentes e autônomas. Isso quer dizer que a prática de 
um único ato ilícito, seja esse uma ação ou uma omissão, poderá ter como 
resultado três processos distintos, cada um em uma área distinta.
Possuindo como foco a responsabilidade civil ambiental, temos 
que levar em conta a existência e aplicação da teoria do risco criado. 
Dessa maneira, não existem excludentes quando se avaliam os danos 
promovidos ao meio ambiente, por isso há a necessidade de indenização 
e de reparo, mesmo que a culpa não fique comprovada, não sendo nem 
ao menos preciso, na verdade, que essa culpa seja verificada, pois os 
danos auferidos ao meio ambiente devem ser contornados, tendo em 
vista que são responsáveis por causar prejuízos sérios à coletividade 
como um todo, que precisa desse ambiente para sobreviver e ter uma 
qualidade de vida digna.
Direito Ambiental
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Assim, a responsabilidade existente no campo ambiental acaba 
possuindo características peculiares quando comparada às demais áreas 
do direito, sendo um exemplo disso a disposição presente no artigo 225, 
parágrafo 3º, da Constituição de 1988, que determina que “as condutas 
lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou 
jurídicas, às sanções penais e administrativas independentemente da 
obrigação de reparar o dano causado” (BRASIL, 1988).
Dessa forma, ressaltamos mais uma vez que a responsabilidade 
será fixada mesmo que o dano não seja gerado, ficando essa ideia clara 
quando o texto constitucional afirma que as pessoas que não cumprirem 
as normas relativas à proteção e à preservação ambiental deverão ser 
punidas, “independentemente da obrigação de reparar o dano causado”. 
Assim, a punição e a indenização deverão ser aplicadas, mesmo que nos 
casos em que não houver o dano concretizado, e, portanto, ausência da 
necessidade de reparar e restaurar o meio ambiente a suas condições 
originais.
Nesse mesmo sentido, podemos destacar a disposição presente no 
artigo 14, parágrafo 1º, da Lei nº 6.938/1981, ou seja, a Lei da Política Nacional 
do Meio Ambiente, que deixa clara a presença da responsabilidade civil 
objetiva no âmbito ambiental ao determinar que, “sem obstar a aplicação 
das penalidades neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente 
da existência da culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio 
ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade” (BRASIL, 1981).
NOTA:
Lembrando que, nas unidades anteriores do presente 
e-book, aprendemos acerca dos princípios de destaque 
do Direito Ambiental, estando entre esses o princípio 
do poluidor-pagador. Dessa forma, se você não estiver 
lembrado do que significa esse princípio, recomenda-
se que você volte algumas páginas para refrescar essa 
definição, a fim de facilitar o entendimento do conteúdo 
atual.
Direito Ambiental
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Assim, o dever de reparar existe, mesmo que a culpa não seja 
comprovada, sendo que o temo “dano” faz menção tanto àquele prejuízo 
já existente e, portanto, atual, como àquele que é futuro. Portanto, mesmo 
que ainda não se conheçam todos os percalços promovidos, ainda 
deverão ser tomadas as medidas necessárias para a sua reparação, e 
tais medidas devem, inclusive, ser colocadas em prática o mais rápido 
possível, já que não há questionamentos acerca do prejuízo a ser gerado, 
e, sim, quanto ao momento em que essas lesões serão efetivadas.
Porém, aluno, você pode estar se perguntando acerca quais são os 
motivos que levaram à adoção da responsabilidade civil objetiva perante 
o Direito Ambiental, certo?
Levando em consideração esse questionamento, é importante que 
conheçamos o posicionamento de Ferraz (2000), que afirma que
A teoria objetiva na imputação da responsabilidade ao 
causador dos danos ao meio ambiente se concretiza 
porque: em termos de dano ecológico, não se pode 
pensar em outra adoção que não seja a do risco integral. 
Não se pode pensar em outra malha que não seja malha 
realmente bem apertada que possa, na primeira jogada 
da rede, colher todo e qualquer possível responsável 
pelo prejuízo ambiental. É importante que, pelo simples 
fato de ter havido omissão, já seja possível enredar agente 
administrativo e particulares, todos aqueles que de alguma 
maneira possam ser imputados ao prejuízo provocado 
para a coletividade. (FERRAZ, 2000, p. 58)
Então, aprendemos que os danos causados ao meio ambiente são 
graves em sua maioria, pois mesmo os que podem ser reparados levam 
tempo para que sejam revertidos a sua situação original. Assim, quanto 
mais grave for o dano causado, mais difícil será a reparação, podendo 
até mesmo ser impossível que se retomem as características originais. 
Nesse contexto, a objetividade é vista como critério adequado em razão 
dos danos e dos resultados que eles causam, já que as lesões, na maioria 
das vezes, são irreversíveis. Um único dano ao meio ambiente acaba 
gerando outras consequências. Além disso, a atribuição de culpa nesse 
âmbito seria de difícil determinação, fazendo com que muitas situações 
e pessoas não fossem devidamente punidas, por isso a responsabilidade 
civil ambiental independe de culpa.
Direito Ambiental
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RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que a responsabilidade é o instrumento jurídico incumbido 
de analisar e punir as pessoas que desobedecem às 
normas existentes. Assim, no âmbito da responsabilidade 
civil, verifica-se a presença da responsabilidade civil 
subjetiva, a qual depende de culpa para que se efetive, 
e a responsabilidade civil objetiva, na qual o agente que 
comete o ato ilícito será responsável independentemente 
de culpa, devendo ser levado em consideração apenas 
o dano, o ato praticado e o nexo causal existente entre 
esses dois elementos. Levando em conta a gravidade e 
a seriedade dos danos promovidos, no âmbito do Direito 
Ambiental, adotou-se a responsabilidade civil objetiva, 
tendo em vista que, na maior parte dos casos, as lesões 
são irreversíveis, os prejuízos são múltiplos e há uma certa 
dificuldade em aferir-se se houve ou não culpa. Por isso a 
culpa não será fator determinante para a responsabilização 
e determinação da necessidade de que o agente repare o 
prejuízo provocado ao meio ambiente.
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Direito Ambiental
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Direito 
Ambiental
NATHALIA ELLEN SILVA BEZERRA
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